"A doença é zona noturna da vida, uma cidadania mais
onerosa. Todos que nascem têm dupla cidadania, no
reino dos sãos e no reino dos doentes. Apesar de todos
preferirmos só usar o passaporte bom, mais cedo ou
mais tarde nos vemos obrigados, pelo menos por um
período, a nos identificarmos como cidadãos desse
outro lugar."
Susan Sontag
As (des)ordens de um flagelo: notas de leitura
por Carlos Roberto da Silva, da UNIPAM.Mestre em Literaturas de Língua Portuguesa pela PUC Minas.
Resumo do artigo
Análise de obras de arte como pintura, peça de teatro e literatura, a partir da ideia de estetização da doença como metáfora da própria sociedade. Baseia-se, para isso, no pensamento de Susan Sontag, Adam e Herzlich e outros que, numa perspectiva sociológica, estudaram as relações entre o homem, a doença e a sociedade, mostrando que a doença é mais que um desarranjo do organismo biológico, pois afeta também o organismo social e, conseguintemente, o cultural.
In: Revista ALPHA, número 9