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domingo, 29 de novembro de 2015

803 - MS confirma relação entre vírus zika e microcefalia

O Ministério da Saúde confirmou ontem (28) que existe relação entre o vírus zika e os casos de microcefalia na região Nordeste do país. Segundo nota divulgada pela pasta, exames feitos em um bebê nascido no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos.
O resultado enviado pelo Instituto Evandro Chagas revelou, segundo o ministério, "uma situação inédita na pesquisa científica mundial".
O governo assegurou que vai dar continuidade às investigações para descobrir quais as formas de transmissão, como o vírus atua no organismo e qual período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
Diante dessa declaração a expectativa é que sejam redobradas ações nacionais para combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, zika e chikungunya.
Está sendo fortemente recomendado que as gestantes se protejam de mosquitos, especialmente durante os primeiros 4 meses – período de formação dos órgãos do futuro bebê.
05/12/2015 - Atualizando ...
O Ministério da Saúde mudou os critérios para o diagnóstico de microcefalia e adotou a medida de 32 centímetros como o ponto de partida para triagem e identificação de bebês não prematuros com possibilidade de ter a malformação no crânio.
Até então, estavam sendo considerados casos suspeitos aqueles em que a criança nascia com menos de 33 centímetros de perímetro cefálico, segundo o Ministério da Saúde, para incluir um número maior de bebês na investigação. Depois de ter o perímetro cefálico medido, para ter o diagnóstico confirmado, a criança precisa passar por outros exames.
Segundo a pasta, a medida segue recomendação da Organização Mundial da Saúde, que considera 32 centímetros a medida padrão mínima para a cabeça de recém nascidos não prematuros. O perímetro cefálico, medida da cabeça feita logo acima dos olhos, varia conforme a idade gestacional do bebê. Segundo o Ministério da Saúde, para a população brasileira, 33 centímetros é considerado normal.
Especial sobre Perímetro Cefálico - 0 a 5 Anos, com os valores normais de perímetro cefálico, escrito pela Dra. Bárbara Lalinka.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

86 - Cisternas no Semi-Árido

O gasto médio de água de um cidadão norte-americano é de 575 litros por dia (deste total 50 litros são gastos dando descargas nos aparelhos sanitários). A média europeia de consumo de água por pessoa é menor, fica entre 200 e 300 litros por dia. Aqui no Brasil, gastamos em média por pessoa 180 litros de água por dia.
A Organização Mundial de Saúde estabelece um mínimo de 20 litros por pessoa. É essa a quota diária de água que o ser humano precisa para preservar o seu bem-estar físico e a sua dignidade em questão de higiene pessoal.
Contudo, há milhões de pessoas no mundo, muitas delas no Nordeste brasileiro, que não conseguem ter acesso a essas quotas mínimas de água.

jornal ambiente brasil, de 08/01/2009
Comentário

Uma experiência interessante, em curso no Semi-Árido brasileiro, está sendo o Programa 1 Milhão de Cisternas. Dele participam setores da sociedade civil (que constroem e operam as cisternas), organizações não governamentais (que articulam os meios necessários) e o governo federal (que banca a maior parte dos recursos financeiros do programa). E, como resultado dessa junção de esforços, é que dezenas de milhares de cisternas já se espalham pelo Nordeste brasileiro, beneficiando habitantes de regiões com dificuldades hídricas.
Cada cisterna (imagem) custa cerca de R$ 1.600, incluindo todas as capacitações necessárias para a construção e o uso. O equipamento tem capacidade de armazenar 16 mil litros de água captada das chuvas. E essa reserva, acumulada nos quatro meses de chuva, é suficiente para atender, nos oito meses restantes do ano, as necessidade em água potável de uma pequena família (PGCS).

Post scriptum
A partir da experiência cearense, pode-se dizer que uma das consequências positivas da construção dessas cisternas tem sido a redução do número de casos de silicose relacionados com a perfuração artesanal de poços.

Publicado no EntreMentes