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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

1010 - Movimento antivacina provoca riscos

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) conclamam a população, os médicos e demais profissionais de saúde a se contraporem ao movimento antivacina que surgiu nos países mais desenvolvidos e tem conseguido adeptos no Brasil. Para as duas entidades, a falta injustificada de vacinações pode aumentar morbidade e mortalidade de crianças, de adolescentes e da população adulta, "consolidando um retrocesso em termos de saúde pública".
Os relatos de que as vacinas trazem elementos tóxicos ou nocivos em sua composição, que são ineficazes e que podem ser substituídas por outros métodos, não possuem base técnica ou científica. Uma nota divulgada em junho pelas duas entidades reforçou a necessidade de que os médicos orientassem a população sobre a importância da imunização. "Não se vacinar ou impedir que as crianças e os adolescentes o façam podem causar enormes problemas para a saúde pública, como o surgimento de doenças graves ou o retorno de agravos de forma epidêmica, como a poliomielite, o sarampo, a rubéola, entre outros."
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação em massa evita entre 2 milhões e 3 milhões de mortes por ano e é responsável pela erradicação de várias doenças. A OMS argumenta ainda que, com a imunização, também se reduziu a mortalidade por sarampo em 74%.
No Brasil, estão disponibilizados, na rede pública, 26 tipos de vacinas para crianças e adultos. Graças à cobertura vacinal, iniciada na década de 1970, a varíola foi eliminada no País em 1973; a poliomielite, em 1989; e a transmissão autóctone de sarampo, em 2001. Segundo o Ministério da Saúde, o surto recente de febre amarela tem com uma de suas causas a baixa cobertura vacinal na região onde ocorreram as primeiras mortes, em Minas Gerais. Em 47% dos municípios com recomendação para a vacinação, a cobertura da vacina contra febre amarela era menor do que 50%.
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terça-feira, 29 de novembro de 2016

925 - Microcefalia e outras complicações pelo vírus Zika iniciadas após o nascimento da criança

O Center for Disease Control and Prevention, o CDC, em colaboração com pesquisadores dos Estados Unidos e do Brasil, investigou a primeira série de recém-nascidos com evidência laboratorial de infecção congênita pelo vírus Zika em que foi documentada o início da microcefalia após o nascimento.
Um relatório, publicado na semana passada (dia 22), no Morbidity and Mortality Weekly Report, do CDC, descreve 13 lactentes no Brasil com a infecção congênita pelo vírus Zika, que não tinham microcefalia ao nascimento e que, posteriormente, experimentaram um retardo no crescimento da cabeça. Entre essas crianças, 11 mais tarde desenvolveram microcefalias que foram acompanhadas por complicações neurológicas significativas. Embora a microcefalia não estivesse presente no momento do nascimento, as crianças tinham outras lesões consistentes com a síndrome de Zika, congênita.
O estudo revelou que, entre os filhos de mães expostas ao vírus Zika durante a gravidez, a ausência de microcefalia ao nascimento não descarta a infecção congênita pelo vírus Zika nem a presença de anormalidades cerebrais relacionadas ao vírus.
Os resultados do estudo também destacaram a importância das recentes orientações do CDC sobre as avaliações médicas-  iniciais e continuadas - das crianças com possível infecção congênita pelo vírus Zika congênita e o uso da neuroimagem precoce para recém-nascidos que foram expostos ao vírus Zika no período pré-natal.
Notas relacionadas:
803 - MS confirma relação entre vírus zika e microcefalia
824 - Parceria Brasil–EUA para a vacina contra o vírus Zika
829 - Microcefalia. Perguntas e respostas

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

829 - Microcefalia. Perguntas e respostas

- O que é a microcefalia?
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 32 cm.
- Quais as causas desta condição?
Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
- O que é o vírus Zika?
O vírus Zika é um arbovírus (grande família de vírus), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti.
- Já há confirmação que o aumento de casos de microcefalia no Brasil é causado pelo vírus Zika?
A detecção do genoma do ZIKV realizada pelo Instituto Osvaldo Cruz em líquido amniótico de duas mulheres grávidas de fetos com microcefalia, seguida da detecção do ZIKV pelo IEC em neonato (caso fatal) com microcefalia, proporcionou à ciência o reconhecimento da associação entre ZIKV e os casos de microcefalia, ora observados no Brasil.
- A microcefalia pode levar a óbito ou deixar sequelas?
Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Já há a constatação da relação de infecção pelo vírus Zika com quadros graves e óbitos a partir da identificação de casos que evoluíram para óbito em estados diferentes e ambos com identificação do RNA viral do Zika e resultados negativos para os demais vírus conhecidos, como dengue, chikungunya entre outros.
- Como é feito o diagnóstico de vírus zika e microcefalia? É possível detectar a microcefalia no pré-natal?
O diagnóstico laboratorial específico de vírus Zika baseia-se principalmente na detecção de RNA viral a partir de espécimes clínicos. O período virêmico ainda não está completamente estabelecido, mas acredita-se que seja de curta duração. Desta forma, seria possível a detecção direta do vírus em um período de 4 a 7 dias após do início dos sintomas. Entretanto, recomenda-se que o exame do material seja realizado, idealmente, até o 5º dia do aparecimento dos sintomas
Em relação à microcefalia, após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Por isso, é importante que os profissionais de saúde fiquem sensíveis para notificar os casos de microcefalia no registro da doença no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
Para mais informações acesse aqui o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika.
- Qual o tratamento disponibilizado?
Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). Como cada criança desenvolve complicações diferentes - entre elas respiratórias, neurológicas e motoras – o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender de suas funções que ficarem comprometidas. Estão disponíveis serviços de atenção básica, serviços especializados de reabilitação, os serviços de exame e diagnóstico e serviços hospitalares, além de órteses e próteses aos casos em que se aplicar.
Em relação ao vírus Zika, não existe tratamento específico, o tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros flavivírus. Os casos suspeitos devem ser tratados como dengue, devido à sua maior frequência e gravidade conhecida. - Quais estados estão apontando crescimento de casos de microcefalia acima da média?
Até o dia 09 de janeiro, foram notificados à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde 3.530 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 720 municípios de 21 estados do Brasil. O estado de Pernambuco mantem-se com o maior número de casos (1.236), sendo o primeiro a identificar aumento de microcefalia em sua região e que conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os estados de Paraíba (569), Bahia (450) Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Rio de Janeiro (122), Maranhão (119), Tocantins (75), Piauí (62), Goiás (7), Distrito Federal (5) e Mato Grosso do Sul (3).
- Há registro de "surtos" de microcefalia em outros países?
O Zika é considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano. Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o vírus tenha se disseminado para o continente asiático.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde, além dos 13 países/territórios que já apresentavam transmissão autóctone do vírus Zika na SE 51/2015 (Brasil, Chile - somente na Ilha de Páscoa, Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Suriname e Venezuela), foram confirmados casos em Porto Rico na SE 52/2015, totalizando-se 14 países/territórios.
- Quais exames estão sendo realizados nas crianças e nas gestantes?
De acordo com o protocolo, os exames a serem realizados devem ser inespecíficos, que devem ser solicitados a fim de complementar a investigação e estadiamento dos casos, e exame específico. O diagnóstico laboratorial específico de vírus Zika baseia-se principalmente na detecção de RNA viral a partir de espécimes clínicos. O período virêmico ainda não está completamente estabelecido, mas acredita-se que seja de curta duração. Desta forma, seria possível a detecção direta do vírus em um período de 4 a 7 dias após do início dos sintomas. Entretanto, recomenda-se que o exame do material seja realizado, idealmente, até o 5º dia do aparecimento dos sintomas.
Para mais informações acesse aqui o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika.
- Qual período da gestação é mais suscetível à ação do vírus?
Pelo relatado dos casos até o momento, a maioria das gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia tiveram sintomas do vírus Zika, principalmente no primeiro trimestre da gravidez. Mas o cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti é para todo o período da gestação.
- Neste momento, qual é a recomendação do Ministério da Saúde para as gestantes?
Neste momento, o Ministério da Saúde reforça às gestantes que não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, com o uso de repelentes indicados para o período de gestação, uso de roupas de manga comprida e todas as outras medidas para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho. Independente do destino ou motivo, toda grávida deve consultar o seu médico antes de viajar.
- Neste momento, qual é a recomendação do Ministério da Saúde para profissionais de saúde?
É importante que os profissionais de saúde estejam atentos à avaliação cuidadosa do perímetro cefálico e da idade gestacional, assim como à notificação dos casos no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), que é o sistema de informação oficial para registro de todos os casos identificados no pós-parto. Além disso, os casos suspeitos de microcefalia devem ser informados imediatamente às autoridades de saúde, por meio do Registro de Eventos de Saúde Pública Referente às Microcefalias (Resp).
Por ser uma fonte de contato direto com a população, os profissionais também devem reforçar o alerta sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito da dengue, e orientar as gestantes sobre as medidas individuais de proteção contra o Aedes aegypti.
Para mais informações acesse aqui o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika e o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. - As vacinas disponíveis no calendário de vacinação podem causar microcefalia?
As vacinas ofertadas pelo PNI são seguras e não há nenhuma evidência na literatura nacional e internacional de que possam causar microcefalia. O Ministério da Saúde está acompanhando com prioridade as notificações e investigação dos casos de microcefalia, especialmente no Nordeste, discutindo o assunto com os Conselhos de Secretários estaduais e municipais de saúde, reunindo especialistas na área, declarando o fato como Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Tem prestado todos os esclarecimentos à população sobre a situação atual e, junto com as Secretarias de Saúde, vem orientando as gestantes e envidando esforços para que as gestantes e crianças afetadas tenham toda a atenção em saúde.
Cumpre ainda informar que em relação ‘as vacinas influenza e contra rubéola, citadas nas redes sociais, a vacina inativada influenza pode ser seguramente e efetivamente administrada a partir de 6 meses de idade e durante qualquer trimestre da gestação. Nenhum estudo até o momento tem demonstrado um risco aumentado de complicações maternas ou desfechos fetais adversos (mortes fetais, malformação, etc) associados com a vacinação contra a influenza. - Quais são os pacientes que, pelo protocolo do Ministério da Saúde, devem passar pelos testes diagnósticos para Zika?
É prevista no protocolo a testagem para gestantes com exantema, gestante cujo feto apresente alterações do Sistema Nervoso Central, e recém-nascidos com suspeita de microcefalia.
Para mais informações acesse aqui o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika - Quais são os testes, onde devem ser feitos e quais são os procedimentos para realizá-los?
No Brasil, o exame preconizado para confirmação de vírus Zika é a reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR), realizada em laboratórios de referência da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Até o momento, não existem ensaios sorológicos comerciais disponíveis para a detecção de anticorpos específicos para o vírus Zika. Há, entretanto, um esforço coletivo dos laboratórios de referência para o desenvolvimento de plataformas para realização de provas sorológicas específicas.
- Há pacientes que não passarão por testes, mesmo que tenham sintomas? Por quê?
Na maior parte dos casos suspeitos de dengue, Zika e chikungunya, a confirmação é feita por critério clínico-epidemiológico. Para Zika, ainda não existe diagnóstico sorológico disponível, sendo o PCR o teste de escolha para auxiliar na identificação de áreas com transmissão dessas doenças e orientação sobre as medidas de controle. A partir da confirmação de um caso em uma determinada localidade, os outros diagnósticos podem ser feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas, assim como já ocorre com a dengue e a chikungunya.
- Que outros tipos de testes estão em desenvolvimento e onde?
O Instituto Evandro Chagas (IEC) está desenvolvendo um teste sorológico de captura de IgM anti-ZIKV (ELISA in house). Por conta das particularidades brasileiras no que tange a circulação de outros Flavivírus, o que acarreta muitas reações sorológicas cruzadas, o teste está sendo recomendado com ressalvas e disponibilizado aos laboratórios sentinelas para o diagnóstico de ZIKV no país. Além do teste sorológico, o IEC realizou o sequenciamento genético completo do vírus Zika circulante no país.
- Como esses testes contribuem para pesquisa e desenvolvimento?
O sequenciamento do genoma completo de cepas do ZIKV isoladas de pacientes febris contribuirá fortemente para o entendimento de diversos aspectos desse agente viral. Ressalta-se a detecção de genoma do ZIKV em dois casos de óbito, que permitiu à comunidade científica internacional vislumbrar uma evolução não descrita ainda para as infecções por ZIKV, passível de estudos científicos futuros.
- Em relação ao vírus Zika, existem orientações específicas para atendimento de crianças com microcefalia?
Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). Como cada criança desenvolve complicações diferentes entre elas respiratórias, neurológicas e motoras o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender de suas funções que ficarem comprometidas. Estão disponíveis serviços de atenção básica, serviços especializados de reabilitação, os serviços de exame e diagnóstico e serviços hospitalares, além de órteses e próteses aos casos em que se aplicar.
- O vírus Zika atinge crianças menores de 6 anos e bebês podendo acarretar em problemas de mal funcionamento do cérebro?
É importante evitar boatos e especulações. Não há casos documentados sobre sequelas provocadas pelo Zika em crianças a partir do nascimento. A microcefalia é uma condição identificada apenas no nascimento. Precisamos ressaltar é que pessoas de qualquer faixa etária podem ser contaminadas pelo vírus, não apenas as crianças.
Alertamos também que as medidas de prevenção e eliminação dos mosquitos transmissores de doenças são fundamentais para proteger as famílias. Enquanto não há imunização para essas doenças, a recomendação do Ministério da Saúde é que a população mantenha as ações contínuas de prevenção. - A puérpera infectada com o vírus Zika pode amamentar?
Já houve pesquisas que identificaram o vírus em leite materno, entretanto, não se obteve a sua multiplicação. Como não há evidência científica que demonstre a transmissão do vírus Zika pelo leite materno, o Ministério da Saúde recomenda que seja mantido o aleitamento materno contínuo até os dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses de vida.
- Quais são os repelentes indicados pelo Ministério da Saúde?
Produtos repelentes de uso tópico podem ser utilizados por gestantes desde que estejam devidamente registrados na ANVISA e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo. Estudos conduzidos em humanos durante o segundo e o terceiro trimestre de gestação e em animais durante o primeiro trimestre, indicam que o uso tópico de repelentes a base de n,n-Dietil-meta-toluamida (DEET) por gestantes é seguro. Produtos à base de DEET não devem ser usados em crianças menores de 2 anos. Em crianças entre 2 e 12 anos, a concentração dever ser no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a 3 vezes por dia. Concentrações superiores a 10% são permitidas para maiores de 12 anos.
Para mais informações acesse aqui a nota técnica divulgada pela Anvisa.
- Haverá vacina?
Consta no Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e suas consequências investimentos para iniciar o desenvolvimento de vacinas contra o vírus Zika. Como o desenvolvimento de novas vacinas requer tempo para pesquisas, é essencial que sejam adotadas as medidas de prevenção e controle do mosquito, pois além do Zika, elas vão evitar outras doenças como a dengue e chikungunya.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

712 - Como assoar o nariz

Se estiver resfriado ou com alergia, assoar o nariz pode lhe ajudar a desbloquear suas vias nasais. Assoar o nariz pode parecer uma tarefa simples, mas, na verdade, existe uma maneira certa e outra errada de fazer isto. Se assoar com muita força, as coisas podem acabar piorando e você pode ficar com dor de ouvido ou contrair uma infecção dos seios da face (sinusite). Ao invés disto, assoe uma narina por vez e certifique-se de estar fazendo isto com suavidade.
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

687 - Raios em domicílio

1 Na Austrália, cerca de 30 pessoas por ano sofrem lesões por descargas de raios quando falam ao telefone fixo.
Ray McDonnell sabia desses perigos. Mas deu pouca atenção a uma tempestade elétrica ao pegar o telefone que tocava na hora do jantar. Ele foi imediatamente eletrocutado. Quando recuperou os sentidos, sentiu um cheiro de queimado muito forte e constatou que apresentava queimaduras no pescoço, braço, peito e... no ouvido.
A corrente elétrica de um raio que é recebido diretamente é de 30 mil amperes, em média. Conduzida através de cabos de telefone é muito menor, mas pode chegar a centenas de amperes. O problema é que, neste último caso, a corrente elétrica penetra no corpo humano através de uma parte muito sensível, o ouvido.
Lightning Phone, por Damien Hansen
Leitura complementar
Ruídos acústicos e trovoadas. In: Orientação ao Consumidor, Telstra
2 Em 30 de junho de 1960, um temporal atingiu Columbia, Missouri, e fez o tempo não só ficar parado, mas ir para trás.
O Columbia Missourian informou que o Sr. C. W. Brenton olhou para o relógio elétrico às 19h55 e ficou surpreso ao ver que o relógio estava andando para trás.
Durante a tempestade, raios haviam entrado em sua casa pelos fios da eletricidade e fundido alguns da fiação do relógio. Isto aparentemente inverteu o campo magnético do motor, fazendo com que os ponteiros passassem a se mover no sentido contrário.
Peter Viemeister, The Lightning Book, 1961
Português no lar
"A domicílio" ou "em domicílio"? Tire sua dúvida aqui.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

60 - Tuberculose pulmonar inativa

Oi, Dr. Paulo: Tudo bom?
Estava pesquisando alguma informação sobre tuberculose na internet quando achei seu blog (EntreMentes). Estou atualmente no Canadá passando uns meses com minha filha que já está morando aqui há um ano.
A questão é que para permanecer mais tempo nesse país precisei me submeter ao raio X. Por causa de uma pequena cicatriz no pulmão os médicos canadenses estão achando que estou com tuberculose inativa e querem fazer um acompanhamento médico comigo.

Esta é uma situação clínica muito observada no Brasil, onde a tuberculose ainda é uma doença com importante prevalência.
Exemplifica-se com a pessoa que, ao fazer uma radiografia de tórax, descobre ser portadora de lesões sugestivas de tuberculose pulmonar. No entanto, ela não se queixa de sintomas.
Nos antecedentes clínicos desta pessoa, poderá constar a informação de uma tuberculose pulmonar que já foi tratada. Como poderá nada constar a respeito, já que a tuberculose pode haver cursado com poucos sintomas (confundindo-se com uma gripe) e também haver curado espontaneamente.
É bastante comum que esta doença, após a cura espontânea ou pelo tratamento, deixe lesões residuais permanentes no pulmão.
Encontrando-se a pessoa sem sintomas e sendo comparadas as lesões observadas na radiografia atual com aquelas que estão presentes em radiografias anteriores (caso a pessoa disponha delas) é que poderá se falar em tuberculose pulmonar inativa. Na hipótese de que essas lesões, consideradas sugestivas de tuberculose, estejam se mostrando realmente estáveis ao longo do tempo.
Não havendo, porém, radiografias anteriores disponíveis, as lesões são a priori consideradas de origem recente. Outras causas possíveis para as lesões pulmonares, além da tuberculose, precisam ser investigadas através da tomografia computadorizada do tórax, da broncoscopia e de outros exames. Só então, após excluídas as demais causas, é que se tornará a falar em tuberculose - com atividade a ser determinada. Pois aqui se necessitará de controles radiológicos periódicos até o médico assistente estar convencido da estabilidade das lesões pulmonares.
Em qualquer tempo, se a pessoa passar a apresentar sintomas respiratórios, como tosse e expectoração, e mesmo sintomas gerais, deverá ser clinicamente reavaliada. Sendo indispensáveis, que se atualize a radiografia de tórax e que se coletem duas ou três amostras de escarro para as baciloscopias, inclusive para a cultura do bacilo de Koch (BK).
Constatando-se a presença do BK em secreções respiratórias, a tuberculose passará a ser considerada ativa e a pessoa deverá se submeter à terapia específica. Sob tratamento, muito antes de sua conclusão, a enfermidade perderá o poder infectante.
Mas, não se encontrando a pessoa atualmente enferma, esse tratamento torna-se desnecessário. Além disso, ela não representa um problema sanitário para a coletividade.

Publicado em EntreMentes