quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

351 - Sem impressões digitais

O sequenciamento do DNA de uma das quatro famílias conhecidas no mundo como tendo adermatoglifia, uma rara condição médica que deixa seus portadores sem impressões digitais, identificou a mutação genética que causa a doença. De acordo com a pesquisa do grupo de Janna Nousbeck, do Tel-Aviv Sourasky Medical Center, publicada no American Journal of Human Genetics, nove dos 16 membros dessa família não tinham impressões digitais e todos apresentavam alterações de um gene chamado SMARCAD1.
Além disso, os nove indivíduos com a anomalia eram também criminosos de carreira. Brincadeira.
A adermatoglifia não vem com outros efeitos secundários além de uma pequena redução na capacidade de produzir suor. E é também chamada de "doença da imigração demorada", pois a falta de impressões digitais dificulta que essas pessoas atravessem as fronteiras internacionais.

Poderá também gostar de ver: O pesadelo do datiloscopista.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

350 - O lago assassino

Situado no noroeste de Camarões, o Lago Nyos encontra-se-se no flanco do Monte Oku, um vulcão inativo. Uma barragem natural, formada por rocha vulcânica, mantém o lago. A desgasificação dos materiais vulcânicos subjacentes faz com as águas do lago sejam extremamente ricas em dióxido de carbono (CO2), o qual, quando liberado em grandes quantidades para a atmosfera pode causar a asfixia dos seres vivos nas zonas vizinhas.
Esse fenômeno ocorreu em 1986, causando a morte de mais de 1.800 pessoas.
Para um lago vulcânico armazenar o gás CO2 como o Nyos, deve haver pelo menos duas condições:
1) o lago ser profundo (ter pelo menos 50 metros de profundidade).
2) O clima predominante da região ser quente (equatorial).
Atualmente, para impedir que o CO2 acumulado no Nyos cause outra tragédia (como a que aconteceu em 1986), foi instalado um grande dispersor de gás no centro do lago (imagem de uma webcam).
WIKIPÉDIA

Vídeo
O gás carbônico é invisível. Apesar de não ser venenoso, ele mata os seres vivos ao ocupar o lugar do oxigênio na atmosfera. Por ser mais denso do que o ar, ele tende a acumular-se próximo ao solo.
Isso pode ser demonstrado pelo experimento abaixo em que o gás carbônico, produzido pela reação do ácido acético (vinagre) com o bicarbonato de sódio, apaga a chama de uma vela (o princípio dos extintores de incêndio à base de CO2).


Comentário de Dr.José Mayo
Interessante também é o sistema de "desgasificação" em si mesmo...
O esquema é este:

O método consiste em um tubo vertical, entre o fundo do lago e a superfície, onde uma pequena bomba eleva a água do fundo, supersaturada de gás, por dentro do tubo. Quando a água aspirada do fundo chega a uma certa altura, e a pressão hidrostática sobre a mistura supersaturada diminui e o gás começa a se separar da água e formar microbolhas (como no champanhe). Estas vão se juntando, ficando cada vez maiores e começam a empurrar a coluna de água para cima, por arraste de empuxo, até que chegam à superfície e se libera o gás.
O que se esperava, é que uma vez iniciado o levantamento da coluna difásica pelas bolhas de gás, a bomba já não fosse necessária, já que, teoricamente, o processo se "auto-alimentaria"; sendo um sistema fechado (dentro do tubo), a água supersatura arrastada para cima, pelas bolhas, criaria um vácuo que arrastaria mais água supersaturada, do fundo do lago, para dentro do tubo, enquanto houvesse suficiente gás dissolvido na água, para realimentar o sistema.
Pelo "jato de champanhe" que você nos mostra na foto, parece que funcionou...
Saudações,

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

349 - Humor. O estatuto do médico

É direito de todo médico...
Participar de uma reunião social sem ser interrompido por consultas.
Adoecer sem que as pessoas perguntem: "Como é que é, médico fica doente?"
Trabalhar apenas dois turnos de oito horas diariamente, reservando o resto do tempo para os sobreavisos.
Realizar trabalhos de gestão e administração sem ser discriminado pelos colegas.
Não ser cobrado por colegas pelas consultas de seus familiares. (Sem reciprocidade.)
Lutar por mais verbas para a pesquisa da cura da "esmeraldite".
Aposentar-se aos 60 anos com base na "Lei dos Sexagenários", promulgada em 1885.
Lutar pela fusão das associações médicas e de especialidades que tenham anuidades em uma unica e grande "Ordem dos Médicos do Brasil".
Aprender com os farmacêuticos a ler a letra dos outros médicos.
Ser dispensado de prescrever medicamentos com nomes extensos e confusos.
PGCS

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

348 - Sobre o nervo laríngeo

Este nervo é uma das ramificações de um nervo craniano que provém diretamente do cérebro, o vago. Em ambos os lados do pescoço, um dos ramos do nervo laríngeo dirige-se à laringe, seguindo um percurso direto tal como seria escolhido por um projetista. O outro, no entanto, dirige-se à laringe, mas realiza um desvio surpreendente. Mergulha no tórax, circunda uma das principais artérias que sai do coração (1) e depois regressa ao pescoço para terminar a viagem. (2)
Como resultado de um projeto este nervo (recorrente) seria um disparate. Do ponto de vista de evolutivo faz todo o sentido. Para compreender isto temos de recuar ao tempo em que os nossos antepassados eram peixes. Os embriões humanos com cinco semanas assemelham-se a peixes com brânquias.
Num embrião humano com vinte e seis dias veremos que o abastecimento sanguíneo às "brânquias" se assemelha fortemente ao abastecimento sanguíneo às brânquias de um peixe. Estas ramificações procuram os seus órgãos-alvo, as brânquias, pelo caminho mais direto e lógico. Durante a evolução dos mamíferos, contudo, o pescoço cresceu (os peixes não o têm) e as brânquias desapareceram, transformando-se em tiróide, paratiróide e laringe. Estes órgãos herdaram o abastecimento que outrora servia às brânquias.
Durante a evolução dos mamíferos os nervos e vasos sanguíneos foram puxados e esticados em direções diversas. No tubarão, esse nervo laríngeo não apresenta desvio, já na girafa (que melhor exemplo se poderia arranjar para esta situação?!), este nervo tem um desvio de 4,5 metros. (3) Em sua jornada descendente, o nervo passa perto da laringe, que é o seu destino final. Todavia continua para baixo, percorrendo todo o pescoço antes de inverter o sentido e fazer o caminho de volta até esta. Isto exemplifica à perfeição como os seres vivos estão longe de terem sido bem projetados e refuta consistentemente a ideia de um "projeto inteligente".

Fonte: "O espectáculo da vida", Richard Dawkins. Via Biogeonorte
Notas do Editor
(1) O laríngeo esquerdo passa por baixo da crossa da aorta; o direito circunda a subclávia direita.
(2) A lesão deste nervo por uma patologia endotorácica (tumor, aneurisma etc.) no ser humano, ou por uma cirurgia para removê-la, causa a paralisia da corda vocal correspondente. Se for bilateral, causa asfixia.
(3) Mais de quatro metros para chegar a um local a poucos centímetros da origem do nervo. Um engenheiro que projetasse algo assim seria despedido por justa causa!

Vídeo. Richard Dawkins na necropsia de uma girafa


21/12/2012 - Atualizando...
Neuronas gigantescas, Antonio Orbe, ALT1040

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

347 - Capsaicina

Supostamente, os seres humanos foram feitos para evitar a pimenta. A fruta contém uma substância irritante chamado capsaicina. É tão ativa que um miligrama da substância, colocada na palma de uma mão, queima como um cigarro aceso, causando uma dor que dura horas.

capsaicina
A planta evoluiu esse mecanismo de defesa porque as suas sementes são destruídas no aparelho digestivo dos mamíferos. E a capsaicina foi a forma que a planta encontrou para afastá-los.
No entanto, as sementes da pimenta Chili sobrevivem ao serem comidas pelas aves, que não têm receptores para sentir a capsaicina. É como se a planta "desejasse" que suas frutas fossem comidas pelas aves, as quais são excelentes veículos para sua propagação.
Diferentemente da maioria dos mamíferos, os seres humanos desfrutam da ardência da capsaicina em sua alimentação.
Agora, há outra razão para apreciá-la além de sua forte emoção culinária: a capsaicina consegue neutralizar localmente os neurônios que enviam sinais de dor ao cérebro.
Este princípio está sendo explorado na fabricação de patches (adesivos transdérmicos) para o tratamento da dor de origem neuropática (*).


(*) Exemplos: nevralgia pós-herpética, polineuropatia pelo HIV, neuropatia diabética, lesão traumática de nervo etc.

N. do E.
1 - No Brasil, a capsaicina é comercializada sob as formas de cremes e loção.
2 - Nenhum organismo rearquiteta a si próprio. Evolui através de alguma mutação AO ACASO que é passada a seus descendentes. Se esta mutação traz alguma vantagem, com relação aos demais da espécie, estes descendentes tenderão a predominar no meio competitivo em que vivem.
Isso acontece em todo momento: no mundo dos microrganismos, por exemplo. Cepas resistentes de bactérias a antibióticos passam a ocupar cada vez mais o espaço das cepas sensíveis. Vírus aviários e suínos sofrem mutações, tornando-se infectantes ao hospedeiro humano a ponto de provocar pandemias.
No presente caso: sementes destruídas em tudo digestivo de mamíferos "não interessam" a plantas que produzem capsaicina; sementes preservadas em tubo digestivo de aves (melhores veículos de propagação, por sinal) "interessam".
"Interessam" e "não interessam" - aqui escritos entre aspas - por serem modelos que não dependem da volição das plantas. PGCS

sábado, 11 de fevereiro de 2012

346 - Não ressuscitar




Joy Tomkins, 81, da cidade de Norfolk, Virginia, EUA, querendo ter certeza de que ninguém tentará trazê-la de volta à vida, mandou tatuar a frase DO NOT RESSUSCITATE em seu tórax.
"Eu não quero ficar meio morta, eu quero ficar totalmente morta", disse Tomkins, que sofre de artrite, doença de Raynaud, e diabetes. "Eu tenho medo de que os médicos, com a melhor das intenções, me mantenham viva quando eu já não quero mais viver", completou.
Mas é provável que a Sra. Tomkins não seja atendida exatamente do jeito que deseja. Uma tatuagem por si só não autoriza um médico a tomar esse tipo de decisão em uma situação de emergência.


Humor ▼
Correspondência
Prezado Paulo Gurgel,
interessantíssimo seu texto (como, aliás, são todos os outros que tenho recebido).
A seu modo, as pessoas mais esclarecidas tentam contribuir para que se evite a prática da distanásia.
Não sei se a moda da tatuagem está pegando nos EUA mas envio uma imagem do meu arquivo parecida com a sua. ▼
Quanto à imagem das loirinhas reanimando um boneco decapitado, é super-hilária!
Abraços,
Joel Isidoro

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

345 - O selo antituberculose

O selo antituberculose, símbolo da luta contra a tísica no mundo, teve a sua origem nos últimos anos do século XIX e difundiu-se em mais de 60 países. Em 1897, foram emitidos os mais antigos em Nova Gales do Sul e traziam a efígie da Rainha Vitória. Editados na ocasião do Jubileu de Diamante da referida rainha, tiveram suas vendas destinadas aos tuberculosos de Sidney. Os primeiros países do mundo a editarem selos foram: Nova Gales do Sul, Portugal, Dinamarca, Suécia, Países Baixos, Áustria, Noruega, Baviera, Islândia e Finlândia.
[...]
A partir da década de 1920, todos os selos editados pelas associações filiadas à União Internacional contra a Tuberculose (UICT) passaram a exibir a Cruz de Lorena, outro ícone na luta contra a tísica. No inicio, de maneira discreta, posteriormente, tornou-se, em muitas edições, um símbolo de grande significado. Segundo Rosemberg, a Cruz de Lorena e o selo antituberculose erigiram-se em símbolos de maior curso internacional de toda a história da medicina.


Transcrito de O SELO NA LUTA CONTRA A TUBERCULOSE NO MUNDO, da médica pneumologista e historiadora Ana Margarida Arruda Rosemberg. Em seu blog "Memórias", onde este artigo se encontra na íntegra, o leitor poderá também ver as reproduções de 24 destes selos (o que representa, possivelmente, o maior acervo do gênero na internet).

sábado, 4 de fevereiro de 2012

344 - Publicidade médica

É cada vez mais importante se comunicar bem com as pessoas. E na medicina não é diferente. Para que as informações sejam passadas de maneira correta e ética, foi criada a Resolução CFM 1974/11.
Essa importante norma trata das regras da publicidade médica e visa a impedir o sensacionalismo, a autopromoção e a mercantilização do ato médico. Também evita abusos em propagandas e publicidades, que podem levar a processos ético-disciplinares.
Isso é bom para a medicina, para o paciente e para toda a sociedade.

Faça o download da Resolução CFM 1974/11.

Art. 3º É vedado ao médico:
j) Oferecer consultoria a pacientes e familiares como substituição da consulta médica presencial;
5. Critérios para a relação dos médicos com a imprensa (programas de TV e rádio, jornais, revistas), no uso das redes sociais e na participação em eventos (congressos, conferências, fóruns, seminários etc.)
É vedado ao médico, na relação com a imprensa, na participação em eventos e no uso das redes sociais:
n) consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância.
CONHEÇA E APLIQUE AS REGRAS DA PUBLICIDADE MÉDICA. ELAS EVITAM ABUSOS E PROMOVEM A ÉTICA.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

343 - A cara da tuberculose na mídia

"Mas se a linguagem não mais se assemelha imediatamente às coisas que ela nomeia, não está por isso separada do mundo; continua, sob uma outra forma, a ser o lugar das revelações e a fazer parte do espaço onde a verdade, ao mesmo tempo, se manifesta e se enuncia." Michel Foucault - "As palavras e as coisas" - 1966
Se o assunto é tuberculose, a voz do paciente, embora importante, é pouco ou nada contemplada pela mídia. Por reconhecer autoridade de fala no governo e no meio acadêmico, os jornais fazem chegar a seus leitores os pontos de vista médicos e oficiais, deixando de lado o olhar daqueles que vivem a doença. Quem são essas pessoas e como se organizam em seu dia a dia são questões não mostradas, como aponta estudo do pesquisador Liandro Lindner, voltado à análise da tuberculose na cobertura jornalística. O trabalho resultou na dissertação de mestrado QUEM FALA, O QUE FALA E COMO FALA: conceitos, percepções e representações de saúde e doença na mídia: o caso da tuberculose, defendida em setembro de 2011 no Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz.
Referente ao ano de 2009, ele analisou quatro jornais, dois do Rio de Janeiro — O Globo e Jornal do Brasil — e dois de São Paulo — Estadão e Folha —, escolhidos por suas posições no ranking do Instituto de Verificação de Circulação (IVC), e nos quais Liandro localizou 677 matérias contendo a citação do termo tuberculose. De acordo com o seu estudo, pesquisadores, centros de pesquisa e universidades foram a principal fonte da imprensa na maioria das matérias. Em segundo lugar, surgiram os gestores, conforme mostra o gráfico ao lado. Houve, porém, "uma invisibilidade do paciente e da questão da adesão ao tratamento, essencial para a cura", observou Liandro. Faltando assim, na maior parte das matérias pesquisadas, o caráter da  polifonia, uma das principais qualidades do bom jornalismo.

Texto condensado do artigo de Elisa Batalha, publicado no nº. 113 da revista Radis.
Onde ler a íntegra da pesquisa.

sábado, 28 de janeiro de 2012

342 - Mitose

É o processo pelo qual uma célula (eucariótica) divide seus cromossomos entre duas células filhas. Este processo é constituído por quatro etapas: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
Para memorizar a sequência acima os estudantes apelavam para esta frase: PROMETA ANA TELEfonar.
Ainda recorrem a ela?
Atualização
O processo não é mais um atributo exclusivo dos seres vivos. Tanto que alguém já flagrou um biscoito em plena mitose:

My[Confined]Space

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

341 - A síndrome de Asperger

Como se sabe, a síndrome de Asperger é uma variação do autismo.O seu portador arregimenta grande parte do seu poder cerebral para uma tarefa exclusiva. Pode se manifestar como uma genialidade musical, matemática etc. O que resta disponivel num cérebro assim mobilizado, não permite a seu portador habilidades sociais comuns como afetividade, humor, ironia ou hipocrisia. Esses "gênios" têm geralmente comportamento excêntrico. São obsessivos, têm aparência desleixada e pouca habilidade verbal. Suspeita-se de que Einstein e Newton tenham sido "Aspergers". Vocês podem ver uma caricatura deles no personagem Sheldon, na série de TV Big Bang Theory.
Agora apareceu este menino autista de 12 anos, Jacob Barnett, que rivaliza com Einstein em seu próprio campo: a Teoria da Relatividade.
Nelson José Cunha
28/08/2013 - Atualizando...
Artigo: Como o autismo ajudou Messi a se tornar o melhor do mundo, por Roberto Amado. In: Diário do Centro do Mundo

sábado, 21 de janeiro de 2012

340 - Novas vacinas para crianças no Brasil

A partir do segundo semestre de 2012, serão introduzidas no calendário vacinal das crianças no Brasil as vacinas pentavalente e pólio inativada. Mas a campanha nacional contra pólio, com as gotinhas, será mantida.
O Brasil está se preparando para a erradicação mundial da pólio. Neste ano, o país amplia o Calendário Básico de Vacinação da Criança com a introdução da vacina injetável contra pólio, feita com vírus inativado. A nova vacina será utilizada no calendário de rotina, em paralelo com a campanha nacional de imunização, a qual é realizada com as duas gotinhas da vacina oral. A injetável, no entanto, só será aplicada para as crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.
A introdução da Vacina Inativada Poliomielite (VIP), com vírus inativado, vem ocorrendo em países que já eliminaram a doença. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no entanto, recomenda que os países das Américas continuem utilizando a vacina oral, com vírus atenuado, até a erradicação mundial da poliomielite, o que garante uma proteção de grupo. O vírus ainda circula em 25 países. O Brasil utilizará um esquema sequencial, com as duas vacinas, aproveitando as vantagens de cada uma, mantendo, assim, o país livre da poliomielite. A VIP será aplicada aos dois e aos quatro meses de idade e a vacina oral será utilizada nos reforços, aos seis e aos 15 meses de idade.
Outra novidade para 2012 será a vacina pentavalente, que reúne em uma só dose a proteção contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B). Atualmente, a imunização para estas doenças é oferecida em duas vacinas separadas.
Fonte: Portal da Saúde do MS

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

339 - Como os médicos morrem

Se há um estado da arte para os cuidados do fim da vida é este: a morte com dignidade. 
Segundo o Dr. Ken Murray, os médicos não morrem como as demais pessoas.
Não é um tema frequente de discussão, mas os médicos também morrem. E, não poucas vezes, morrem após receberem tratamentos a menos dos que são aplicados nas demais pessoas.
Pela experiência adquirida em acompanhar as mortes dos outros, os médicos tendem a ser bastante serenos quando confrontados com a ideia da morte em si próprios. Eles sabem exatamente o que vai acontecer, eles sabem as escolhas possíveis, e eles geralmente têm acesso a qualquer tipo de cuidado médico que desejem. Mas eles se vão serenamente.
É claro que os médicos não querem morrer, querem viver. Mas eles sabem o suficiente sobre a medicina moderna para conhecer os seus limites. E eles sabem o suficiente sobre a morte para não ignorarem o que todas as pessoas mais temem: morrer com dor e morrer sozinho. Eles já conversaram sobre isso com suas famílias. Eles querem ter a certeza de que, quando chegar a hora, nenhuma medida que eles não queiram lhes aconteça em seus últimos momentos na Terra. Como, por exemplo, submeterem-se a manobras de uma ressuscitação cardiorrespiratória que lhes quebre as costelas (o que comumente acontece quando a manobra é feita para valer).
Os avanços da tecnologia e da medicina nos levam a acreditar que podemos consertar tudo o que há de errado com o corpo humano. O sofrimento e as despesas que se danem. Todavia, "se podemos" não é igual a "quando faremos".
Extraído de How doctors die, Public Square

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

338 - Evolução e Controle do Tabagismo no Estado do Ceará

No dia 11 de janeiro, quarta-feira passada, o Dr. Josias Sampaio Cavalcante (foto) apresentou na Academia Cearense de Medicina a exposição "Evolução e Controle do Tabagismo no Estado do Ceará".

Ver esta nota na íntegra no blog Memórias, da médica pneumologista e historiadora Ana Margarida Arruda.

N. do E.
O médico Josias Cavalcante é o autor do livro "Tragadas Musicais", que resultou de um levantamento que ele fez sobre as alusões ao tabagismo nas letras da música popular brasileira, compostas durante o período de 1905 a 1993.

Comentário
O Dr. Josias, além de "Tragadas Musicais" é autor de mais dois livros: "O Impacto Mundial do Tabagismo" e "Cigarro, o Veneno Completo". Os meus efusivos parabéns a esse grande disseminador da luta antitabágica em nosso meio.
Ana Margarida Arruda

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

337 - Doenças causadas pelo uso do ar-condicionado

Saiba como evitar as doenças causadas por ar-condicionado em excesso
É muito comum no verão as pessoas usarem o ar-condicionado em casa, no carro e no trabalho. Mas, apesar de aliviar a sensação de calor, a máquina é um meio de disseminação de doenças.
Segundo alergistas, o ar-condicionado é um dos maiores causadores de doenças respiratórias.
O ar frio resseca a mucosa do nariz, a qual é responsável por defender o organismo da entrada de bactérias no pulmão.
Para o pneumologista Ricardo Millinavicius, diretor da SBPT (Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia), ficar mais de três ou quatro horas em um ambiente com ar-condicionado aumenta as chances de contrair gripe, resfriado e outras infecções.
Dicas
Troca e limpeza do filtro: são fatores primordiais para evitar proliferação de germes no aparelho. É importante que a troca seja feita pelo menos uma vez por ano e os tubos precisam ser limpos a cada seis meses. No caso do carro, o filtro deve ser trocado a cada 10 mil quilômetros.
Mudanças bruscas de temperatura: outro problema nesta época do ano é a mudança brusca de temperatura de um ambiente muito frio para outro muito quente, o que também resseca a mucosa. Para evitar danos à saúde, o pneumologista da SBPT afirma que a temperatura ideal do ar-condicionado deve ser entre 20 e 22ºC. Antes de sair de um ambiente frio para outro quente, a pessoa deve colocar um agasalho para atenuar a mudança brusca. É necessário esperar até que a temperatura do corpo se equilibre.
Hidratação: com o ar-condicionado ligado muito tempo é comum a diminuição da umidade no ambiente provocada pelo aparelho. O especialista recomendam a ingestão de bastante água e o uso de soro fisiológico no nariz para umidificar a mucosa ressecada. Para quem tem o aparelho em casa e gosta de dormir com ele ligado é recomendável usar umidificadores ou manter tigelas com água no ambiente.
Fonte: Ribeirão Preto Online, com redação modificada.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

335 - Transplantes de pulmão no Hospital de Messejana

Pacientes com doenças respiratórias graves, dependentes de oxigenoterapia contínua e com curta expectativa de vida encontram no transplante pulmonar a solução para uma vida normal. No Ceará, a esperança de um deles ser transplantado de pulmão era, até há pouco tempo, quase inexistente, pois ele precisaria se deslocar a São Paulo, Rio Grande do Sul ou Minas Gerais, os estados em que já se realizava esse tipo de transplante.
Assim, muitos pacientes das regiões Norte e Nordeste do país, com esse perfil, não tinham a chance de receber um novo pulmão. Mas essa situação passou a ser aqui revertida, quando o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes iniciou, em junho do ano passado, o seu Programa de Transplante de Pulmão, coordenado pelo cirurgião torácico Antero Gomes Neto.
O trabalho da equipe já soma várias vitórias. Foram quatro transplantes bem sucedidos que devolveram uma nova qualidade de vida aos pacientes beneficiados pela intervenção. “Temos muito que comemorar já que esse tipo de transplante é um dos mais delicados, por conta do alto índice de complicações e de sua mortalidade”, disse Antero. O cirurgião explicou, ainda, que outro problema é a dificuldade em preservar o órgão, o qual, após a morte encefálica, tem um baixo índice de aproveitamento decorrente de sua exposição ao meio externo. É o que o torna suscetível a infecções e outros problemas que causam danos ao órgão, inviabilizando-o para o transplante.
Segundo o coordenador do serviço, os bons resultados conquistados pela equipe do Hospital de Messejana devem-se a alguns fatores, entre eles, a qualidade, a competência e a dedicação da equipe multidisciplinar que cuida dos transplantes e ao Hospital que oferece as condições materiais necessárias para o sucesso deste procedimento de alta complexidade.
Atualmente, oito pessoas estão sendo avaliadas para entrar na lista de espera pelo transplante. Entre eles, pacientes dos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Piauí. Para o ano de 2012, Antero Gomes Neto revelou que a equipe continuará trabalhando com a mesma dedicação e empenho, no sentido de fortalecer e consolidar o Programa de Transplante de Pulmão do Hospital de Messejana.

domingo, 1 de janeiro de 2012

334 - Cigarros "medicinais"

Suas absurdas propagandas no passado:
1 Após dez meses de acompanhamento, com exames médicos bimensais, não foram detectados efeitos adversos no nariz, garganta e seios da face daqueles que fumavam cigarros "Chesterfield", nas versões regular e king size. Palavra de "especialista"!
2 Cigarros "Asthma" do Dr. Batty. E não eram só para o alívio dos paroxismos da asma. O espectro de indicações incluía a febre de feno, os resfriados, as doenças da garganta e até o câncer. Apenas não eram recomendados para as crianças abaixo dos 6 anos de idade...

Do mesmo tópico: 85 - Cigarros "medicinais".

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

333 - A Tanatologia é de morte

A reação psíquica determinada pelo enfrentamento da morte foi descrita por Elisabeth Kübler-Ross como tendo cinco estágios:
  • Primeiro: negação
  • Segundo: raiva
  • Terceiro: barganha
  • Quarto: depressão
  • Quinto: aceitação
Esta sequência é muito aplicada em Tanatologia, o campo da medicina voltado para o estudo da morte e dos problemas a ela vinculados.
Alguém teve a ideia de mostrar isso num desenho de animação com uma girafa aprisionada em areia movediça. Acompanhem-na em seu sofrimento de cinco estágios.

sábado, 24 de dezembro de 2011

332 - Piano para acamados

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A foto reproduzida acima pertence à coleção Spaarnestad do Archief Nationaal - o Arquivo Nacional dos Países Baixos. Foi obtida na Grã-Bretanha, em 1935, e não traz nenhum texto explicativo além de: "piano especialmente concebido para as pessoas que estão confinadas na cama."
Talvez algum leitor do EntreMentes com conhecimento da história da música possa fornecer informações adicionais sobre essa invenção.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

331 - A morte na lava

Erik Klemetti analisa, em seu blog "Eruptions", o que acontece — de fato, ao contrário do que é mostrado em muitos filmes — quando alguém cai na lava derretida de um vulcão:
"Todos estão errados sobre a forma como as pessoas morrem quando caem na lava."
A morte de Gollum, no final de "O Retorno do Rei", é um exemplo desse equívoco generalizado. Gollum, se você se lembra, saltou na lava da Montanha da Perdição (onde seu precioso anel foi jogado), afundando-se nela (veja imagem abaixo), enquanto o anel ficou a flutuar sobre a lava até ser derretido.


Ora, afundar na lava não acontece se você é humano (ou remotamente humano). Você precisaria ser um Exterminador do Futuro (Terminator) para afundar em rocha derretida, e aqui está o porquê:
A lava derretida não é como a água. Esta tem uma densidade de 1.000 kg/m3, enquanto aquela tem uma densidade de 3.100 kg/m3.
Você acha que se jogando em lava teria o mesmo efeito de cair em um lago? Não. O ser humano apresenta em média uma densidade de 1.010 kg/m3, sendo apenas um pouco mais denso do que a água. É por isso que ele, às vezes, pode flutuar na água e, às vezes, não. Você pode controlar a sua flutuação, até certo ponto, pela quantidade de ar nos pulmões ou escolhendo nadar em água salgada (que tem uma densidade de 1.027 kg/m3), onde mais facilmente flutuará.
Agora, apresentando menos de um terço da densidade do basalto, vai ser impossível afundar nele.

The Right (and Wrong) Way to Die When You Fall Into Lava, Eruptions


Comentários
Faz sentido!
Agora sei que os italianos de Pompeia não afundaram na lava, morreram de queimaduras de 3º grau: ou eram lerdos ou muito dorminhocos, ou ambos.
Ou não eram italianos, estes, espertos por demais...
Grande abraço.
Winston Graça
For what I have seen in volcanos in Hawaii, Alaska and in other "paragens", this is a clear reason to make sure that you stay away from the edge of the crater. I once got "pelted" by small hot lava rocks in Mount Etna. Besides Gollum needed to die anyway.
Regards.
Hugo Lopes

27/08/2012 - Atualizando... 
Experimentos con lava
Si se puede crear lava en un laboratorio… ¿Por qué no hacerlo y ver cómo se comporta? Consistencia, viscosidad, porosidad, duración del flujo, volumen, estructura, cambios de temperatura… Un sinfín de parámetros que explorar. Lo hicieron en la Universidad de Siracusa.
Debe ser complicado conseguir los 1.371℃ de temperatura iniciales; la temperatura ambiente el día de la prueba eran 11 bajo cero.
Publicado por Alvy # 26/Ago/2012 - Microsiervos

sábado, 17 de dezembro de 2011

330 - Médicos em defesa das crianças desaparecidas

Os Conselhos Federal e Regionais de Medicina colaboram para a elucidação de casos de desaparecimento de crianças, apoiando a atuação das autoridades governamentais competentes.


O médico e os profissionais de saúde podem mudar esta realidade.
Assim, ao atender uma criança fique atento aos seguintes procedimentos:

1 - Peça a documentação do acompanhante. A criança deve estar acompanhada dos pais, avós, irmão ou parente próximo.Caso contrário, pergunte se a pessoa tem autorização por escrito.
2- Procure conhecer os antecedentes da criança. Desconfie se o acompanhante fornecer informações desencontradas, contraditórias ou não souber responder as perguntas básicas.
3- Analise as atitudes da criança. Veja como ela se comporta com relação ao acompanhante, se demonstra medo, choro ou aparência assustada.
4- Veja se existem marcas físicas de violência, como cortes, hematomas e grandes manchas vermelhas.

A Campanha
A Lei Federal nº 11.259/2005, conhecida como “A Lei da Busca Imediata”

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

329 - Visceroptose

Significado: queda das vísceras.
CID: K63.4

domingo, 11 de dezembro de 2011

328 - O efeito dominó na AIDS

Eis uma charge muito criativa.
Mostra o efeito dominó na AIDS sendo interrompido pelo uso do preservativo. Não identifiquei o autor do desenho.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

327 - Uma abordagem para a remoção de supercola do ouvido

A capacidade da cola de cianoacrilato (a supercola) para unir forte e rapidamente a pele apresenta problemas consideráveis ​​quando ela é inserida dentro do ouvido.
Felizmente, esta é uma ocorrência muito rara.
Richard Persaud, no Departamento de Otorrinolaringologia do Guy’s and Thomas’ Hospital, em Londres, acompanhou o caso de um paciente que, inadvertidamente, colocou supercola no conduto auditivo externo esquerdo.
Alguns duvidaram que tal problema, aparentemente intratável, pudesse ser resolvido.


Mas o Dr. Persaud, segundo relatou em The Journal of Laryngology and Otology (2001), 115: 901-902, encontrou uma solução:
"A supercola foi removida com sucesso por meio de água morna com 3 por cento de peróxido de hidrogênio sem danificar o meato ou a membrana timpânica."
O uso de peróxido de hidrogênio para remover supercola de ouvido não tinha sido até então descrito."
PGCS

domingo, 4 de dezembro de 2011

326 - Cria cuervos...

... y te sacarán los cigarrillos.
- Es tu suerte.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

325 - As ideias do Dr. Kellogg

Nos anos finais de 1800, o Dr. John Harvey Kellogg era o médico-chefe do famoso sanatório de Battle Creek, em Michigan (EUA), uma estância de saúde de alta qualidade que inspirou ao filme "The Road to Wellville." Dr. Kellogg, foi quem inventou o alimento à base de flocos de milho, tornando-se mais adiante um dos fundadores da Kellogg's. O outro dos fundadores desta empresa de processamento de cereais  foi o seu irmão Will Keith Kellogg.
Se, por um lado, o Dr. Kellogg pregava ideias que são amplamente aceitas pela medicina de hoje, tais como a dieta, o exercício, o consumo de fibras e do iogurte probiótico, a abstenção do fumo e a prevenção das doenças venéreas, por outro lado, defendia algumas ideias heterodoxas. Dentre estas, o celibato, a mutilação genital feminina, a terapia do eletrochoque, a eugenia, a segregação racial e a terapia da imersão em água gelada e irradiada.
Dr. Kellogg também criava equipamentos especiais. Como esta cadeira (imagem) que ele, utilizando-se de seus conhecimentos sobre a eletricidade (recém-descoberta), inventou em 1900. Era uma cadeira vibradora para ajudar a esvaziar os intestinos, aliviar as dores lombares e tonificar os músculos de seus pacientes. Por ser muito desconfortável ninguém se habilitava a usá-la.

Machines That Exercise for You, Collectrors Weekly

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

324 - Mortos, porém pacientes

A técnica de manter cadáveres congelados, anos a fio, para algum dia ressuscitá-los é chamada de criogenia humana. Atualmente, dá resultados com embriões: óvulos fecundados podem ficar congelados, e com boas chances de sobreviverem ao descongelamento, dando origem a bebês. Mas não funcionam, ainda, com pessoas mortas apesar do crescente número de cadáveres congelados à espera de vida nova no futuro. Isto porque os próprios métodos usados para congelar uma pessoa causam também danos às células e estes só podem ser reparados por tecnologias que ainda não estão disponíveis.
Eis algumas informações curiosas sobre o assunto:
  • Nos EUA existem somente duas empresas que oferecem este serviço de forma legal.
  • Atualmente, cerca de duzentas pessoas mortas estão congeladas; outras duas mil pessoas, que estão vivas, têm seus contratos firmados para que passem às instalações quando forem declaradas mortas.
  • A proporção é de três homens para uma mulher entre os que escolhem a criogenia.
  • Animais de estimação (cães, gatos e até um papagaio já estão na "fria") podem acompanhar os donos na aventura.
  • Nas empresas de criogenia os "clientes" são chamados de "pacientes".
Fontes
Until Cryonics Do Us Part, de Kerry Howley, The New York Times

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

323 - Aniversário da morte de José Rosemberg

O êxito da luta contra o tabagismo no Brasil deve-se principalmente a dois nomes: JOSÉ ROSEMBERG e MARIO RIGATTO.
Hoje (24/11) transcorre o sexto aniversário da morte de José Rosemberg (foto). Nascido em Londres, criado e radicado em nosso país, Rosemberg além de seu exemplo de dedicação ao trabalho, deixou-nos um vasto legado de livros e artigos científicos publicados. Dentre os muitos cargos que ocupou, destaque-se o de assessor técnico da Secretaria da Saúde do Ceará, quando prestou grandes serviços a nosso Estado. Era um homem de trato afável, poliglota e muito culto.
Compartilho com vocês esta entrevista (*) que o Prof José Rosemberg concedeu a Drauzio Varela.

(*) matéria enviada pela médica pneumologista e historiadora Ana Margarida Arruda, viúva de José Rosemberg.

322 - Animais que se drogam

holykaw.alltop.com
A embriaguez toma conta do reino animal. De fato, alguns animais podem ter encaminhado os seres humanos ao consumo de uma série de substâncias como a cafeína, o  álcool, a cocaína e aquelas presentes em cogumelos alucinógenos.
As lhamas do Peru, por exemplo, podem ter iniciado povos nativos da América do Sul no consumo de folhas de coca há 7 mil anos atrás.
Antropólogos acreditam também que seres humanos, no continente sul-americano, podem ter aprendido o uso do cipó Banisteriopsis caapi, uma das plantas utilizadas no preparo da ayahuasca, observando os seus efeitos no comportamento das onças pintadas.
Até mesmo a lenda das renas voadoras de Papai Noel pode ter suas raízes em experiências psicodélicas. Sabe-se que elas, após comerem o cogumelo amanita (Amanita muscaria), ficam se contorcendo e fazendo barulhos estranhos. O cogumelo é aquele que contém o muscimol, uma substância alucinógena que as renas eliminam pela urina. Então, um xamã que a tenha ingerido... PGCS

Essas e outras histórias estão em Discovery News.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

321 - Velcro

O velcro foi inventado em 1941 pelo engenheiro suíço Georges de Mestral. Ele se inspirou nas sementes de uma planta (Arctium) que grudavam frequentemente em sua roupa e no pelo de seu cão, durante as caminhadas que faziam pelos Alpes. Após examinar atentamente essas sementes, através de um microscópio, Georges distinguiu nelas filamentos entrelaçados que terminavam em pequenos ganchos: era isso a causa da aderência das sementes a pelos ou tecidos.
E concluiu ser possível a criação de um produto que unisse os dois materiais de uma maneira simples, porém reversível. Desenvolveu e patenteou o VELCRO, e passou em seguida a comercializá-lo através de sua companhia Velcro S.A. O nome faz referência a duas palavras em francês: velours (que significa veludo) e crochet (que significa gancho).
A partir do relatório descritivo de sua patente nos Estados Unidos (US 2,717,437) pode-se ver a simplicidade dessa invenção.  Atualmente, as aplicações do produto são inúmeras e a palavra velcro tornou-se um termo genérico para se referir ao material.
Tensiômetro aneróide: VELCRO na braçadeira
É uma das muitas funcionalidades da vida moderna com a origem em um projeto "bio-inspirado".

Leitura recomendada: An Introduction to Bio-Inspired Design
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Reproduzida no Luis Nassif Online, esta postagem recebeu 17 comentários de seus leitores. Estão sendo aqui divulgadas as 5 mais interessantes:
"Para vocês (Gurgel, Valquíria e Cássia), entendidos no assunto Velcro, substituto do ZÍPER, um aviso:
Se um dia forem comprar ZÍPER no sul do Paraná, peçam FECHO ECLER. Quando morei em Ponta Grossa, e numa loja pedi um ZÍPER, ninguém sabia o que era. Assim também aconteceu quando pedi uma lâmpada. Lá era FOCO.
Ah, e quando minha mulher pediu num armarinho um RETRÓS! Perguntaram a ela: RETRÓS? É um carretel de LINHA. Eles: LINHA, o que é isso? Ela teve pegar um carretel para explicar. Aí eles: Ah, um rolo de FIO?
Mas, o CARRAPICHO também está presente nos matos de meu Triângulo Mineiro. Gruda na roupa e pica deixando um coceira por alguns dias.
É o nosso Brasil!"
Marco Antonio Nogueira
"Sabe aqueles matinhos secos rodando em filmes antigos de faroeste? São da familia do arctium!
http://en.wikipedia.org/wiki/Burdock
Porque as sementes têm esses ganchos elas se agarram a coisas que se movem e se espalham. As dos filmes de farwest não são nativas dos EUA, foram importadas da Russia porque era impossivel saber de olho a diferenca entre elas e as sementes de trigo, que eram então importadas da Rússia na época."
Não achei o link certo das plantas dos filmes, mas aquelas coisas são dolorosas até de olhar, e ferem até cavalos com aqueles espinhos!"
Ivan Moraes
"O velcro propiciou uma evolução num dos mais antigos calçados humanos: as sandálias. Com ele ficou mais rápido calçá-las.
Mas, de vez em quando, as fábricas resolvem chamar um designer e aí o resultado é dificuldade em vez de facilidade.
Alguém acha lógico que para calçar uma sandália com velcro a tira tenha de passar por um elo? E que quase sempre ao descalçar a sandália a tira sai toda do elo?
Por esta e outras passei a achar que o lema dos designers é: Para que simplificar se podemos complicar?
Tudo em nome de uma pseudoestética."
Eugenio, OFS
"Já ouvi esta história da boca de uma tia que mora, desde 1957, em Genebra e foi vizinha do Engº. De Mestral.
Segundo o que ela sempre contou, Ms. De Mestral guardou suas meias cheias de carrapicho no bolso do casaco quando sua mulher mandou tirar as botinas sujas ao chegar de uma de suas caminhadas pelos montes vizinhos.
No dia seguinte, no laboratório da empresa em que trabalhava, ao enfiar a mão no bolso do casaco ele encontrou as tais meias sujas e com os carrapichos, os quais levou ao microscópio. Como ele trabalhava em pesquisa de fibras sintéticas, o sistema de enganchamento dos carrapichos chamou-lhe a atenção e ele ficou dias pesquisando como reproduzir essas fibras em nylon.
Segundo conta essa minha tia (que ainda vive em Genebra, mas não sei se ainda é vizinha da família do engenheiro, que também nem sei se ainda é vivo...) a patente do invento o enriqueceu até a 4ª ou 5ª geração!"
JA
"Lá na roça, quando a gente ia perambular para catar gabiroba, mangaba, jabuticaba-do-mato, araticum, garrafinha, ou caçar passarinho, coisas assim, além de carrapatos em lugares indevidos, voltava com as pernas das calças cheias de:
Picão, uma haste escura, de uns 10mm tendo numa das extremidades diversas pontiagudas formações, que se agarravam firmes no tecido. Corria que seu chá fazia bem para algum mal, não me lembro qual.
Carrapicho, uma bolinha de uns 3-4 mm, com um monte de pequenas hastes pontiagudas, que 'velcravam' no tecido para valer.
Plaquinhas arredondadas, umas ao lado de outras, não sei o nome, que desenhavam como que sinhaninhas(?) na roupa.
Todas sementes, todas com o efeito velcro, mas, ao que parece, ninguém se tocou.
Diz a história que Flemming descobriu a penicilina por acaso, pura sorte. Deve-se notar, porém, que a sorte premiou olhos treinados, prescrutadores, se não a cultura teria ido para o lixo."
Eduardo CPQS

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

320 - O logo da Cochrane

Os objetivos globais e os principais processos científicos da Colaboração Cochrane estão presentes em seu  logotipo. O círculo formado pelo "C" de Cochrane e pelo "C" de Colaboração, numa imagem em espelho, reflete a colaboração internacional que faz o trabalho da entidade ser relevante em escala global. A parte interna do logotipo ilustra uma revisão sistemática de sete ensaios clínicos randomizados (ECR) que comparam os resultados de tratamentos com placebos. Cada linha horizontal representa os resultados de um ensaio  e o "diamante" representa os resultados combinados. A linha vertical indica a posição em torno da qual as linhas horizontais se agrupariam se os tratamentos comparados nos estudos tivessem efeitos semelhantes; se uma linha horizontal tocar a linha vertical, significa que uma observação especial não encontrou nenhuma diferença clara entre os tratamentos. A posição do diamante para a esquerda da linha vertical indica que o tratamento estudado é benéfico. Linhas horizontais ou um diamante à direita da linha mostram que o tratamento fez mais mal do que bem.
Este diagrama mostra os resultados de uma revisão sistemática de ECRs de um curso de curta duração de corticosteróide administrado a mulheres prestes a dar à luz prematuramente. O primeiro desses ECRs foi relatado em 1972. O diagrama resume a evidência que teria sido revelada se os ECRs disponíveis tivessem sido revistos sistematicamente. Uma década mais tarde, indicariam fortemente que o corticosteróide reduziria o risco de os bebês morrerem das complicações da imaturidade. Em 1991, mais sete ensaios tinham sido relatados, e a imagem se tornou ainda mais forte. Este tratamento, por conseguinte, teria reduzido de 30 a 50 por cento a probabilidade de os bebês dessas mulheres terem morrido devido a complicações da imaturidade.
Porque nenhuma revisão sistemática desses estudos fora publicada até 1989, a maioria dos obstetras não havia percebido que o tratamento seria tão eficaz. Como resultado, dezenas de milhares de bebês prematuros provavelmente sofreram (necessitando de tratamentos mais dispendiosos) ou morreram desnecessariamente . Este é apenas um dos muitos exemplos dos custos humanos que podem resultar da falta de revisões sistemáticas nos ensaios clínicos da área da saúde.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

319 - Quantos sentidos nós temos?


Visão, olfato, audição, paladar e tato são os principais. Mas nós temos outras maneiras de sentir e interagir com o mundo. Através da propriocepção, que é a noção de como nossos corpos estão posicionados, e da nocicepção, que é a sensação da dor. E dispomos também dos sentidos do equilíbrio, da temperatura do corpo, da aceleração e da passagem do tempo.
Em comparação com outras espécies, porém, temos os seres humanos algumas "deficiências". Morcegos e golfinhos usam o sonar como orientação; alguns pássaros e insetos vêem a luz ultravioleta; cobras detectam o calor das presas de sangue quente; ratos, gatos, focas e outros animais usam seus bigodes (vibrissas) para obter relações espaciais ou detectar movimentos; tubarões sentem os campos elétricos da água; e pássaros, tartarugas e até mesmo bactérias se orientam pelas linhas do campo magnético da Terra.

Extraído de Top Ten Myths About the Brain, Smithsonian.com

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

318 - Transtornos mentais. Pôsteres



"Eu estava fazendo uma pesquisa sobre saúde mental e me deparei com uma lista de transtornos mentais. Então, escolhi alguns (para criar cartazes), colocando-me sob o desafio de defini-los em estilo minimalista. E comecei com o TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo (imagem ao lado)." Patrick Smith, Adapt.

Clique sobre o link para ver todos os pôsteres da série. PGCS

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

317 - Vias respiratórias robóticas

À direita, acha-se reproduzida uma das ilustrações de E. Benyaminson para o livro "Alô, Eu sou um Robô!", de Stanislav Zigunenko (Russia, 1989).
Vias respiratórias superiores são bastante complexas nos seres humanos. Ao recriá-las para um robô, Benyaminson exala uma simplicidade inocente, afinal essa gravura é para um livro destinado a crianças.

ajourneyroundmyskull

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

316 - SILICOSE. Texto traduzido

A silicose, uma das mais antigas doenças ocupacionais, ainda é responsável pela morte de milhares de pessoas, a cada ano, em todo o mundo. É uma doença pulmonar incurável, causada pela inalação de poeira contendo sílica cristalina livre. É irreversível e, além disso, a doença pode progredir mesmo quando a exposição cessa. Exposições extremamente altas estão associadas com uma menor latência e uma progressão mais rápida da doença.
A sílica é liberada durante operações em que rochas, areias, concreto e alguns minérios são quebrados e fragmentados. O trabalho em minas, pedreiras, fundições, construção civil, manufatura de vidro, cerâmica e em situações onde se usam pós abrasivos são especialmente arriscados. Outra atividade de alto risco para a silicose é o jateamento de areia. Qualquer jato abrasivo, mesmo que este não contenha sílica, apresenta risco para a silicose, quando utilizado para remover materiais que contenham sílica, como acontece nas fundições. Algumas outras atividades de limpeza a seco, com ar pressurizado, também podem gerar grandes quantidades de poeira. Por isso, mesmo ao ar livre, estas atividades podem ser perigosas.

Traduzido e adaptado de um documento da OMS. Para ler o texto completo clique aqui.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

315 - A nicotina vicia?


Para James Johnston, da R.J. Reynolds, Joseph Taddeo, da U.S. Tobacco, Andrew Tisch, da Lorillard, William Campbell, da Philip Morris, Edward A. Horrigan, do Liggett Group, Donald S. Johnston, da American Tobacco Company, Thomas E. Sandefur Jr., presidente da Brown and Williamson Tobacco Company, a nicotina não vicia.
Atestaram assim perante o Congresso dos EUA e, por suas inabaláveis convicções, tornaram-se os ganhadores do Prêmio IgNobel de Medicina de 1996.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

314 - Orégano. A nova esperança

Uma pitada de orégano faz mais do que deixar uma pizza deliciosa. Ela pode também reduzir a quantidade de metano eliminada pelas vacas em seus arrotos, segundo demonstra um novo estudo.
Os cientistas vêm tentando há anos diminuir o metano produzido pelo gado. Este gás, que as vacas somente nos EUA eliminam em torno de 5,5 milhões de toneladas por ano, é 20 vezes mais potente do que o dióxido de carbono como causa de efeito estufa. Assim é que vacinas, antibióticos e suplementos dietéticos como o alho e o ácido fumárico (encontrado em líquens e musgos) já tem sido experimentados.
Uma nova esperança de reduzir essas emissões de metano pelas vacas surgiu agora: o orégano comum.


Ler o artigo completo em Oregano Moves Cows Toward Climate Neutral, National Geographic's Green Guide.

domingo, 30 de outubro de 2011

313 - Congresso do CREMEC

Registro a realização do VI CONGRESSO CIENTÍFICO E ÉTICO DO CREMEC, no Ponta Mar Hotel, em Fortaleza, durante o período de 27 a 29 de outubro. Os temas escolhidos, o nível de conhecimento dos expositores e o grau de participação dos congressistas nos debates, juntamente com o apoio técnico dos funcionários do CREMEC e da empresa REUNIR, contribuíram para o sucesso do evento.
Foram os principais responsáveis pelo VI CONGRESSO o Dr. Ivan de Araújo Moura Fé, Presidente do CREMEC, e o Dr. Francisco Flávio Leitão de Carvalho, Presidente do Congresso.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

312 - A Colaboração Cochrane

Criada em 1993, A Colaboração Cochrane (The Cochrane Collaboration) é uma rede internacional de 28 mil pessoas, em mais de 100 países, dedicadas a ajudar os profissionais de saúde, os gestores públicos, os pacientes e as organizações que cuidam de seus interesses e os responsáveis pela educação a tomar decisões, bem informadas, sobre os cuidados de saúde, com base na melhor evidência de pesquisa disponível.
Tal acontece por meio da preparação, atualização e publicação dos Comentários Cochrane - existem mais de 4.600 até agora - em sua Biblioteca Cochrane (on line). É um trabalho reconhecido internacionalmente como referência para informações de qualidade sobre a eficácia dos cuidados de saúde.
A Colaboração Cochrane tem este nome em homenagem a Archie Cochrane (1909-1988), um pesquisador médico britânico que muito contribuiu para o desenvolvimento da epidemiologia como ciência. O livro "Eficácia e Eficiência: Reflexões Aleatórias sobre Serviços de Saúde", publicado em 1972, foi a sua obra mais influente.

Fotografia de Archie Cochrane: Cardiff University Library, Archive Cochrane, University Hospital Llandough.

domingo, 23 de outubro de 2011

311 - Uso de telefones celulares x risco de tumores cerebrais

Pesquisadores do Instituto de Epidemiologia do Câncer, da Sociedade Dinamarquesa do Câncer e da Seção de Meio Ambiente e Radiação do IARC publicaram no British Medical Journal uma atualização de um estudo de coorte de assinantes de telefonia móvel na Dinamarca. Em 358.403 assinantes, incluindo usuários de telefones celulares há 13 e mais anos, o estudo não mostrou um aumento de risco para qualquer tipo de tumor do sistema nervoso central (SNC). Portanto, há poucas evidências atuais para uma associação causal entre o uso de telefones celulares e o risco de tumores cerebrais, mas não se pode descartar este risco após períodos de exposição de 15 anos ou mais ou de que haja um pequeno/moderado aumento de tumores do SNC entre os usuários pesados ​​dos aparelhos. Novas investigações sobre o potencial cancerígeno do uso de telefones celulares estão sendo previstas. (*)

P Frei, AH Poulsen, C Johansen, JH Olsen, M Steding-Jessen M e J Schüz. Uso de telefones celulares eo risco de tumores cerebrais: update do dinamarquês estudo de coorte BMJ 2011; 343: d6387 doi: 10.1136/bmj.d6387 (Publicado em 20 de outubro de 2011)

N. do E.
(*) Quando classificado na categoria "2B" (possivelmente cancerígeno) da Lista de Agentes Cancerígenos do IARC - a situação atual dos campos eletromagnéticos de radiofrequência - o agente representa uma questão ainda em aberto e constitui um mandato para novas pesquisas pela Seção de Meio Ambiente e Radiação do referido órgão. PGCS

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

310 - Worldometers - estatísticas mundiais em tempo real



Um sistema de contadores neste site apresenta, a cada instante, estatísticas relacionadas com a população mundial, governo e economia, sociedade e mídia, ambiente, alimentação, água, energia e saúde.
As fontes de dados para os seus contadores, que operam com algoritmos precisos, são instituições de prestígio mundial como a ONU, a OMS, a FAO etc.
Consultando o Worldometers, a gente fica sabendo que a população mundial, em poucos dias, alcançará a contagem dos 7 bilhões.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

309 - ♪O Médico♪

"Você me ama ou você simplesmente ama o seu trabalho?"
Composta em 1930, e originalmente chamada "But He Never Says He Loves Me", o título da canção foi alterado para "The Physician" (O Médico), pelo compositor Cole Porter, durante os ensaios da peça "Nymph Errant" em que a canção foi inserida.
Gertrude Lawrence a gravou, em 1933, com orquestra regida por Ray Noble (vídeo).
Julie Andrews, fingindo ser Gertrude, também a gravou. Para assistir a esta versão, apenas diretamente no YouTube (a incorporação deste vídeo foi desativada).
Link para a letra da canção.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

308 - PORTAL DE MEMÓRIAS. Lançamento de livro

Será lançado amanhã, no Centro Cultural Oboé, o livro "PORTAL DE MEMÓRIAS: Paulo Gurgel, um médico de letras".
A apresentação da obra estará a cargo do médico e escritor Marcelo Gurgel, irmão do perfilado e organizador da edição.

Serviço
Dia: 18 de outubro (terça-feira) de 2011
Horário: 19h30
Endereço: Rua Maria Tomásia, 531 - Fone: 3264 7038

Os livros serão distribuídos com as pessoas convidadas para o evento.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

307 - ALIMENTOS. O semelhante cura o semelhante?

Bem, encontramos dez alimentos que espelham as partes do corpo a que fornecem nutrientes como, por exemplo, a noz, a qual é realmente muito parecida com o cérebro. Coincidência? Talvez.
Embora esses alimentos possam ser saudáveis para o corpo todo, a lista a seguir é um lembrete divertido do que comer para beneficiar áreas específicas.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

306 - Bactérias construtoras de pirâmides

O vídeo abaixo, inspirado na construção das antigas pirâmides, foi apresentado em 2010 na Conferência Internacional do IEEE sobre Robôs e Sistemas Inteligentes.
Mostra cerca de 5 mil bactérias se movendo como um enxame de peixes pequenos, trabalhando em conjunto para o transporte de pequenos tijolos de epóxi, de modo a montar uma estrutura piramidal - tudo em 15 minutos.
As bactérias, de um tipo conhecido como magnetotáticas, contêm estruturas chamadas magnetossomos, que funcionam como uma bússola. Na presença de um campo magnético, os magnetossomos fazem com que as bactérias se movimentem de acordo com a orientação do campo.
Cada bactéria tem flagelos capazes de gerar cerca de 4 piconewtons. É uma quantidade muito pequena de força de empuxo mas, colocadas milhares de bactérias para trabalhar em conjunto, elas podem mover montanhas. Bem, micromontanhas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

305 - Um ano com Mercúrio!

Na Guerra Civil norte-americana, o exército da União documentou 100 mil casos de gonorreia num período de dois anos. Durante a I Guerra Mundial, o exército perdeu 7 milhões de pessoas-dia e teve mais de 10 mil baixas por Doenças Sexualmente Transmitidas (DST) em suas fileiras.
Nos meados dos anos 1940, tais infecções começaram a ser tratadas pela penicilina. Mas, por uma questão de segurança nacional, as forças armadas dos EUA mantiveram, como medidas de controle das DST, o marketing impactante e a política de distribuição de preservativos. Dando assim continuidade a uma guerra de décadas contra as DST.
Com o título The Enemy in Your Pants, o site Mother Jones mostra 20 pôsteres dessa luta.


O cartaz diz:
Um minuto com Vênus... Um ano com Mercúrio!

Explicação
Os mercuriais eram o tratamento padrão da sífilis antes da descoberta da penicilina.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

304 - Mortalidade de pássaros por causas antropogênicas

Um estudo conduzido por Wallace P.Erickson e colaboradores, em 2002, estimou que entre 500 milhões e 1 bilhão de pássaros são mortos anualmente nos Estados Unidos da América por causas antropogênicas. Estas causas incluem edifícios (58,2%), fios de eletricidade (13,7%), veículos terrestres (8,5%), torres de comunicação (0,5%), aviões (<0,01%) e turbinas eólicas (<0,01%) contra os quais as aves se chocam. Também constam da relação: a predação por gatos (10,6%), o uso de pesticidas (7,1%) e outros causas menos frequentes.
Esse estudo é até hoje uma importante referência para o assunto. Observar que a morte de pássaros causada pelas hélices dos aerogeradores, embora represente menos de 0,01 por cento dos casos, em número absoluto significa dizer que mais de 26 mil aves são mortas por essa causa nos EUA, anualmente. Para o Brasil, que já ocupa o 21º lugar no ranking da energia eólica, não há uma estatística disponível.
Contudo, há medidas que podem reduzir esta última causa de mortalidade aviária. Uma delas é não instalar aerogeradores nas rotas migratórias dos pássaros.

A Summary and Comparison of Bird Mortality from Anthropogenic Causes with an Emphasis on Collisions by Wallace P. Erickson, Gregory D. Johnson, and David P. Young Jr.

06/08/2012 - Atualizando...
Aldeias galesas x Empresas de energia eólica. Clique aqui.

25/05/2015 - Atualizando...
A turbina eólica sem hélices. A Vortex Bladeless é tão mais barata e ambientalmente benéfica que representa 40% a menos nos custos para sua produção de energia. As despesas operacionais do sistema também são 50% menores. Para o futuro, a companhia pretende acoplar placas solares às turbinas, para maximizar a produção e criar modelos para a produção eólica offshore. Além de todas essas vantagens, seu design evita acidentes com aves já que não possui hélices como os modelos normais.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

303 - Inventos malucos em medicina - 3

Em seu pedido de patente (nº. 3216423, nos Estados Unidos), o inventor desta centrífuga para parturientes argumentava que era uma forma de tornar o parto mais fácil.
Fundamento
Deitada no aparelho (figura), que giraria a 33, 45 ou a 76 RPM, a mãe contaria com a ajuda da força centrífuga para puxar o bebê para fora do canal de parto.
Este projeto ficou apenas na concepção concepção, jamais foi construído.


A propósito...
Dance Flick Baby Part

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

302 - A toxina da felicidade

:-)
A imagem veio daqui.

Polemizando...
A limitação da expressão das próprias emoções atrapalha na hora de reconhecer as emoções dos outros?
Sim, diz novo estudo.
Não é novidade que é difícil saber o que os usuários de botox estão sentindo. Mas, aparentemente, aqueles com os rostos paralisados têm pouca ideia do que os outros estão sentindo também. Não, injeções de toxina botulínica, até onde se sabe, não afetam o cérebro. Mas, de acordo com um novo estudo, nas pessoas que usam toxina botulínica, por estarem fisicamente incapazes de reproduzir as emoções alheias, essa situação acaba afetando a habilidade de também compreenderem os sentimentos dos outros. (...)
O texto veio daqui.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

301 - Sonho x pesadelos



Meu sonho é... cortar todos as ligações com a civilização, mas continuar na internet.

Meus pesadelos são... essas cinquenta e duas formas já contabilizadas de como alguém pode morrer numa caverna: por queda, soterramento, mordida de morcego, picada de animais peçonhentos, desorientação, afogamento, asfixia, explosão de gases, hipotermia, exaustão, histoplasmose etc.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

300 - Dia Mundial Sem Carro - 2011

O Dia Mundial Sem Carro é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20, e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis - entre os quais se destaca a bicicleta.
Automóveis: problemas causados pelo uso massivo
Os malefícios causados pelo uso de automóveis são inúmeros e evidentes: poluição atmosférica e sonora, doenças respiratórias, sedentarismo, irritabilidade, perda de tempo em congestionamentos, acidentes, comprometimento de grande parte da renda das pessoas.
Além disso, as viagens de carro degradam a relação dos indivíduos com o espaço público, transformando a rua em um indesejável obstáculo a ser superado no deslocamento de um ponto a outro. Elas também significam um uso desproporcional das ruas, já que a imensa maioria dos carros leva apenas uma pessoa - o que é ainda mais grave em áreas densamente povoadas.
Desafio Intermodal - 6ª edição
20/09/11, às 18 horas
Da movimentada avenida Luís Carlos Berrini, zona sul de São Paulo, foi dada a largada: a motorista, o motociclista, os ciclistas, os usuários de transporte público e os pedestres saíram lado a lado, em direção à prefeitura, no centro, a cerca de 10 km dali.
Veja quem fez o percurso mais rápido:

Empresário Wagner de Carvalho chega com sua bicicleta em frente à prefeitura
Folha.com