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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

1335 - A doença mão-pé-boca

A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa, causada por um vírus e é sazonal. Ela é mais frequente em crianças de até cinco anos, cuja transmissão ocorre por meio de secreções de vias aéreas, gotículas de saliva, via fecal-oral e pelo contato com lesões.
Para evitar a doença é necessário medidas básicas de higiene como lavar bem as mãos e evitar aglomerações. Também é necessário não compartilhar objetos e higienizar os itens de uso pessoal e do ambiente com solução de álcool etílico 70% ou solução clorada. A secretaria orienta que os pais mantenham as crianças doentes em casa, evitando que ela frequente a creche por cerca de sete dias ou até que as lesões de pele tenham desaparecido.
Não há tratamento para a doença. O uso de analgésicos, antitérmicos e hidratação pode auxiliar na recuperação. Segundo a secretaria, a recuperação poder durar entre sete e dez dias.
O vírus que provoca a doença habita o sistema digestivo e pode provocar estomatites, uma espécie de afta. Os sintomas estão associados a febre alta nos primeiros dias e, depois, pequenas bolhas nas mãos e nas plantas dos pés, além de manchas vermelhas na boca, amídalas e faringe. Outros sintomas são: vômitos e diarreia, além de dificuldade para engolir e muita salivação.
"“Geralmente, como ocorre em outras infecções por vírus, a doença regride espontaneamente após alguns dias. Não existe vacina contra esta doença, portanto na maior parte dos casos tratam-se apenas os sintomas", explicou por meio de nota Helmar Abreu Rocha Verlangieri, infectologista infantil do Hospital Darcy Vargas.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

1235 - Os tipos de vírus da influenza

Existem quatro tipos de vírus da influenza: são os tipos A, B, C e D. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, os vírus A e B são os causadores de epidemias sazonais de gripe.
Conforme a pasta, o tipo influenza A infecta seres humanos e várias espécies de animais, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. Dentre os seus subtipos, estão A H1N1 e A H3N2.
O tipo B infecta exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2 principais grupos (linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos.
O tipo C infecta humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos significativas à saúde pública, não estando relacionado com epidemias.
O influenza D, conforme o Ministério da Saúde, foi identificado nos Estados Unidos, em 2011, em suínos e bovinos, "não sendo conhecido por infectar ou causar a doença em seres humanos".

quinta-feira, 24 de junho de 2021

1208 - Os vírus que vivem no intestino humano

Os vírus são as entidades biológicas mais numerosas do planeta. Agora, pesquisadores do Instituto Wellcome Sanger e do Instituto Europeu de Bioinformática da EMBL (EMBL-EBI) identificaram mais de 140.000 espécies virais que vivem no intestino humano, mais da metade das quais nunca foram vistas antes.
O artigo, publicado em 18 de fevereiro de 2021, na Cell, contém uma análise de mais de 28.000 amostras do microbioma intestinal coletadas em diferentes partes do mundo. O número e a diversidade dos vírus encontrados pelos pesquisadores foram surpreendentemente altos, e os dados abrem novos caminhos de pesquisa para a compreensão de como os vírus que vivem no intestino afetam a saúde humana.
O intestino humano é um ambiente com uma biodiversidade incrível. Além das bactérias, centenas de milhares de vírus chamados bacteriófagos, que podem infectar bactérias, também vivem ali.
Ilustração de um vírus bacteriófago
Sabe-se que desequilíbrios no microbioma intestinal podem contribuir para doenças e condições complexas como doença inflamatória intestinal, alergias e obesidade. Mas relativamente pouco se sabe sobre o papel que nossas bactérias intestinais e os bacteriófagos que as infectam desempenham na saúde e nas doenças humanas.
Usando um método de sequenciamento de DNA chamado metagenômica, os pesquisadores identificaram mais de 140.000 espécies virais que vivem no intestino humano, mais da metade das quais nunca foram vistas antes.
O Dr. Alexandre Almeida, pós-doutorado do EMBL-EBI e do Instituto Wellcome Sanger, disse: "É importante lembrar que nem todos os vírus são prejudiciais, mas representam um componente integrante do ecossistema intestinal. Por um lado, a maioria dos vírus que encontramos têm como material genético o DNA, que é diferente dos patógenos que a maioria das pessoas conhece, como o SARS-CoV-2 ou o Zika, que são vírus de RNA. Em segundo lugar, essas amostras vieram principalmente de indivíduos saudáveis que não compartilhavam nenhuma doença específica. É fascinante ver quantas espécies desconhecidas vivem em nosso intestino e tentar desvendar a ligação entre elas e a saúde humana."
Via ScienceDaily

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

1191 - A Iniciativa GISAID

A Iniciativa GISAID promove o rápido compartilhamento de dados de todos os vírus influenza e do coronavírus causador da COVID-19. Isso inclui a sequência genética e dados clínicos e epidemiológicos relacionados associados a vírus humanos e dados geográficos e específicos de espécies associadas a vírus aviários e de outros animais, para ajudar os pesquisadores a compreender como os vírus evoluem e se espalham durante epidemias e pandemias.
Um ano desde que os primeiros genomas de SARS-CoV-2 foram lançados para o mundo em 10 de janeiro de 2020 00: 41UTC (eis a primeira imagem disponível do coronavírus recém-descoberto em Wuhan).
Um ano atrás, respostas críticas de saúde pública em todo o mundo foram iniciadas, quando o China compartilhou via GISAID os primeiros genomas inteiros do SARS-CoV-2 e dados associados.
Esses dados com curadoria de alta qualidade disponibilizados por meio do GISAID permitiram o início do desenvolvimento das primeiras vacinas, testes de diagnóstico e outras respostas a uma velocidade sem precedentes, incluindo as primeiras vacinas a serem aprovadas e disponibilizadas (Polack et al N Engl J Med 2020 ), e o desenvolvimento dos primeiros testes moleculares baseados em NAAT e RT-PCR para detectar o coronavírus pandêmico (Bohn et al Clin Chem Lab Med 2020).
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SURGIMENTO DE MUTAÇÕES PARA INICIANTES 👉
1. Vírus precisam invadir uma célula para usar algumas de suas estruturas como uma máquina copiadora.
2. Usando material em conjunto com o maquinário celular, o vírus produz milhões de cópias.
3. A copiadora não é perfeita, então algumas cópias não saem exatamente iguais a original.
4. Esses erros nas cópias (mutações) ocorrem aleatoriamente, mas, em geral, uma taxa mínima de erros a cada x número de cópias é esperada, dependendo do vírus e do gene copiado.
5. Alguns erros na cópia (mutações) não vão afetar em nada o desempenho do vírus: seja a capacidade de gerar novas cópias, a de se transmitir ou a de infectar mais facilmente. Outras vão até prejudicar o vírus nessas capacidades. Essas tendem a simplesmente desaparecer, simplesmente porque as cópias originais são mais capacitadas p/ se copiarem, transmitirem ou infectarem que as novas. É a teria de Darwin em tempo real.
6. O problema acontece quando um desse erros provoca uma alteração na estrutura de proteínas importantes que o vírus utiliza p/ se transmitir ou infectar células. É como se o vírus aperfeiçoasse alguma ou algumas ferramentas que utiliza para chegar a outro hospedeiro e/ou invadir novas células.
7. Cópias com mutações favoráveis possuem uma vantagem adaptativa sobre as cópias originais e, portanto, tendem a prevalecer sobre essas à medida que infectam novas células e novamente se copiam.
8. Qual a chance de acontecer um erro na cópia que favorece o vírus? É uma questão de probabilidades. Se é esperado a ocorrência de um erro (mutação) a cada x cópias, se você tem 10, 100 ou 1000 processos de cópias a chance de mutações acontecerem são de 10x, 100x e 1000x, respectivamente. Lembrem, nem todas serão mutações favoráveis. Supondo que em um paciente emergiu uma cópia mutante que acabou se sobrepondo sobre as originais, isso é garantia de sucesso? Claro que não, pois esse mutante ainda precisa se transmitir para outro indivíduo para se manter, porque o ciclo invariavelmente vai acabar naquele organismo, por resolução da doença pelo sistema imune (maioria das vezes) ou pelo óbito do paciente. Em suma, a mutante precisa passar adiante!
9. Então, onde temos mais chance de ter mutantes circulando? Considere as variáveis: taxa de mutação (erros de cópia) esperada (isso é fixo, não podemos mudar), número de cópias ativas acontecendo (conseguimos modificar diminuindo o número de pessoas infectadas), e número de oportunidades de transmissão (isso conseguimos mantendo as medidas individuais e coletivas de proteção). Logo, chance de mutante com vantagem adaptativa sobre original = n.º de mutações esperadas a cada X cópias X n.º de cópias sendo feitas X n.º de transmissões ocorrendo. Portanto, facilmente se compreende que a maior chance de aparecer um mutante são em contextos de muitas infecções e poucas medidas de controle.
Thread de Alexandre Zavascki

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

1125 - Vírus Ebola: de 90% de mortalidade a 90% de cura

Recentemente, tive a oportunidade de visitar o Micropia, o único museu do mundo - pelo menos, segundo eles - dedicado a micróbios. Uma de suas seções é dedicada a algumas das doenças que eles causam. E um dos microorganismos incluídos nesta seção é o vírus Ebola, que causa uma terrível febre hemorrágica.
O texto, que acompanha a escultura em vidro de Luke Jerram que o representa, diz (os negritos são meus):
O Ebola é uma doença viral aterrorizante para a qual ainda não há cura. Em cerca de 90% dos casos, o Ebola tem um resultado fatal. Embora a doença seja muito contagiosa, as vítimas morrem tão rapidamente que, geralmente, há pouco tempo para infectar muitas outras. É por isso que a propagação do vírus é limitada. 
A Micropia foi inaugurada em 30 de setembro de 2014, tendo sido o texto preparado um pouco antes. Mas, quando visitei o museu - menos de cinco anos após sua inauguração - o texto havia se tornado obsoleto. Porque novos tratamentos com anticorpos monoclonais já obtêm até 90% de cura se forem aplicados a tempo.
Extraído de: Virus del ébola: de un 90% de mortalidad a un 90% de curaciones, por @Wicho. In: Microsiervos

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

939 - Brasil em alerta para a febre amarela

A febre amarela (CID-10: A95) é provocada por um vírus transmitido pela picada de mosquitos infectados. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito do gênero Haemagogus. A maior preocupação das autoridades sanitárias é evitar o retorno da forma urbana da doença, feita por meio da transmissão do Aedes aegypti, cujo número de criadouros no País é considerado alto. O último caso registrado de febre amarela urbana no Brasil ocorreu no Acre, em 1942.
A infecção se instala quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra a doença é picada por um mosquito infectado.
As primeiras manifestações dessa doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.
As mortes de duas pessoas e de vários macacos contaminados pela febre amarela puseram o país em alerta e fizeram o Ministério da Saúde reforçar a orientação sobre a importância da vacinação. A vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser dada a qualquer pessoa que reside ou vai viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

935 - Já existe uma vacina eficaz contra uma variante do Ebola

Uma vacina experimental (VSVD-ZEBOV) contra o vírus Ebola mostrou ser 100 por cento eficaz, de acordo com um estudo publicado em The Lancet, nesta quinta-feira.
Esses resultados oferecem a esperança de proteção contra a doença que atingiu a África Ocidental em 2014, matando mais de 11 mil pessoas.
A vacina foi administrada em pessoas na Guiné que estiveram em contato com doentes de Ebola. Poucos meses após os primeiros testes, a Organização Mundial de Saúde disse que os resultados preliminares foram "extremamente promissores".
De um total de 5.837 pessoas que receberam vacina nenhuma apresentou o Ebola depois de 10 dias ou mais, de acordo com o estudo. Entre as que não receberam a vacina imediatamente, houve 23 casos.

domingo, 9 de outubro de 2016

908 - Diagnóstico das hepatites virais

As hepatites virais agudas e crônicas são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, apresentando características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes particularidades.
As hepatites virais são causadas por cinco vírus: o vírus da hepatite A (HAV, do inglês hepatitis A virus), o vírus da hepatite B (HBV, do inglês hepatitis B virus), o vírus da hepatite C (HCV, do inglês hepatitis C virus), o vírus da hepatite D (HDV, do inglês hepatitis D virus) e o vírus da hepatite E (HEV, do inglês hepatitis E virus) (LEMON, 1997). A doença tem um amplo espectro clínico, que varia desde formas assintomáticas, anictéricas e ictéricas típicas, até a insuficiência hepática aguda grave (fulminante). A maioria das hepatites virais agudas é assintomática, independentemente do tipo de vírus. Quando apresentam sintomatologia, são caracterizadas por fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, anorexia e icterícia. A hepatite crônica, em geral, cursa de forma assintomática. As manifestações clínicas aparecem quando a doença está em estágio avançado, com relato de fadiga, ou, ainda, cirrose. O diagnóstico inclui a realização de exames em ambiente laboratorial e testes rápidos, a fim de caracterizar a doença e sua gravidade (BRASIL, 2009a).
A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude dos diferentes tipos varia de região para região. No Brasil, também há grande variação regional na prevalência de cada hepatite (PEREIRA; XIMENES; MOREIRA, 2010).
Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais

domingo, 3 de abril de 2016

845 - Vírus pegam vírus?

"Há vírus que podem ser infectados por outros vírus, apresentando uma resposta imune a essas infecções." ~ Chantal Abergel
Desenho: Beatrice
O fato é que todos temos que lidar com os vírus. Inclusive vocês vírus.

domingo, 31 de janeiro de 2016

824 - Parceria Brasil–EUA para a vacina contra o vírus Zika

A presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiram criar um grupo de alto nível para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika. Os dois conversaram dia 29, por telefone, e concordaram em unir esforços para produzir a vacina e produtos terapêuticos contra o vírus. O Zika está relacionado à ocorrência de microcefalia em recém-nascidos.
A base das pesquisas será a cooperação já existente entre o Instituto Butantan e o National Institute of Health (NIH), que já estudam uma vacina contra a dengue, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Durante a ligação, Dilma e Obama determinaram que o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Castro, e o Departamento de Saúde dos Estados Unidos mantenham contato a fim de aprofundar a cooperação bilateral na área.
Nesta semana, o governo federal intensificou as ações de mobilização para eliminar criadouros do Aedes aegypti. Outro vírus transmitido pelo mosquito, o chikungunya, provocou a morte de uma pessoa no Recife. de 17 anos, que teve miosite aguda associada ao vírus.
07/02/2016 - Atualizando ...
A melhor e única medida protetiva contra o Aedes ainda é a prevenção. Conforme recomenda a Fiocruz, basta dedicarmos dez minutos semanais para identificação e eliminação dos possíveis criadouros do mosquito transmissor em nossos domicílios. Dos gestores, espera-se que saiam de sua procrastinação e estabeleçam programas bem planejados e eficazes de controle do mosquito. Aliemo-nos, como rigorosos fiscais de nós mesmos, e confiemos no empenho científico exitoso. Celina Côrte Pinheiro, em OPINIÃO, O POVO online

domingo, 29 de novembro de 2015

803 - MS confirma relação entre vírus zika e microcefalia

O Ministério da Saúde confirmou ontem (28) que existe relação entre o vírus zika e os casos de microcefalia na região Nordeste do país. Segundo nota divulgada pela pasta, exames feitos em um bebê nascido no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos.
O resultado enviado pelo Instituto Evandro Chagas revelou, segundo o ministério, "uma situação inédita na pesquisa científica mundial".
O governo assegurou que vai dar continuidade às investigações para descobrir quais as formas de transmissão, como o vírus atua no organismo e qual período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
Diante dessa declaração a expectativa é que sejam redobradas ações nacionais para combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, zika e chikungunya.
Está sendo fortemente recomendado que as gestantes se protejam de mosquitos, especialmente durante os primeiros 4 meses – período de formação dos órgãos do futuro bebê.
05/12/2015 - Atualizando ...
O Ministério da Saúde mudou os critérios para o diagnóstico de microcefalia e adotou a medida de 32 centímetros como o ponto de partida para triagem e identificação de bebês não prematuros com possibilidade de ter a malformação no crânio.
Até então, estavam sendo considerados casos suspeitos aqueles em que a criança nascia com menos de 33 centímetros de perímetro cefálico, segundo o Ministério da Saúde, para incluir um número maior de bebês na investigação. Depois de ter o perímetro cefálico medido, para ter o diagnóstico confirmado, a criança precisa passar por outros exames.
Segundo a pasta, a medida segue recomendação da Organização Mundial da Saúde, que considera 32 centímetros a medida padrão mínima para a cabeça de recém nascidos não prematuros. O perímetro cefálico, medida da cabeça feita logo acima dos olhos, varia conforme a idade gestacional do bebê. Segundo o Ministério da Saúde, para a população brasileira, 33 centímetros é considerado normal.
Especial sobre Perímetro Cefálico - 0 a 5 Anos, com os valores normais de perímetro cefálico, escrito pela Dra. Bárbara Lalinka.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

755 - A história viral de uma pessoa

Que vírus invadiram seu corpo ao longo de sua vida? 
Agora você pode saber. Pesquisadores desenvolveram um teste baseado no DNA do sangue que pode determinar a história viral de uma pessoa. Com essa técnica, esperam também fazer a detecção precoce de condições clínicas, tais como a hepatite C, e eventualmente encontrar a explicação do que desencadeia certas doenças auto-imunes e cânceres.
O novo teste, conhecido como VirScan, de acordo com um estudo recém-publicado na revista Science, realiza a triagem no sangue para a detecção de anticorpos contra 206 espécies de vírus conhecidos que infectam os seres humanos. O sistema imunológico, que produz anticorpos específicos quando encontra um determinado vírus, pode continuar a produzir esses anticorpos décadas após a infecção desaparecer. VirScan detecta os anticorpos e utiliza-os como uma janela no tempo para criar um relatório de quase todos os vírus que um indivíduo encontrou. É uma alternativa dramática para as ferramentas de diagnóstico atualmente existentes, que testam apenas para um único vírus suspeito de cada vez.
"A abordagem é inteligente e corresponde a um tour de force tecnológico", diz Ian Lipkin, professor de epidemiologia e diretor do Centro de Infecção e Imunidade da Universidade de Columbia, que não esteve envolvido na criação do VirScan. "Ele tem o potencial de revelar os vírus que as pessoas encontraram recentemente ou muitos anos antes. Portanto, esta é uma ferramenta de pesquisa poderosa."
Ler mais...
N. do E.
Na busca deste assunto na internet não confundir VirScan om VirSCAN. O segundo é um serviço de rastreamento online para a verificação de arquivos infectados.

domingo, 21 de julho de 2013

519 - Vacina contra o VRS

por Ricardo Schinaider de Aguiar
Com Ciência, 03/07/2013
Vacina pretende utilizar nanopartículas de ouro para imunização
Cientistas da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, pretendem inovar o método de vacinação contra o Vírus Respiratório Sincicial (VRS). Em vez de utilizarem uma forma “enfraquecida” do vírus sem poder de infecção como forma de alerta ao sistema imune, os pesquisadores desenvolveram estruturas de ouro microscópicas. O método foi testado in vitro e obteve resultados expressivos.
O VRS é o principal vírus responsável por infecções do trato respiratório inferior no mundo, sendo responsável por 65 milhões de infecções e 1 milhão de mortes todos os anos. Apesar disso, não há atualmente nenhuma vacina licenciada contra ele. O alvo da pesquisa foi uma proteína específica, chamada proteína F, que reveste o vírus e é capaz de se ligar às células do corpo humano, permitindo sua entrada. A ideia dos cientistas, coordenados por James Crowe, foi revestir uma nanopartícula de ouro com a proteína F. Desse modo, o sistema imune é apresentado à proteína e, quando atacado pelo VRS, o reconheceria de modo mais eficiente, mesmo fenômeno observado após uma vacina tradicional.
“Uma vacina para o VRS é extremamente necessária”, afirma Crowe. “Nosso estudo mostrou que proteínas virais, ligadas a nanopartículas de ouro, induzem proliferação de células de defesa do organismo, evidência de estimulação do sistema imune”. Além de simularem com sucesso o vírus, essas estruturas também se mostraram não tóxicas ao organismo humano. Devido à sua versatilidade, as nanopartículas de ouro demonstraram que podem ser utilizadas não apenas para a criação de uma vacina contra o VRS, mas também contra outras doenças.
“Esse estudo pode servir como base para o desenvolvimento de vacinas experimentais para qualquer vírus e até mesmo para bactérias e fungos”, diz Crowe. “O próximo passo é testar a eficácia da vacina in vivo”.
N. do E.
Retificação no DOU nº. 90, de 13 de maio de 2013, da Portaria n°. 53, de 30 de novembro de 2012, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, publicada no DOU n°. 232, de 3 de dezembro de 2012:
"Art. 1º Fica incorporado no SUS o medicamento palivizumabe para a prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório em crianças do subgrupo de mais alto risco para internações ou complicações, ou seja, prematuros com Idade Gestacional menor ou igual a 28 semanas e crianças até 2 anos com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada, com as seguintes condições: elaboração de orientação de uso pelo Ministério da Saúde e redução significativa de preço do medicamento palivizumabe."
O palivizumabe é um anticorpo monoclonal IgG1 humanizado. V. Relatório 16 da CONITEC

quinta-feira, 27 de junho de 2013

511 - Nós somos realmente nós?

1 De acordo com o último censo realizado, há mais células bacterianas do que células humanas no corpo humano. Até dez vezes mais, segundo alguns estudos. Apesar de seu vasto número, essas bactérias só não ocupam um espaço proporcionalmente maior porque elas são menores do que as células humanas. No entanto, ainda que pareça algo assustador, a participação delas na economia humana deve ser vista como um fato salutar. LINK
2 O genoma humano contém cerca de 100.000 fragmentos de retrovírus endógenos, que compõem cerca de oito por cento de todo o nosso DNA. A evolução, que é um processo infinitamente criativo, pode transformar o que parece totalmente inútil em algo valioso. Desse modo, os detritos virais espalhados em nossos genomas acabam sendo matéria-prima para novos genes. E, de tempos em tempos, o DNA de origem retroviral tem sido aproveitado para nossos próprios fins. LINK

17/01/2016 - Atualizando ...
Por muito tempo, pensou-se que os corpos humanos contivessem 10 vezes mais bactérias do que células humanas. Masnovos cálculos sugerem que isso não é verdade. Um "homem normal" tem mais ou menos o mesmo número de bactérias e de células humanas em seu corpo. Ele seria formado por cerca de 40 trilhões de bactérias e 30 trilhões de células humanas. Isto é uma proporção de 1,3 bactérias para cada célula humana. LINK

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

225 - O ser humano infectado por vírus da informática

Parece utópico, mas Mark Gasson pode ser considerado como o primeiro ser humano infectado por um vírus de informática. Gasson, um cientista da University of Reading's School of Systems Engineering (Inglaterra), tem um chip implantado em uma das mãos, a qual ele usa para ativar telefones móveis e atravessar portas de segurança.
Em experimentos, o cientista demonstrou que o chip nele implantado, como qualquer dispositivo do gênero, pode ser infectado por um vírus de informática. E que o chip, nessa situação, torna-se capaz de transmitir esse vírus para sistemas externos.
Isto serve para alertar os cientistas sobre a vulnerabilidade dos implantes biotecnológicos, um dos horizontes mais ambiciosos da medicina, dentre os quais estarão futuramente incluídas as sofisticadas versões dos marcapassos cardíacos e implantes cocleares. Uma infecção em um chip implantado em ser humano põe em risco o funcionamento, não somente de uma unidade em questão, mas de todo o ambiente tecnológico em que estas funcionam.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

192 - Esculturas virais

Luke Jerram é um artista multidisciplinar e cientista amador da Universidade de Southampton, Inglaterra. Em sua galeria virtual, Infectious Beauty, ele exibe as imagens das esculturas que criou, em colaboração com uma equipe de sopradores de vidro, sobre as formas apresentadas por diferentes tipos de vírus.
O artista contou com a orientação do Dr. Andrew Davidson, virologista da Universidade de Bristol, Inglaterra, durante a realização de seu trabalho.
Através de suas esculturas, Luke Jerram revela a tensão entre o belo e o perigoso para a humanidade, qualidades existentes nesses microscópicos seres.

Vídeo


Documentário de uma peça (escultura do HIV)
sendo feita pelo soprador de vidro Kim George.

Nelson Cunha sugeriu este assunto.
Republicado de EntreMentes

domingo, 1 de agosto de 2010

181 - Surpresa evolucionária

Um grupo de cientistas liderado por Keizo Tomonaga, da Universidade de Ozaka, identificou um tipo de vírus que, por volta de 40 milhões de anos atrás, deixou incorporado o seu código genético ao DNA humano. O código deste vírus, um bornavirus, que causa uma forma de esquizofrenia, pode ser transmitido de geração em geração, por estar situado no núcleo celular (no qual preenche 8% do código genético humano) .
A assimilação da sequência viral pelo genoma de um hospedeiro é um processo conhecido pelo nome de endogenização. Ocorre sempre que um DNA viral passa a integrar um dos cromossomas das células reprodutoras e, subsequentemente, pode ser transmitido para a descendência do hospedeiro. Anteriormente, sabia-se que os retrovírus tinham essa propriedade de criar cópias endogênicas nas células dos animais vertebrados. Agora, já se tem o conhecimento de que outras espécies de vírus, como os bornavírus, podem fazer o mesmo.
O bornavírus tem esta designação retirada do nome da cidade de Borna (Alemanha), onde uma epidemia pelo vírus aniquilou, em 1885, um grande número de cavalos. Além do homem e do cavalo, este vírus neurotrópico infecta outros mamíferos e muitas espécies de pássaros.


Comentário
Caso não seja suscetível a crises existenciais, leia também neste blog a nota Você e as bactérias.

Publicado em EntreMentes