quinta-feira, 31 de outubro de 2019

1121 - Talco e preocupações com asbesto

A Johnson &Johnson anunciou um recall nos Estados Unidos de seu popular Johnson's Baby Powder devido a baixos níveis de contaminação por asbesto (amianto). O recall, que é limitado a um lote do talco comercializado nos Estados Unidos, vem em resposta a um teste da Food and Drug Administration dos EUA que encontrou níveis de contaminação por amianto crisotila em uma amostra.
A empresa observou que os níveis encontrados não eram superiores a 0,00002% e que, nesta fase inicial de sua investigação sobre o assunto, não pode confirmar se ocorreu contaminação cruzada ou se o o produto testado é autêntico. A J&J "iniciou imediatamente uma investigação rigorosa e completa sobre esse assunto e está trabalhando com a FDA para determinar a integridade da amostra testada e a validade dos resultados dos testes".
A empresa "possui um rigoroso padrão de testes para garantir que o talco seja seguro e anos de testes, incluindo os testes do próprio FDA em ocasiões anteriores - e recentemente no mês passado - não encontraram asbesto. Milhares de testes nos últimos anos 40 anos confirmam repetidamente que nossos produtos de talco para consumo não contêm amianto".
O talco e o amianto são minerais naturais que podem ser encontrados em locais próximos. Ao contrário do talco, o amianto é um agente cancerígeno conhecido. Existe o potencial de contaminação do talco com o asbesto e, portanto, é importante selecionar o talco a ser utilizado.
Um relatório da Reuters, publicado no ano passado, disse que a empresa está ciente há décadas da presença de amianto em seu talco para bebês, mas não divulgou essa informação.
Processos foram movidos contra a empresa nos Estados Unidos, alegando que o amianto no pó de talco causa câncer. Alguns desses casos obtiveram sentenças contra a J&J com indenizações multimilionárias para os demandantes.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

1120 - Origens e desafios dos profissionais de saúde do século XXI

Reunião da Academia Cearense de Medicina
Conferencista: Dr. Marcelo Alcântara Holanda
Fortaleza-CE, 09/10/2019
Vídeo 1
YouTuber: Dra. Ana Margarida Arruda Rosemberg
Vídeo 2
YouTuber: Dra. Ana Margarida Arruda Rosemberg
Marcelo Alcântara é Superintendente da Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues Sobrinho e Professor Associado de Medicina Intensiva e Pneumologia da Universidade Federal do Ceará

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

1119 - Doutores Saratudo e House

"Ah, viesse aquele tempo em que tempo não há
Para nos levar do nosso para os tempos de lá." 
Paul Fleming, médico e poeta

Ambulância do Dr. Saratudo (Blog EM)


Feliz Dia para Todos!
(inclusive para o senhor, Dr. House)

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

1117 - A Seção de Documentação Científica do Hospital de Messejana

Período 1965-1977
No início de 1965, em uma sala situada no pavimento térreo do recentemente reformado Pavilhão Central, foi instalada a Seção de Documentação Científica (SDC), para dar continuidade aos trabalhos do Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) do então Sanatório de Messejana.
Chefes da SDC:
Dr. Abner Cavalcante Brasil
Dr. Francisco Sampaio de Oliveira
Dr. Amaury Teófilo Brasil
Dr. Abner Cavalcante Brasil (2.ª vez)
Depois dos trabalhos realizados pelo Dr. Pope Figueiredo, no Sanatório Santa Maria, da Prefeitura do Rio de Janeiro, e publicados em revistas especializadas, o Sanatório de Messejana passou a usar um sistema de fichas de dados exclusivamente direcionados à tuberculose. Essas fichas eram chamadas de cartões McBee.[link]
Na última gestão deste período, uma parte dos prontuários foi transformada em slides pelo fotógrafo Milton Nascimento, ao tempo que se planejou uma futura microfilmagem.
Fonte: "Sanatório de Messejana: uma história a ser contada", do tisiopneumologista Dr. Carlos Alberto Studart Gomes que, por 39 anos, dirigiu esta instituição. [link]
Período 1978-1994
Chefe da SDC: Dr. Paulo Gurgel Carlos da Silva
Em 1977, quando cheguei ao Hospital de Messejana, então dirigido pelo Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, a SDC ocupava a casa que, no período dessa instituição como Sanatório, fora o local de repouso dos médicos plantonistas.
Designado pelo Dr. Carlos Studart para auxiliar o Dr. Abner Brasil na SDC, com o afastamento do colega Abner para exercer o cargo de Secretário de Saúde do Piauí, em 1998, assumi a chefia da Seção.
Como estava previsto, iniciou-se, através da firma Gustavo Silva, a execução da microfilmagem de alguns lotes de prontuários do Hospital de Messejana. Contando com a anuência do Dr. Carlos Studart, decidi que, inicialmente, seriam microfilmados os prontuários: 1) de pacientes falecidos; 2) de antigos pacientes que não tinham retornado para atendimento no Hospital de Messejana, nos últimos cinco anos. Máquinas leitoras foram instaladas em vários pontos do Hospital de Messejana e uma máquina copiadora permaneceu à disposição dos interessados na SDC.
A experiência com a microfilmagem de prontuários e radiografias, que não vinha alcançando bons resultados, foi encerrada alguns anos após por falta de recursos financeiros com esta destinação.
Crescendo o problema da falta de espaço para o arquivamento da documentação médica, optei por implantar o prontuário de ambulatório, o qual tinha a vantagem de apresentar dimensões reduzidas. Este modelo de prontuário era exclusivamente utilizado no atendimento de pacientes externos que não haviam passado por alguma internação no Hospital de Messejana.
Adiante, houve a necessidade de construir uma SDC mais ampla. Durante a administração do Dr. Jorge Matos, que sucedeu a Dr. Carlos Studart, um  novo prédio foi construído, em comunicação com as Unidades de Pacientes Externos e de Emergência. Tivemos alguma dificuldade para torná-lo aceitável pelos funcionários do setor, pois a climatização não constava do projeto.
Por determinação da Administração Central do INPS, passamos a usar na SDC, em substituição aos cartões McBee, as fichas de Médico Assistente, Diagnóstico, Operação e Óbito para coletar os dados dos pacientes que recebiam alta hospitalar.
Finalmente, entramos na era de processamento de dados. Havia um computador CP 500, que se encontrava ocioso no Centro Cirúrgico, e para o qual o anestesiologista Henrique Torres, a nosso pedido montou o programa CID para receber os dados da Classificação Internacional de Doenças..
Foi pela Documentação Científica que, de fato, o processamento de dados entrou no Hospital de Messejana. Com a chegada do funcionário Haroldo de Castro Araújo, em 1989, quando a SDC já reunia uma estrutura mais adequada na área da informática, diversos programas foram implantados.
Ressalte-se que alguns deles, trinta anos depois, ainda continuam sendo operacionais.
A partir de 1990, quando esta instituição passou a integrar a rede de hospitais da Secretaria de Saúde do Ceará, a SDC, em parceria com o setor de Contas Médicas e a assessoria da firma Hospidados, foram responsáveis pela implantação no Hospital de Messejana da AIH - Autorização de Internação Hospitalar.
Em 1992, a SDC teve o nome mudado para Centro de Arquivo Médico e Estatística (CAME) pela SESA-CE.
Período 1995-2019
Chefes da SDC:
Dr. Abelardo Soares de Aguiar  [link]
Dr. Leandro Cruz Demétrio de Souza
Dra. Ana Lúcia Araújo Nocrato
Em 20/09/2019, atendendo a um convite da colega Ana Lúcia Araújo Nocrato, visitei a Unidade de Documentação Científica (UNDOC, nome atual da SDC). Uma oportunidade para rever antigos funcionários do setor, como o Marcos Aurélio, o João Soares e o José Marcelo, e conhecer os novos funcionários. Haroldo Araújo, que atualmente é o chefe das Contas Médicas, foi lá para me abraçar. E fui conduzido para uma sessão de fotos próximo a uma placa lisonjeadora.
Foto: vejo-me, entre Marcos Aurélio e Ana Nocrato, coordenadores administrativo e médico da UNDOC - Unidade de Documentação Científica
Percorrendo as instalações pude observar algumas mudanças: a abertura de uma saída de emergência (indispensável em situação de incêndio) com a porta dando para uma rampa; modernas estantes com seções móveis para os prontuários, em substituição às fixas que antes existiam, e a criação de um jardim (de onde veio o capim santo para o chá que me foi servido com sequilhos).
Fui informado de que o arquivamento de uma grande parte dos prontuários encontra-se terceirizado (fora do Hospital). Numa prova de que um arquivo de documentos hospitalares está sempre a enfrentar o problema da falta de espaço para cumprir sua missão.
Auxiliares (que trabalharam comigo):
Eronita, Leda, Antônio Medeiros, Antônio Serpa, Tarcísio, Erialdo, Clécio, Helena, Francisco Tertulino (Chiquinho), Fco. José (MS), Ana, Malveira, Haroldo de Castro Araújo (programador, chefe das Contas), Lúcia de Fátima (Farm.), Pedro, Dilma Bastos (Enf.ª, nora de Zivaldo) [link], Regina Cleide Ximenes (Enf.ª), Evandro (analista de sistema), João Soares, Marcos Aurélio, Eduardina (Dudu), Leônia Solon. Fizeram o curso superior enquanto trabalhavam na SDC: Lúcia (Farmácia), Dilma (Enfermagem) e Regina (Enfermagem).