quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

1077 - Um conforto às famílias dos pacientes

Uma enfermeira do Intermountain Medical Center, em Salt Lake City, é responsável por uma forma de iniciativa para confortar os familiares dos pacientes que morreram na UTI respiratória do hospital, relata a TV KSL.
Para consolar os parentes dos pacientes, Lisa Beglarian, imprime a tira de um eletrocardiograma do paciente e coloca-a em um tubo de laboratório, com a seguinte mensagem para a família dele:
"Que meu coração seja sempre um suave lembrete do amor que tenho por você."
Aqui está uma foto de uma tira de ECG, com o cartão que Beglarian fez em nome do paciente:

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

1076 - John Snow, pioneiro da epidemiologia





Em 1854, o Dr. John Snow (15 de março de 1813 - 16 de junho de 1858) removeu a alça da bomba de água pública no cruzamento da Broad Street (agora Broadwick Street) com a Cambridge Street (agora Lexington Street), no Soho, Londres, impedindo assim a propagação da cólera.
Ele havia mapeado os focos e, como conclusão de seu estudo, suspeitou da contaminação dessa fonte comunitária de água. Ele estava certo neste que foi um dos gestos mais simbólicos da história da saúde pública. Poucos dias depois da remoção da alça da bomba, novos casos de doença haviam cessado. A investigação do local mostrou que o esgoto de uma fossa com vazamento havia contaminado a água do poço.
Assim Snow, que já era um célebre anestesista, tornou-se um pioneiro da epidemiologia.

Imagem - Uma réplica da bomba, com uma placa memorial e sem a alça (para significar a ação de Snow para deter o surto) foi erguida em 1992, perto da localização da bomba de água original.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

1075 - A face da dor testicular

Um exame de ultrassom (dezembro de 2009) causou espanto a dois médicos da Universidade Queen, em Ontário, no Canadá. Ao analisar o exame do tumor de testículo de um homem de 45 anos, eles se depararam com uma imagem que mostra algo semelhante a um rosto humano com aparência assustada.
"Enquanto analisávamos o exame, os residentes e o pessoal médico se surpreenderam ao ver o contorno de um rosto de um homem olhando para o alto, com a boca aberta como se estivesse experimentando dores fortes", escreveram os médicos Greg Roberts e Naji Touma na revista científica "Urology" (2011).
O artigo ganhou o nome de "The face of testicular pain: A surprising ultrasound finding" (A face da dor testicular: uma surpreendente achado ultrassonográfico).
"Houve um breve debate sobre se a imagem podia ser de uma divindade (talvez Min, o deus egípcio da virilidade); no entanto, ficou estabelecido por consenso que se tratava de uma mera coincidência mais do que uma proclamação divina", concluíram os médicos.
Man’s face appears in tumour in ultrasound oddity, The Star

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

1074 - Salvando a camada de ozônio: um esforço internacional

Antarctic ozone hole on 16 September 1987. Credit: NASA Earth Observatorypor Annabel Sturgess
O ozônio, uma molécula gasosa altamente reativa que consiste em três átomos de oxigênio, forma uma camada que é encontrada na estratosfera da Terra, a parte da atmosfera a cerca de 10 a 50 km acima do nível do mar. A existência da camada de ozônio é essencial para proteger toda a vida na Terra, uma vez que absorve eficazmente a radiação ultravioleta (UV) prejudicial do Sol. Sem a camada de ozônio, essa radiação causaria danos genéticos, resultando em problemas como câncer de pele em humanos e problemas de crescimento em plantas.
Em 1985, cientistas que trabalhavam para a British Antarctic Survey descobriram que a camada de ozônio sobre a Antártida tinha se esgotado. O monitoramento do ozônio havia começado em 1957. Os dados mostraram que os níveis de ozônio haviam diminuído na primavera durante os anos 80. Em seguida, cientistas da Nasa confirmaram que esse esgotamento do ozônio se estendia a todo o continente antártico. Em 1992, o buraco na camada de ozônio era do tamanho da América do Norte.
Esta degradação relativa do ozônio é causada principalmente pela liberação de clorofluorcarbonos (CFCs), substâncias químicas que antes eram amplamente utilizadas em aerossóis. Uma vez que os CFCs atingem a estratosfera da Terra, eles são expostos à radiação UV do Sol, o que faz com que eles se decomponham em substâncias que incluem o cloro. A presença de cloro livre na estratosfera em combinação com a luz solar ocasiona a contínua quebra das moléculas de ozônio.
A destruição da camada de ozônio tem sido particularmente proeminente na Antártida. As baixas temperaturas na região produzem nuvens estratosféricas polares, que aumentam o cloro livre através de reações químicas nas superfícies das nuvens. Isso, além dos longos períodos de sol durante as estações de primavera e verão, fez com que até 65% do ozônio fosse destruído, comparado a 20% no Ártico e cerca de 5-10% em outras regiões do mundo.
Muitas pessoas estavam preocupadas com o esgotamento da camada de ozônio e as implicações que isso poderia ter para a saúde humana. Em 1987, um acordo internacional para proteger a camada de ozônio, chamado Protocolo de Montreal, foi assinado. Este acordo levou a uma redução na liberação de CFCs na atmosfera. O Protocolo de Montreal foi o primeiro tratado da história a alcançar a ratificação universal - o que significa que foi ratificado por todos os Estados membros das Nações Unidas. Seu sucesso levou à recuperação da camada de ozônio sobre a Antártida e à redução da destruição do ozônio em todo o mundo nos últimos anos. O longo tempo de vida atmosférica dos CFCs significa que pode ser 2060 ou 2080 até que o dano seja totalmente reparado, mas a ação rápida realizada em nível internacional ajudou a evitar uma catástrofe global.
Saving the ozone layer: an international effort. Trad.: PGCS
In: https://royalsociety.org/stay-in-touch/blogs/
Ver também postagem 922 de Nova Acta: "O homem que matou um bilhão de pessoas".