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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

1429 - Sala de espera



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quinta-feira, 26 de maio de 2022

1257 - Dados! Dados! Dados!

Sir Arthur Conan Doyle (22 de maio de 1859 - 7 de julho de 1930), escritor e médico escocês.
Ele foi um firme defensor da vacinação compulsória e escreveu vários artigos defendendo a prática. Seu detetive fictício, Sherlock Holmes, emula o cientista que pesquisa diligentemente os dados.
"É um erro capital teorizar antes de você ter todas as evidências. Isso influencia o julgamento." ("Um Estudo em Vermelho", 1887)
"Eu nunca adivinho. É um hábito chocante - destrutivo para a faculdade lógica." ("O Sinal dos Quatro",1890) 
"Uma vez eliminado o impossível, o que resta, por mais improvável que seja, deve ser a verdade." ("Escândalo na Boêmia", 1891)
"Você vê, mas não observa. A distinção é clara." ("Escândalo na Boêmia", 1891) 
"Ainda não tenho dados. É um erro crasso formular teorias antes de se obter dados. Insensivelmente, começa-se a distorcer os fatos para atender às teorias, em vez de criar teorias para atender aos fatos." ("Escândalo na Boêmia", 1891)
"Dados! Dados! Dados!" ele gritou impaciente. "Eu não posso fazer tijolos sem barro." ("As Faias Cor de Cobre",1892)
Tradução: PGCS

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

1226 - Estranha profissão é a de médico!

O pintor e ilustrador britânico Samuel Luke Fildes (1843 - 1927) perdeu seu primeiro filho, Philip, acometido de febre tifóide, no Natal de 1877. O desvelo do médico que o assistiu deixou em sua memória uma imagem de devoção profissional que inspirou, em 1891, o quadro "The Doctor", ora em pauta. Nela, provavelmente, Samuel retrata seu próprio drama pessoal e homenageia o Dr. Murray que assistiu, impotente, seu filho no leito de morte.
No centro do quadro, em primeiro plano, a luz de um lampião sobre uma mesa ilumina um médico contemplativo e uma criança gravemente enferma, acomodada sobre duas cadeiras. Pela janela da humilde casa, adentram os primeiros raios de sol iluminando o lado esquerdo da face do pai, que repousa a mão nas costas de sua esposa para apoiá-la e confortá-la no momento dramático. A luz ilumina a mãe debruçada em uma mesa revelando seu profundo sofrimento com a grave doença da filha.
Os utensílios sobre os móveis, indicando a preparação de medicamentos, mostram que o médico passou a madrugada ao lado da criança pálida, fraca, largada, gravemente enferma, tentando, em vão, uma terapia eficaz. É impossível apreciar o quadro sem sentir forte emoção diante da força do olhar do médico sobre a pequena paciente e do olhar do pai, colocando suas esperanças no médico.
Trata-se de uma das representações mais tocantes e icônicas da medicina. Em 1892, um professor de medicina escreveu, no British Medical Journal:
"Uma biblioteca de livros feitos em nossa honra não faria o que esta pintura tem feito e fará pela profissão médica, ao tornar os corações de nossos semelhantes aquecidos com confiança e afeto por nós."
Extraído de: "Apreciação Crítica da Obra 'The Doctor' de Luke Fildes", por Dra. Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg, médica e historiadora da Sobrames Ceará e da Academia Cearense de Medicina. Publicada originalmente no Jornal do Médico Digital, de 18 a 23 de outubro de 2020.

O Médico
Dele se pede toda a sensibilidade que um ser humano pode abrigar. Para que entenda a linguagem da dor, da angústia, do medo, da desesperança e do sofrimento.Para que fale com a alma de seus pacientes. Para que transforme tênues fímbrias de esperança no lenho ardente da vontade de viver. De pessoa assim tão rica de sentimentos se pede, paradoxalmente, o mais frio domínio das emoções. Para que um franzir de cenhos ou um arquear de boca não semeiem, no espírito do paciente, dúvidas e opressões. Para que o tremer da mão não imprima, ao bisturi, o erro milimétrico que separa a vida da morte. Para que o marejar dos olhos não o prive da clareza meridiana que se pede ao diagnosticista. Para que o embargo da voz não roube credulidade à sua mensagem de fé.
SEMPRE ME PARECEU DIFÍCIL REUNIR, NUM MESMO INDIVÍDUO, TÃO NOBRE TEXTURA E TÃO RUDE COURAÇA.
Pronunciamento do Dr MARIO RIGATTO na AULA DA SAUDADE da minha turma MEDICINA 74 no Centro de Convenções e publicado em seu livro MÉDICOS e SOCIEDADE. ~ Dra. Ana Nocrato

domingo, 18 de outubro de 2020

1172 - Letra de médico. Teorias

A letra de médico não nasce com ele, mas surge por ele tomar anotações à velocidade da luz durante 6 anos.
Não dá para generalizar: na área médica, como em qualquer outra, há quem tenha garranchos e quem escreva bem. Ainda assim, há teorias sobre a origem do mito. Uma diz que, antigamente, quando não existiam laboratórios farmacêuticos, médicos faziam prescrições que só os boticários conseguiam decifrar. Assim, evitavam que o paciente se arriscasse fazendo o próprio remédio. Outra afirma que a pressa para anotar as aulas na faculdade causaria a letra ruim. Uma terceira é a de que, no passado, a maioria dos doutores eram homens – e eles normalmente teriam a letra pior do que a das mulheres.
[http://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-medico-tem-letra-ruim/...]
Leia-se: "Paracetamol"
Em seu livro Oro y espadas. Curiosidades históricas de la Argentina cuando era española, Daniel Balmaceda nos dá a explicação histórica para esse problema. No século XV, foi criado na Espanha o Real Tribunal del Protomedicato, um órgão técnico encarregado de supervisionar as profissões relacionadas à saúde (como médicos e farmacêuticos). Um século depois, esse tribunal também foi instalado nas colônias espanholas da América.
O Protomedicato estabeleceu que os médicos tinham que escrever as prescrições médicas em latim, porque era considerada a língua mais culta. No entanto, com o passar do tempo e o aumento da população, registrou-se um número maior de pacientes, que se queixaram de não entender as receitas, pois o latim não era uma língua ensinada aos habitantes em geral.
Nesse contexto, no início do século XIX, foi dada a ordem para deixar de lado o latim e escrever as receitas em espanhol. Os médicos não receberam muito bem essa mudança, pois consideraram que o uso da linguagem das pessoas comuns desacreditava seu trabalho.
Apesar do descontentamento, eles tiveram de obedecer à ordem. No entanto, decidiram usar uma fonte cursiva difícil de ler, em retaliação à ordem emitida pelas autoridades. "Essa foi a sua vingança pela intromissão dos pacientes na relação epistolar com os farmacêuticos. Hoje, no século XXI, podemos tentar ler uma receita e verificar que a vingança continua...", explica Balmaceda em seu livro.
[http://www.vix.com/es/cultura-pop/186958/misterio-resuelto-ya-sabemos-porque-los-medicos-escriben-feo]
No Brasil, uma lei federal, uma portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Código de Ética Médica exigem que as receitas sejam legíveis.
694 - Letra de médico
1156 - É verdade que só farmacêutico entende letra de médico?

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

1162 - Quem é doutor?

por Elcio Luiz Bonamigo
O termo doutor é um título ou forma de tratamento cuja utilização desperta dúvidas tanto nos meios sociais como acadêmicos. A origem do termo encontra-se na palavra latina doctor, que significa mestre ou professor, pertencente à família do verbo docere, cuja tradução é ensinar. Um doutor, considerando-se do ponto de vista estritamente etimológico da palavra, é aquele que ensina. O uso e o tempo acrescentaram outros significados para doutor que se somaram àquele original. Segundo os nossos atuais dicionários Aurélio, Houaiss e Michaelis, doutor, em suma, significa:
1º) aquele que cursou o doutorado; 2º) o médico; 3º) o advogado; 4º) o delegado de polícia; 5º) o juiz; 6º) uma pessoa considerada muito culta, importante; 7º) por cortesia, todo o indivíduo formado em curso superior; 8º) o portador do título "Doctor honoris causa".
Aquele que cursou o grau acadêmico de doutorado é considerado doutor no sentido etimológico da palavra, ou seja, de um professor dedicado ao ensino. No entanto, já existem alguns destes doutores que preferem não compartilhar o título com outros, de menor grandeza, por lhes parecer um tanto desvirtuado. Isto é: preferem ser simplesmente mestres ou professores que doutores. Portugal, nosso país descobridor, resolveu parcialmente este problema denominando doutor, por extenso, àquele que possui o doutorado e dr., abreviado, aos demais mortais. Desta forma, pelo tamanho do doutor que precede o nome pode deduzir-se a importância do seu portador.
Diz a léxica nacional, bem como a internacional, que o termo doutor aplica-se especialmente aos advogados e médicos. Esta significação tem origem, quiçá, nas antigas universidades de Bolonha e Montpellier que tinham a tradição de conferir tais títulos especialmente a estas duas categorias. Conta-se que aqui mesmo no Brasil teria havido uma legislação similar a corroborar com esta observação.
A prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças, características tradicionais da Medicina, ajudaram a correlacionar este profissional com alguém que explica e, consequentemente, ensina, ou seja, com um doutor (doctor). Desta forma, o doutor médico passou a compartilhar do título atribuído tradicionalmente ao doutor professor.
Segundo os dicionários supracitados, juízes e delegados também são especificamente denominados doutores. No entanto, pessoas muito sábias ou importantes, mesmo não portadoras de título universitário ou doutorado, também são consideradas doutores perante a população, principalmente em países com maior desigualdade social como o Brasil.
Doutor também se aplica, por cortesia, a todos os demais formados em cursos superiores. Isto mesmo: a todos, por cortesia, segundo o dicionário Houaiss. Neste sentido, o título de doutor, afirma textualmente o gramático Celso Cunha: "Recebem-no não só os médicos e os que defenderam tese de doutoramento, mas, indiscriminadamente, todos os diplomados por escolas superiores".
Algumas categorias profissionais não costumam utilizar o título doutor como forma de tratamento mútuo, tais como os contadores, entre outras. Em situação diferente está a Odontologia, antiga especialidade da Medicina que foi declarada profissão independente há três séculos pelo médico Pierre Fauchard, cujos profissionais são usual e naturalmente denominados doutores pela população, mesmo que isto não seja por eles exigido, mas curiosamente não está previsto de forma explícita nos três principais dicionários nacionais, e deveria estar. Em outra posição encontram-se os enfermeiros e fisioterapeutas os quais estimulam, através de Resoluções dos seus Conselhos Profissionais, o uso do título de doutor entre os seus membros por ser uma forma de tratamento gramaticalmente possível aos diplomados universitários. Os italianos, que inventaram tantas coisas boas, menos o macarrão que foi façanha dos laboriosos chineses, utilizam dottore para aqueles que fizeram doutorado e também para médicos e advogados, segundo afirmam os dicionários Garzanti e Zingarelli. Esta língua, que foi a primeira flor do Lácio, nascida e desenvolvida em berço toscano para reinar em toda a Itália por ser culta e bela, qualifica os seus cidadãos com sua respectiva profissão precedendo o nome. Trata-se de uma forma especial de tratamento, considerada elegante e respeitosa para distinguir os seus vários profissionais. No entanto, o médico é especialmente denominado dottore.
Existe também o título acadêmico "Doctor honoris causa", que é conferido por uma universidade a alguém com méritos, como forma de homenagem, independente de submissão a cursos ou exames. Nesta categoria encontra-se o doutor Lula, excelentíssimo presidente do Brasil, primeiramente consagrado um doutor de fato pelo seu povo, através das eleições, e posteriormente tornado um doutor de direito por Universidades do Brasil e do exterior. Vamos omitir propositadamente a análise dos títulos "Doutor da Lei" e "Doutor da Igreja" por precederem esta nova safra doutoral que passou a ser cultivada somente a partir da alta idade média.
Os médicos, portanto, não estão sós nesta plêiade doutoral, mas constituem uma constelação de primeira grandeza, posicionada em local que não permite o ofuscamento por outras, também brilhantes, e nem pode confundir-se com as bruxuleantes. A duração e intensidade do seu brilho, porém, vai depender da própria organização interna, da renovação constante de seus conhecimentos e da luta incessante pelo reconhecimento da sua inquestionável e insubstituível importância perante e para a sociedade. Tudo isto sem prejuízo do brilho e da importância de outras categorias que terão todo o espaço possível para cintilar conjunta e sinergicamente. Para tanto, a categoria médica conta com muitos líderes de primeira grandeza que lutam incansavelmente pelo êxito da sua gigantesca missão. Ao seu lado somam-se aqueles que com as suas exemplares condutas, profissionais e sociais, espantam a apatia de alguns e robustecem as próprias bases para vencer honrosamente os crescentes e cada vez mais insistentes desafios. E todos juntos, sem declinarmos de nenhum ato, mas atuando sinergicamente, os doutores médicos continuaremos cumprindo as missões que nos foram especialmente confiadas há alguns milênios tanto pelo Deus como pelo Pai da Medicina, em nome e para o bem da própria humanidade.
In: http://portal.cfm.org.br. Publicado em 29/11/1999. Acessado em 21/07/2020

quinta-feira, 2 de julho de 2020

1156 - É verdade que só farmacêutico entende letra de médico?

Da resposta de Marcio Rocha, professor e pesquisador da Universidade Federal de Goiás (2006-até o momento):
Deem uma olhada na imagem abaixo. É um print da conversa entre uma pessoa e seu irmão farmacêutico.
Reflete o humor de como o imaginário popular vê a caligrafia dos médicos e os superpoderes dos farmacêuticos para ler os receituários.
No Brasil, uma lei federal, uma portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Código de Ética Médica exigem que as receitas devem ser legíveis.
In: Quora
694 - Letra de médico

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

1127 - O último sopro de vida

Leitor! Faça seu tempo enquanto pode 
Mas caminhe para sua eternidade. 
Aos 36 anos, Paul Kalanithi foi diagnosticado com um câncer incurável. Neurocirurgião brilhante, de repente se viu diante de uma cruel inversão de papéis: num dia era o médico tratando de pacientes com problemas graves, no outro era o paciente lutando pela própria sobrevivência. "O último sopro de vida" narra a trajetória de Paul ao longo do tratamento - a descoberta da doença, a esperança de uma possível remissão, a incerteza quanto ao futuro, a decisão de se tornar pai, a consciência do fim, a angústia de se despedir da vida antes da hora. Sua narrativa é honesta, pungente. Mas, ao mesmo tempo, poética e delicada. Amante da literatura e da filosofia, Paul desde sempre buscou entender a relação entre a vida e a morte, a identidade e a consciência, a ética e a virtude. Seus questionamentos profundos encontram eco em nossas próprias reflexões: afinal, o que faz a vida valer a pena? Paul morreu em março de 2015. Deixou como legado uma filha de oito meses e o manuscrito inacabado deste livro. Quem escreveu as páginas finais e encaminhou o texto para publicação foi sua esposa, Lucy, atendendo ao último desejo do marido.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

918 - "Vem a meu jardim"

O cirurgião italiano Gianfranco Fineschi (1923-2010) conseguiu combinar a ciência com o humanismo e a cultura.
Na cidade de Cavriglia, criou o Roseto Botanico Carla Fineschi, com 6.400 espécies de rosas, em memória de sua esposa. O criador do "Louvre das Rosas" considerava-se um romântico sensível a este gênero de flores. Com elas conversava, mantinha diálogos de amor e conhecia os sentimentos de cada uma delas.
Basta ver o dístico que colocou na entrada da sua fantástica coleção. Uma frase de Sheridan:
"Vem a meu jardim. Eu quero que as minhas rosas te vejam".
Fineschi alcançou a fama internacional neste domínio. Em agosto de 2000, Le Monde lhe dedicou uma página inteira.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

913 - Alvará da nomeação de doutores

Eu o Principe Regente faco saber aos que o presente alvará com forca de lei virem, : que tendo nomeado fysico mór, e cirurgião mór do reino, estados, e dominios ultra-marinos, por decretos de vinte e sete de fevereiro de mil oitocentos e oito aos doutores Manoel Vieira da Silva, e José Correia Picanco. 
– Alvará da nomeação do físico mór e do cirurgião mór do Reino de Portugal em 1809 [archive.org]
N. do E.
Coloquialmente, o médico é frequentemente referido como doutor. Antigamente, o médico era também referido como físico ou facultativo, distinguindo-se então do cirurgião que constituía uma profissão distinta.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

898 - Alfabeto médico

Como seu médico aprende a escrever uma receita:
O médico e a caligrafia nem sempre caminham no mesmo sentido
428- Tenham um fantástico dia
Outros alfabetos de uso médico
505 - Um alfabeto epidemiológico | 570 - O alfabeto do cérebro

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

827 - Unidades Sanitárias Aéreas

Noel Nutels (Ananyev, 1913 — Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1973) foi um médico e indigenista judeu brasileiro. Nascido na Ucrânia, ainda menino, veio para o Brasil com os pais para morar em Recife, no estado de Pernambuco.
Em 1938, formou-se pela Faculdade de Medicina do Recife e, no mesmo ano, naturalizou-se brasileiro. Em 1941, mudou-se para Botucatu, São Paulo, para trabalhar no Instituto Experimental de Agricultura. Foi o médico da primeira expedição Roncador-Xingu, em 1943.
A partir desse primeiro contato com os índios, resolveu se dedicar à defesa das populações indígenas e à erradicação das doenças oriundas do contato com o homem branco. Em 1931, passou a ser médico do Serviço de Proteção ao Índio (precursor da atual Fundação Nacional do Índio) e, em 1952, do Serviço Nacional de Tuberculose.
Noel Nutels idealizou e dirigiu o Serviço de Unidades Sanitárias Aéreas, SUSA (foto), criado em 1956 pelo Ministério da Saúde, com a finalidade de levar os serviços de saúde pública ao interior da selva amazônica.
Arquivo
506 - O Índio Cor-de-Rosa

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

694 - Letra de médico

"A vida é muito curta para ficar caprichando na letra."

sábado, 12 de julho de 2014

636 - O Schindler polonês

Dr. Eugene Lazowski (foto), nascido Eugeniusz Sławomir Łazowski (1913, Czestochowa, Polónia – 2006, Oregon, Estados Unidos) foi um médico polonês que salvou milhares de judeus durante a II Guerra Mundial, criando uma falsa epidemia de tifo ao redor da cidade de Rozwadów, na Polônia.
Durante a ocupação alemã de seu país, acompanhando os trabalhos do amigo e preceptor médico Dr. Stanisław Matulewicz, Eugene Lazowski aprendeu que, através da injeção de uma pessoa saudável com uma "vacina" de bactérias (riquétsias) mortas, essa pessoa iria testar positivamente para o tifo sem experimentar os sintomas da enfermidade.
Trabalhando secretamente, o "Schindler" polonês começou a injetar as bactérias mortas em milhares de poloneses das aldeias vizinhas, criando a falsa ideia de que uma epidemia de tifo grassava na região. Com medo da doença contagiosa, os nazistas colocaram as aldeias afetadas em quarentena, em vez de enviar os seus moradores para os campos de concentração.
Os esforços de Lazowski salvaram as vidas de cerca de 8.000 homens, mulheres e crianças que, de outra forma, teriam sido enviados para prisões, campos de trabalho escravo e de extermínio.
Ele usou a ciência médica para ludibriar as autoridades nazistas. Ao fazer isso, arriscou-se a uma pena de morte, a condenação que era aplicada aos poloneses que ajudavam a livrar os judeus do Holocausto.

sábado, 21 de setembro de 2013

539 - Letra de médico

"Letra de médico já se tornou sinônimo de hieróglifo, de coisa indecifrável." -  Moacir Scliar


Impagáveis do PG
Se você consegue ler isto, agradeça a um médico calígrafo.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

506 - O Índio Cor-de-Rosa

Este ano comemora-se o centenário de nascimento do médico sanitarista e sertanista Noel Nutels (no centro da foto).
Judeu, nascido na distante Ucrânia, Noel Nutels (1913-1973) se definia, acima de tudo, como brasileiro. Não era à toa. Criado no Nordeste, ele dedicou grande parte de sua vida ao combate das doenças que assolavam o Brasil como a tuberculose, a malária e a varíola. Ele não poupou esforços ao sair do conforto do atendimento em consultório para o trabalho de campo. Foi assim que teve o primeiro contato com os índios, aderindo de forma pioneira à defesa destas populações, e consagrando-se, segundo Assunção Paiva, como um dos maiores indigenistas do país.
A história de sua vida foi contada em "Noel Nutels", publicação de sua autoria com diversos colaboradores, editada em 1975. Em 1978, Orígenes Lessa lançou "O Índio Cor-de-Rosa - Evocação de Noel Nutels". Sua biografia romanceada foi publicada em 1997, "A Majestade do Xingu", de Moacir Scliar.
Noel Nutels faleceu aos 60 anos, em 10 de fevereiro de 1973.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

349 - Humor. O estatuto do médico

É direito de todo médico...
Participar de uma reunião social sem ser interrompido por consultas.
Adoecer sem que as pessoas perguntem: "Como é que é, médico fica doente?"
Trabalhar apenas dois turnos de oito horas diariamente, reservando o resto do tempo para os sobreavisos.
Realizar trabalhos de gestão e administração sem ser discriminado pelos colegas.
Não ser cobrado por colegas pelas consultas de seus familiares. (Sem reciprocidade.)
Lutar por mais verbas para a pesquisa da cura da "esmeraldite".
Aposentar-se aos 60 anos com base na "Lei dos Sexagenários", promulgada em 1885.
Lutar pela fusão das associações médicas e de especialidades que tenham anuidades em uma unica e grande "Ordem dos Médicos do Brasil".
Aprender com os farmacêuticos a ler a letra dos outros médicos.
Ser dispensado de prescrever medicamentos com nomes extensos e confusos.
PGCS

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

216 - O médico e o advogado

Um médico e um advogado encontram-se numa festa. Começam a conversar. Mas a conversa é interrompida, várias vezes, por clientes que desejam orientações médicas.
Irritado, o médico pergunta ao advogado:
"Diga-me, o que você faz para impedir que as pessoas lhe peçam orientações jurídicas quando você está fora do escritório?"
"Quando pedem, eu lhes dou essas orientações", respondeu o advogado, "e, na manhã seguinte, cobro-lhes meus honorários".
O médico decidiu seguir o conselho do advogado e, no resto da noite, anotou os nomes e os endereços de todos as pessoas que se aproximaram dele pedindo orientações.
Na manhã seguinte, a lista de cobranças estava para ser enviada, quando a secretária entrou em seu consultório e entregou-lhe... a conta do advogado.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

130 - O uso do jaleco

Para Ynot Nosirrah

O jaleco ou a bata (como o chamávamos no Ceará uns 40 anos atrás) é uma peça de roupa, geralmente de tecido branco, utilizada como uma forma de barreira corporal em hospitais, laboratórios, fábricas, restaurantes, escolas, entre outros locais. Em muitos desses lugares, onde é importante haver uma boa higiene, o seu uso costuma ser obrigatório. Noutros, o seu uso pode ser facultativo, caso não existam problemas reais de biossegurança.
É frequentemente usado por médicos, odontólogos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, e outros profissonais das áreas de saúde, de ensino e de pesquisa, sendo a sua imagem associada a estes grupos sociais. No entanto, é também utilizado por profissionais de outros grupos sociais, em cujos trabalhos a higiene é fundamental, dado ser mais fácil detectar alguma sujidade sobre um tecido de cor branca. E usam-no, ainda, os estudantes que estão a cursar as profissões já citadas.
Ao vestir um jaleco, e tornar-se identificável pelos pacientes de uma unidade de saúde, o médico está a praticar um dos princípios da medicina baseada em ética. Principalmente se esse jaleco ostenta - com legibilidade - o seu nome e a sua função na unidade. E, dessa forma, o médico pode ainda reforçar, por conta da forte simbologia de seu traje, a ação terapêutica (não desprezível) de sua presença junto aos pacientes que assiste.

Importante - O jaleco deve ser usado exclusivamente em ambiente de trabalho.

Publicado em EntreMentes