Mostrando postagens com marcador recomendações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador recomendações. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

1186 - Atualizações e recomendações sobre a COVID-19

(documento elaborado em 09/12/2020)
2) Sobre o tratamento precoce nos primeiros dias de sintomas
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) não recomenda tratamento farmacológico precoce para COVID-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco,vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro), porque os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais. Ou seja, não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a COVD-19.
Essa orientação da SBI está alinhada com as recomendações das seguintes sociedades médicas científicas e outros organismos sanitários nacionais e internacionais, como: Sociedade de Infectologia dos EUA (IDSA) e da Europa (ESCMID), Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH), Centros Norte Americanos de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Organização Mundial da Saúde (OMS) eAgência Nacional de Vigilância do Ministério da Saúde do Brasil (ANVISA).
Na fase inicial, medicamentos sintomáticos, como analgésicos e antitérmicos, como paracetamol e/ou dipirona, podem ser usados para pacientes que apresentam dor e/ou febre.
http://drive.google.com/file/d/17wfxUCfUzhY4fWb1xiX2VsTi3noQsOfc/view

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

1122 - Criptosporidiose: a propagação é evitável

Recentemente, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) publicou um relatório sobre as tendências dos últimos surtos causados pelo Crypto, mais conhecido formalmente como Cryptosporidium. Durante o período 2009-2017, foram notificados 444 surtos desse parasita nos Estados Unidos, resultando em 7.465 casos de criptosporidiose, dos quais 285 exigiram hospitalização e 1 terminou em morte. A cada ano, o aumento de surtos é de cerca de 13%.
 Assim como muitos outros agentes infecciosos que atacam o sistema digestivo, o Crypto causa diarréia aquosa que pode durar até três semanas, além de cólicas estomacais, vômitos e desidratação. Enquanto a maioria das pessoas supera a experiência desagradável sem grandes consequências e até mesmo algumas não percebem seus sintomas, a doença pode ser fatal naqueles indivíduos com o sistema imunológico enfraquecido.
O Cryptosporidium é um dos patógenos entéricos muito comuns no mundo. Pode ser adquirido através do manuseio de gado, em hospitais, viveiros ou através do contato direto com pessoas infectadas. Mas, de acordo com o CDC, a principal fonte de infecção, que cobre 35% do total de surtos, são piscinas públicas.
Você pode atribuir os surtos a essas piscinas com manutenção deficiente, mas o Crypto pode resistir a ambientes tratados com cloro por vários dias. E apenas um germe é suficiente para alguém acabar doente. Mas neste caso, como em muitos outros, o verdadeiro culpado não é esse germe, é o ser humano.
Dito isto, é muito provável que tenha havido casos de criptosporidiose e outras doenças causadas por banhistas adultos, que deveriam saber que nunca se deve entrar em uma piscina enquanto estiver com diarreia. Então, se você ou seus filhos tiverem diarréia, não entrem na piscina . Aguardem pelo menos duas semanas após a última evacuação diarréica para fazê-lo.
A propósito, não faz mal fazer esta última recomendação: tente não engolir água da piscina.
Fontes:
Cryptosporidiosis Outbreaks — United States, 2009–2017, CDC
Grandes Medíos

domingo, 14 de maio de 2017

980 - A confusão mental dos idosos

Arnaldo Lichtenstein é médico, clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ele tem algumas recomendações simples, porém muito importantes.
"Durante as aulas de clínica médica que ministro aos estudantes do quarto ano de Medicina, a certa altura, faço a seguinte pergunta:
- Quais as causas mais comuns de confusão mental nas pessoas idosas?
Alguns tentam adivinhar: "Tumor no cérebro".
Eu respondo: "Não".
Outros arriscam: "Mal de Alzheimer".
Novamente, respondo: "Não".
A cada negativa os alunos vão demonstrando espanto.... E ficam ainda mais boquiabertos quando menciono os três motivos mais comuns:
  • Diabetes fora de controle;
  • Infecção urinária;
  • A família foi passear e deixou o avô e a avó em casa, para não se cansarem.
Embora pareça brincadeira, não é não! Como o avô e a avó não sentiram sede, não ingeriram líquidos.
Quando não há ninguém mais em casa para lembrá-los de tomar água, chá ou sucos, eles desidratam-se rapidamente.
A desidratação pode vir a ser grave, afetando todo o organismo. Pode causar confusão mental repentina, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos, angina (dor no peito), coma e até o óbito.
O processo natural de envelhecimento faz com que, na terceira idade - que começa aos 60 anos - tenhamos pouco mais de 50% de água no organismo. Portanto, os idosos têm menor reserva de líquidos. Para complicar mais o quadro, mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água porque, muitas vezes, há certa disfunção nos seus mecanismos de equilíbrio interno.
Conclusão:
As pessoas idosas desidratam-se com mais facilidade não apenas porque têm menos reserva de água, mas também porque não se dão conta de que necessitam de água. Mesmo que o idoso seja saudável, a falta de líquido reduz o desempenho das reações químicas e funcionais de todo o organismo.
Por esse motivo, aqui estão dois alertas:
O primeiro é para as pessoas idosas: fiquem bem conscientes do hábito de tomar líquidos, mesmo no inverno.
O segundo alerta é endereçado aos familiares: ofereçam, com bastante frequência, líquidos aos idosos. Ao mesmo tempo, prestem atenção. Caso percebam que estão rejeitando líquidos e, que, de repente, ficam confusos, irritadiços, alheios ao que se passa ao redor, cuidado! É quase certo que sejam sintomas de desidratação. Deem-lhes líquidos e procurem logo atendimento médico".
Fonte: TudoPorEmail

sábado, 19 de março de 2016

840 - Testes sorológicos para HIV, sífilis e hepatites B e C

Sobre a conveniência e a oportunidade de os médicos oferecerem aos pacientes, em consulta médica, a solicitação de testes sorológicos para HIV, sífilis, hepatites B e C, bem como orientá-los sobre a prevenção destas infecções, o Conselho Federal de Medicina (CFM) RECOMENDA AOS MÉDICOS:
O médico verificará nas consultas se seus pacientes realizaram testes sorológicos para sífilis, HIV, hepatites B e C, e vacinação, no caso da hepatite B.
Caso os testes, ou a vacinação, não tenham sido realizados, o médico orientará o paciente, conforme o caso, sobre a necessidade, a oportunidade ou a conveniência de sua execução.
Quanto aos testes sorológicos para sífilis, HIV, hepatites B e C, deve o médico, especificamente:
I – Sugerir a realização dos testes sorológicos, incluindo esclarecimento e aconselhamento pré-teste, em ambiente adequado, respeitando e garantindo, sempre, a privacidade, o sigilo e a confidencialidade.
II – Solicitar os testes somente se o paciente e/ou seu representante/assistente legal concordar livremente com sua realização, após adequado esclarecimento.
Em nenhuma circunstância os exames serão compulsórios.
O médico, diante dos resultados, aconselhará sobre prevenção e encaminhará para tratamento, quando indicado.
Brasília-DF, 21 de janeiro de 2016, RECOMENDAÇÃO CFM Nº 2/2016

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

555 - Escolha Sabiamente

Cinco testes e tratamentos comumente realizados em pneumologia nem sempre são necessários
A lista destes procedimentos foi elaborada por uma força-tarefa colaborativa montado entre a American Thoracic Society (ATS) e a American College of Chest Physicians. Destina-se a promover o diálogo médico-paciente sobre os testes e tratamentos que são mais adequados para ambos, a fim de evitar aqueles cujos danos potenciais podem superam os seus benefícios.
"A campanha Choosing Wisely (Escolha Sabiamente) pode ajudar os médicos a tomar o terreno moral de frear os custos de suas práticas, ao invés de deixar essas decisões para os formuladores das políticas de saúde. Há uma série de testes de diagnóstico e de terapias para os quais as evidências disponíveis sugerem falta de eficácia, e os médicos estão em melhor posição para determinar exatamente o que, em sendo praticado nas respectivas especialidades, encaixa-se nessa situação", diz Scott Halpern, professor assistente da Universidade da Pensilvânia e co-presidente da força-tarefa que produziu a lista.
As cinco recomendações em pneumologia são:
  1. Não executar acompanhamento por tomografias para a avaliação de nódulos pulmonares indeterminados em intervalos mais frequentes ou por um período de tempo mais longo do que o recomendado pelas diretrizes estabelecidas. 
  2. Não oferecer como rotina tratamento farmacológico com drogas vasoativas avançadas que foram aprovadas apenas para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar em pacientes com a hipertensão pulmonar resultante de doença do coração esquerdo ou de doenças pulmonares com hipoxemia (Grupos II ou III da hipertensão pulmonar). 
  3. Para os pacientes que receberam alta recentemente com indicação de oxigênio suplementar em casa após hospitalização por doença aguda, não renovar a prescrição sem avaliar o paciente para a hipoxemia em curso. 
  4. Não realizar angio-TC para avaliar a possibilidade de embolia pulmonar em pacientes com baixa probabilidade clínica e com resultados negativos em ensaio de dímero-D altamente sensível. 
  5. Não realizar triagem por tomografia para câncer de pulmão entre pacientes com baixo risco de câncer de pulmão. 
Saiba mais sobre a campanha Escolha Sabiamente em ChoosingWisely.org.