quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

1030 - Acidentes com fogos de artifício no Brasil

Considerada uma das maiores celebrações do País, as festas juninas não são apenas sinônimo de diversão, mas também de aumento do risco de queimaduras e acidentes com fogos de artifício. De acordo com levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), além de mortes – aproximadamente 10 a cada ano –, o manuseio inadequado desse tipo de explosivo tem levado à internação, em média, 500 pessoas por ano. Queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputação de membros, lesões auditivas, de córnea ou perda da visão são alguns dos principais perigos nesta época do ano.
Segundo dados do Ministério da Saúde, de 2008 a 2016, 4.577 pessoas foram internadas para tratamento por acidentes com fogos de artifício, com destaque para os estados da Bahia (961 hospitalizações), São Paulo (850) e Minas Gerais (640). No mesmo período, 133 pessoas foram internadas devido a esses acidentes no estado do Ceará.
Clique aqui para ver os números de internações, de 2008 a 2016, por queima de fogos de artifício no Brasil, por estado e ano de atendimento. Fonte: SIH/SUS
“Em média, são registradas cerca de 85 internações no Brasil somente no mês de junho. Se considerarmos que em algumas regiões as festas juninas têm início nas quermesses de maio e vão até julho, podemos verificar que um terço de todas as hospitalizações do ano acontecem apenas neste período de 90 dias”, explica Pedro Nader, coordenador da Comissão de Cirurgia Plástica do CFM, que mantém um núcleo de queimaduras.
Nader acrescenta que, em caso de acidente, as pessoas devem procurar o serviço de saúde mais próximo, para atendimento médico adequado. “Se possível, lave o ferimento com água corrente, evite tocar na área queimada e não use nenhuma substância sobre a lesão – como manteiga, creme dental, clara de ovo e pomadas”, recomenda.
Jornal do CFM, n.º 269, julho de 2017

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

1029 - Cresce a incidência de câncer no mundo

Estima-se que, somente entre os anos de 2016 e 2017, 600 mil novos casos de câncer afetarão a população brasileira. Os tumores pediátricos respondem por, aproximadamente, 3% desses casos – o que atinge crianças e adolescentes até os 19 anos. Dos 600 mil novos casos, entre a população masculina é esperada a incidência de 295.200 novos casos e, entre a feminina, 300.800.
Os dados são da publicação bienal do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Estimativa 2016, que aponta que 60% dos pacientes no Brasil são diagnosticados em estágio avançado da doença.
Com tratamento de alta complexidade, o câncer de pele não-melanoma é o mais frequente na população brasileira, sendo seguido, entre os homens, pelos cânceres de próstata, pulmão, intestino, estômago e cavidade oral. Entre as mulheres, os tipos de cânceres mais frequentes são de mama, intestino, colo de útero, pulmão e estômago. De acordo com o World Cancer Research Fund International (WCRF), a incidência de câncer no mundo cresceu em 20% na última década.
O rol de especialidades e áreas de atuação médica foi ampliado: oncologia clínica e cirurgia oncológica são as duas novas especialidades, enquanto oncologia pediátrica tornou-se área de atuação reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). É o que estabelece a Resolução CFM nº 2.162/2017, já em vigor.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

1028 - Uma balança inercial revela flutuações rápidas de massa em células de mamíferos

RESUMO - A regulação do tamanho, volume e massa nas células vivas é fisiologicamente importante e a desregulação desses parâmetros dá origem a doenças. A massa celular é amplamente determinada pela quantidade de água, proteínas, lipídios, carboidratos e ácidos nucleicos presentes em uma célula e está fortemente ligada ao metabolismo, à proliferação e à expressão gênica.
Crédito: Martin Oeggerli / Universidad de Basilea
Tecnologias emergiram nos últimos anos que possibilitam rastrear as massas de células suspensas simples e células aderentes. No entanto, não era possível rastrear células aderentes individuais em condições fisiológicas com resoluções de massa e tempo necessárias para observar a rápida dinâmica celular.
Aqui, apresentamos uma "picobalança" inercial que mede a massa total de células aderentes simples ou múltiplas em condições de cultura durante dias com resolução de tempo de milissegundo e sensibilidade de massa de picograma. Usando nossa técnica, observamos que a massa de células vivas de mamíferos flutua intrinsecamente por cerca de um a quatro por cento em intervalos de tempo de segundos ao longo do ciclo celular.
As experiências ligam essas flutuações de massa aos processos celulares básicos de síntese de ATP e transporte de água. Além disso, mostramos que o crescimento e a progressão do ciclo celular são detidas em células infectadas com vírus vaccinia, mas as flutuações de massa continuam até a morte celular. Nossas medidas sugerem que todas as células vivas apresentam flutuações de massa rápidas e sutis ao longo do ciclo celular.
Como o nosso equilíbrio celular é fácil de manusear e compatível com microscopia de fluorescência, antecipamos que nossa abordagem contribuirá para a compreensão da regulação da massa celular em vários estados celulares e em prazos, o que é importante em áreas como fisiologia, pesquisa sobre câncer, diferenciação de células-tronco e descoberta de drogas.
doi : 10.1038 / nature24288
As melhores imagens científicas de 2017, LA CRONICA.com
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12/01/2018 - 200 K
NOVA ACTA ALCANÇA A MARCA DE 200 MIL ACESSOS.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

1027 - Alguém já pegou o resfriado comum no espaço?

As agências espaciais, como a NASA, são extremamente cautelosas com qualquer doença antes de enviar os astronautas para o espaço. Qualquer problema de saúde - da gripe suína para a gripe comum - pode ser desastroso para todos os membros da tripulação, pois a microgravidade enfraquece o sistema imunológico, tornando a doença muito mais proeminente. O resfriado comum, por exemplo, com o congestionamento que causa nas vias aéreas, pode fazer com que os ouvidos fiquem bloqueados, especialmente durante as mudanças de pressão que ocorrem numa caminhada espacial.
Como prevenção, os astronautas são mantidos em quarentena antes de se deslocarem para o espaço. Além disso, para verificar se há problemas pré-existentes, os astronautas devem ser submetidos a um exame físico completo. Isso inclui swabs e outros testes de laboratório na semana que antecede o lançamento. Após o exame inicial e sete dias antes da decolagem, o contato dos astronautas com outras pessoas é limitado. Esta etapa do processo de quarentena é rigorosa e até mesmo o médico da equipe que acompanha os testes permanece isolado com a equipe. E qualquer pessoa que adoeça durante este período é proibida de trabalhar com os membros da tripulação.
No entanto, apesar de testes tão rigorosos, houve astronautas que ficaram doentes no espaço. Wally Schirra (foto acima), da Apollo 7, teve um resfriado no meio de sua missão. Outros astronautas, como Frank Borman, da missão Apollo 8, Hans Schlegel e outros astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional, também ficaram doentes, mas isso se deveu principalmente a seus corpos tentando se adaptar à microgravidade.
Has anyone ever caught the common cold in space?, Space Answers