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quinta-feira, 17 de julho de 2025

1422 - Medicamentos durante a gestação

Medicações podem ser necessárias para várias indicações durante a gestação. Os medicamentos mais comumente utilizados na gestação são antieméticos, antiácidos, anti-histamínicos, analgésicos, antimicrobianos, tranquilizantes, hipnóticos, diuréticos, antidepressivos e tranquilizantes. Uso abusivo de substâncias e uso indevido também são comuns. Apesar desta tendência, ainda faltam diretrizes sólidas baseadas em evidências para o uso seguro de medicamentos durante a gravidez.
Informações regulatórias sobre a segurança de medicamentos durante a gestação
Até a década de 2010, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA classificava os medicamentos vendidos sem receita (OTC) e prescritos em 5 categorias de segurança para uso durante a gravidez (A, B, C, D, X). Contudo, poucos estudos bem controlados dos fármacos terapêuticos foram realizados em gestantes. A maioria das informações sobre a segurança dos fármacos na gestação deriva de estudos com animais, estudos não controlados em seres humanos e vigilância pós-marketing. Consequentemente, o sistema de classificação da FDA levou a confusões e dificuldades para aplicar as informações disponíveis às decisões clínicas. Em Dezembro de 2014, a FDA respondeu exigindo que as categorias de gestação A, B, C, D, e X fossem removidas dos rótulos de todos os fármacos.
Em vez de categorias, a FDA agora exige que o rótulo forneça informações sobre o fármaco específico em um formato consistente [chamado the final rule (a regra final) ou Pregnancy and Lactation Labeling (Drugs) Final Rule.
As informações exigidas pela FDA têm 3 subseções:
  • Gestação: informações relevantes para o uso do fármaco em gestantes (p. ex., dosagem, riscos fetais) e informações sobre se a presença de um registro que coleta e mantém os dados sobre a maneira como as gestantes são afetadas pelo fármaco
  • Lactação: informações sobre como utilizar o fármaco durante a amamentação (p. ex., a quantidade de fármaco no leite materno, os efeitos potenciais sobre a criança amamentada)
  • Mulheres e homens com potencial reprodutivo: informações sobre testes de gravidez, contracepção e infertilidade no que se refere ao fármaco
Cada uma das subseções de gestação e aleitamento incluem 3 subtítulos (resumo do risco, considerações clínicas e dados) que fornecem mais detalhes. A “final rule" (regra final) não se aplica a fármacos de venda livre.
Fonte: Manual MSD. Ver tabela

Quando a FDA abandonou a lista de segurança para gestantes?
Deep Seek: A FDA (Food and Drug Administration) abandonou o sistema de classificação de risco de gravidez por letras (A, B, C, D e X) em 2015, substituindo-o por um novo formato chamado "Drug Pregnancy Labeling Rule" (Rótulo de Medicamentos na Gravidez). Essa mudança entrou em vigor a partir de 30 de junho de 2015, com um período de transição para as farmacêuticas se adaptarem. Principais mudanças:
1. Eliminação das categorias A, B, C, D e X – Essas classificações eram consideradas muito simplistas e podiam levar a interpretações equivocadas. 2. Informações mais detalhadas – Os novos rótulos passaram a incluir:
  • Riscos conhecidos durante a gravidez e amamentação.
  • Dados clínicos relevantes (estudos em humanos e animais).
  • Informações sobre o trabalho de parto e pós-parto, quando aplicável.
3. Maior clareza para profissionais e pacientes – O objetivo era fornecer informações mais úteis para decisões médicas, em vez de apenas uma classificação genérica.
Por que a mudança?
As categorias antigas não refletiam adequadamente os riscos e benefícios reais.
Muitos medicamentos na categoria C (risco não descartado) eram interpretados como "potencialmente perigosos", mesmo quando os dados eram limitados, mas não necessariamente negativos.
A nova regra busca maior transparência e informações baseadas em evidências. 
Se você está verificando a segurança de um medicamento na gravidez hoje, é importante consultar o rótulo atualizado ou fontes confiáveis como o FDA Labels ou bancos de dados especializados (como o LactMed para amamentação).

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

1026 - Por que os medicamentos apresentam estranhos nomes?

Você deve ter notado que cada medicamento de marca tem um segundo nome - por exemplo, Prozac ® (fluoxetina). Este segundo nome, fluoxetina, é o nome do princípio ativo, que é também o de sua forma genérica. E, acredite ou não, estes segundos nomes ​​são apelidos realmente convenientes. É muito mais fácil dizer fluoxetina do que dizer ( RS )-N-metil-3-fenil-3-[4 - (trifluorometil) fenoxi]-propan-1-amina.
Cada nome de um princípio ativo tem duas partes principais. A metade de trás do nome, o sufixo, é o mesmo para todas as drogas de uma determinada classe. Por exemplo, há toda uma série de medicamentos para a redução do colesterol que terminam em -statina: atorvastatina, fluvastatina, rosuvastatina, sinvastatina e vários outros.
Alguns outros sufixos de classe incluem:
 -oxetina para uma classe de antidepressivos, como a fluoxetina;
-sartana para uma classe de drogas que baixam a pressão arterial, como a losartana;
-afil para uma classe de drogas para a disfunção erétil, como o sildenafil (Viagra);
-lucaste para uma classe de medicamentos anti-asmáticos, como o montelucaste (Singulair);
-azepam para uma classe de medicamentos anti-ansiedade, como o diazepam (Valium);
-coxib para uma classe de analgésicos anti-inflamatórios, como o celecoxib (Celebrex);
-dronato para uma classe de drogas que evitam a perda de cálcio, tais como o alendronato;
-formina para uma classe de medicamentos para diabetes, como a metformina (Glucophage), e
-prazol para uma classe de redutores de ácido do estômago, como omeprazol;
-conazol para uma classe de anti-fúngicos;
-vir dos antivirais, com um número de subclasses, incluindo -amivir para uma classe que inclui o zanamivir, medicamento anti-gripe (Relenza); -ciclovir para uma classe que trata do herpes (tal como famciclovir (Famvir)), e -navir para anti-retrovirais para o tratamento de HIV, tais como indinavir (Crixivan)
Então, de onde é que esses sufixos vêm? Costumavam vir do nome químico completo, mas agora eles estão, por vezes, tendo a origem em determinados termos descritivos.
Quanto ao prefixo (que identifica a droga entre as demais de sua classe), pode ser escolhido pelo laboratório que desenvolveu a droga (embora sujeito às regras e à aprovação do USANC). Então, é aguardar que os médicos, os pacientes e os departamentos de marketing a tornem bem sucedida. Ou não. Mas se for, você pode apostar que todos vão chamá-la pelo nome de marca.
How do prescription drugs get such crazy names? por James Harbeck, THE WEEK

segunda-feira, 19 de junho de 2017

992 - Medicamentos sujeitos a controle especial

A Vigilância Sanitária de Fortaleza publicou um manual com informações claras e diretas para a resolução das dúvidas mais comuns relacionadas à prescrição de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
Nele o prescritor encontra informações sobre:
  • os modelos de Receituários e Notificações de Receita;
  • a forma de aquisição dos talonários de Notificação de Receita;
  • o preenchimento correto das receitas e Notificações de Receita;
  • a lista de substâncias sujeitas a controle especial.
Esta é uma contribuição para a disseminação do conhecimento técnico e o fortalecimento de estratégias para a efetivação do controle e fiscalização de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
Link para o MANUAL.

domingo, 18 de setembro de 2016

901 - O jardim das plantas venenosas

Trancadas por trás de portas de aço preto em Northumberland, Inglaterra, no jardim do Alnwick Castle, vicejam cerca de cem infames assassinos. Da beladona à cicuta, a única maneira de uma planta deitar raízes no local é se ela for venenosa para os seres humanos. Criado pela Duquesa de Northumberland, este é um jardim que você não vai querer visitar para cheirar as flores.
"ESTAS PLANTAS PODEM MATAR"
Algumas destas mesmíssimas plantas têm usos medicinais. Dosis sola facit venenum (só a dose faz o veneno), como disse o médico e alquimista suíço Paracelso.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

800 - Medicamentos órfãos

Os denominados "medicamentos órfãos" são aqueles fármacos dirigidos ao diagnóstico, prevenção ou tratamento de doenças graves, potencialmente fatais ou raras. Eles são assim chamados pelo pouco interesse que a indústria farmacêutica tem em os desenvolver e comercializar. Isso deve-se ao fato de haver um reduzido número de pacientes para esses medicamentos. Logo, tornam-se pouco rentáveis ou até podem dar prejuízo às indústrias que os produzem. A sua produção envolve muitas vezes estudos complexos e extremamente caros.
Na Europa, uma doença é considerada rara quando afeta menos de 1 por 2.000 pessoas.
Chiste
Se você quer que descubram a cura para uma doença rara, deseje-a para um monte de gente rica.

domingo, 2 de agosto de 2015

764 - A impressão 3D chega aos medicamentos

A revolução da impressão 3D poderá ser estendida ao mundo dos medicamentos.
A ideia é futuramente usar uma impressora 3D para criar comprimidos com a forma, a cor e as doses indicadas de seus ingredientes ativos. Isto será muito importante para certos tipos de medicamentos como, por exemplo, os anticoagulantes e os imunossupressores cujas doses devem ser precisamente ajustadas para cada paciente.
No que se refere à forma, inclui tornar os comprimidos mais atraentes para as crianças. Que poderão escolher os "bichinhos" que vão tomar: unicórnios, dinossauros, polvos etc.
Microsiervos
Ver também:
294 - um microscópio de baixo custo
681 - Lambendo o perigo
735 - Médicos usam impressoras 3D para salvar a vida de crianças
751 - Cena tocante

terça-feira, 21 de julho de 2015

760 - Um novo papel para o Twitter

Ferramenta de pesquisa no Twitter permite descobrir interações farmacológicas potencialmente perigosas
Uma equipe de cientistas inventou uma nova técnica para descobrir as interações medicamentosas potencialmente perigosas e os efeitos colaterais desconhecidos – antes que eles apareçam nos bancos de dados médicos, como PubMed, ou até mesmo antes de que médicos e pesquisadores tenham ouvido falar deles.
Uma ferramenta perspicaz? Um programa de computador que pode eficientemente procurar milhões de tweets no Twitter para os nomes de muitas drogas e medicamentos – e construir um mapa de como eles estão conectados, usando o #hashtags que os liga.
"Nosso novo algoritmo é uma ótima maneira de fazer descobertas que podem ser acompanhadas e testadas por especialistas como investigadores clínicos e farmacêuticos, disse Ahmed Abdeen Hamed, um cientista informático na Universidade de Vermont, que liderou a criação da nova ferramenta. Um relatório sobre como funciona o algoritmo e suas descobertas preliminares, foi publicado no Journal of Biomedical Informatics.
"Podemos não saber o que é a interação, mas com essa abordagem podemos rapidamente encontrar evidências claras de drogas que estão associadas entre si através de hashtags", disse Hamed.
Referências
Ahmed Abdeen Hamed, Xindong Wu, Robert Erickson, Tamer Fandy. Twitter K-H networks in action: Advancing biomedical literature for drug search. Journal of Biomedical Informatics, 2015; 56: 157 DOI: 10.1016/j.jbi.2015.05.015
Fonte Science Daily

domingo, 7 de setembro de 2014

655 - O papel do estado na pesquisa de novos medicamentos

Silio Boccanera — Os grandes laboratórios farmacêuticos alegam pesquisar muito por novas drogas e medicamentos. Mas você diz em seu livro (*) que muito trabalho é feito pelo Estado. Como no caso dos Estados Unidos ajudando Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês). Fale sobre isso. 

Mariana Mazzucato — O que é legal sobre a indústria farmacêutica é que a divisão de produtos é muito clara. Alguns medicamentos são“me-too”, variações sutis de outros existentes, e alguns são realmente inovadores e revolucionários. Estes são novas entidades moleculares que têm prioridade de aprovação. E três quartos dessas novas entidades, com prioridade de aprovação, ou seja, dos medicamentos realmente revolucionários, são financiados pelo Estado através dos NIH. Grandes laboratórios farmacêuticos ainda são importantes, mas não para a parte revolucionária da pesquisa. Eles se concentram muito no desenvolvimento do “P&D” (pesquisa e desenvolvimento) e se concentram muito também em comprar de volta suas próprias ações. Tanto a Pfizer quanto a Amgen gastam muito de suas receitas líquidas na compra de suas próprias ações para valorizar seus preços. Isso volta à questão do curto prazo.
(*) “O Estado Empreendedor”, ainda sem versão no Brasil.
Trecho de uma entrevista concedida pela economista Marina Mazzucato (foto), da Universidade de Sussex na Inglaterra, ao jornalista Silio Boccanera, para o programa Milênio, da Globo News.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

617 - Doença intersticial pulmonar em esclerose sistêmica

Resumo
Apesar de muitas perguntas não respondidas sobre a patogênese da doença intersticial pulmonar na esclerose sistêmica (ES-ILD) e da falta de fatores de risco epidemiológicos precisos, tem havido grandes avanços na identificação e avaliação prognóstica da ES-ILD.
A avaliação da gravidade da doença é um exercício multidisciplinar, que requer a integração dos testes de função pulmonar com os dados da tomografia computadorizada de alta-resolução e com a gravidade sintomática – e todos estes fatores têm de ser considerados na detecção da progressão da doença.
Exceto em uma minoria de pacientes com doença inflamatória reversível, o objetivo principal do tratamento é a prevenção da progressão da doença.
Regimes de tratamento atuais são centrados em terapia imunossupressora, com os resultados de tratamento controlados em grande parte limitados ao uso de ciclofosfamida. Os resultados de dois ensaios clínicos indicam que a terapia com ciclofosfamida mostra-se apropriada em pacientes com ES-ILD com amplo envolvimento pulmonar fibrótico.
Há necessidade de ampliar as abordagens terapêuticas com a utilização do rituximab e de agentes antifibróticos cujos efeitos já tenham sido demonstrados no tratamento de outras doenças intersticiais pulmonares fibróticas.
No entanto, é também importante evitar o tratamento excessivo de pacientes com ES-ILD limitada (com envolvimento não-progressivo do pulmão). Nesse cenário, uma política de não-intervenção inicial, mas observação meticulosa ("masterful inactivity with cat-like observation") é muitas vezes justificada.
Wells AU, Margaritopoulos GA, Antoniou KM, Denton C.Interstitial lung disease in systemic sclerosis. Semin Respir Crit Care Med. 2014 Apr;35(2):213-21
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24668536

segunda-feira, 15 de julho de 2013

517 - Um elemento químico de grande beleza

Até o século 18 foi muitas vezes confundido com estanho ou chumbo. No entanto, uma vez refinado em sua forma mais pura, torna-se algo de grande beleza. É cerca de duas vezes mais abundante do que o ouro.
Sim, há chance de você ter entrado em contato com ele - se você já teve distúrbios em seu aparelho digestivo! Sob a forma de óxido de bismuto e com íons de salicilato à superfície, você provavelmente o conhece pelo nome comercial de Pepto-Bismol.
Mas o que você vê aqui é o bismuto, elemento químico, em sua forma cristalina.
Kuriositas
Leitura complementar
Zaterka, Sclioma. Os sais de bismuto em gastroenterologia: uma medicação antiga, mas atual, LILACS

sexta-feira, 19 de abril de 2013

488 - ENTREVISTA: Joan-Ramon Laporte

"Os medicamentos curam ou causam qualquer enfermidade."


Grato a Maria Célia Ciarlini por ter enviado este slideshow.

terça-feira, 17 de julho de 2012

397 - Manual do Uso Consciente de Medicamentos

Acesso ao Manual
Visando a orientar as pessoas sobre o uso dos medicamentos, esclarecendo-as sobre suas dúvidas mais comuns, o laboratório Eurofarma desenvolveu este "Manual do Uso Consciente de Medicamentos".
A publicação reúne uma série de informações simples, mas de extrema relevância, como por exemplo: 
1. Não utilize por conta própria medicamentos com tarja. Eles somente podem ser prescritos por um médico ou outro profissional habilitado.
2. Leia sempre a bula e o rótulo do medicamento antes de utilizá-lo. Fique alerta com relação ao prazo de validade e instruções de uso.
3. Não tenha medo de perguntar. Caso não tenha entendido como deve ser utilizado o medicamento – dosagem, intervalos entre uma dose e outra, se deve ser ingerido em jejum ou junto com alimentos, entre outros cuidados – ligue para o seu médico.
4. Respeite o intervalo e a dosagem recomendada pelo médico. Isso é fundamental para o sucesso do tratamento.
5. Todo medicamento precisa de um determinado tempo para começar a agir, que varia de pessoa para pessoa. É absolutamente incorreto e perigoso imaginar que, aumentando a dose do medicamento, seu efeito será mais rápido. 
6. Não utilize medicamentos com alguma alteração visível, como cor diferente ou com cheiro fora do normal. Estas características podem ser indícios de que o medicamento está impróprio para uso. Para confirmar suas suspeitas de alteração, leia a bula e procure por informações sobre a característica do medicamento.
7. Mesmo se sentindo melhor, não pare de tomar o medicamento antes do prazo recomendado. Os sintomas podem voltar com mais intensidade. Por outro lado, se você tiver uma reação adversa, comunique seu médico imediatamente.
8. Antes de realizar exames, cirurgia, tratamento de emergência ou alguma nova terapêutica medicamentosa, informe seu médico ou dentista sobre os medicamentos que você já está utilizando. 
9. Quando for viajar, certifique-se de que seu medicamento é comercializado no lugar para o qual você vai ou leve quantidade suficiente para o tempo que ficará fora. Leve sempre com você uma cópia da sua receita médica.
10. E o mais importante: não indique medicamentos para outras pessoas. O fato de ter sido bom para você, não significa que o mesmo medicamento será bom para um amigo ou parente. Toda prescrição é individual e deve ser feita por um profissional habilitado.

terça-feira, 5 de junho de 2012

383 - Saúde Não tem Preço

Iniciada distribuição gratuita de medicamentos para asma
Começou, ontem (dia 4), a oferta gratuita de medicamentos para o tratamento da asma nas farmácias populares da rede própria (administradas pelo governo federal) e nas unidades privadas conveniadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular. A decisão estabelece a inclusão de três medicamentos (brometo de ipratrópio, diproprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol) na ação Saúde Não Tem Preço, juntamente com outros 11 medicamentos para hipertensão e diabetes, que já são distribuídos.
Para a retirada dos produtos, é preciso o usuário apresentar documento com foto, CPF e a receita médica dentro do prazo de sua validade. Se o usuário se deparar com uma unidade que ainda não adaptou o seu sistema de vendas à gratuidade, ele deve procurar outra unidade entre as mais de 20 mil existentes no país.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca a relevância desta inclusão de novos medicamentos no programa. “Estamos dando um passo importante para reduzir o número de internações e de óbitos por asma”, observa Padilha. A asma está entre as principais causas de internação nas crianças com idades abaixo de 6 anos. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças desta faixa etária. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por causa da asma.
 Os medicamentos incorporados já fazem parte do elenco do programa Farmácia Popular, ou seja, são ofertados à população com até 90% de desconto nas unidades da rede própria e privada. Com a inclusão deles no Saúde Não Tem Preço, o valor de referência –estabelecido pelo Ministério da Saúde–será mantido e o governo assumirá a contrapartida que era paga pelo cidadão. A incorporação destes medicamentos ampliará o orçamento atual do Saúde Não Tem Preço em R$ 30 milhões por ano. O orçamento de 2012 do programa, sem contar os valores previstos para cobrir os custos com a inclusão dos medicamentos para asma, é R$ R$ 836 milhões.
 A gratuidade deve beneficiar até 800 mil pacientes por ano. Atualmente, o programa Farmácia Popular atende 200 mil pessoas que adquirem medicamentos para o tratamento de asma. A estimativa do Ministério da Saúde é a de que este número possa quadruplicar, como ocorreu com os medicamentos para hipertensão e diabetes após um ano de lançamento da gratuidade pelo programa Saúde Não Tem Preço, iniciado em fevereiro de 2011.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

185 - Farmácia Popular do Brasil

Em junho de 2004, com o objetivo de levar medicamentos essenciais a baixo custo para a população brasileira, o Governo Federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil. É um Programa que atua sobre dois eixos de ação: as UNIDADES PRÓPRIAS, que são desenvolvidas em parceria com Municípios e Estados, e o SISTEMA DE COPAGAMENTO, desenvolvido em parceria com farmácias e drogarias privadas.
As UNIDADES PRÓPRIAS são operacionalizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que coordena a sua estruturação, executa a compra dos medicamentos, abastece as unidades e capacita seus profissionais. Contam estas unidades, atualmente, com um elenco de 107 medicamentos mais o preservativo masculino, os quais, sendo dispensados pelo valor de custo, apresentam uma redução de até 90 por cento em seus preços. A única condição para a aquisição dos medicamentos disponíveis nas unidades, neste caso, é a apresentação de receita médica ou odontológica. De 27 unidades próprias, que foram implantadas em 2004, a quantidade delas cresceu para 510 (dados de março de 2010).
Já no SISTEMA DE COPAGAMENTO, o Governo paga uma parte do valor dos medicamentos e o cidadão complementa o restante. O valor pago pelo Governo é fixo. Por esse motivo, o cidadão pode pagar menos para alguns medicamentos do que para outros, de acordo com a marca e o preço praticado pela farmácia. Mas, em geral, a população pode pagar até um décimo do preço de mercado do medicamento. Para ter acesso a essa economia, basta que a pessoa procure uma drogaria com a marca “Aqui tem Farmácia Popular” e apresente a receita médica acompanhada do seu CPF e documento com foto. Há 11.832 empresas credenciadas (dados de março de 2010) em todo o território nacional.

Saiba onde encontrar uma das unidades da rede própria da Farmácia Popular em seu Estado.

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domingo, 18 de julho de 2010

167 - CFM: um basta aos cupons!

Uma recente resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu que médicos oferecessem a pacientes os famigerados cupons e cartões da indústria farmacêutica. Utilizados para a obtenção de descontos na compra de determinados medicamentos, encontram-se eles agora proibidos de serem fornecidos nos consultórios médicos.
Por meio da resolução 1939/2010, que foi publicada na edição do Diário Oficial da União de 09/02/10, entendeu o CFM que esta prática, por questões relacionadas ao conflito de interesses e à proteção do sigilo do paciente, não podia mais ter continuidade. Eis os artigos da resolução:
Art. 1º É vedado ao médico participar, direta ou indiretamente, de qualquer espécie de promoção relacionada com o fornecimento de cupons ou cartões de descontos aos pacientes, para a aquisição de medicamentos.
Parágrafo único. Inclui-se nessa vedação o preenchimento de qualquer espécie de cadastro, formulário, ficha, cartão de informações ou documentos assemelhados, em função das promoções mencionadas no caput deste artigo.
Art. 2º Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Uma enquete em andamento, feita pelo site oficial de uma especialidade médica, revela que muitos médicos estão em desacordo com a medida do CFM. É preciso que estes colegas compreendam que a nova resolução visa a garantir, no tocante a este assunto, a lisura do comportamento ético dos médicos brasileiros.

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sexta-feira, 25 de junho de 2010

144 - O placebo: agradando demais?

O número das novas drogas testadas em ensaios clínicos controlados e que não mostram a sua efetividade em seres humanos está a aumentar. E a culpa dessa tendência vem sendo atribuída ao efeito placebo, o qual parece ser atualmente mais forte do que já foi no passado.
Obviamente, se uma nova droga testada não alcança um resultado significativamente superior ao de uma pílula de açúcar, isto significa que ela não tem condições de ser lançada no mercado farmacêutico. Um problema que inclusive começa a se verificar com algumas antigas drogas, como a fluoxetina (Prozac), cuja efetividade já foi questionada em ensaios clínicos mais recentes.
Leitura adicional
Placebo (do latim placere, significando "agradarei") é como se denomina uma substância (ou procedimento) inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está sendo tratado.
O efeito placebo é usado para testar a validade de medicamentos ou técnicas verdadeiras. Consiste, por exemplo, no uso de cápsulas desprovidas de substâncias com propriedades terapêuticas, isto é, contendo substâncias conhecidamente inertes e inócuas, que são administrados a grupos de pacientes (voluntários) para comparar o efeito da sugestão no tratamento de doenças, evitando-se assim atribuir possíveis resultados terapêuticos a tratamentos sem valor. O princípio subjacente é o de que, num ensaio controlado por placebo, parte do sucesso da substância ativa é devido não a esta, mas sim ao efeito placebo da mesma.


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quarta-feira, 21 de abril de 2010

79 - Uso inadequado de medicamentos

- 15% das pessoas consomem mais de 90% da produção farmacêutica mundial.
- 50 a 70% das consultas médicas geram prescrição.
- Somente 50% dos pacientes seguem o tratamento corretamente.
- 40% dos pacientes atendidos nas emergências por intoxicação são vítimas de medicamentos.
- 20% dos orçamentos dos hospitais são gastos com as complicações relacionadas com medicamentos.
Dados da OMS - 2006, via "O Médico e Você"



Nos EUA, os eventos adversos a medicamentos respondem pela quarta causa de morte no país, ultrapassando as doenças pulmonares e a AIDS como causas de óbitos.

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