Mostrando postagens com marcador psiquiatria. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador psiquiatria. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 8 de março de 2018

1036 - Nise da Silveira, uma psiquiatra rebelde

Nise da Silveira
Retrato por Pedro Celso Cruz
Psiquiatra brasileira e aluna de Carl Jung, Nise da Silveira (Maceió, 15 de fevereiro de 1905 — Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1999) ficou conhecida pela contribuição à luta antimanicomial e por ter implementado a terapia ocupacional e as artes no tratamento das doenças psiquiátricas.
Ela se formou em 1926 - era a única mulher em uma turma com 157 alunos. Casou-se à época com o sanitarista Mário Magalhães da Silveira, seu colega de turma na faculdade, com quem viveu até o falecimento de Mário em 1986. O casal não teve filhos, por um acordo entre ambos, que queriam dedicar-se intensamente à carreira médica.
Foi presa durante o Estado Novo, acusada de envolvimento com o comunismo, e dividiu a cela no presídio da Frei Caneca com Olga Benário, militante do movimento no Brasil. Naquele presídio também se encontrava preso Graciliano Ramos, e ela se tornou uma das personagens de seu livro "Memórias do Cárcere".
Reintegrada ao serviço público, iniciou seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, onde retomou sua luta contra as técnicas psiquiátricas que considerava agressivas aos pacientes. Por sua discordância com os métodos adotados nas enfermarias, recusando-se a aplicar eletrochoques em pacientes, Nise da Silveira foi transferida para o trabalho com terapia ocupacional, atividade então menosprezada pelos médicos.
Em 1946, fundou naquela instituição a "Seção de Terapêutica Ocupacional". No lugar das tradicionais tarefas de limpeza e manutenção que os pacientes exerciam sob o título de terapia ocupacional, ela criou ateliês de pintura e modelagem. Com a intenção de possibilitar aos doentes reatar seus vínculos com a realidade, e assim revolucionando a psiquiatria praticada no país.
Nise criticou, discutiu e revolucionou o tratamento psiquiátrico e as condições dos manicômios no Brasil.
Em 1952, ela fundou o Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro, um centro de estudo e pesquisa destinado à preservação dos trabalhos produzidos nos estúdios de modelagem e pintura que criou na instituição, valorizando-os como documentos que abriam novas possibilidades para uma compreensão mais profunda do universo interior do esquizofrênico.
Sua pesquisa em terapia ocupacional e o entendimento do processo psiquiátrico por meio das imagens do inconsciente deram origem a diversas exibições, filmes, documentários, audiovisuais, cursos, simpósios, publicações e conferências.
Em reconhecimento a seu trabalho, Nise foi agraciada com diversas condecorações, títulos e prêmios em diferentes áreas do conhecimento.
15/02/2020
Nascida no dia 15 de fevereiro de 1905, na cidade de Maceió-AL, Nise é hoje homenageada (115.º aniversário, se viva estivesse) pelo Google Doodle.
http://twitter.com/EntreMentes/status/1228614305765040128
http://www.diarioesportes.com/google-doodle/6540/

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

801 - O transtorno dismórfico corporal (2)

A autoimagem que cada indivíduo constrói sobre si pode gerar efeitos diversos e um deles é o transtorno dismórfico corporal (body dysmorphic disorder), doença também conhecida como dismorfofobia.
Caracterizado por uma preocupação exagerada com um defeito mínimo ou imaginário na aparência física, o TDC foi conceituado pela primeira vez, em 1886, pelo psiquiatra e antropólogo Enrico Morselli como "um sentimento subjetivo de fealdade ou defeito físico, no qual os pacientes sentem que são observados por terceiros, embora sua aparência esteja dentro dos limites da normalidade". Apesar de ser descrita há mais de um século, o conhecimento sobre a dismorfofobia ainda é esparso.
Comumente confundido com transtorno obsessivo compulsivo (TOC), a versão revisada do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR), da Associação Americana de Psiquiatria, aponta que é característico do TDC o sofrimento clinicamente significativo ou o prejuízo no funcionamento ocupacional e social. Em geral, desenvolve-se uma morbidade expressiva e há tendência ao isolamento progressivo evitando, assim, o convívio social.
Pacientes com dismorfofobia, geralmente, não buscam tratamento psiquiátrico – mas, atendimento com especialistas em cirurgia plástica ou dermatologia para tratarem suas imperfeições – que creem ser reais. Casos extremos levam a lesões autoinfligidas, amputações de membros sadios por decisão do paciente e suicídios. O tratamento da dismorfofobia envolve terapia cognitivo-comportamental e medicamentos.
Extraído de: O paciente, o médico e o espelho, por Thaís Dutra. In: MEDICINA – CFM, maio/agosto de 2014.
449 - O transtorno dismórfico corporal (1)

sexta-feira, 18 de julho de 2014

638 - Drogas psicotrópicas afetam homens e mulheres de forma diferente

As diferenças de gênero na resposta do corpo à medicação têm sido negligenciadas. De fato, até a década de 1990, as mulheres foram proibidas de participar de ensaios clínicos nos EUA. No entanto, estas são quase duas vezes mais propensas a receber prescrição de medicação psicotrópica do que os homens, e as pesquisas sugerem que as diferenças em hormônios, composição corporal e metabolismo podem torná-las mais sensíveis a certas drogas. Além disso, as mulheres são entre 50 e 75 por cento mais propensas a experimentar efeitos colaterais. No ano passado, a Food and Drug Administration anunciou as primeiras diretrizes de dosagem específica por sexo para um psicofármaco. Utilizado no tratamento da insônia, o Zolpidem foi comprovado ser duplamente potente para as mulheres.
Aqui estão alguns dos medicamentos que são conhecidos por agir de forma diferente em homens e mulheres, porém as pesquisas estão apenas começando.
Psychotropic Drugs Affect Men and Women Differently por Roni Jacobson. In: Scientific American

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

449 - O transtorno dismórfico corporal


O chimpanzé, o orangotango, o bonobo, o gorila, o delfim e o elefante são os únicos animais que, além dos seres humanos (*), são capazes de reconhecerem a si mesmos em um espelho.

(*) Nós, com alguns vieses:

TDC ►

O que é o transtorno dismórfico corporal
O TDC é um tipo de distúrbio mental em que a pessoa se vê diferente do que é na vida real. Como consequência, ela é também extremamente crítica com relação ao próprio corpo. E, se há algo de errado com este, mesmo que o problema seja pouco perceptível ou localizado, ela se sente completamente infeliz com o corpo que tem.
Dra. Katharine Philips, que fez uma pesquisa (A Broken Mirror, Oxford University Press, 2005) em mais de 500 pessoas com TDC, encontrou no grupo pesquisado os seguintes percentuais de insatisfação com as várias partes do corpo:
pele (73%)
cabelo (56%)
nariz (37%)
peso (22%)
estômago (22%)
seios / peito / mamilos (21%)
olhos (20%)
coxas (20%)
dentes (20%)
pernas (geral) (18%)
forma do corpo / forma do osso (16%)
todos de rosto (14%)
lábios (12%)
nádegas (12%)
queixo (11%)
dedos (11%)
sobrancelhas (11%)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

318 - Transtornos mentais. Pôsteres



"Eu estava fazendo uma pesquisa sobre saúde mental e me deparei com uma lista de transtornos mentais. Então, escolhi alguns (para criar cartazes), colocando-me sob o desafio de defini-los em estilo minimalista. E comecei com o TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo (imagem ao lado)." Patrick Smith, Adapt.

Clique sobre o link para ver todos os pôsteres da série. PGCS