quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

1134 - Alerta Coronavírus


Tenha em conta o seguinte:
  • Se você esteve em países ou zonas em que foram detectado casos 
  • Ou teve contato com pessoas que apresentem estes sintomas

Comunique às autoridades de saúde.

Leia: Cobras, morcegos e o coronavírus chinês

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

1133 - Doença pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos

Médicos devem notificar suspeita desta doença 
Uma doença pulmonar grave e misteriosa, que já provocou pelo menos 26 mortes e acometeu quase 1,3 mil pessoas nos Estados Unidos, está chamando a atenção também no Brasil para os riscos do cigarro eletrônico. Apesar da comercialização, importação e propaganda de todos os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) serem proibidas no País, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que monitora o uso irregular do dispositivo, aponta o seu uso como provável causa desses óbitos norte-americanos já confirmados.
Preocupada em prevenir uma crise de saúde, como a que vem ocorrendo nos Estados Unidos, a Anvisa solicitou o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM) para emissão de um alerta aos médicos. A Agência quer que estejam atentos e relatem quaisquer suspeitas de problemas relacionados ao uso de cigarros eletrônicos. O pedido foi enviado também a 252 instituições que compõem a chamada Rede Sentinela e que notificam problemas e eventos adversos relacionados à saúde.
CONFIRA AQUI o alerta da Anvisa sobre cigarros eletrônicos.
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) também emitiu alerta direcionado aos pneumologistas sobre a Doença Pulmonar Severa relacionada ao uso de DEFs. A orientação é para que os médicos, ao atenderem pacientes com sintomas de doenças pulmonares com etiologia desconhecida, promovam “investigação de uma possível correlação com o uso de cigarros eletrônicos, obtendo-se o maior número possível de informações sobre o produto, frequência e forma de uso”.
Além da identificação e tratamento imediato do paciente, os casos suspeitos devem ser notificados à Anvisa através do site http://portal.anvisa.gov.br/tabaco/cigarro-eletronico/notificacoes
Desafio brasileiro – Embora o combate ao tabagismo no Brasil tenha conquistas expressivas ao longo das últimas décadas, os cigarros eletrônicos têm se apresentado como um dos novos desafios neste contexto. Foi com essa preocupação que o CFM promoveu o Fórum sobre Tabagismo, em setembro. Na oportunidade, um dos principais pesquisadores e ativistas do movimento mundial pelo controle do tabaco, Stanton Glantz, afirmou que os cigarros eletrônicos são tão perigosos quanto os cigarros normais.
O norte-americano esclareceu que os cigarros eletrônicos têm um perfil de risco diferente, devido à forma como o aerossol entrega ou administra a nicotina nos usuários, mas todas as indicações dizem que paradas cardíacas, infartos do miocárdio e problemas pulmonares são até mais perigosos que os causados pelo cigarro tradicional.
CONFIRA AQUI a entrevista completa com Stanton Glantz.
Proibido no Brasil – Criado em 2003 na China, o cigarro eletrônico (e-cigarro) é proibido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), desde 2009. Seus dispositivos mais comuns utilizam desde um cartucho que contém nicotina, aromatizantes ou extrato de tabaco a uma mistura líquida com variáveis concentrações de nicotina que é injetada no dispositivo.
Após ligar o dispositivo, o fumante de e-cigarro ao aspirar ao fluxo de ar gerado aciona um sensor provocando o aquecimento do líquido do refil, liberando-se a nicotina e outras substâncias presentes na solução, por meio de um aerossol. Além da semelhança entre o dispositivo e um cigarro convencional, até o vapor tem ingredientes para simular a tradicional “fumaça”.
Segundo o presidente do CFM, Mauro Ribeiro, ao longo dos últimos 60 anos inúmeros estudos e análises estatísticas regionais e internacionais vêm fornecendo evidências consistentes sobre fumar e seus malefícios à saúde. “A indústria do tabaco, no entanto, te, tentado repetir estratégias fracassadas, de décadas passadas, ao introduzir produtos com promessa de menor dano ou até inofensivos para a saúde”, pontuou.
352v- A moda do cigarro eletrônico
632 - As conclusões da AHA sobreos cigarros eletrônicos

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

1132 - A rede imunossensorial-imunológica

  • Células que "provam" o perigo desencadeiam respostas imunológicas.
  • Receptores de paladar e olfato em órgãos inesperados monitoram o estado da saúde microbiana natural do corpo e disparam um alarme contra parasitas invasores.
  • Células com receptores gustativos se desenvolvem em pulmões de animais infectados com influenza. Ao "provar" a presença de certos patógenos, essas células podem atuar como sentinelas do sistema imunológico.
Quando o imunologista De'Broski Herbert, da Universidade da Pensilvânia, examinou profundamente os pulmões de ratos infectados com influenza, ele pensou que estava vendo coisas. Ele encontrou uma célula de aparência estranha que estava repleta de receptores para o sabor. Ele lembrou que parecia uma célula de tufo - um tipo de célula mais frequentemente associado ao revestimento do intestino. Mas o que uma célula coberta com receptores gustativos estaria fazendo nos pulmões? E por que ela aparecia apenas em resposta a um ataque severo de influenza?
Herbert não estava sozinho em sua perplexidade com esse misterioso e pouco estudado grupo de células que apareciam em lugares inesperados, desde o timo (uma pequena glândula no peito onde as células T que combatem patógenos amadurecem) até o pâncreas. Os cientistas estão apenas começando a entendê-las, mas está gradualmente se tornando claro que as células de tufos são um importante centro para as defesas do corpo, precisamente porque elas podem se comunicar com o sistema imunológico e outros conjuntos de tecidos e porque seus receptores gustativos permitem identificar ameaças que ainda são invisíveis para outras células imunológicas.
Pesquisadores de todo o mundo estão traçando as raízes evolutivas antigas que os receptores olfativos e palatáveis ​​(coletivamente chamados receptores quimiossensoriais) compartilham com o sistema imunológico. Uma enxurrada de trabalho nos últimos anos mostra que seus caminhos se cruzam com muito mais frequência do que se previa e que essa rede imunossensorial-imunológica desempenha um papel não apenas na infecção, mas também no câncer e em outras doenças.
Esse sistema, diz Richard Locksley, imunologista da Universidade da Califórnia, em San Francisco, ajuda a direcionar uma resposta sistemática a possíveis perigos em todo o corpo. Uma pesquisa focada nas interações da célula de tufo poderia oferecer um vislumbre de como os sistemas orgânicos funcionam juntos. Ele descreve as perspectivas do que poderia vir dos estudos desses receptores e células como "empolgantes", mas alerta que "ainda estamos nos primeiros dias" para descobrir isso.
Ler o texto completo em: Cells That "Taste" Danger Set Off Immune Responses, em Quanta Magazine

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

1131 - Kane Tanaka e os supercentenários




05/01/2020
Terra - Kane Tanaka ampliou seu recorde como a pessoa mais velha do mundo ao comemorar seu aniversário de 117 anos em um lar de idosos em Fukuoka, no sul do Japão. Ela é a 1.ª da lista atual das cem pessoas mais velhas do mundo (95 mulheres e 5 homens) que foram verificadas como vivas pela Wikipédia.
A Wikipedia lista 100 "supercentenários verificados", ou seja, pessoas que vivem há pelo menos 110 anos. A grande maioria das quais, nascidas no início do século 20. O Brasil tem dois nomes na relação. E a lista não inclui pessoas que afirmam ter a idade de 110 anos ou mais, porém que não apresentam provas documentadas.
Para ser considerado um "supercentenário verificado", este deve ter a idade validada por um organismo internacional que trata especificamente da pesquisa de longevidade, como o Gerontology Research Group. A verificação geralmente requer que pelo menos três documentos contenham a mesma data de nascimento.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

1130 - O coito visto por ressonância magnética

"Sexo em uma ressonância magnética: o artigo mais visto no BMJ", após 20 anos
19 de dezembro de 2019
Um editor do British Medical Journal (BMJ) nos disse, há alguns anos, que um artigo específico do BMJ, publicado em 1999, tem - desde o momento em que o artigo recebeu um prêmio Ig Nobel no ano 2000 - atraído consistentemente mais visitantes da web - muitos, muito mais - do que tudo - qualquer coisa - publicado na história do BMJ.
Tudo publicado no BMJ, desde 1840, está acessível no site do BMJ.
E o 20.º aniversário da publicação desse trabalho está sendo comemorado em todo o mundo, assim como no próprio BMJ:
Este Natal marca o 20º aniversário da publicação "Ressonância magnética dos órgãos genitais masculinos e femininos durante o coito e a excitação sexual feminina". Por que se tornou um dos artigos do BMJ mais baixados de todos os tempos?
O BMJ recebeu o prêmio, em 2000, com um ensaio que começa:
O BMJ colheu novos louros na semana passada, quando seu artigo sobre imagens de órgãos genitais masculinos e femininos durante o coito, publicado na edição de Natal do ano passado, ganhou o prêmio de medicina na premiação anual Ig Nobel, na Harvard University (BMJ 1999; 319: 1596 -600).
Autores: Willibrord Weijmar Schultz, professor associado de ginecologia, Pek van Andel, fisiologista, Ida Sabelis, antropóloga, Eduard Mooyaart, radiologista
P.S.
O jornalista médico francês Marc Gozlan lembra também que "o artigo mais visto na história do British Medical Journal" levou à criação do que se tornou "O vídeo médico mais visto no mundo".