terça-feira, 30 de junho de 2015

753 - Ganhou a vida cantando

Paciente canta e toca violão durante cirurgia no cérebro
"Yesterday", dos Beatles, "Bem Maior", da banda Roupa Nova, e a música sertaneja "Telefone Mudo", do Trio Parada Dura, foram algumas das canções tocadas por um paciente de 33 anos enquanto passava por cirurgia de retirada de um tumor em seu cérebro (vídeo). O objetivo era avaliar se as partes normais do cérebro não seriam afetadas durante o procedimento.
Anthony Kulkamp Dias cantou e tocou violão na cirurgia que foi realizada em 28 de maio, num hospital de Tubarão, no Sul de Santa Catarina. O paciente recebeu alta em 3 de junho.
O anestesiologsta Jean Abreu Machado explica que, geralmente, neurocirurgias são realizadas com o paciente sob anestesia geral e ausência de dor, mas quando o tumor está próximo a áreas como a da fala e a da movimentação, há risco de perda das funções, caso elas sejam lesionadas durante o procedimento. Por isso, é importante manter o paciente acordado.
"As áreas com funções especiais podem ser monitoradas em tempo real. Assim, são menores as chances de lesão e é possível uma otimização do tratamento", explica o anestesologista.
Para evitar a dor, foram aplicadas medicações na veia combinadas a anestésicos locais. Além disso, de acordo com o anestesiologista, o tecido cerebral não possui sensores para dor.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o paciente alertava os médicos quando sentia dormência em alguma parte do corpo. A cirurgia contou com equipe de seis profissionais, entre neurocirurgiões, anestesiologsta, instrumentadora cirúrgica e fonoaudióloga.
Deitado e com um lençol azul na parte superior na cabeça, ele apoiou o violão sobre o tórax e manteve a equipe médica alerta sobre o limites da cirurgia feita por uma equipe do Hospital Nossa Senhora da Conceição, durante nove horas.
Durante todo o procedimento, o paciente alternava as músicas com descanso orientado pela equipe médica. Em alguns momentos, o médico anestesiologista ajudava o paciente com o peso do violão (a comparação do anestesiologista com Cirineu é inevitável).
Esta é a 19ª cirurgia com monitorização cerebral realizada pelo hospital e a primeira a que um paciente se submeteu enquanto tocava um violão. O hospital é o único no estado a fazer este tipo de cirurgia. O procedimento mostrado no vídeo acima foi feito por convênio, mas, conforme a assessoria de imprensa do hospital, geralmente elas são realizadas através do Sistema Único de Saúde (SUS).
O grifo é nosso.

sábado, 27 de junho de 2015

752 - Os problemas de saúde de Tintin

RESUMO
Introdução
Apesar do estilo de vida altamente perigoso dos personagens de histórias em quadrinhos, como Tintin, não temos conhecimento de qualquer descrição sistemática anterior dos desafios e dos problemas de saúde enfrentados por Tintin no curso de suas aventuras.
Métodos
Avaliamos o espectro dos problemas de saúde que Tintin sofreu em suas 23 aventuras, bem como as suas causas, consequências e relações com o ato de de viajar. Seus eventos foram classificados como traumáticos e não-traumáticas, e como intencionais (aqueles perpetrados por outros) e não intencionais.
Resultados
Encontramos 236 eventos que levaram a 244 problemas de saúde, 13 sequestros, seis hospitalizações e dois procedimentos cirúrgicos. Nos 244 problemas de saúde, houve 191 casos de trauma (78,3%) e 53 de casos não traumáticos (21,7%). A forma mais comum de trauma foi a concussão (62%), enquanto as formas mais comuns de não traumáticos foram problemas do sono (15,1%), depressão / ansiedade (13%) e o envenenamento por gás clorofórmio(13%). No geral, encontramos 46 perdas de consciência, incluindo 29 traumáticas e 17 não traumáticas. Dos 236 eventos, 69 (29%) foram perpetrados por outros contra Tintin (incluindo 55 tentativas de homicídio) e 167 (71%) foram por ações do próprio Tintin.
Conclusão
As qualidades quase sobre-humanas do personagem, um privilégio que o seu status ficcional lhe garante, tornam Tintin altamente resistente ao trauma. Ele também não é suscetível às doenças relacionadas com as viagens habituais, mas é facilmente influenciado por seus amigos e Snowy, seu fiel cão.
Les problèmes de santé de Tintin: plus de traumatismes que de pathologies du voyageur, La Presse Médicale
Autores: Eric Caumes, Loïc Epelboin, France Leturcq, Phyllis Kozarsky e Peter Clarke
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628 - O homem do fígado de ouro

quarta-feira, 24 de junho de 2015

751 - Cena tocante

Uma mãe cega toca a ecografia de sua filha, feita com uma impressora 3D.
Ver também:
735 - Médicos usam impressoras 3D para salvar a vida de crianças

domingo, 21 de junho de 2015

750 - HeroRATS contra a tuberculose


A organização não-governamental belga APOPO dedica-se a treinar o olfato de ratos africanos gigantes na detecção de bombas em países pós-conflito e de casos de tuberculose nos países em desenvolvimento.
Esses HeroRATS, portanto, salvam a vida de muitas pessoas.
Eles são treinados, desde a tenra idade, através da motivação positiva (odor-alvo → clique → comida) e, ao final do treinamento, necessitam da aprovação em testes cegos para serem acreditados.
Lista de publicações

quinta-feira, 18 de junho de 2015

749 - O Vigitel 2014

Com o objetivo de subsidiar ações de promoção à saúde e prevenção de doenças por meio de informações de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis, a pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) vem sendo realizada anualmente desde 2006, pelo Ministério da Saúde. O Vigitel 2014 entrevistou quase 41 mil pessoas com mais de 18 anos, residentes de todas as capitais brasileiras e do Distrito Federal, entre fevereiro e dezembro de 2014.
Segundo Deborah Malta, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, "o Brasil tem feito algo inédito no mundo, que é manter esse sistema de monitoramento durante tantos anos. Nós sabemos que a obesidade e o excesso de peso são problemas generalizados no mundo e por essa razão o Vigitel é importante para subsidiar as ações de promoção da saúde e prevenção de doenças".
Dentre os resultados do Vigitel 2014, estão a estabilização da obesidade, o aumento da atividade física e do consumo de frutas e hortaliças entre os brasileiros.
Como forma de enfrentamento do excesso de peso e das doenças crônicas a ele associadas, o Ministério da Saúde vem lançando mão de ações como as Academias da Saúde, o Programa Saúde na Escola, o lançamento do Guia Alimentar e do Guia de Alimentos Regionais, entre tantas outras já discutidas neste Portal. Destaca-se a recém-lançada Campanha de Promoção da Saúde que incentiva a adoção de hábitos saudáveis por meio de 8 eixos: incentivo à alimentação saudável, enfrentamento ao uso abusivo do álcool, incentivo à atividade física, controle do tabagismo, incentivo à segurança no trânsito, incentivo à cultura da paz, incentivo ao ambiente saudável, e incentivo ao parto normal. Esperamos por mais resultados positivos em 2015!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

748 - O sexo do bebê

Quando dá para descobrir o sexo do bebê?
Dependendo do método que se usa pode ser a partir de oito semanas de gravidez, através do exame da sexagem fetal no sangue materno e, a partir de dez semanas, por métodos genéticos, que são invasivos e recomendados apenas em situações especiais, embora o mais comum seja descobrir o sexo do bebê através da ultrassonografia.
Pelo ultrassom, a partir de 13 semanas de gravidez, dependendo da perícia do ultrassonografista, da qualidade do aparelho e da posição do feto, é possível saber o sexo do bebê, e mesmo assim com uma chance de erro de 10 por cento. E, a partir de 16 semanas, pelo ultrassom, com mais certeza, mas ainda dependendo da posição do bebê e da experiência do profissional.
BabyCenter Brasil, por Carolina Schwartz
Bem, erros acontecem...
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Medicina com rodízio - 3

sexta-feira, 12 de junho de 2015

747 - O xarope para a tosse

Medindo o xarope para a tosse quando você está doente:
515 - Adeus, tosse?
FIMATOSAN (no Linha do Tempo)

terça-feira, 9 de junho de 2015

746 - Um avanço promissor contra o câncer do pulmão

Um grupo de pesquisadores do CNIO, o Centro Nacional de Pesquisa do Câncer, deu um passo promissor na luta contra o câncer do pulmão, o que causa mais mortes no mundo. Como foi anunciado, os cientistas do CNIO conseguiram remover a "imortalidade" do câncer.
Mas, atenção: esses resultados foram obtidos em animais e em condições de laboratório, e podem não ser aplicáveis ​​no caso de seres humanos.
Cada vez que uma célula se divide as extremidades dos seus cromossomas, conhecidas pelo nome de telômeros, ficam ligeiramente encurtadas. Até o ponto em que, após um certo número de divisões, os telômeros tornam-se tão curtos que a célula não é mais viável, para de dividir-se e morre.
Simplificando as coisas: os telômeros são uma espécie de contador de vidas das células.
Nas células cancerosas, no entanto, os telômeros estão protegidos por uma espécie de capa ou bainha, constituída por seis proteínas chamadas "shelterinas" (do inglês shelter = proteção), e assim não sofrem esse encurtamento a cada reprodução celular. Por isso, é como se fossem imortais e reproduzem incontrolavelmente.
Mediante o bloqueio da "shelterina" TRF1 pelo ETP-47037 (nome de pesquisa da molécula), os pesquisadores do CNIO conseguiram quebrar essa capa protetora, deixando desprotegidos os telômeros das células cancerosas, Essa estratégia deteve o crescimento do câncer em ratos, sem causar, ao contrário do que se pensava, toxicidade grave nos tecidos normais.
Referências
http://www.cnio.es/es/news/docs/maria_blasco_13may15_es.pdf
http://es.wikipedia.org/wiki/Tel%C3%B3mero
http://www.fundacionbotin.org/noticia/cientificos-del-cnio-logran-evitar-la-inmortalidad-del-cancer-mediante-el-bloqueo-de-la-shelterina-trf1.html
http://www.microsiervos.com/index-2.html

sábado, 6 de junho de 2015

745 - Fibrose cística

A doença tem origem genética, por herança autossômica recessiva, e é caracterizada pelo mal funcionamento do transporte dos íons cloro e sódio por meio das membranas das células das glândulas exócrinas de todo organismo. Além de comprometer os aparelhos respiratório e digestório, a fibrose cística também pode afetar o sistema reprodutor e glândulas sudoríparas.
Como se diagnostica
São critérios para o diagnóstico: a existência de pelo menos um sintoma característico (Quadro), história familiar de fibrose cística (FC), triagem neo-natal positiva (teste do pezinho) associado a duas mutações da CFTR ou evidência da disfunção da CFTR pela prova de suor ou pela diferença de potencial nasal (DPN).
Quadro
Doença sino-pulmonar
Colonização/infecção com agentes típicos da FC (Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Bulkholderia cepacia)
Tosse persistente, produtiva
Alterações radiológicas persistentes (bronquiectasias, infiltrados e hiperinsuflação)
Obstrução das vias aéreas
Pólipos nasais e alterações radiológicas dos seios perinasais-
Hipocratismo digital
Alterações digestivas
Prolapso retal e síndrome da obstrução do intestino distal
Insuficiência pancreática e pancreatite recorrente
Doença hepática crônica com evidência clínica ou histológica de cirrose biliar ou multibular
Sindrome de perdas salinas
Alcalose metabólica
Deficiência aguda de sal
Alterações urogenitais
Azoospermia obstrutiva
Exames complementares
Nos recém-nascidos com FC, a concentração da enzima tripsina no sangue é superior ao normal.
A prova de suor pela pilocarpina, o principal teste diagnóstico da FC, avalia a quantidade de cloreto de sódio no suor. A pilocarpina é administrada para estimular a sudorese em um pequeno local da pele, com a consecutiva aplicação de um papel de filtro na zona para absorver o suor, avaliando-se assim a quantidade de cloreto no suor. Uma concentração de cloreto de sódio superior a 60mmol/L confirma o diagnóstico nas pessoas que possuem sintomas de FC ou que têm familiares que sofrem desta doença, excepto nos lactentes com menos de 3 meses (40 mmol/L – resultado positivo). A prova de suor deverá efetuar-se com pelo menos 2-3 semanas de vida, com o doente estável, bem hidratado, sem sinais de afecção aguda e sem tratamento com corticóides.
O estudo genético é muito específico, mas com uma sensibilidade de 70-90%, pois o exame inclui apenas as mutações mais comuns. No entanto, os indivíduos com prova de suor normal, havendo suspeita de FC, devem realizar o estudo genético.
A diferença de potencial nasal (DPN) possibilita analisar a diferença de potencial estabelecida por dois eléctrodos, sendo um aplicado no antebraço (subcutâneo) e outro, na mucosa nasal (próximo do corneto inferior). O transporte iônico na membrana apical das células gera uma DPN maior nos doentes com FC (-53±1,8 valores anormais e -24,7±0,9 mV como valores normais). Devido à complexidade da execução deste exame é restrito apenas a doentes com dificuldades de confirmação diagnóstico. Atualmente, esse método está em fase de validação para o Brasil.
Vídeo sobre a fibrose cística (mucoviscidose)
534 - A doença do beijo salgado

quarta-feira, 3 de junho de 2015

744 - Um mundo mais acessível para todos

Google compartilhou originalmente:
E se nós trabalharmos juntos para criar um mundo mais acessível para todos?
Hoje estamos anunciando U$ 20 milhões em financiamento através do Desafio Impacto Google: Deficiência.
Estamos desafiando os pensadores, os planejadores e os construtores a criar tecnologias que podem fazer a diferença para um bilhão de pessoas em todo o mundo que vivem com uma deficiência.
Juntos, vamos fazer as perguntas certas, encontrar novas respostas e construir um mundo melhor, mais rápido. Junte-se a nós:
http://get.google.com/disabilitiesimpactchallenge/