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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

1007 - A poluição do ar mata 40 mil pessoas por ano no Reino Unido?

Os riscos para a saúde pública decorrentes da má qualidade do ar são considerados semelhantes aos da obesidade no Reino Unido, mas aumentar a conscientização pública sobre esse problema invisível tem sido difícil. Ninguém tem "morte por poluição do ar" registrada na declaração de óbito, dificultando a previsão do número de mortes por ano atribuíveis ao NO2 (dióxido de nitrogênio). Um relatório do Royal College of Physicians sugere que poderia ser em torno de 40 mil óbitos, uma estimativa sujeita a grandes margens de erro (discutidas com mais detalhes pelo estatístico Sir David Spiegelhalter, do WinstonCentre). O cálculo de um número exato não é essencial, pois esses casos extremos provavelmente serão a ponta do iceberg em termos de impactos na saúde e grupos vulneráveis, como crianças ou asmáticos, estão em maior risco.
Os efeitos da exposição a longo prazo a uma má qualidade do ar são notoriamente difíceis de provar e os impactos da exposição cumulativa ou a co-exposição a poluentes múltiplos do ar são amplamente desconhecidos. Os danos de quantificação com base em medidas de exposição podem ser problemáticos, com complicações adicionais decorrentes de diferentes exposições entre regiões, e até mesmo entre indivíduos na mesma rua. No entanto, um workshop realizado na Royal Society reuniu especialistas no campo da qualidade do ar, onde o consenso apoiou que, apesar da incerteza, a evidência existente era suficiente para tomar medidas para reduzir os efeitos negativos da má qualidade do ar.

domingo, 12 de março de 2017

959 - Mortífero ar

Existem lugares no mundo onde a Mãe Natureza realmente pode matar. De tempestades mortais a erupções vulcânicas, há ameaças em toda parte.
E, de todas as zonas de perigo da Terra, qual é a mais mortal?
Ella Davies divide a Terra em seus quatro elementos (água, ar, terra e fogo) para descrever suas zonas de perigo.
AR
Uma série de "lagos assassinos" foram encontrados na África, mas não é a água que é a preocupação.
No lago Nyos, na República dos Camarões, e no Lago Kivu, na fronteira da República Democrática do Congo e do Ruanda, há um perigo invisível. Estes lagos sentam-se em áreas de atividade vulcânica onde o dióxido de carbono escapa de abaixo do solo.
Durante uma "erupção línica", o dióxido de carbono explode do fundo do lago para formar uma nuvem. Porque o gás é mais pesado que o ar, ele desce, afastando o oxigênio e sufocando qualquer vida na área. Depois de duas erupções na década de 1980, que mataram mais de 1.700 pessoas e 3.500 animais em Camarões, especialistas desenvolveram métodos para aliviar com segurança o Nyos de seu gás, usando tubos e sifões.
Um desastre em potencial foi revertido no lago Kivu, onde há também o gás metano que escapa da Terra. Um projeto foi estabelecido para usar o gás sifonado de modo a obter energia e levar eletricidade para milhões de pessoas. Mas não são apenas os gases que podem matar. O próprio ar pode provocar um castigo mortal quando os ventos se tornam brutais.
O Cabo Denison na Antártida é, em uma média anual, o lugar mais ventoso na Terra. Sem surpresa, é desabitado.
No entanto, as tempestades sazonais causam devastação em áreas povoadas em todo o mundo.
As tempestades mais fortes se formam sobre oceanos quentes ao norte e ao sul do equador. Aqui, os ventos alísios são impulsionados pela mudança de pressão e girados pelo efeito Coriolis, criando sistemas meteorológicos rotativos conhecidos como furacões, ciclones e tufões.
Quando se trata dessas tempestades, o Haiti é considerado a ilha mais vulnerável do Caribe. Não só se encontra em uma estrada de furacão, mas o país atingido pela pobreza carece de resiliência. Os assentamentos são construídos em planícies de inundação, as defesas naturais do país como florestas foram degradadas, e sua economia não é suficiente para financiar sistemas de alerta.
Isso explica por que as tempestades mais intensas não são necessariamente as mais mortíferas.
Jörn Birkmann é especialista em riscos de desastres naturais na Universidade de Stuttgart, na Alemanha. Ele diz que os ciclones são perigosos porque são difíceis de prever.
"É importante mencionar que as pistas ciclônicas mais prováveis ​​mudarão seu padrão espacial", diz ele. "Isso significa que os ciclones ocorrerão em algumas regiões que não viram ciclones antes ou apenas muito poucos. Portanto, estas regiões estão altamente em risco, já que as pessoas e as comunidades não têm ou têm muito pouco conhecimento sobre como se preparar para ciclones".
Birkmann faz parte da equipe que compila anualmente o Relatório Mundial dos Riscos, publicado pela Universidade das Nações Unidas. Que destaca os países mais vulneráveis ​​às catástrofes naturais, tendo em conta tanto a sua exposição como a sua resiliência, com a intenção de concentrar os esforços globais em sua proteção.
Em 2016, Vanuatu encabeçou a lista. Mais de um terço da população da ilha é afetada por desastres naturais a cada ano. Em 2015, um terremoto, uma erupção vulcânica e um severo ciclone incidiram na ilha em apenas algumas semanas e 11 pessoas foram oficialmente consideradas mortas.
Este número de mortes relativamente baixo é um testemunho dos esforços globais para proteger as pessoas de desastres naturais: tanto durante, com infra-estrutura melhorada, como depois, com melhores esforços de ajuda. Para comparação, as piores perdas de vidas devido a um ciclone aconteceram em novembro de 1970, quando Bangladesh foi atingido pelo ciclone Bhola. Quase 500 mil pessoas morreram.
Ler o artigo na íntegra: The places on Earth where nature is most likely to kill you, site BBC.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

905 - Poluição do ar: emergência sanitária mundial

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulga dados alarmantes sobre a poluição do mundo.
Noventa e dois por cento de todas as pessoas da população do planeta vivem em lugares onde a poluição do ar está fora dos padrões de segurança. Seis milhões e meio de pessoas no mundo morrem a cada ano (12 por cento de todas as mortes)  por doenças relacionadas com a poluição do ar: infarto, AVC, câncer pulmonar e outras doenças respiratórias.
Um estudo patrocinado pela OMS recolheu amostras do ar em mais de três mil lugares pelo globo. Noventa por cento dessas mortes acontecem sobretudo nas regiões mais pobres. Quem lidera esse ranking é o Turcomenistão com 108 mortes por 100 mil habitantes. Depois vêm o Afeganistão, o Egito, a China e a Índia.
No Brasil, a média foi de 14 mortes por 100 mil habitantes.
A OMS fala em emergência sanitária e recomenda investir em formas de energias limpas e transportes ecológicos.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

811 - China em alerta vermelho por causa da poluição

Esta foi a segunda vez em menos de um mês. Uma grande área, do centro até o leste da China, encontra-se em alerta vermelho por causa da grande poluição aérea.
Na capital chinesa, a densidade das partículas PM 2.5 – as mais finas e suscetíveis de se infiltrar nos pulmões – aproximou-se nos últimos dias dos 450 microgramas por metro cúbico. E a Organização Mundial da Saúde estabelece o máximo de 25 microgramas para que o ar seja considerado saudável.
A revista The Economist diz que respirar o ar de Pequim pode ser equivalente a fumar 40 cigarros por dia.

Por isso, tem gente vendendo ar. Como a empresa Vitality Air que vende garrafas de alumínio com ar puro comprimido das montanhas canadenses. Apesar do preço (custam até 200 reais a unidade). os chineses acabaram com o estoque dessa empresa e ainda fizeram uma lista de espera.
E não foi a primeira vez que alguém lucrou vendendo ar para eles. Em 2013, um empresário chinês ficou milionário vendendo ar em latinhas por 3 reais cada. Em apenas 10 dias, ele vendeu 10 milhões de latas.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

407 - Medindo a umidade relativa do ar

O higrômetro é um instrumento que serve para medir a umidade presente nos gases, mais especificamente na atmosfera. É utilizado principalmente em estudos do clima, mas também em locais fechados onde a presença de umidade excessiva ou abaixo do normal poderia causar danos, por exemplo em peças de museus, documentos de bibliotecas e elementos de laboratórios.
Os higrômetros são compostos, em sua maioria, de substâncias com capacidade de absorver a umidade atmosférica. Entre elas estão o cabelo humano e os sais de lítio. No higrômetro construído com cabelo humano (primeira gravura), uma mecha de cabelo é colocada entre um ponto fixo e outro móvel e, segundo a umidade a que está submetida, ela varia de comprimento, arrastando o ponto móvel. (1) Esse movimento é transmitido a um ponteiro que se desloca sobre uma escala, na qual estão os valores da umidade relativa. Já o higrômetro de sais de lítio baseia-se na variação de condutividade desses sais, os quais apresentam uma resistência variável de acordo com a água absorvida. Um amperímetro com sua escala devidamente calibrada fornece os valores de umidade do ar.
Outra maneira de medir a umidade relativa é calcular a velocidade de evaporação da água por meio do psicrômetro (segunda gravura). Para isso, dois termômetros idênticos são expostos ao ar: um traz o bulbo descoberto; outro tem o bulbo coberto por gaze umedecida. A temperatura do segundo termômetro é, pelo arranjo, inferior à do primeiro, porque a água evaporada da gaze resfria o bulbo. Quanto menor a umidade do ar, tanto maior é o resfriamento da gaze. A partir da diferença de leitura entre os dois termômetros, e com a ajuda de uma tabela, pode ser encontrado o valor da umidade relativa. (2) WIKIPÉDIA
Notas
(1) Os fios de cabelo ficam esticados em dias secos e contraídos quando o tempo está úmido.
(2) Por seis anos, correspondentes ao período em que estive lotado no setor de Função Pulmonar do Hospital de Messejana, fiz medidas da umidade relativa do ar, um dado indispensável à calibração diária do espirômetro, usando para essa finalidade um psicrômetro. (Paulo Gurgel)
Reportagem
Vídeo globo.tv