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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

1110 - Itens que ajudam na segurança do trânsito

  • Cada redução de 5 km/h na velocidade média representa uma diminuição de 30% nos traumas fatais.
  • Cadeirinhas infantis podem reduzir 70% dos óbitos em crianças e 89% em bebês.
  • Capacetes podem prevenir 70% dos traumatismos cranianos e 65% dos traumatismos da face.
  • O encosto da cabeça deve ser ajustado para cada passageiro porque faz parte do sistema de segurança junto com o cinto.
  • Utilizar o celular ao dirigir aumenta em 4x o risco de colisão ou atropelamento.
Fonte: OMS

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

892 - Acuidade auditiva e habilitação para conduzir veículos

Procedimentos para a prova da voz coloquial
1. A prova deverá realizar-se em local silencioso, onde não haja interferência de ruído de tráfego e que tenha pouca reverberação, com o examinador situado a uma distância de dois metros do candidato, em ambas as orelhas simultaneamente.
2. O examinador deverá assegurar-se de que, durante esta prova, as palavras sejam pronunciadas com calma e volume constante.
3. O examinador não deverá inspirar profundamente antes de pronunicar cada palavra, pois, do contrário, correrá o risco de que cada início de emissão seja muito forte.
4. As melhores palavras para esta prova são as dissílabas, tais como casa, dama, tronco.
5. O examinador deverá assegurar-se de que o candidato não veja os seus lábios, pois neste caso, os resultados poderão ser afetados pela sua capacidade de leitura labial.
Fonte: Anexo IV da Resolução nº 267 do Conselho Nacional do Trânsito (CONTRAN)
Ver também:
50 - Distúrbios do sono e habilitação para conduzir veículos

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

809 - Guerrilha urbana

Celina Côrte Pinheiro
médica ortopedista e traumatologista
celinacps@yahoo.com
É simplório considerar que os itens de segurança devam ser desprezados para que não ocorra a redução de adeptos
Há cerca de duas décadas, o uso das bicicletas passou a ser revigorado nas cidades brasileiras como mais uma possibilidade de exercício. A princípio, grupos organizados circulavam em horários de menor movimento nas ruas e rodovias. Mais recente é o estímulo à prática do ciclismo com vista não apenas ao lazer, mas também à melhoria da mobilidade urbana com preservação ambiental.
Na cidade de Fortaleza, também incluída neste processo de deslocamento com redução de poluentes, construíram-se as ciclofaixas e ciclovias, algumas improvisadas em ruas já estreitas para o tráfego habitual. Distribuídas em vários pontos da Cidade, buscam proteger os adeptos do esporte; contudo, por si só não bastam. Educar é preciso, embora bem mais difícil do que se adequar às tendências da modernidade.
Motoristas e motociclistas devem ter em mente a vulnerabilidade dos ciclistas, respeitando as ciclofaixas e trafegando com menor velocidade, fator inegável na redução de riscos. Por sua vez, os ciclistas devem se acercar de medidas protetivas pessoais. Capacetes, tênis, luzes, campainhas, espelhos retrovisores, luvas e coletes reflexivos são equipamentos mínimos para proteção dos ciclistas e visualização dos mesmos por terceiros. Há atropelamentos decorrentes da quase invisibilidade do ciclista, sobretudo em ruas mal iluminadas.
É simplório demais considerar que os itens de segurança devam ser desprezados para que não ocorra a redução do número de adeptos do ciclismo. A segurança e a educação devem estar atreladas à nova tendência, visando à redução do número de atropelamentos, com ou sem óbito. Quando há vítimas, a repercussão pessoal, social e financeira é bem maior do que se pode aquilatar.
Caso não ocorra conscientização dos riscos, respeito à vida e mudança de comportamento de todos os envolvidos nesta guerrilha urbana em que não há vencedores, a violência no trânsito tenderá a um incontrolável crescimento. O temor aos acidentes, este, sim, reduzirá o número de praticantes do ciclismo. Medidas adequadas e urgentes devem ser tomadas para coibir o aumento do número de vítimas do trânsito e reduzir a gravidade dos acidentes. A violência no trânsito já se constitui um sério problema de saúde pública e devemos nos esforçar para não torná-la ainda mais grave por omissão em um trânsito caótico, desrespeitoso e agressivo. E os pedestres, como ficarão nesta insana disputa por espaço e poder?
Artigo publicado no jornal O Povo (Opinião), em 15/12/2015 
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terça-feira, 27 de outubro de 2015

792 - Somos todos pedestres

Muitos somos motoristas e/ou motoqueiros. Muitos somos também ciclistas. E um só, no Brasil, é astronauta (o tenente-coronel R-1 Marcos Cesar Pontes, da Força Aérea Brasileira). Um fato, porém, é inconteste: SOMOS TODOS PEDESTRES. Como afirma a traumatologista e ortopedista Celina Pinheiro, presidente da Sobrames-CE, neste imperdível artigo publicado no Jornal O Povo, de 25/09/15. ~ Paulo Gurgel
Há alguns dias, a AMC impôs o controle da velocidade máxima dos veículos automotores em uma das vias urbanas em Fortaleza. Vários cidadãos se colocaram contra a medida, alegando que 40 km/h causariam transtorno no trânsito, comprometendo a mobilidade. Este raciocínio é peculiar aos que ajuízam o trânsito com base apenas nos transportes motorizados. Os pedestres são menosprezados ou mesmo esquecidos. Há, aqui, a cultura do desrespeito habitual a quem anda a pé.
O veículo vem a dois quarteirões de distância, com tempo hábil para nossa travessia com segurança. No entanto, a sensação que se tem é que o motorista não se preocupa em, pelo menos, retirar o pé do acelerador. Ao contrário, faz da buzina a sua arma e ainda acelera o veículo quando não desvia o mesmo na direção do desprotegido pedestre. Pura falta de sentimento de urbanidade!
A Organização Mundial da Saúde (OMS) observa que 90% das mortes no trânsito ocorrem em países com baixos rendimentos e menor frota de veículos. Parece paradoxal, mas é a realidade, sobretudo porque a educação nesses países, entre os quais se inclui o Brasil, também é mais precária. A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou a Década de Ação pelo Segurança de Trânsito, de 2011 a 2020, tomando medidas para redução do número de vítimas.
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 12 mil pedestres/ano são vítimas fatais nos acidentes de trânsito brasileiro. Já está comprovado que a gravidade do atropelamento, com óbito, aumenta com a velocidade do veículo. Um pedestre atingido por veículo a 40 km/h tem 30% de chance de ir a óbito. Caso o veículo esteja a 60 km/h, o percentual já se eleva a 85%. Além de 80 km/h, a possibilidade de óbito é de 100%. Salvar-se nestas circunstâncias será absolutamente fortuito.
A analogia entre velocidade dos veículos e gravidade do atropelamento levou muitos países a imporem redução da velocidade autorizada nas zonas urbanas para 30km/h a 50 km/h, com a intenção de moderar o tráfego e reduzir o número de óbitos de pedestres. Precisamos nos curvar às evidências para vivermos melhor. O sentimento de pertença à comunidade passa também pela segurança e conforto que o pedestre sente ao circular nas calçadas e nas ruas. Esta cidade ainda tem muito a avançar neste sentido!

sábado, 3 de outubro de 2015

784 - No Brasil motos já são a principal causa de acidentes no trânsito

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil
Os acidentes envolvendo motos já são a principal causa de ocorrências de trânsito no país, ultrapassando os atropelamentos de pedestres. Atualmente, mais de metade das internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são de motociclistas, que respondem por três quartos das indenizações do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT).
O dado foi trazido durante o 1º Fórum Nacional da Cruz Vermelha Brasileira sobre Segurança Viária, que marcou o início da Semana Nacional do Trânsito, em 18 de outubro, pelo médico Fernando Moreira, especialista em medicina do trânsito e conselheiro da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).
"As motos mudaram o padrão da mortalidade, com a expansão muito forte da frota de motos nos últimos dez anos, e hoje a principal vítima no trânsito já é o motociclista. O pedestre era historicamente quem mais sofria no trânsito, agora é o motociclista. Há vários fatores que incidem diretamente nesta utilização maior das motos, que é um veículo com um risco maior agregado do que um veículo de quatro rodas", disse Moreira.
O médico também chamou a atenção para a dispensa de itens obrigatórios de segurança, como capacete e calçado fechado. Além disso, ele denunciou que, em muitas cidades do país, principalmente no interior, é comum as pessoas pilotarem moto sem terem documento de habilitação.
"Lamentavelmente, em nosso país, não se usa um item obrigatório, que é o capacete. Muitas pessoas sequer tem habilitação para andar de moto. Em alguns locais do interior do país, 60% a 70% das pessoas não são habilitadas para dirigir moto, não conhecem minimamente a legislação de trânsito."
Especialista em medicina do trânsito, o médico está acostumado a testemunhar casos de fraturas graves decorrentes de motociclistas sem equipamentos de proteção, que, se fossem utilizados, salvariam muitas vidas.
"Está se formando uma verdadeira legião de pessoas com deficiências por traumas relacionados à motocicleta. Temos visto um crescimento enorme do número de pessoas com deficiência física estabelecida, em membros superiores e inferiores, e em coluna vertebral com problemas graves, como paraplegia, tetraplegia, em função da má utilização desse veículo que tem um risco maior associado.”
Segundo ele, a frota de motos tem crescido muito mais do que a de automóveis e mudou proporcionalmente a frota total de veículos no Brasil. Isso requer do motociclista ainda mais atenção e cuidados básicos, que evitam ou reduzem a gravidade de acidentes.
"O importante é que o condutor da moto entenda que ele tem de se portar no trânsito em uma atitude preventiva, utilizar todos os equipamentos de segurança, respeitar os limites de velocidade. Também tem que lembrar que o carona tem de usar o capacete. E não pode transportar crianças com menos de 7 anos de idade."
O representante da Cruz Vermelha Brasileira, José Mauro Braz de Lima, consultor do Departamento Nacional de Educação e Saúde da entidade, também alertou para o nível de acidentes graves e fatais no Brasil, que ocupa as primeira posições entre os países com maior número de mortes no trânsito.
"É inaceitável o nível de mortes e feridos nas estradas. O que o Brasil hoje deve estar atento é que, sendo o país que mais mata no mundo por acidentes de trânsito, há que ter uma atitude constante para isso. Temos que criar uma força-tarefa, em um programa de governo, como foi feito na França, para que tenhamos um modelo de atenção sistêmica", sugeriu José Mauro.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), citados pela Cruz Vermelha, no mundo todo, 1,3 milhão de pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito. No Brasil, de acordo com a Cruz Vermelha, são 50 mil mortes anuais e 500 mil feridos nas ruas e estradas dos país, o que representa 25 mortes por 100 mil habitantes.
O representante da organização também sugeriu o aumento de recursos investidos em campanhas educativas e preventivas, utilizando percentual de multas de trânsito, como já é previsto na legislação. A entidade defende um programa baseado em cinco passos: informação, educação, conscientização, fiscalização e apenação.
De acordo com estatística do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o país tinha uma frota de 23 milhões de motocicletas em 2014, o que correspondia a 27% da frota nacional. Apesar das motos representarem pouco mais de um quarto da frota, o seguro DPVAT pagou, em 2014, 580 mil indenizações, o que correspondeu a 76% do total. Deste, 4% foram por morte (22.616 casos), 82% por invalidez (474.346) e 14% por despesas médicas (83.101).

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

458 - Morre o inventor do bafômetro

Morreu na segunda-feira (14) em Anglesey, norte de Gales, aos 77 anos, o Dr. Tom Jones Parry (foto), o inventor do bafômetro eletrônico. O dispositivo inventado pelo Dr. Jones, em 1974, é capaz de informar o nível de álcool no sangue de uma pessoa com base em uma amostra do ar por ela respirado. A proporção do álcool no ar respirado para o álcool no sangue é 2.100: 1. Isto significa que 2.100 mL de ar irá conter a mesma quantidade de álcool que existe em 1 mL de sangue. Pela contribuição que deu à segurança rodoviária Dr. Jones fora homenageado com a Ordem do Império Britânico.

segunda-feira, 29 de março de 2010

56 - Bombons, anti-sépticos bucais e a nova lei

A lei federal 11.705, de 16 de junho de 2008, que tornou mais severas as penas aplicáveis aos motoristas brasileiros que são flagrados dirigindo sob o efeito do álcool, passou também a ser mais exigente quanto aos níveis de álcool no sangue que são tolerados. Para efeito de sanção penal, tiveram os seus limites reduzidos de 6 para 2 decigramas de álcool, o que coloca o Brasil entre os países de legislação rígida sobre o assunto.
O equipamento que mede - de forma indireta - esses níveis de álcool no sangue é o etilômetro, popularmente chamado de bafômetro. E o aparelho faz isto a partir do ar exalado, cuja concentração em álcool guarda uma relação fixa com a que esteja presente no sangue, já que seria impraticável puncionar as veias de tantos motoristas nas ruas e estradas para realizar a medição direta.
Com a intensificação do emprego deste tipo de equipamento, nas blitzes de trânsito em nosso país, passou a ser divulgado que atos inocentes como ingerir algum bombom recheado de licor ou usar anti-sépticos bucais (não são todos), caso tenham ocorrido um pouco antes do teste do bafômetro, poderiam ocasionar resultados comprometedores.
É que esses bombons e anti-sépticos bucais, ao impregnarem de álcool por algum tempo a boca de quem os consome, levam a uma leitura de valores elevados de álcool pelo bafômetro.
A defesa, para quem se envolva com tão desconfortável situação, é pedir a repetição do teste uns dez minutos após. Quando esses valores anormais terão certamente retornados ao patamar da normalidade, ao contrário do que se verificará com eles se a pessoa de fato estiver alcoolizada.

Publicado em EntreMentes