quinta-feira, 31 de março de 2016

844 - Amostras Artes



Ben Geada, um artista da Austrália, adicionou imagens de personagens de desenhos animados a embalagens para medicamentos que, de alguma forma, correspondem perfeitamente a eles.
Um deles é Peter Griffin, da Família Guy, em um pacote de pílulas para alívio de gases.
Você pode ver mais imagens da série em The Khool.

segunda-feira, 28 de março de 2016

843 - A invenção do estetoscópio

René Laennec é o autor do clássico "De l'Auscultation Médiate", publicado em agosto de 1819. Este refere-se à sua ideia de utilizar um instrumento, ou mediador, para ouvir os sons espontâneos do interior do corpo humano.
Prefácio de "De l'Auscultation Médiate"
"Em 1816, eu fui consultado por uma jovem mulher com sintomas de uma doença cardíaca, e nesse caso a percussão, bem como a apalpação, eram de pouca serventia, em virtude do grande grau de adiposidade da paciente. E o método da escuta direta era inadmissível, tendo em vista a idade e o sexo dela. De repente, me lembrei de um simples e bem conhecido fato da acústica: a grande nitidez com que se ouve o arranhar de um pino em uma extremidade de uma peça de madeira ao se aplicar o ouvido no outro lado. Então, eu transformei uma folha de papel em uma espécie de cilindro, apliquei uma das extremidades na região do coração da paciente e a outra, em meu ouvido. E fiquei surpreso e satisfeito ao descobrir que eu podia, assim, perceber os batimentos do coração de uma maneira mais clara e distinta do que, em alguma vez, eu tivesse sido capaz de perceber pela aplicação imediata do meu ouvido."
De cilindro de papel, o estetoscópio tornou-se de madeira e, em seguida, na segunda metade do século XIX, passou a ser flexível e com dois auriculares.
153 - Ouçam esta!
774 - "Sine cera"

sexta-feira, 25 de março de 2016

842 - Saúde do idoso

Veja os principais direitos da pessoa idosa quando o assunto é saúde.
Acompanhamento
A pessoa maior de 60 anos tem direito a um acompanhante durante todo o tempo em que estiver internado ou em observação, exceto se a internação for em UTI ou por decisão justificada do médico.
Amparo legal:
- Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, Artigo 16.
- Portaria MS/GM nº 280, de 07 de abril de 1999, Artigo 2º.
Escolha do tratamento
À pessoa idosa consciente sobre seu estado de saúde é assegurado o direito de optar pelo tratamento ao qual irá ser submetido.
Amparo legal:
- Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, Artigo 17.
Reabilitação
Os idosos têm direito a receber medicamentos do Poder Público, especialmente os de uso continuado, assim como próteses e outros recursos relativos ao tratamento para reabilitação e recuperação de sua saúde.
Amparo legal:
- Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, Artigo 15, Parágrafo 1º, Inciso V e Artigo 15, Parágrafo 2º.
Outros direitos
Legislação específica:
- Lei nº 9.656, de 03/06/1998
- Lei nº 10.048, de 08/11/2000
- Lei nº 10.741, de 01/10/2003
- Decreto nº 1.948, de 03/07/1996

terça-feira, 22 de março de 2016

841 - Conversa ao pé do ouvido (2)

Que orelha capta melhor um sarcasmo?
Estudos recentes com voluntários, realizados em duas universidades americanas e uma canadense, revelaram que as frases sarcásticas, ao serem ditas na orelha esquerda, obtêm tempos de resposta mais rápidos do que quando elas são faladas na orelha direita.
Acham os autores do trabalho que o hemisfério cerebral direito (relacionado com o ouvido esquerdo) é o que tem maior aptidão para a resolução das mensagens conflitantes, o que inclui os casos em que há sarcasmo.
Detection of sarcastic speech: The role of the right hemisphere in ambiguity resolution, Laterality 
No Acta
121 - Conversa ao pé do ouvido (1)
N. do E.
Cuidado com o sarcasmo: se você não é fluente pode machucar alguém.

sábado, 19 de março de 2016

840 - Testes sorológicos para HIV, sífilis e hepatites B e C

Sobre a conveniência e a oportunidade de os médicos oferecerem aos pacientes, em consulta médica, a solicitação de testes sorológicos para HIV, sífilis, hepatites B e C, bem como orientá-los sobre a prevenção destas infecções, o Conselho Federal de Medicina (CFM) RECOMENDA AOS MÉDICOS:
O médico verificará nas consultas se seus pacientes realizaram testes sorológicos para sífilis, HIV, hepatites B e C, e vacinação, no caso da hepatite B.
Caso os testes, ou a vacinação, não tenham sido realizados, o médico orientará o paciente, conforme o caso, sobre a necessidade, a oportunidade ou a conveniência de sua execução.
Quanto aos testes sorológicos para sífilis, HIV, hepatites B e C, deve o médico, especificamente:
I – Sugerir a realização dos testes sorológicos, incluindo esclarecimento e aconselhamento pré-teste, em ambiente adequado, respeitando e garantindo, sempre, a privacidade, o sigilo e a confidencialidade.
II – Solicitar os testes somente se o paciente e/ou seu representante/assistente legal concordar livremente com sua realização, após adequado esclarecimento.
Em nenhuma circunstância os exames serão compulsórios.
O médico, diante dos resultados, aconselhará sobre prevenção e encaminhará para tratamento, quando indicado.
Brasília-DF, 21 de janeiro de 2016, RECOMENDAÇÃO CFM Nº 2/2016

quarta-feira, 16 de março de 2016

839 - Frase em desuso

Por alguma razão desconhecida, muitos médicos sentem que eles devem saber toda a medicina. Assim, muitos médicos temem a frase, "eu não sei", tão obstinadamente, que ela saiu do seu léxico devido à atrofia pelo desuso.
 Ervin Epstein, California Medicine, vol. 82, no. 2 (1955) p. 116-117.

domingo, 13 de março de 2016

838 - Comparando o mal

Vídeo Vine (de 6 segundos) em que a capacidade inspiratória de pulmões saudáveis é comparada com a de pulmões afetados pelo fumo.

quinta-feira, 10 de março de 2016

837 - Células terroristas

Não há cura para a biologia distópica
Por volta da virada do milênio, algumas conclusões perturbadoras surgiram na literatura biomédica. Macrófagos – células do sistema imunológico, cuja função é atacar e matar micróbios e outras ameaças para o corpo - não se reúnem em locais do tumor para destruir células cancerosas, como tem sido otimisticamente imaginado. Em vez disso, eles encorajam as células cancerosas a continuar a sua louca fúria reprodutiva. Frances Balkwill, a biólogo celular britânica que realizou alguns dos principais estudos de comportamento das células imunes "traíras", descreveu-se para seus colegas de campo como estando "horrorizada".
De um modo geral, a ciência médica continua a apresentar um rosto feliz para o público. Livros de auto-ajuda e websites aconselham pacientes com câncer a estimular o seu sistema imunitário para combater a doença.
... Mas as evidências do conluio de células imunitárias com o câncer continuam se acumulando. Macrófagos fornecem a células cancerosas fatores químicos de crescimento e ajudam a construir os vasos sanguíneos necessários a um tumor em crescimento. Então, eles estão intimamente envolvidos com o progresso mortal de câncer e podem ser responsáveis por até 50 por cento da massa de um tumor. Os macrófagos também parecem ser necessários ao câncer que avança para a sua fase mais terrível, a das metástases. Quando ratos cancerosos foram tratados para eliminar todos os seus macrófagos, os seus tumores metastáticos pararam de crescer.
Extraído de Terror Cells, por Barbara Ehrenreich. In: The Baffler

segunda-feira, 7 de março de 2016

836 - O controle do tabagismo na Alemanha nazista

O ditador Adolf Hitler era totalmente contra o tabaco: ninguém ousava acender um cigarro na presença do Führer!
E os nazistas promoveram um dos mais radicais e eficazes movimentos contra o tabagismo ao longo da história. Proibiram o fumo em restaurantes e nos sistemas de transportes públicos e também regulamentaram severamente a publicidade dos cigarros.
Entre outros críticas ao vício, as autoridades nazistas alegavam que fumar aumentava o risco de abortos nas mulheres, o que hoje é fato comprovado.
Imagem: veio daqui
http://www.ultracurioso.com.br/7-coisas-que-devemos-ao-nazismo/

sexta-feira, 4 de março de 2016

835 - "Quando não há vegetação rasteira a árvore parece mais alta"

Este é o título de um artigo recentemente publicado na revista Sexualities. No qual, o seu autor Matthew Hall, da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, analisa como os homens respondem sobre a questão de raspar os pelos pubianos e quais são suas implicações para a imagem corporal.
‘When there’s no underbrush the tree looks taller’: A discourse analysis of men’s online groin shaving talk. In: Sexualities 2015, Vol. 18(8) 997–1017

terça-feira, 1 de março de 2016

834 - A Técnica do Inseto Estéril

Em resposta à epidemia do vírus Zika na América Latina, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realiza este mês uma reunião para tratar do uso de técnicas nucleares para o controle de mosquitos. O encontro deve acontecer nos dias 22 e 23 de fevereiro em Brasília, conforme anunciou o diretor-geral da entidade, Yukiya Amano.
Uma das medidas a serem discutidas é a adoção da chamada Técnica do Inseto Estéril, um tipo de controle de peste que utiliza radiação ionizante para esterilizar insetos machos. Segundo a AIEA, a estratégia tem sido utilizada com sucesso em todo o mundo há mais de 50 anos para o controle de diversos insetos que comprometem a agricultura.
Paula Laboissière - repórter da Agência Brasil, 09/02/2016
A técnica do inseto estéril é um método de controle biológico que consiste na libertação de grandes quantidades de insetos inférteis numa região. Os insetos libertados são geralmente machos, já que são as fêmeas que provocam danos, através da postura de ovos nas colheitas agrícolas ou, no caso dos mosquitos, da alimentação com sangue humano. Os machos tornados estéreis por radiação ionizante competem com os machos em estado selvagem pelas fêmeas. Se uma fêmea acasalar com um macho estéril, não terá descendência, reduzindo assim a população da próxima geração.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

833 - Crianças. Convivendo com a alergia

Por muito tempo admitiu-se que era necessário evitar os alérgenos. Hoje em dia, este princípio foi desacreditado, desde que certas regras sejam respeitadas
por Anne Prigent - Le Figaro
Uma vez que a alergia aparece é necessário conviver com ela. A única solução para evitar uma rinite, uma crise de asma, um edema…será fugir do alérgeno ou recorrer à dessensibilização, quando isso for possível. No entanto, algumas medidas tomadas antes mesmo do nascimento da criança limitarão os riscos de desenvolver uma alergia.
Não fumar durante a gravidez e depois do nascimento da criança
"A primeira regra a seguir é não fumar durante a gravidez" explica o Dr. Étienne Bidat, pediatra alergologista em Paris. Todos os estudos comprovam: isso favorece alergias na criança. Tal fato poderia estar diretamente ligado à modificação da expressão dos genes e, portanto ter uma influência sobre as gerações futuras: o tabagismo da avó gera asma nos netos”. Parar de fumar deverá obviamente continuar depois do nascimento. Por outro lado, nenhum regime alimentar específico é recomendado. Não é necessário evitar amendoins ou nozes, isso não protegerá o bebê, muito pelo contrário! Assim como é inútil hospedar o gato na vizinha ou tentar acabar constantemente com os ácaros, a menos que alguém na casa seja alérgico.
A diversificação alimentar é necessária
De fato, quando o assunto for alergia, nada é simples. Ao longo dos anos, pesquisas sobre a diversificação alimentar nas alergias, assim como o papel da amamentação se revelaram contraditórias. Mas hoje em dia, todos os especialistas parecem concordar: a amamentação continua sendo recomendada, sem dúvida, mas não traz nenhuma proteção contra as alergias e, sobretudo, não deve atrasar a diversificação alimentar, mesmo nas famílias com histórico de alergias. "Contrariamente ao que temos praticado por muitos anos, percebemos que era necessário introduzir alérgenos alimentares o mais cedo possível, explica o Dr. Jacques Robert, alergologista, consultor no CHU de Lyon. O melhor período para a diversificação alimentar situa-se entre 4 e 6 meses para induzir uma tolerância".
Nenhum alimento deve ser banido, até mesmo os mais alergênicos como o amendoim, embora especialmente temido por muitos anos. De fato, alimentar bebês com amendoins, considerados como de risco, reduz de 70 a 80% a ameaça que eles se tornem efetivamente alérgicos a este alimento, como revelou um estudo publicado em fevereiro deste ano no New England Journal of Medicine (NEJM). "É essencial introduzir como prioridade o que se come em casa, já que esses alérgenos alimentares se encontram em todos os ambientes do bebê e também podem entrar em contato com ele através da pele ou pelas vias respiratórias", especifica o Dr. Étienne Bidat.
A pele, uma barreira essencial
Se a presença de um eczema nos bebês é o sinal de um quadro alérgico, eles não se tornarão necessariamente todos asmáticos. " Pensava-se, há alguns anos, que todas as crianças alérgicas entravam numa marcha atópica. Isto é, elas começavam com um eczema, seguido por alergias alimentares e, finalmente, por alergias respiratórias, incluindo a asma", explica a Prof. Jocelyne Just, chefe do departamento de Asma e Alergologia do Hospital Trousseau em Paris. No entanto, vários estudos demonstraram que não era nada disso, certas crianças só apresentam uma alergia, outras desenvolvem duas e outras ainda, três em seguida ou simultaneamente. A questão é saber reconhecer quais são as crianças que entrarão nesta marcha atópica e, claro, se é possível impedir esta escalada.
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

832 - Por que suspiramos?

No The Guardian, A sigh's not just a sigh – it's a fundamental life-sustaining reflex (Um suspiro não é apenas um suspiro – é um reflexo fundamental de sustentação da vida).
Dois pequenos grupos de células nervosas no tronco cerebral – a região que é responsável pela respiração, pelo sono e por controlar o ritmo cardíaco – são elas que orquestram os suspiros.
O suspiro é disparado como uma resposta inconsciente, sempre que é necessário inflar alvéolos pulmonares que, espontaneamente, entram em colapso prejudicando as trocas gasosas nos locais em que o fenômeno acontece.
Suspiramos pelo menos uma dúzia de vezes por hora, em uma ação reflexa que tem por finalidade preservar o funcionamento normal dos pulmões. A maioria dos suspiros, portanto, não tem nada a ver com sentimentos como tristeza, paixão ou frustração, mas tem sim a ver com... não morrer.
Na revista Nature, os pesquisadores não têm respostas concretas sobre a relação entre os suspiros e os sentimentos, mas admitem que "alguns suspiros estão relacionados com o estado emocional. O fato é que quando se está estressado, suspira-se muito mais, e talvez porque algumas emoções liberem os neuropeptídeos do suspiro (a ser confirmado).
Mario Rigatto:
"O que pode o amor fazer ao coração?" perguntava-lhes eu. "Acelerar a freqüência de seus batimentos?". " Vejam em contraste, a riqueza das manifestações afetivas do pulmão: é com o pulmão que rimos, é com o pulmão que choramos, é com o pulmão que suspiramos; é do pulmão que saem todas as interjeições afetivas; e todos os ais de amor". E, completava: "O que pode uma discreta taquicardia sinusal, quando comparada à respiração arfante de uma mulher apaixonada?".

domingo, 21 de fevereiro de 2016

831 - A meta 80-90-90 do Unaids

O Unaids estabeleceu a meta de eliminar os níveis epidêmicos da aids até 2030 e definiu o prazo até 2020 para que os países acelerem a resposta à doença e alcancem os 90-90-90, meta que prevê que...
  • 90% das pessoas vivendo com HIV tenham sido diagnosticadas
  • 90% das pessoas diagnosticadas sejam tratadas com terapia antirretroviral
  • 90% das pessoas tratadas apresentem carga viral suprimida.
O Brasil já atingiu uma das três metas de 90-90-90 do Unaids.
\o/ #Aids



  • O total de brasileiros com acesso ao tratamento com antirretrovirais mais do que dobrou entre 2009 e 2015, passando de 231 mil pacientes (2009) para 455 mil (2015) 
  • O SUS oferece gratuitamente 22 medicamentos para os pacientes soropositivos
  •  Desse total, 11 são produzidos no Brasil. A rede de assistência conta atualmente com 517 centros de testagem e aconselhamento, 712 serviços de assistência especializada, além de inúmeras unidades básicas de saúde.
  • quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

    830 - Imunoglobulinas M e G

    IgM (Imunoglobulina M) e IgG (Imunoglobulina G) são anticorpos que o organismo produz quando entra em contato com algum tipo de microrganismo invasor. A diferença entre elas é que a IgM é produzido na fase aguda da infecção, enquanto que a IgG, que também surge na fase aguda, é mais específica e serve para proteger a pessoa de futuras infecções, permanecendo por toda a vida.
    O exame sorológico IgM/IgG serve para detetar o estágio de diversas doenças, entre elas a dengue, a toxoplasmose, a rubéola, a hepatite B e a infecção pelo citomegalovírus.
    Interpretação
    1. IgM negativo (não reagente) e IgG negativo (não reagente): nunca entrou em contato com o patógeno (nunca teve a doença ou nunca tomou vacina) e está suscetível a ter a doença; 
    2. IgM positivo (reagente) e IgG negativo (não reagente): infecção aguda (dias, semanas); 
    3. IgM positivo (reagente) e IgG positivo (reagente): infecção recente (semanas ou meses);
    4. IgM negativo (não reagente) e IgG positivo (reagente): infecção antiga (meses ou anos), ou sucesso da vacina, e a pessoa está protegida para essa doença.

    segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

    829 - Microcefalia. Perguntas e respostas

    - O que é a microcefalia?
    A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 32 cm.
    - Quais as causas desta condição?
    Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
    - O que é o vírus Zika?
    O vírus Zika é um arbovírus (grande família de vírus), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti.
    - Já há confirmação que o aumento de casos de microcefalia no Brasil é causado pelo vírus Zika?
    A detecção do genoma do ZIKV realizada pelo Instituto Osvaldo Cruz em líquido amniótico de duas mulheres grávidas de fetos com microcefalia, seguida da detecção do ZIKV pelo IEC em neonato (caso fatal) com microcefalia, proporcionou à ciência o reconhecimento da associação entre ZIKV e os casos de microcefalia, ora observados no Brasil.
    - A microcefalia pode levar a óbito ou deixar sequelas?
    Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Já há a constatação da relação de infecção pelo vírus Zika com quadros graves e óbitos a partir da identificação de casos que evoluíram para óbito em estados diferentes e ambos com identificação do RNA viral do Zika e resultados negativos para os demais vírus conhecidos, como dengue, chikungunya entre outros.
    - Como é feito o diagnóstico de vírus zika e microcefalia? É possível detectar a microcefalia no pré-natal?
    O diagnóstico laboratorial específico de vírus Zika baseia-se principalmente na detecção de RNA viral a partir de espécimes clínicos. O período virêmico ainda não está completamente estabelecido, mas acredita-se que seja de curta duração. Desta forma, seria possível a detecção direta do vírus em um período de 4 a 7 dias após do início dos sintomas. Entretanto, recomenda-se que o exame do material seja realizado, idealmente, até o 5º dia do aparecimento dos sintomas
    Em relação à microcefalia, após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Por isso, é importante que os profissionais de saúde fiquem sensíveis para notificar os casos de microcefalia no registro da doença no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
    Para mais informações acesse aqui o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika.
    - Qual o tratamento disponibilizado?
    Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). Como cada criança desenvolve complicações diferentes - entre elas respiratórias, neurológicas e motoras – o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender de suas funções que ficarem comprometidas. Estão disponíveis serviços de atenção básica, serviços especializados de reabilitação, os serviços de exame e diagnóstico e serviços hospitalares, além de órteses e próteses aos casos em que se aplicar.
    Em relação ao vírus Zika, não existe tratamento específico, o tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros flavivírus. Os casos suspeitos devem ser tratados como dengue, devido à sua maior frequência e gravidade conhecida. - Quais estados estão apontando crescimento de casos de microcefalia acima da média?
    Até o dia 09 de janeiro, foram notificados à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde 3.530 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 720 municípios de 21 estados do Brasil. O estado de Pernambuco mantem-se com o maior número de casos (1.236), sendo o primeiro a identificar aumento de microcefalia em sua região e que conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os estados de Paraíba (569), Bahia (450) Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Rio de Janeiro (122), Maranhão (119), Tocantins (75), Piauí (62), Goiás (7), Distrito Federal (5) e Mato Grosso do Sul (3).
    - Há registro de "surtos" de microcefalia em outros países?
    O Zika é considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano. Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o vírus tenha se disseminado para o continente asiático.
    De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde, além dos 13 países/territórios que já apresentavam transmissão autóctone do vírus Zika na SE 51/2015 (Brasil, Chile - somente na Ilha de Páscoa, Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Suriname e Venezuela), foram confirmados casos em Porto Rico na SE 52/2015, totalizando-se 14 países/territórios.
    - Quais exames estão sendo realizados nas crianças e nas gestantes?
    De acordo com o protocolo, os exames a serem realizados devem ser inespecíficos, que devem ser solicitados a fim de complementar a investigação e estadiamento dos casos, e exame específico. O diagnóstico laboratorial específico de vírus Zika baseia-se principalmente na detecção de RNA viral a partir de espécimes clínicos. O período virêmico ainda não está completamente estabelecido, mas acredita-se que seja de curta duração. Desta forma, seria possível a detecção direta do vírus em um período de 4 a 7 dias após do início dos sintomas. Entretanto, recomenda-se que o exame do material seja realizado, idealmente, até o 5º dia do aparecimento dos sintomas.
    Para mais informações acesse aqui o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika.
    - Qual período da gestação é mais suscetível à ação do vírus?
    Pelo relatado dos casos até o momento, a maioria das gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia tiveram sintomas do vírus Zika, principalmente no primeiro trimestre da gravidez. Mas o cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti é para todo o período da gestação.
    - Neste momento, qual é a recomendação do Ministério da Saúde para as gestantes?
    Neste momento, o Ministério da Saúde reforça às gestantes que não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, com o uso de repelentes indicados para o período de gestação, uso de roupas de manga comprida e todas as outras medidas para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho. Independente do destino ou motivo, toda grávida deve consultar o seu médico antes de viajar.
    - Neste momento, qual é a recomendação do Ministério da Saúde para profissionais de saúde?
    É importante que os profissionais de saúde estejam atentos à avaliação cuidadosa do perímetro cefálico e da idade gestacional, assim como à notificação dos casos no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), que é o sistema de informação oficial para registro de todos os casos identificados no pós-parto. Além disso, os casos suspeitos de microcefalia devem ser informados imediatamente às autoridades de saúde, por meio do Registro de Eventos de Saúde Pública Referente às Microcefalias (Resp).
    Por ser uma fonte de contato direto com a população, os profissionais também devem reforçar o alerta sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito da dengue, e orientar as gestantes sobre as medidas individuais de proteção contra o Aedes aegypti.
    Para mais informações acesse aqui o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika e o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. - As vacinas disponíveis no calendário de vacinação podem causar microcefalia?
    As vacinas ofertadas pelo PNI são seguras e não há nenhuma evidência na literatura nacional e internacional de que possam causar microcefalia. O Ministério da Saúde está acompanhando com prioridade as notificações e investigação dos casos de microcefalia, especialmente no Nordeste, discutindo o assunto com os Conselhos de Secretários estaduais e municipais de saúde, reunindo especialistas na área, declarando o fato como Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Tem prestado todos os esclarecimentos à população sobre a situação atual e, junto com as Secretarias de Saúde, vem orientando as gestantes e envidando esforços para que as gestantes e crianças afetadas tenham toda a atenção em saúde.
    Cumpre ainda informar que em relação ‘as vacinas influenza e contra rubéola, citadas nas redes sociais, a vacina inativada influenza pode ser seguramente e efetivamente administrada a partir de 6 meses de idade e durante qualquer trimestre da gestação. Nenhum estudo até o momento tem demonstrado um risco aumentado de complicações maternas ou desfechos fetais adversos (mortes fetais, malformação, etc) associados com a vacinação contra a influenza. - Quais são os pacientes que, pelo protocolo do Ministério da Saúde, devem passar pelos testes diagnósticos para Zika?
    É prevista no protocolo a testagem para gestantes com exantema, gestante cujo feto apresente alterações do Sistema Nervoso Central, e recém-nascidos com suspeita de microcefalia.
    Para mais informações acesse aqui o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika - Quais são os testes, onde devem ser feitos e quais são os procedimentos para realizá-los?
    No Brasil, o exame preconizado para confirmação de vírus Zika é a reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR), realizada em laboratórios de referência da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Até o momento, não existem ensaios sorológicos comerciais disponíveis para a detecção de anticorpos específicos para o vírus Zika. Há, entretanto, um esforço coletivo dos laboratórios de referência para o desenvolvimento de plataformas para realização de provas sorológicas específicas.
    - Há pacientes que não passarão por testes, mesmo que tenham sintomas? Por quê?
    Na maior parte dos casos suspeitos de dengue, Zika e chikungunya, a confirmação é feita por critério clínico-epidemiológico. Para Zika, ainda não existe diagnóstico sorológico disponível, sendo o PCR o teste de escolha para auxiliar na identificação de áreas com transmissão dessas doenças e orientação sobre as medidas de controle. A partir da confirmação de um caso em uma determinada localidade, os outros diagnósticos podem ser feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas, assim como já ocorre com a dengue e a chikungunya.
    - Que outros tipos de testes estão em desenvolvimento e onde?
    O Instituto Evandro Chagas (IEC) está desenvolvendo um teste sorológico de captura de IgM anti-ZIKV (ELISA in house). Por conta das particularidades brasileiras no que tange a circulação de outros Flavivírus, o que acarreta muitas reações sorológicas cruzadas, o teste está sendo recomendado com ressalvas e disponibilizado aos laboratórios sentinelas para o diagnóstico de ZIKV no país. Além do teste sorológico, o IEC realizou o sequenciamento genético completo do vírus Zika circulante no país.
    - Como esses testes contribuem para pesquisa e desenvolvimento?
    O sequenciamento do genoma completo de cepas do ZIKV isoladas de pacientes febris contribuirá fortemente para o entendimento de diversos aspectos desse agente viral. Ressalta-se a detecção de genoma do ZIKV em dois casos de óbito, que permitiu à comunidade científica internacional vislumbrar uma evolução não descrita ainda para as infecções por ZIKV, passível de estudos científicos futuros.
    - Em relação ao vírus Zika, existem orientações específicas para atendimento de crianças com microcefalia?
    Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). Como cada criança desenvolve complicações diferentes entre elas respiratórias, neurológicas e motoras o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender de suas funções que ficarem comprometidas. Estão disponíveis serviços de atenção básica, serviços especializados de reabilitação, os serviços de exame e diagnóstico e serviços hospitalares, além de órteses e próteses aos casos em que se aplicar.
    - O vírus Zika atinge crianças menores de 6 anos e bebês podendo acarretar em problemas de mal funcionamento do cérebro?
    É importante evitar boatos e especulações. Não há casos documentados sobre sequelas provocadas pelo Zika em crianças a partir do nascimento. A microcefalia é uma condição identificada apenas no nascimento. Precisamos ressaltar é que pessoas de qualquer faixa etária podem ser contaminadas pelo vírus, não apenas as crianças.
    Alertamos também que as medidas de prevenção e eliminação dos mosquitos transmissores de doenças são fundamentais para proteger as famílias. Enquanto não há imunização para essas doenças, a recomendação do Ministério da Saúde é que a população mantenha as ações contínuas de prevenção. - A puérpera infectada com o vírus Zika pode amamentar?
    Já houve pesquisas que identificaram o vírus em leite materno, entretanto, não se obteve a sua multiplicação. Como não há evidência científica que demonstre a transmissão do vírus Zika pelo leite materno, o Ministério da Saúde recomenda que seja mantido o aleitamento materno contínuo até os dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses de vida.
    - Quais são os repelentes indicados pelo Ministério da Saúde?
    Produtos repelentes de uso tópico podem ser utilizados por gestantes desde que estejam devidamente registrados na ANVISA e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo. Estudos conduzidos em humanos durante o segundo e o terceiro trimestre de gestação e em animais durante o primeiro trimestre, indicam que o uso tópico de repelentes a base de n,n-Dietil-meta-toluamida (DEET) por gestantes é seguro. Produtos à base de DEET não devem ser usados em crianças menores de 2 anos. Em crianças entre 2 e 12 anos, a concentração dever ser no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a 3 vezes por dia. Concentrações superiores a 10% são permitidas para maiores de 12 anos.
    Para mais informações acesse aqui a nota técnica divulgada pela Anvisa.
    - Haverá vacina?
    Consta no Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e suas consequências investimentos para iniciar o desenvolvimento de vacinas contra o vírus Zika. Como o desenvolvimento de novas vacinas requer tempo para pesquisas, é essencial que sejam adotadas as medidas de prevenção e controle do mosquito, pois além do Zika, elas vão evitar outras doenças como a dengue e chikungunya.

    sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

    828 - A repartição do corpo humano por tipos de células

    O corpo de um homem adulto médio contém cerca de 30 trilhões de células humanas (*), a maioria delas glóbulos vermelhos. Estes representam 84 por cento das células do corpo, em número. Em peso, músculo e gordura são os pesos-pesados, que compõem 75 por cento da massa celular. Mas estas células tendem a ser grandes e representam apenas cerca de 0,2 por cento do número de células do corpo humano.
    Na imagem abaixo, uma repartição por tipos de células humanas mais comuns.

    (*) "Células humanas" não está sendo aqui uma expressão pleonástica. No corpo humano existem cerca de 40 trilhões de bactérias, a maioria delas vivendo no cólon. A proporção é de 1,3 célula bacteriana para cada célula humana. À margem da contagem,  os vírus, os fungos e outros seres biológicos. (N. do E.)
    No Acta:
    511 - Nós somos realmente nós?

    terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

    827 - Unidades Sanitárias Aéreas

    Noel Nutels (Ananyev, 1913 — Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1973) foi um médico e indigenista judeu brasileiro. Nascido na Ucrânia, ainda menino, veio para o Brasil com os pais para morar em Recife, no estado de Pernambuco.
    Em 1938, formou-se pela Faculdade de Medicina do Recife e, no mesmo ano, naturalizou-se brasileiro. Em 1941, mudou-se para Botucatu, São Paulo, para trabalhar no Instituto Experimental de Agricultura. Foi o médico da primeira expedição Roncador-Xingu, em 1943.
    A partir desse primeiro contato com os índios, resolveu se dedicar à defesa das populações indígenas e à erradicação das doenças oriundas do contato com o homem branco. Em 1931, passou a ser médico do Serviço de Proteção ao Índio (precursor da atual Fundação Nacional do Índio) e, em 1952, do Serviço Nacional de Tuberculose.
    Noel Nutels idealizou e dirigiu o Serviço de Unidades Sanitárias Aéreas, SUSA (foto), criado em 1956 pelo Ministério da Saúde, com a finalidade de levar os serviços de saúde pública ao interior da selva amazônica.
    Arquivo
    506 - O Índio Cor-de-Rosa

    sábado, 6 de fevereiro de 2016

    quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

    825 - SUS é a maior obra da história do Brasil

    O Brasil criou o SUS (Sistema Único de Saúde) em 1988. Como lembra o doutor Drauzio Varella, "nós nos tornamos o único país com mais de 100 milhões de habitantes que ousou oferecer saúde para todos".
    Tivemos essa coragem nos anos 1980. Naqueles anos difíceis, uma série de heróis anônimos, de diferentes correntes políticas, criou um consenso. Não é uma questão de políticas do MDB ou da Arena, do PT, PSDB, PMDB ou DEM. O Brasil chegou à conclusão de que saúde era direito de todo mundo e de que a conta deveria ser rateada entre a população - tanto que colocou isso na Constituição.
    Foi uma das obras mais grandiosas da nossa história – maior do que Brasília, maior do que Itaipu. Essas obras são importantes, claro. Mas a existência do SUS permite que futuros engenheiros sobrevivam ao primeiro ano de vida.
    Entre 1990 e 2015, o Brasil derrubou drasticamente a taxa de crianças que morrem com poucos anos de vida. Os médicos da família chegam a milhões de pessoas. A vacinação, o transplante de órgãos e o combate à Aids se transformaram em referências internacionais. Recentemente, foi uma médica do SUS quem descobriu a relação entre vírus zika e microcefalia.
    O SUS é inspirado nos sistemas de saúde dos países da Europa Ocidental, como o NHS (National Health System) inglês. Admirado e respeitado, foi até homenageado na abertura da Olimpíada de 2012, em Londres.
    Fonte; BBC, 28/01/2016
    24/05/2016 - Atualizando ...
    Fiocruz publica carta em defesa do SUS

    domingo, 31 de janeiro de 2016

    824 - Parceria Brasil–EUA para a vacina contra o vírus Zika

    A presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiram criar um grupo de alto nível para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika. Os dois conversaram dia 29, por telefone, e concordaram em unir esforços para produzir a vacina e produtos terapêuticos contra o vírus. O Zika está relacionado à ocorrência de microcefalia em recém-nascidos.
    A base das pesquisas será a cooperação já existente entre o Instituto Butantan e o National Institute of Health (NIH), que já estudam uma vacina contra a dengue, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
    Durante a ligação, Dilma e Obama determinaram que o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Castro, e o Departamento de Saúde dos Estados Unidos mantenham contato a fim de aprofundar a cooperação bilateral na área.
    Nesta semana, o governo federal intensificou as ações de mobilização para eliminar criadouros do Aedes aegypti. Outro vírus transmitido pelo mosquito, o chikungunya, provocou a morte de uma pessoa no Recife. de 17 anos, que teve miosite aguda associada ao vírus.
    07/02/2016 - Atualizando ...
    A melhor e única medida protetiva contra o Aedes ainda é a prevenção. Conforme recomenda a Fiocruz, basta dedicarmos dez minutos semanais para identificação e eliminação dos possíveis criadouros do mosquito transmissor em nossos domicílios. Dos gestores, espera-se que saiam de sua procrastinação e estabeleçam programas bem planejados e eficazes de controle do mosquito. Aliemo-nos, como rigorosos fiscais de nós mesmos, e confiemos no empenho científico exitoso. Celina Côrte Pinheiro, em OPINIÃO, O POVO online

    quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

    823 - O balé da úvula

    O gargarejo é a agitação de um líquido na garganta pelo ar expelido da laringe.
    Esse líquido pode ser água morna c/ sal, bicarbonato, gotas de limão, vinagre etc. a que se atribuem propriedades curativas nas inflamações da garganta.
    Quando você gargareja sua úvula entra em ação num fantástico balé:
    Vídeo

    segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

    822 - CFM detalha lista de comorbidades que podem levar a indicação da cirurgia bariátrica

    O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nesta quarta-feira (13) a Resolução nº 2.131/15, que especifica as comorbidades que poderão ter indicação para a realização da cirurgia bariátrica a pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 35 kg/m². O novo texto, que aponta 21 doenças associadas à obesidade, altera o anexo da Resolução CFM nº 1.942, de 2010.
    A mudança foi elogiada pelo coordenador do Centro de Obesidades e Diabetes do Hospital Oswaldo Cruz, Ricardo Cohen. “Muitas doenças sabidamente associadas à obesidade e que melhoram substancialmente após as cirurgias bariátricas não estavam descritas na resolução anterior, daí a importância da colocá-las no rol”, explicou Cohen, que também faz parte da Câmara Técnica da Cirurgia Bariátrica e Síndrome Metabólica do CFM.
    A Resolução 2.131/15 também aperfeiçoou as descrições das vantagens e desvantagens de cada procedimento, o que pode servir de guia para que não-especialistas possam entender cada procedimento. O novo texto, por exemplo, coloca que a técnica da banda gástrica ajustável só deve ser realizada em casos excepcionais, já que a perda de peso é insuficiente a longo prazo. Esta cirurgia consiste na colocação de uma prótese de silicone no estômago, que fica com a forma de uma ampulheta.
    Para o 1º vice-presidente do CFM e relator da Resolução 2.131/15, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, as alterações eram necessárias. “A obesidade já é hoje epidêmica, atingindo 2 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Com esta resolução, atendemos uma demanda dos doentes que sofrem com as comorbidades da doença”, afirma.
    INDICAÇÃO DA CIRURGIA
    Como era
    Pacientes com IMC maior que 35 kg/m² e afetados por comorbidadesw que ameacem a vida, tais como diabetes tipo 2, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronária, osteo-artrites e outras.
    Como ficou
    Pacientes com IMC maior que 35 kg/m² e afetados por comorbidades que ameacem a vida como: diabetes, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doenças cardiovasculares incluindo doença arterial coronariana, infarto de miocárdio (IM), angina, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), acidente vascular cerebral, hipertensão e fibrilação atrial, cardiomiopatia dilatada, cor pulmonale e síndrome de hipoventilação, asma grave não controlada, osteoartroses, hérnias discais, refluxo gastroesofageano com indicação cirúrgica, colecistopatia calculosa, pancreatites agudas de repetição, esteatose hepática, incontinência urinária de esforço na mulher, infertilidade masculina e feminina, disfunção erétil, síndrome dos ovários policísticos, veias varicosas e doença hemorroidária, hipertensão intracraniana idiopática (pseudotumor cerebri), estigmatização social e depressão.
    IDADE MÍNIMA
    Como era
    Maiores de 18 anos. Jovens entre 16 e 18 anos podem ser operados, mas exigem precauções especiais e o risco/benefício deve ser bem analisado.
    Como ficou
    Adolescentes com 16 anos completos e menores de 18 anos poderão ser operados, mas além das exigências anteriores, um pediatra deve estar presente na equipe multiprofissional e seja observada a consolidação das cartilagens das epífises de crescimento dos punhos. A cirurgia em menores de 18 anos é considerada experimental.
    CIRURGIAS EXPERIMENTAIS
    Como era
    Não havia essa previsão.
    Como ficou
    Quaisquer cirurgias que não sejam a banda gástrica ajustável, a gastrectomia vertical, a derivação gastrojejunal e Y de Roux, a cirurgia de Scopinaro ou de "switch" duodenal são consideradas experimentais e não devem ser indicadas.

    sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

    821 - Coisas curiosas que o espaço faz em teu corpo

    O astronauta Leland Melvin explica neste vídeo algumas das mudanças que ocorrem em teu corpo sob a «gravidade zero» e que são típicas das longas permanências no espaço. Dentre elas, estas quatro:
    1. Tu cresces entre 2 e 3 centímetros, basicamente porque aqui na Terra a gravidade comprime a coluna vertebral, enquanto no espaço os discos intervertebrais conseguem expandir-se um pouco, ganhando cada um alguns milímetros e, no conjunto, vários centímetros.
    2. O coração trabalha menos. A razão é por que encontra menor resistência no circuito sanguíneo para bombear o sangue.
    3. Os ossos tendem a enfraquecer, principalmente pela perda de cálcio.
    4. A visão piora devido às mudanças na pressão intracraniana, que, gostes ou não, modifica ligeiramente a forma do globo ocular e, portanto, o seu comportamento como «objeto de precisão óptica».

    492 - Sem a roupa espacial
    666 - A morte por explosão no espaço sideral

    terça-feira, 19 de janeiro de 2016

    820 - Morte e internações de voluntários que participavam de um ensaio clínico na França

    Hospital confirmou a morte do voluntário do teste da Biotrial que estava em morte cerebral. Outros cinco continuam internados em situação estável
    A Biotrial, criada há 26 anos, explica que compensa os seus voluntários com montantes que variam entre 100 e 4500 euros, o limite anual imposto pela lei francesa para o pagamento deste tipo de voluntariado. É um salário livre de impostos, informa a Biotrial em sua página online.
    Em outros países, como Portugal, as leis proíbem quaisquer incentivos ou benefícios financeiros, possibilitando apenas o pagamento do reembolso das pequenas despesas com a alimentação, a locomoção etc.
    Em relação aos riscos, a Biotrial afirma que os efeitos secundários das substâncias testadas são muitas vezes conhecidos e referidos aos voluntários. "Se ocorrerem problemas, o teste é imediatamente interrompido", garante.
    Não há motivos para suspender ensaios
    A ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, afirmou hoje (18) não existir nenhuma razão para parar os ensaios clínicos da empresa farmacêutica na França, apesar da morte de um paciente e do internamento de outras cinco pessoas.
    "Não é um grande problema, maciço, sem precedentes na França, precisamos de saber o que aconteceu, mas não há nenhuma razão para se interromper os ensaios clínicos", afirmou Marisol Touraine, questionada pela estação televisiva RTL, um dia após a morte de um voluntário que participou de um ensaio clínico num hospital em Rennes, oeste de França.
    Na semana passada, seis voluntários, entre 28 e 49 anos, foram hospitalizados depois de terem participado do ensaio clínico de Fase 1 para a empresa farmacêutica, que testava uma nova molécula com atuação no sistema nervoso central.
    Epílogo
    "Teste clínico que deu errado prova por que testes clínicos são necessários." ~ André Carvalho

    sábado, 16 de janeiro de 2016

    819 - Mãe escreve "amor" com cordão umbilical

    Uma hora e meia após seu nascimento, Harper Hoani Spies foi fotografada por Emma Jean Nolan ainda presa à placenta. A mãe da recém-nascida escreveu com o cordão umbilical a palavra "amor" (love).
    A fotógrafa registrou a cena e divulgou nas redes sociais como forma de celebrar a cultura indígena Maori, da Nova Zelândia.
    Na cultura ocidental a placenta não é algo apreciado ou honrado. Mas que para os nativos do país é um ritual importante devolver a placenta à terra como significado de vida longa.

    quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

    818 - O seducionismo de Bernays

    Edward Louis Bernays (1891 – 1995) foi um pioneiro austro-americano no campo das relações públicas e da propaganda, referenciado como "pai das relações públicas".
    Sua forma de trabalho se baseava no princípio de que as pessoas são irracionais, suas decisões e ações são manipuladas facilmente. Ele aplicava isso na construção de propaganda. sendo citado pela revista Times como um dos 100 americanos mais influentes do século XX.
    Foi Bernays quem cunhou o termo “propaganda”, atividade da qual foi um dos idealizadores, tendo, posteriormente, abandonado ostensivamente a palavra, após o seu uso pelos nazistas, durante a II Guerra  Mundial, implementado por Joseph Goebbels, um de seus seguidores.
    Bernays era sobrinho de Freud, o psicanalista, que deveu a ele sua notoriedade. Não fosse o sobrinho, Freud teria permanecido um eminente vienense estudioso da mente, entre muitos outros. Foi Bernays quem o divulgou e o popularizou na língua inglesa.
    Para Gustavo Gollo, no artigo O seducionismo de Edward Bernays e a entrega da humanidade, um de seus golpes mais brilhantes consistiu na campanha para a disseminação do hábito de fumar entre as mulheres, até então poupadas desse flagelo. Iludiu-as sedutoramente.
    Ler também:
    502 - Buck Duke, o homem que inventou a arma mais letal do século

    domingo, 10 de janeiro de 2016

    817 - Por que o câncer do coração é incomum?

    O câncer do coração é algo do qual pouco se ouve falar, porque praticamente não existe.
    As células cancerosas obtêm seu poder de sua capacidade de multiplicar-se. Convertem-se em um problema quando se dividem de forma incontrolável, invadindo outras estruturas anatômicas. Ao contrário das células em geral, as células cardíacas completam quase todas as divisões durante o desenvolvimento fetal e deixam de dividir-se após o nascimento. Daí em diante, o músculo cardíaco passa a crescer em proporção com o crescimento do corpo. Além disso, o coração não se regenera da mesma forma como fazem os outros órgãos.
    Portanto, o câncer do coração existe, mas é muito raro. Ocorre em crianças que o desenvolveram durante a formação do coração, ainda no útero materno, ou em pessoas que são afetadas por um câncer iniciado em outro órgão e que chega ao coração pela corrente sanguínea.
    Se você tem idade suficiente para ler esta nota, provavelmente o câncer de coração é algo com que você não terá de se preocupar.

    quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

    816 - Acalmando o bebê em segundos

    É como um milagre, só que ainda melhor
    O Dr. Robert Hamilton, do Pacific Ocean Pediatrics, em Santa Monica, tem uma técnica para acalmar quase instantaneamente a maioria dos bebês quando chora. Ele mostra o seu método em um vídeo no YouTube.
    Como é a técnica
    1. Dobre os braços do bebê sobre o tórax.
    2. Prenda os braços enquanto segura o queixo do bebê com uma das mãos.
    3. Use a outra mão (dominante) para segurar por baixo o bebê.
    4. Balance-o levemente em um ângulo de 45 graus – a calma é instantânea!


    A técnica funciona melhor em bebês de até 3 meses de idade e não funciona se o bebê estiver com fome ou doente.
    No blog EM
    A teoria do choro | Bebês chorando

    segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

    815 - Siga a música

    Neurônios atuam em sincronia com a música. O treinamento musical pode aumentar essa capacidade e, talvez, algumas outras habilidades
    Ao ouvir uma música, você pode acompanhá-la batendo o pé ou balançando a cabeça. O que você pode não suspeitar é que, ao ouvir uma de suas músicas preferidas, o seu cérebro ritmicamente também a siga.
    Ritmos cerebrais surgem quando grandes grupos de neurônios disparam juntos. Estudos anteriores demonstraram que ouvir alguém falar suscita tal atividade. Agora, a investigação científica revela que ritmos cerebrais também sincronizam com sequências musicais. E o treinamento musical pode aumentar essa capacidade. O estudo é do Proceedings of the National Academy of Sciences [Keith B. Doelling and David Poeppel, Cortical entrainment to music and its modulation by expertise].
    A magnetoencefalografia, ou MEG, é uma técnica que mede os minúsculos campos magnéticos gerados pela atividade cerebral. Os pesquisadores usaram a MEG para comparar os cérebros de músicos e não-músicos detectando as pequenas mudanças no campo magnético durante clipes curtos de música clássica de compositores como Bach, Beethoven e Brahms. Os músicos treinados, não surpreendentemente, acompanharam melhor o ritmo.
    Músicos e não músicos sincronizaram seus cérebros com a música quando a música tinha mais de uma nota por segundo. Mas, quando confrontados com ritmos mais lentos, apenas os cérebros dos músicos conseguiam a sincronia.
    Como a fala e a música compartilham redes cerebrais semelhantes, é possível que o treinamento musical também possa melhorar as habilidades linguísticas.
    Então, pegue o seu instrumento musical favorito e toque. Você pode não notar, mas suas ondas cerebrais vão dançar conforme a música.
    753 - Ganhou a vida cantando


    terça-feira, 29 de dezembro de 2015

    813 - Vamos resgatar nossas crianças!

    Você sabia...
    ... que a cada 15 minutos uma criança desaparece no Brasil?
    ... que cerca de 250.000 crianças estão desaparecidas no país hoje?
    ... que os maus-tratos são a principal causa de fugas e sumiços das crianças?
    ... que, no mundo, mais de 20 milhões de crianças são traficadas anualmente, principalmente para trabalho escravo e exploração sexual?
    Algumas medidas protetivas:
    - Ensine à criança seu nome completo e o número de telefone de seus responsáveis
    - Ensine a criança a não fornecer informações pessoais e familiares a estranhos
    - Ensine a criança a não falar ou sair com pessoas desconhecidas
    - Faça a carteira de identidade da criança o mais cedo possível
    - Fique atento ao que a criança acessa na internet
    - Procure conhecer os amigos dos seus filhos (e a família desses amigos)
    - Não deixe crianças pequenas brincarem sem a supervisão de um adulto responsável
    - Esteja sempre presente e participe das atividades da vida dos seus filhos
    O que fazer diante de um caso de desaparecimento infantil:
    - Imediatamente comunique à polícia e registre um Boletim de Ocorrência. De acordo com a Lei 11.259/2005, a busca policial se inicia logo após o recebimento da denúncia
    - Disque 100 (serviço 24 horas)
    - Divulgue fotos recentes da criança desaparecida na TV, jornais, redes sociais, shoppings, supermercados, escolas, pontos de ônibus, rodoviárias, aeroporto, igrejas
    - Busque orientação junto ao Conselho Tutelar de sua região
    Sites
    www.criancasdesaparecidas.org
    www.desaparecidos.gov.br
    www.maesdase.org.br
    acoessociais@portalmedico.org.br - e-mail CFM

    sábado, 26 de dezembro de 2015

    812 - No próprio pé

    Dos 69 111 casos de feridas não fatais por armas de fogo, atendidas nos serviços de urgência hospitalares dos Estados Unidos, no período de 1993 a 2010, 667 (1,0%) foram por disparos auto-infligidos no pé. Destes, 597 dos pacientes (89,6%) eram homens e 345  (51,7%) tinham a idade entre 15 e 34 anos.
    A regressão logística indicou que os indivíduos mais propensos a atirar no próprio pé eram do sexo masculino (OR, 1,28; 95% CI, 1,0-1,7) e casados ​​(OR, 2,6; 95% CI, 2,1-3,4).
    Incidências de tiro no próprio pé foram mais comuns em outubro, novembro e dezembro.
    https://www.mja.com.au/journal/2015/203/11/americans-shooting-themselves-foot-epidemiology-podiatric-self-inflicted-gunshot
    Os Estados Unidos são o lar de cerca de um terço de todas as armas de fogo que existem no mundo, com 90 armas para cada 100 cidadãos americanos. Portanto, não é surpreendente que as feridas por bala (inclusive no próprio pé) estejam entre as principais causas de acidentes no país.

    quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

    811 - China em alerta vermelho por causa da poluição

    Esta foi a segunda vez em menos de um mês. Uma grande área, do centro até o leste da China, encontra-se em alerta vermelho por causa da grande poluição aérea.
    Na capital chinesa, a densidade das partículas PM 2.5 – as mais finas e suscetíveis de se infiltrar nos pulmões – aproximou-se nos últimos dias dos 450 microgramas por metro cúbico. E a Organização Mundial da Saúde estabelece o máximo de 25 microgramas para que o ar seja considerado saudável.
    A revista The Economist diz que respirar o ar de Pequim pode ser equivalente a fumar 40 cigarros por dia.

    Por isso, tem gente vendendo ar. Como a empresa Vitality Air que vende garrafas de alumínio com ar puro comprimido das montanhas canadenses. Apesar do preço (custam até 200 reais a unidade). os chineses acabaram com o estoque dessa empresa e ainda fizeram uma lista de espera.
    E não foi a primeira vez que alguém lucrou vendendo ar para eles. Em 2013, um empresário chinês ficou milionário vendendo ar em latinhas por 3 reais cada. Em apenas 10 dias, ele vendeu 10 milhões de latas.

    domingo, 20 de dezembro de 2015

    810 - É verão!

    Inicia-se hoje no hemisfério sul da Terra (e no Brasil) o verão - estação a findar em 20 de março de 2009. E cujos dias são mais longos (daí a mudança no horário) e... mais quentes.
    Não faltando quem queira se aproveitar da situação. Para conseguir tatuagens (ver imagens) com a exposição da pele à irradiação solar, a qual incide com maior intensidade sobre a superfície terrestre durante os dias de verão.
    Atenção
    Não tente fazer isto no terraço de casa (nem na praia). Essas tatuagens feitas pelo sol não passam de queimaduras e aumentam os riscos para os cânceres de pele.

    quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

    809 - Guerrilha urbana

    Celina Côrte Pinheiro
    médica ortopedista e traumatologista
    celinacps@yahoo.com
    É simplório considerar que os itens de segurança devam ser desprezados para que não ocorra a redução de adeptos
    Há cerca de duas décadas, o uso das bicicletas passou a ser revigorado nas cidades brasileiras como mais uma possibilidade de exercício. A princípio, grupos organizados circulavam em horários de menor movimento nas ruas e rodovias. Mais recente é o estímulo à prática do ciclismo com vista não apenas ao lazer, mas também à melhoria da mobilidade urbana com preservação ambiental.
    Na cidade de Fortaleza, também incluída neste processo de deslocamento com redução de poluentes, construíram-se as ciclofaixas e ciclovias, algumas improvisadas em ruas já estreitas para o tráfego habitual. Distribuídas em vários pontos da Cidade, buscam proteger os adeptos do esporte; contudo, por si só não bastam. Educar é preciso, embora bem mais difícil do que se adequar às tendências da modernidade.
    Motoristas e motociclistas devem ter em mente a vulnerabilidade dos ciclistas, respeitando as ciclofaixas e trafegando com menor velocidade, fator inegável na redução de riscos. Por sua vez, os ciclistas devem se acercar de medidas protetivas pessoais. Capacetes, tênis, luzes, campainhas, espelhos retrovisores, luvas e coletes reflexivos são equipamentos mínimos para proteção dos ciclistas e visualização dos mesmos por terceiros. Há atropelamentos decorrentes da quase invisibilidade do ciclista, sobretudo em ruas mal iluminadas.
    É simplório demais considerar que os itens de segurança devam ser desprezados para que não ocorra a redução do número de adeptos do ciclismo. A segurança e a educação devem estar atreladas à nova tendência, visando à redução do número de atropelamentos, com ou sem óbito. Quando há vítimas, a repercussão pessoal, social e financeira é bem maior do que se pode aquilatar.
    Caso não ocorra conscientização dos riscos, respeito à vida e mudança de comportamento de todos os envolvidos nesta guerrilha urbana em que não há vencedores, a violência no trânsito tenderá a um incontrolável crescimento. O temor aos acidentes, este, sim, reduzirá o número de praticantes do ciclismo. Medidas adequadas e urgentes devem ser tomadas para coibir o aumento do número de vítimas do trânsito e reduzir a gravidade dos acidentes. A violência no trânsito já se constitui um sério problema de saúde pública e devemos nos esforçar para não torná-la ainda mais grave por omissão em um trânsito caótico, desrespeitoso e agressivo. E os pedestres, como ficarão nesta insana disputa por espaço e poder?
    Artigo publicado no jornal O Povo (Opinião), em 15/12/2015 
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    segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

    808 - A epidemia revivida

    No verão de 1977, uma epidemia de gripe começou a se espalhar na China. No outono, através da Rússia, e, durante o inverno, ela se alastrou no hemisfério Norte. Isso foi considerado "normal", é claro. O inverno é a estação de gripe, e não era uma gripe forte como costuma acontecer nessa estação. A doença afetava principalmente as pessoas com menos de 25 anos.
    Tudo parecia "normal", até que os virologistas tiveram a oportunidade de analisar o vírus. Foi quando ficaram perturbados e, também, logo entenderam por que o vírus só vinha afetando as pessoas jovens. O que eles estavam vendo não era um tipo de vírus que esperavam ver: uma variante ligeiramente mutante da gripe que havia circulado no mundo nos últimos 12 meses. Em vez disso, o vírus era quase idêntico à uma cepa de vírus que não era vista na natureza há mais de 20 anos.
    Foi por isso que as pessoas com mais de 25 anos não adoeceram: elas tinham desenvolvido imunidade a essa gripe muito anteriormente. De igual modo, foi por isso que as pessoas com menos de 25 anos adoeceram: eles nunca haviam tido a oportunidade de ter esta gripe, seja como uma infecção natural ou como componente de uma vacina.
    A única forma de uma cepa de gripe considerada extinta poder reaparecer, segundo eles, seria se ela estivesse preservada no congelador de algum laboratório e, acidentalmente, houvesse retornado à natureza.
    http://goo.gl/U40ta6

    sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

    807 - Efeitos do tabagismo passivo na morbidade da asma

     O tabagismo passivo (TP) pode desencadear exacerbações da asma em crianças. Diferentes estudos têm relacionado o aumento dos sintomas da asma, o uso dos cuidados de saúde e as mortes em crianças expostas ao tabagismo passivo, mas o risco não foi quantificado de maneira uniforme em todos os estudos.
    O objetivo deste estudo, publicado no Annals of Allergy, Asthma and Immunology, foi realizar uma revisão sistemática e meta-análise para avaliar e quantificar a gravidade da asma e a utilização dos cuidados de saúde em crianças expostas ao TP.
    Uma revisão sistemática foi realizada para avaliar a associação entre a gravidade da asma em crianças e o TP. Os critérios de inclusão incluíram os estudos que avaliavam as crianças com exposição ao TP e relatavam os desfechos de interesse como a gravidade da asma, incluindo as exacerbações. Os modelos de efeitos aleatórios foram usados para combinar os resultados de interesse (consultas no pronto socorro ou internações, sintomas graves de asma, sibilância e provas de função pulmonar) dos estudos incluídos.
    Um total de 1.945 estudos foram identificados e 25 estudos preencheram os critérios de inclusão. As crianças com asma e exposição ao TP tiveram duas vezes mais chances de internação por asma (odds ratio [OR] 1,85, 95% intervalo de confiança [IC] 1,20-2,86, P = 0,01) do que as crianças com asma, mas sem exposição ao TP. A exposição ao TP também foi significativamente associada com as consultas no pronto socorro (OR 1,66, IC 95% 1,02-2,69, P = 0,04), com a sibilância (OR 1,32, IC 95% 1,24, 1,41, P <0 nbsp="" p="">Os pesquisadores concluíram que as crianças com asma e exposição ao TP possuem quase duas vezes mais chances de internação por exacerbação da asma e são mais propensas a ter pior prova de função pulmonar.
    Fonte: Efeitos do tabagismo passivo na morbidade da asma e na utilização dos cuidados de saúde em crianças: uma revisão sistemática e meta-análise, Annals of Allergy, Asthma and Immunology
    Autores: Wang Z, May SM, Charoenlap S, Pyle R, Ott NL, Mohammed K, Joshi AY.

    terça-feira, 8 de dezembro de 2015

    sábado, 5 de dezembro de 2015

    805 - A questão do café

    Boston, MA - Pessoas que bebem de três a cinco xícaras de café por dia podem ser menos propensos a morrer prematuramente por algumas doenças do que aqueles que não bebem ou bebem menos café, de acordo com um novo estudo por pesquisadores da Harvard T.H. Chan School of Public Health.
    O estudo é: "Associação de Consumo de Café com a Mortalidade Total e por Causas Específicas em Três Grandes Coortes Prospectivas", Ding Ming, Ambika Satija, Shilpa N. Bhupathiraju, Yang Hu, Qi Sun, Walter Willett, Rob M. van Dam, Frank B. Hu, Circulation on-line, 16 de novembro de 2015.
    Os autores e sua instituição fizeram um vídeo para informar ao público de que a questão do café agora tem resposta:
    O consumo de três a cinco xícaras de café por dia pode reduzir o risco de morrer por:
    • doença cardiovascular
    • doença de Parkinson
    • diabetes tipo 2
    • suicídio

    quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

    804 - A relação entre DPOC e câncer de pulmão

    Destaques
    • A DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) é um fator de risco para câncer de pulmão além de sua etiologia compartilhada.
    • Ambos são accionados por estresse oxidativo.
    • Ambos estão ligados ao envelhecimento celular, senescência e encurtamento dos telômeros.
    • Ambos têm sido associados a predisposição genética.
    • Ambos mostram regulação epigenética da expressão do gene alterado.
    The relationship between COPD and lung cancer, Lung Cancer Journal
    http://dx.doi.org/10.1016/j.lungcan.2015.08.017

    domingo, 29 de novembro de 2015

    803 - MS confirma relação entre vírus zika e microcefalia

    O Ministério da Saúde confirmou ontem (28) que existe relação entre o vírus zika e os casos de microcefalia na região Nordeste do país. Segundo nota divulgada pela pasta, exames feitos em um bebê nascido no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos.
    O resultado enviado pelo Instituto Evandro Chagas revelou, segundo o ministério, "uma situação inédita na pesquisa científica mundial".
    O governo assegurou que vai dar continuidade às investigações para descobrir quais as formas de transmissão, como o vírus atua no organismo e qual período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
    Diante dessa declaração a expectativa é que sejam redobradas ações nacionais para combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, zika e chikungunya.
    Está sendo fortemente recomendado que as gestantes se protejam de mosquitos, especialmente durante os primeiros 4 meses – período de formação dos órgãos do futuro bebê.
    05/12/2015 - Atualizando ...
    O Ministério da Saúde mudou os critérios para o diagnóstico de microcefalia e adotou a medida de 32 centímetros como o ponto de partida para triagem e identificação de bebês não prematuros com possibilidade de ter a malformação no crânio.
    Até então, estavam sendo considerados casos suspeitos aqueles em que a criança nascia com menos de 33 centímetros de perímetro cefálico, segundo o Ministério da Saúde, para incluir um número maior de bebês na investigação. Depois de ter o perímetro cefálico medido, para ter o diagnóstico confirmado, a criança precisa passar por outros exames.
    Segundo a pasta, a medida segue recomendação da Organização Mundial da Saúde, que considera 32 centímetros a medida padrão mínima para a cabeça de recém nascidos não prematuros. O perímetro cefálico, medida da cabeça feita logo acima dos olhos, varia conforme a idade gestacional do bebê. Segundo o Ministério da Saúde, para a população brasileira, 33 centímetros é considerado normal.
    Especial sobre Perímetro Cefálico - 0 a 5 Anos, com os valores normais de perímetro cefálico, escrito pela Dra. Bárbara Lalinka.

    quinta-feira, 26 de novembro de 2015

    802 - Medicação injetável para o controle do colesterol

    O tema dos anticorpos monoclonais para o tratamento do colesterol alto foi discutido em Curitiba, no 70º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado em setembro, durante um simpósio do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC, que contou com a participação de destacados cardiologistas internacionais especialmente convidados.
    Para o presidente do Departamento de Aterosclerose da SBC, José Rocha Faria Neto, a novidade é muito auspiciosa, mas a medicação tem indicação específica, não deve ser usada por qualquer pessoa que precise baixar o colesterol e, inicialmente, deverá será cara.
    O especialista explica que a indicação é para os pacientes que não suportam as estatinas, medicação tradicional, mas que pode ter como efeito colateral dores musculares intensas. Também é indicada para quem, mesmo tomando estatina, não logra baixar suficientemente o colesterol, precisando um segundo medicamento. A terceira indicação é para a hipercolesterolemia familiar, que ocorre em famílias nas quais, por problemas genéticos, várias pessoas tem colesterol elevado, fenômeno presente também nas crianças e que exige cuidados.
    Ainda segundo Rocha Faria, os anticorpos monoclonais anti-PCSK9 são conhecidos há algum tempo, mas só recentemente as pesquisas demonstraram sua eficácia, o que levou Estados Unidos e Europa a liberarem o medicamento. Na Europa a comercialização foi iniciada há poucas semanas.
    "No Brasil, dois laboratórios, Sanofi e Amgen entraram com pedidos junto à Anvisa para comercializarem o produto", explica o cardiologista, e ele deve ser ministrado a cada duas semanas, por uma injeção subcutânea.
    350 mil mortes anuais
    O interesse dos cardiologistas pela medicação de controle do colesterol é grande, porque o coração é a maior causa de morte no Brasil, respondendo por 350 mil óbitos anuais, muitos evitáveis, lembra o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Angelo de Paola.
    O motivo é que os fatores de risco para o coração são fartamente conhecidos, mas ainda insuficientemente combatidos. São eles: obesidade, tabagismo, hipertensão arterial, sedentarismo e a taxa de colesterol elevada, que leva ao estreitamento e bloqueio das artérias coronárias, o que caracteriza o infarto. O problema, diz Rocha Faria, é que ainda há poucos dias vários meios de comunicação deram abrigo a informações falsas, que dão a entender que não seria tão importante controlar o colesterol, o que não é verdade.
    Grave também é o modismo de usar "óleo de coco" como gordura saudável, quando o coco é rico em gorduras saturadas, que no organismo vão produzir colesterol. As gorduras recomendadas e que com evidências científicas comprovam ser úteis são o azeite de oliva e óleo de canola.
    O especialista conclui reafirmando que não há dúvidas sobre o papel do colesterol sanguíneo como fator de risco independente para doenças cardiovasculares, fato comprovado por estudos experimentais, epidemiológicos, genéticos e de intervenção. O adequado controle do colesterol é recomendado por diretrizes nacionais e internacionais de sociedades médicas, como a SBC, de sociedades de nutrição, órgãos governamentais e a Organização Mundial da Saúde.
    Os anticorpos monoclonais que combatem o colesterol representam mais uma arma e importante, para que a medicina possa reduzir o número de brasileiros que morrem a cada ano em decorrência do infarto.

    segunda-feira, 23 de novembro de 2015

    801 - O transtorno dismórfico corporal (2)

    A autoimagem que cada indivíduo constrói sobre si pode gerar efeitos diversos e um deles é o transtorno dismórfico corporal (body dysmorphic disorder), doença também conhecida como dismorfofobia.
    Caracterizado por uma preocupação exagerada com um defeito mínimo ou imaginário na aparência física, o TDC foi conceituado pela primeira vez, em 1886, pelo psiquiatra e antropólogo Enrico Morselli como "um sentimento subjetivo de fealdade ou defeito físico, no qual os pacientes sentem que são observados por terceiros, embora sua aparência esteja dentro dos limites da normalidade". Apesar de ser descrita há mais de um século, o conhecimento sobre a dismorfofobia ainda é esparso.
    Comumente confundido com transtorno obsessivo compulsivo (TOC), a versão revisada do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR), da Associação Americana de Psiquiatria, aponta que é característico do TDC o sofrimento clinicamente significativo ou o prejuízo no funcionamento ocupacional e social. Em geral, desenvolve-se uma morbidade expressiva e há tendência ao isolamento progressivo evitando, assim, o convívio social.
    Pacientes com dismorfofobia, geralmente, não buscam tratamento psiquiátrico – mas, atendimento com especialistas em cirurgia plástica ou dermatologia para tratarem suas imperfeições – que creem ser reais. Casos extremos levam a lesões autoinfligidas, amputações de membros sadios por decisão do paciente e suicídios. O tratamento da dismorfofobia envolve terapia cognitivo-comportamental e medicamentos.
    Extraído de: O paciente, o médico e o espelho, por Thaís Dutra. In: MEDICINA – CFM, maio/agosto de 2014.
    449 - O transtorno dismórfico corporal (1)

    sexta-feira, 20 de novembro de 2015

    800 - Medicamentos órfãos

    Os denominados "medicamentos órfãos" são aqueles fármacos dirigidos ao diagnóstico, prevenção ou tratamento de doenças graves, potencialmente fatais ou raras. Eles são assim chamados pelo pouco interesse que a indústria farmacêutica tem em os desenvolver e comercializar. Isso deve-se ao fato de haver um reduzido número de pacientes para esses medicamentos. Logo, tornam-se pouco rentáveis ou até podem dar prejuízo às indústrias que os produzem. A sua produção envolve muitas vezes estudos complexos e extremamente caros.
    Na Europa, uma doença é considerada rara quando afeta menos de 1 por 2.000 pessoas.
    Chiste
    Se você quer que descubram a cura para uma doença rara, deseje-a para um monte de gente rica.

    terça-feira, 17 de novembro de 2015

    799 - Então, o que torna o espectro visível especial?

    Bem... absolutamente nada.
    Ocasionalmente, nós temos olhos evoluídos que são bons em captar esta parte exata do espectro eletromagnético.Mas isso não é uma completa coincidência.
    A luz visível é o único conjunto de radiação eletromagnética que se propaga bem na água. O que, por acaso, foi onde os olhos evoluíram há milhões de anos. Isso foi uma sacada inteligente.
    Vídeo: 1:39 - 2:02

    sábado, 14 de novembro de 2015

    798 - O protesto das mães lactantes

    Em julho (4), cerca de 40 mães que amamentam se reuniram em frente ao Lobby Hobby, em Orem, Utah, para pressionar a loja a educar os funcionários sobre os direitos legais das mães que amamentam. Isso resultou de um incidente que Brenda Morgan, uma mãe lactante, teve com o gerente da loja.
    Brenda perguntou ao gerente onde ficava o local em que ela podia amamentar o filho, quando o gerente lhe indicou o banheiro. Ela disse: "Você come no WC?". E o gerente respondeu que não. Então, ela disse: "Exatamente... e nem meu filho".
    Brenda afirma que o funcionário ameaçou retirá-la da loja.
    Ela quer um pedido de desculpas e que a loja passe a reconhecer os direitos das mães que amamentam. Hobby Lobby ainda não comentou sobre esse protesto das mães lactantes.
    "When Nurture Calls" (Quando a Nutrição Chama)
    Três cartazes de uma campanha feita por estudantes da University of North Texas, com o intuito de fazer aprovar um projeto de lei que tramita no Congresso dos EUA sobre a amamentação em locais públicos
    Em São Paulo, as mulheres têm o direito de amamentar em público garantido por lei. O prefeito Fernando Haddad sancionou, em 14 de abril de 2015, a lei que garante o aleitamento materno em qualquer estabelecimento de São Paulo. Quem constranger ou proibir a mãe de amamentar seu filho em público pagará multa de R$ 500. Em caso de reincidência, o valor dobra. O local não precisa ter área específica para amamentação.
    "Todo estabelecimento localizado no município de São Paulo deve permitir o aleitamento materno em seu interior. Para fins desta lei, estabelecimento é um local, que pode ser fechado ou aberto, destinado à atividade de comércio, cultural, recreativa ou de prestação de serviço público ou privado", diz um trecho da lei.
    O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e até os dois anos ou mais, em conjunto com outros alimentos, traz resultados fantásticos para a saúde da mãe e do bebê.

    quarta-feira, 11 de novembro de 2015

    797 - Quando chamar o SAMU 192?

    403 - SAMU
    406 - SAMU: o pioneirismo do Ceará
    Você sabia que o SAMU, do Ministério da Saúde, já chega a 153,9 milhões de pessoas?

    domingo, 8 de novembro de 2015

    796 - Ciclistas também atropelam!

    Celina Côrte Pinheiro, médica traumatologista e ortopedista
    Presidente da Sobrames - Regional Ceará
    Como pedestre, sinto agudamente a rudeza do trânsito nesta cidade, face à fragilidade inerente ao meu corpo e o visível descompromisso de muitos com minha comodidade e segurança. Não se trata de um discurso egocêntrico. Ao perceber a dificuldade e os riscos a que me encontro sujeita no enfrentamento às barreiras existentes na Cidade, sensibilizo-me com a problemática de toda coletividade.
    Em Fortaleza, tem-se incentivado o uso das bicicletas com programas de compartilhamento, construção de ciclovias e ciclofaixas. Um sinal de civilidade, voltado ao lazer e à melhoria da mobilidade urbana! Contudo, os aparatos nem sempre correspondem ao ideal, por terem sido criados em vias já bastante comprometidas com o tráfego. Estreitas, inclinadas, com imperfeições na pavimentação e, por vezes, ocupadas por motociclistas apressados que as invadem para se deslocarem mais facilmente.
    Não bastando isso, em algumas ciclofaixas a circulação de bicicletas pode se dar nos dois sentidos, embora a via tenha mão única. Esta simpática alternativa intensifica o risco de acidentes para os ciclistas que surgem inesperadamente na contramão, em trajetos por vezes mal iluminados, diante dos carros que tentam atravessar os cruzamentos.
    Para o pedestre, nem se fala!
    Está sujeito agora a maior risco de atropelamento não apenas pelos motorizados, como também por ciclistas que se consideram os cidadãos eleitos e não obedecem às normas do trânsito.
    Todos os veículos motorizados, parados no semáforo vermelho, antes da faixa de retenção, enquanto o ciclista ultrapassa o cruzamento como dono da rua. Várias vezes precisei interromper a travessia na faixa de pedestres para dar passagem ao irresponsável ciclista. Caso contrário, seria atropelada, correndo risco de morte.
    Os ciclistas se sentem à vontade para se apropriarem das ruas e das calçadas. É útil lembrar que as normas de trânsito são para todos e que ciclistas também podem atropelar e matar pedestres. Na escala de vulnerabilidade, este é o mais frágil.
    Não basta darmos aos cidadãos a impressão de que a Cidade se tornou mais humana com a presença dos ciclistas nas ruas. Há necessidade premente de educação continuada para a mobilidade segura, civilizada e respeitosa, além da punição para os infratores. Ninguém está isento!
    Publicado originalmente em O POVO (Opinião), de 21/08/2015
    Celina, 
    Dentre todos  eles (motoristas, motoqueiros, ciclistas e pedestres), os pedestres são aqueles que, a meu ver, estão na base da "cadeia alimentar". 
    PGCS