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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

351 - Sem impressões digitais

O sequenciamento do DNA de uma das quatro famílias conhecidas no mundo como tendo adermatoglifia, uma rara condição médica que deixa seus portadores sem impressões digitais, identificou a mutação genética que causa a doença. De acordo com a pesquisa do grupo de Janna Nousbeck, do Tel-Aviv Sourasky Medical Center, publicada no American Journal of Human Genetics, nove dos 16 membros dessa família não tinham impressões digitais e todos apresentavam alterações de um gene chamado SMARCAD1.
Além disso, os nove indivíduos com a anomalia eram também criminosos de carreira. Brincadeira.
A adermatoglifia não vem com outros efeitos secundários além de uma pequena redução na capacidade de produzir suor. E é também chamada de "doença da imigração demorada", pois a falta de impressões digitais dificulta que essas pessoas atravessem as fronteiras internacionais.

Poderá também gostar de ver: O pesadelo do datiloscopista.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

67 - Gato de asas


O blogueiro Luciano Rocha, do Vida e Arte, enviou-me a imagem de um gato que vive na província de Qingyan, China, e que tem uma particularidade que provoca a curiosidade pública. Em seu dorso, o gato exibe duas formações que se assemelham a asas. Sem que estas, porém, apresentem qualquer funcionalidade para o ato de voar.


A propósito deste assunto, eu recomendo a leitura de "Winged cats - what are they?".
Neste artigo, a autora Sarah Hartwell, entre as muitas considerações que faz, aponta as causas possíveis para a referida anomalia:
- excessivo crescimento da pelagem nos flancos (comum em gatos com hipertiroidismo);
- pernas supranumerárias (vestigiais);
- pele elástica (cutaneous asthenia).
Esta última condição é também vista na espécie humana. E corresponde à Síndrome de Ehlers-Danlos, cuja elasticidade cutânea e motilidade articular - refletindo uma patologia genética do colágeno - são realmente extrordinárias nos portadores desta síndrome. Dando oportunidade a que, por vezes, eles se apresentem em espetáculos públicos.
Quando era estudante de medicina, eu vi uma criança com esta síndrome no Ambulatório de Dermatologia da Faculdade de Medicina da UFC.

Publicado em EntreMentes