Mostrando postagens com marcador Ceará. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ceará. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

1430 - Como o ouvido funciona



Todos os sons fazem o ar vibrar, criando ondas sonoras.
Essas ondas fazem o nosso tímpano vibrar. O tímpano transmite as vibrações para os ossículos: primeiro, para o martelo; o martelo atinge a bigorna, que atinge o estribo.
Isso amplifica a vibração em 20 vezes.
O estribo, por sua vez, atinge a janela oval para o ouvido interno.
Isso provoca a vibração do fluido que preenche a cóclea. E o fluido movimenta as células sensoriais auditivas.
Só agora a pessoa sabe o que está ouvindo!
Este equipamento por mim fotografado se encontra no Laboratório dos Sentidos do Museu da Imagem e do Som, MIS. (Paulo Gurgel)
Endereço: Avenida Barão de Studart, 410, Meireles, Fortaleza - CE

quinta-feira, 10 de julho de 2025

1421 - Entidades médicas do Ceará

Conselho Regional de Medicina do Ceará (CREMEC)
https://cremec.org.br/

Sindicato dos Médicos do Ceará (SIMEC)
http://sindicatodosmedicosdoceara.org.br/

Academia Cearense de Medicina (ACM)
http://acm.med.br/

Associação Médica Cearense (antigo Centro Médico Cearense)
http://amc.med.br/

Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, Regional do Ceará (SOBRAMES CEARÁ)
http://blogdasobramesceara.blogspot.com/

Academia Cearense de Médicos Escritores (ACEMES)
https://cnpj.biz/31593556000162

Centro Acadêmico XII de Maio
Rua Alexandre Baraúna, 949 – R. 60430-160 Fortaleza – CE . (85) 3366-8001 / (85) 3366-8003
http://www.medicina.ufc.br/centro-academico-xii-de-maio/

quinta-feira, 15 de maio de 2025

1413 - Vem aí a XXI Bienal da Academia Cearense de Medicina!

De 15 a 17 de maio, participe desse grande encontro que traz como tema principal "Inteligência Artificial e Humanismo na Medicina".
O evento é gratuito com certificação de participação e de apresentação de trabalhos.
Os trabalhos científicos sobre ética, história da medicina do Ceará e científica médica serão premiados e publicados nos anais da Revista da Unifor e da Interagir (Unichristus).
Serão três dias de muita troca, prática e aprendizado com grandes nomes da medicina.
Aguardamos vocês!
O PROGRAMA CIENTÍFICO DA XXI BIENAL DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA
Blog do Marcelo Gurgel

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

1380 - Pesquisa no campo da imunologia para a cura do câncer

Uma descoberta no campo da oncologia tem trazido otimismo para a cura do câncer. Uma vacina contra a doença está em desenvolvimento clínico em diferentes centros de pesquisa do mundo. Alguns voluntários já estão participando de testes clínicos em vários países, inclusive aqui no Brasil.
No Ceará, a pesquisa está sendo coordenada pelo médico Eduardo Cronemberger e conduzida pela equipe de pesquisa clínica do Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio), em uma parceria internacional com os laboratórios MSD e Moderna.
O estudo, que se encontra em fase de recrutamento, é destinado para pacientes com câncer de pulmão, e todos os participantes irão receber doses de medicamento usado no tratamento imunoterápico da doença.
O médico Eduardo Cronemberger, explica que a vacina (que é personalizada) funciona como um "treinamento" para o sistema imunológico, semelhante à tecnologia das vacinas de RNA mensageiro (mRNA) para a prevenção da Covid-19.
Fonte: Rafael Santana, Jornal O POVO, Notícia. Acessado em 19/09/2024
 
 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

1232 - Hospitais de alta complexidade do Estado do Ceará

O Governo do Ceará entregou na quinta-feira passada (25/11), o Hospital Regional do Vale do Jaguaribe (HRVJ), em Limoeiro do Norte. Com essa entrega, proporciona à população de todas as cinco regiões de saúde o acesso a hospitais regionais de alta complexidade. A inauguração contou com a presença do governador Camilo Santana, da vice-governadora Izolda Cela, e do secretário da Saúde do Estado, Marcos Gadelha. A nova unidade atenderá, preferencialmente, 550 mil cearenses dos 20 municípios da região, e é um marco para a descentralização da assistência de qualidade e para a consolidação da Plataforma de Modernização da Saúde.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

1120 - Origens e desafios dos profissionais de saúde do século XXI

Reunião da Academia Cearense de Medicina
Conferencista: Dr. Marcelo Alcântara Holanda
Fortaleza-CE, 09/10/2019
Vídeo 1
YouTuber: Dra. Ana Margarida Arruda Rosemberg
Vídeo 2
YouTuber: Dra. Ana Margarida Arruda Rosemberg
Marcelo Alcântara é Superintendente da Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues Sobrinho e Professor Associado de Medicina Intensiva e Pneumologia da Universidade Federal do Ceará

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

1109 - Pesquisadores resgatam história da tuberculose no Cariri



Professores e acadêmicos da Universidade Regional do Cariri (Urca), iniciaram, neste semestre, um projeto de pesquisa cujo objetivo é desvendar como eram tratados os pacientes internados no antigo Hospital Manuel de Abreu (foto atual), em Crato, que funcionou por cerca de quatro décadas.
Ao todo, quatro professores e quatro estudantes das áreas de História, Enfermagem e Artes Visuais, pretendem produzir, até a metade do ano que vem, um livro e um documentário, que mostrem, principalmente, como era feito o tratamento dos pacientes tuberculosos na região do Cariri. Três visitas já foram feitas à antiga unidade de saúde, e a equipe encontrou documentos diversos abandonados que auxiliarão os trabalhos da pesquisa.

07/08/2019

quinta-feira, 28 de março de 2019

1090 - Primeiro aniversário da Faculdade Rodolfo Teófilo

A Faculdade Rodolfo Teófilo (FRT) é a única escola superior particular no Ceará que começou suas atividades já com um hospital próprio, o Hospital Haroldo Juaçaba, do Instituto do Câncer do Ceará (ICC). São quatro cursos de graduação na área da saúde ofertados: Enfermagem, Fisioterapia, Gestão Hospitalar e Serviço Social. Os alunos desde o início do curso podem realizar estágios dentro do próprio ICC.
A comemoração do primeiro ano de funcionamento da faculdade aconteceu na noite de 12 de março de 2019, em sua sede da Avenida do Imperador. Essa programação foi aberta com a apresentação do Coral do ICC, sendo seguida pelas palestras do Prof. Dr. Marcus Vale, que discorreu sobre a vida e obra do farmacêutico e escritor Rodolfo Teófilo, e do Prof. Dr. Milton Sousa, abordando o tema: Inovação, oportunidades e horizontes.
Transcrito do Blog do Marcelo Gurgel

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

1062 - Os cartões McBee no Hospital de Messejana

Os cartões perfurados McBee eram um sistema de classificação de dados desenvolvido antes dos computadores. Inventado em 1896, eles estiveram em uso comum até a década de 1980. Esses cartões tinham orifícios perfurados em intervalos regulares ao redor das bordas, e você podia também anotar mais informações no meio do cartão. Cada buraco correspondia a uma categoria de dados predeterminada pelo usuário. Para indicar que o cartão pertencia a uma categoria específica, você estendia o buraco correspondente até a borda do cartão por meio de um entalhe.
Depois de alinhar todos os cartões, você inseria um longo estilete no buraco que representava a categoria desejada. Ao ser levantado o conjunto dos cartões, aqueles que não pertenciam à categoria ficavam suspensos no estilete, enquanto os cartões que pertenciam à categoria, como tinham o entalhe naquele ponto, destacavam-se do estilete e eram recuperados. O estreitamento adicional dos resultados poderia ser realizado usando o estilete em orifícios que representavam outras categorias.
Este conjunto de cartões perfurados foi usado no Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas pelos Drs. Joseph Bell, Robert Huebner, Robert Chanock e Albert Kapikian para armazenar, analisar e agrupar dados. Eles realizaram muitos estudos epidemiológicos em hospitais, orfanatos e prisões sobre vírus como gripe e hepatite, no final dos anos 50 e início dos anos 60.
MEMÓRIA
Ao assumir a chefia da Seção de Documentação Estatística (equivalente a um Serviço de Arquivo Médico e Estatística) do Hospital de Messejana, tomei conhecimento da existência desses cartões perfurados McBee. Impressos na cor amarela, eram adaptados às peculiaridades de um sanatório para o diagnóstico e o tratamento da tuberculose. E havia, na Seção, uma tesoura especial que uma funcionária manuseava para picotar as fichas, além do já citado estilete, é claro.
Com a transformação do sanatório em um hospital dedicado à cardiologia e à pneumologia, bem como às cirurgias que são realizadas nestas especialidades, as fichas de McBee se tornaram obsoletas. E tivemos de implantar um novo sistema em que dispúnhamos de quatro modelos de fichas para o armazenamento de dados (Diagnóstico, Cirurgia, Médico Assistente e Óbito).
Adiante, no fim da década de 1980, a começar pela Seção de Documentação Científica, o armazenamento de dados no Hospital de Messejana entrou na era digital. Contando com a colaboração de um dedicado funcionário da própria Seção, o Sr. Haroldo de Catro Araújo, diversos programas de informática foram criados para armazenar e processar os dados de interesse da administração e do corpo clínico do Hospital. ~ Paulo Gurgel

quinta-feira, 19 de julho de 2018

1054 - Melioidose no Ceará (2)

A melioidose é uma doença infecciosa, potencialmente letal, cujo agente etiológico é a bactéria Burkholderia pseudomallei, encontrada em solo e água contaminados.
A doença é pouco conhecida no Brasil e se manifesta de forma semelhante a muitas outras doenças infecciosas, o que dificulta seu diagnóstico. A doença possui uma alta taxa de letalidade e exige o diagnóstico precoce e início de tratamento imediato como redutores desse risco.
Epidemiologia e distribuição geográfica
O maior número de casos de melioidose é relatado na Tailândia, Malásia, Cingapura e Norte da Austrália. Fora do Sudeste Asiático e da Austrália, casos foram relatados em países da América Latina inclusive Brasil, países da África e do Oriente Médio.
Mundialmente, há estimativas que no ano de 2015 tenham ocorrido 165 mil casos (intervalo de confiança de 68 a 412 mil casos), com uma taxa de incidência de cinco casos para cada 100 mil habitantes de áreas de risco. Ainda em 2015, segundo a mesma estimativa, ocorreram 89 mil casos de óbitos por melioidose (intervalo de confiança de 36 mil a 227 mil óbitos).
No Brasil, os primeiros casos foram identificados em março de 2003, no município de Tejuçuoca, estado do Ceará, quando um surto ocorreu com quatro crianças irmãs. Esse surto apresentou alta letalidade e três crianças evoluíram para óbito em consequência de sepse e pneumonia grave, num intervalo de apenas sete dias. A investigação epidemiológica identificou o fato de que a provável infecção ocorreu por exposição à água durante banho numa barragem.
Desde então, novos casos da doença vêm sendo detectados no Ceará, onde, até junho de 2016, 29 casos foram confirmados em 17 diferentes municípios. Além do Ceará, há registro isolado da doença nos Estados de Mato Grosso e Alagoas.
Agente etiológico, habitat e reservatório
A Burkholderia pseudomallei, um bacilo Gram-negativo, móvel, anaeróbio facultativo, não formador de esporos e que pertence à família Pseudomonadaceae. A bactéria B. pseudomallei é intrinsecamente resistente aos agentes antimicrobianos comumente utilizados em infecções comunitárias. A letalidade da melioidose pode ser superior a 70% quando o tratamento não é específico e precoce.
Além dos seres humanos, muitas espécies animais são suscetíveis à melioidose, incluindo: ovelhas, cabras, suínos, equinos, cães, gatos e bovinos.
Os seres humanos e os animais adquirem a infecção por inoculação por meio da pele ou mucosas, inalação de partículas aerossolizadas do solo e água, ingestão de água ou alimentos contaminados com terra. A inoculação em pele é a principal forma de contaminação nos trabalhadores rurais dos países em desenvolvimento, porém a inalação da bactéria durante fenômenos climáticos extremos também deve ser considerada. A transmissão pessoa a pessoa é extremamente rara com poucos casos descritos.
Incubação, susceptibilidade e imunidade
O período entre a exposição à bactéria que causa a doença e o surgimento de sintomas, ou seja, de incubação, pode ser de um dia até muitos anos após a exposição.
Não há evidências de que a infecção por B. pseudomallei garanta imunidade duradoura.
Manifestações clínicas
A melioidose é uma infecção difícil de diagnosticar, porque tem manifestações clínicas muito diversificadas, sendo considerada uma "imitadora espetacular" de outras infecções já consagradas na literatura médica. A infecção pode ser aguda ou crônica e localizada ou disseminada, mas uma forma da doença pode progredir para a outra.
A pneumonia (RX de tórax, ao lado) é a forma de manifestação mais comum da melioidose e pode ocorrer em metade de todos os casos. O acometimento pulmonar pode se apresentar desde um quadro indiferenciado de pneumonia com febre alta, cefaleia, mialgia generalizada, dor torácica, associada ou não à tosse seca, até pneumonia necrotizante fulminante e choque séptico. Uma vez instalado o choque séptico, a letalidade é bastante elevada e os pacientes podem evoluir para óbito dentro de 48 horas após a hospitalização. A presença de derrame pleural não é comum, embora efusão e empiema possam ocorrer, especialmente quando há comprometimento de lobos pulmonares inferiores.
A melioidose deve ter diagnóstico diferencial com todas as formas de tuberculose, principalmente quando não há resposta ao tratamento tuberculostático iniciado empiricamente ou em pacientes com culturas negativas para micobactéria, repetidas várias vezes e que continuam com a sintomatologia.
Outras formas de apresentação clínica: abscessos superficiais e profundos em qualquer órgão; linfadenite; infecção osteoarticular (osteomielite, artrite séptica); infecção geniturinária;infecção do SN (abscesso cerebral, meningoencefalite) etc.
Diagnóstico
O diagnóstico é laboratorial e realizado através do isolamento da Burkholderia pseudomallei por meio de cultura microbiológica obtida de sangue, escarro, urina, secreções de feridas ou abscessos, líquor, lavado brônquico ou outros espécimes clínicos disponíveis. Exames de biologia molecular como a Reação em Cadeia Polimerase (PCR) também são utilizados para confirmação diagnóstica. Ainda deverão ser realizados exames complementares para o acompanhamento clínico do paciente.
Tratamento
Apesar de ser uma infecção adquirida na comunidade, a melioidose não responde aos antibióticos que são comumente utilizados nessas situações. Quando há suspeição diagnóstica ou diagnóstico microbiológico da doença, o paciente deve ser tratado com medicação específica. O tipo de infecção e o curso do tratamento terão impacto sobre os resultados em longo prazo. O tratamento geralmente é iniciado por via intravenosa com terapia antimicrobiana durante 10-14 dias, seguido de 3 a 6 meses de terapia antimicrobiana oral na tentativa de prevenir recidiva. O tratamento deve ser o mais precoce possível para reduzir a elevada letalidade da doença. Ressalta-se a importância da coleta de espécimes clínicos para a realização de exames microbiológicos antes da antibioticoterapia.
O manejo clínico do paciente está descrito nas páginas 23 - 25 do Guia de Vigilância da Melioidose da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará.
Webgrafia
https://www.cdc.gov/melioidosis/index.html
http://erj.ersjournals.com/content/22/3/542
http://www.sbmt.org.br/portal/wp-content/uploads/2017/09/MELIODOSE-Guia-de-Vigil%C3%A2ncia_2017.pdf
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC104685/
http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/01/12/doenca-infecciosa-melioidose-e-mais-difundida-do-que-se-pensava/
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/regional/online/doenca-rara-e-com-alta-letalidade-registra-dois-casos-no-ceara-1.1752851
http://blogdopg.blogspot.com/2010/12/melioidose-no-ceara.html?showComment=1531635096439#c8947539768631346584
A B. pseudomallei é um agente potencial de bioterrorismo motivo pelo qual houve um aumento importante no interesse e compreensão da biologia básica do microrganismo e investimento em pesquisas nas últimas décadas.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

1009 - Semente mágica: a transformação de água contaminada em potável

Em 2016, os jovens cientistas Letícia Pereira de Souza, 18, e João Gabriel Stefani Antunes, 15, naturais de São Paulo e estudantes em Fortaleza, ganharam o "Prêmio Impacto na Comunidade" da Google Science Fair.
Os estudantes concorreram com projetos de 107 países. A escolha do seu tema, Semente Mágica - Transformando água contaminada em água potável, foi motivada pelo desastre ecológico de Mariana (MG), no qual lama de rejeitos de mineração contaminaram 500 quilômetros do rio Doce. Um dos destaques revelados na pesquisa que eles realizaram foi o seu baixo custo: menos de 1 centavo para limpar um litro de água.
Resumo
O projeto Semente Mágica utilizou extratos da semente de Moringa oleífera para despoluir a água. Essa semente tem propriedades coagulantes que facilitam a purificação de diversos materiais orgânicos presentes na água poluída. Ela também reduz a quantidade de microrganismos presentes na solução, tornando a água potável. Pretendemos usar o projeto para levar água potável para comunidades que não têm acesso a ela, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Segundo a ONU, a água poluída mata mais pessoas do que todas as formas de violência, incluindo as guerras. Queremos, portanto, usar uma alternativa simples e barata para resolver esse problema.
A Moringa oleífera é uma alternativa viável e efetiva para o tratamento de água?
Sim. Após realizados todos os testes, pudemos perceber que a semente é uma alternativa viável para o tratamento de água, especialmente para populações de baixa renda que não têm acesso a um tratamento especializado de água, pois a Moringa oleífera tem baixo custo e alta eficiência, sem trazer consigo os riscos dos coagulantes inorgânicos.
Devido ao fato de a semente ser utilizada triturada, uma alternativa eficaz para a distribuição para a população seria em pequenos sachês contendo a concentração ideal para um litro de água. Eles poderiam ser distribuídos para comunidades sem acesso à água tratada ou vítimas de desastres, as quais perderam momentaneamente o acesso a água de qualidade.
N. do E.
A ação da Moringa na limpeza de águas sujas já era do conhecimento de moradores da Região da Ibiapaba (CE), como pude constatar ao entrevistá-los localmente, na época em que eu lidava com o controle da silicose no Estado do Ceará.

terça-feira, 12 de abril de 2016

848 - Hospital de Messejana capacita profissionais em transplante de coração

Fonte; Agência Brasil
O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, em Fortaleza, está capacitando 60 profissionais da saúde de cinco estados como forma de ajudar na criação e no aperfeiçoamento de serviços de transplantes cardíacos pelo Brasil.
Considerado referência no Norte e no Nordeste e uma das três maiores instituições do Brasil em número de transplantes, o Hospital de Messejana, da rede pública do Estado do Ceará, recebe mensalmente médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais vindos de hospitais do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Maranhão e Bahia para aulas teóricas e práticas.
Esta semana, eles estiveram em Fortaleza para a terceira atividade presencial da capacitação, que tem duração total de dois anos. O Centro de Tutoria em Doação de Órgãos e Transplante Cardíaco do Hospital de Messejana, responsável pela capacitação, surgiu a partir de uma portaria do Ministério da Saúde, de 2012, que estimulava unidades de saúde do Brasil a participar da formação de novas equipes de transplantes em hospitais do do país.
(Ler mais.)
Desde 1998, o Hospital de Messejana já fez 340 transplantes de coração em adultos e crianças. Atualmente, a média destas cirurgias é 20 por ano. A unidade também faz transplantes de pulmão.
No Acta:
63 - Captação de órgãos e tecidos para transplantes
269 - O 1º transplante do pulmão do Norte e Nordeste
335 - Transplantes de pulmão no Hospital de Messejana
493 - HM 80 anos
825 - SUS é a maior obra da história do Brasil

sexta-feira, 3 de maio de 2013

493 - HM 80 anos

Com 80 anos de história, o Hospital de Messejana oferece serviços exclusivos na rede SUS
Neste mês de maio, o HM Dr. Carlos Alberto Studart Gomes completa 80 anos de história. Inaugurado em 1933, como instituição de caráter privado, atendia, na época, apenas os portadores de tuberculose. Hoje, é referência no país nas áreas da cardiologia e pneumologia e oferece aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) tratamentos de ponta e procedimentos de alta complexidade, ainda não disponíveis no Norte e Nordeste e até em outras regiões do Brasil.
 O Transplante de Pulmão e o Projeto Coração Artificial, por exemplo, só são encontrados nas regiões Norte e Nordeste no Hospital de Messejana. Já o Sistema de Mapeamento Eletroanatômico Tridimensional, que realiza o mapeamento de arritmias complexas, é exclusividade do HM na rede SUS, em todo o país. Na área de ensino e pesquisa, o Hospital também parte na frente sendo o primeiro do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil a ter o Doutorado em Cardiologia.
Saiba mais...
Informações
Assessoria de Comunicação do Hospital de Messejana
Stella Magalhães (Mtb 01714 jp)
Tel.: (85) 9998-7464 (85) 3101-4092
Ver também:
49 - Uma história que foi contada

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

406 - SAMU: o pioneirismo do Ceará

A propósito da nota 403 - SAMU 192, aqui postada em 04/08, recebo do colega Winston Graça um relato bem circunstanciado do processo de criação do primeiro SAMU no Brasil. Deu-se em Fortaleza, Ceará, a partir de 1988, quando se iniciaram os trabalhos do Grupo de Coordenação do Sistema de Emergência Médica Pré-Hospitalar, do qual Winston tomou parte. Aqui implantado, o sistema serviria de modelo para a criação dos serviços de emergência pré-hospitalar que existem em muitos municípios brasileiros. PGCS
Paulo,
Você cometeu o mesmo pecado de todo cearense, melhor dizendo, de todo brasileiro: a falta de memória histórica dos fatos e acontecimentos relevantes, apegando-se às notícias mais recentes que emanam da mídia bairrista do sul-maravilha! Digo isso porque alguém tem de contar a verdadeira história dos serviços de urgências no Brasil. E o fio da meada dos serviços de urgência pré-hospitalar, exatamente nos moldes americanos e europeus à época, e exatamente nos moldes copiados pelos SAMU’s brasileiros, tiveram início no Ceará, mais precisamente na SESA-CE sob a regência do secretário à época, Dr. Marcos Penaforte, utilizando uma seleção de escol do pessoal do Corpo de Bombeiros. O que o Sr. Humberto da Costa fez foi nada mais, nada menos do que adaptar, em nível nacional, e passar para os municípios essa prestação de serviços de saúde, delegando aos militares apenas as missões de socorro pré-hospitalar para determinadas situações tais como: grandes desastres, naturais ou não, ou situações de aprisionamento em veículos. Eu fiz parte do projeto de criação, treinamento de pessoal, instalação e inauguração desse serviço (que também atendia pelo primeiro número 192 implantado no Ceará), juntamente com os médicos Júlio César Penaforte, Marcus Davis, Carlos Brás, um médico português que era professar visitante da UFC, uma enfermeira da UFC (não lembro o nome preciso), um médico americano e dois paramédicos também americanos, na fase de treinamento prático da tropa de escol que agiria como paramédicos, sob a regência do então comandante dos Bombeiros, o Cel. Duarte da Frota que também participou ativamente do curso de 1 ano e dos treinamentos práticos de rua. Esse convênio doou 1 tonelada de materiais e equipamentos para socorro de urgência pré-hospitalar que aportou no P.Martins em um avião Jumbo lotado! O projeto nos tomou 1 ano de planejamento, 1 ano de curso e 1 ano de treinamento prático sob a batuta dos americanos que faziam parte de um convênio da Universidade de Michigan com a UFC. A inauguração, foi realizada sem grandes alardes (infelizmente) no apagar das luzes do governo Tasso Jereissati. Após a inauguração fomos mostrar nosso projeto, já funcionando, ao governo do Rio de Janeiro, no auditório do Conselho Federal de Medicina, em Botafogo, onde fiz uma apresentação em Power-Point de 2 horas de duração, seguida de discussões e perguntas da plateia, lotada de médicos, autoridades e militares; babaram (e devem ter pensado: “no Ceará tem disso, sim?”) e dois anos após, inauguraram o 192 carioca e logo a seguir, o paulista, que teve manchete em todos os grandes jornais e revistas nacionais. Em 1990, publiquei um resumo e etapas desse projeto na revista RECCS, do C.C.S da Unifor, sob o título: “Urgência pré-hospitalar no Ceará – um projeto pioneiro”. Em 2004 Humberto Costa municipalizou esse serviço com o nome de SAMU e excluiu os militares do front. Seria muito importante que voce lesse (e passasse adiante) o arquivo .doc, em anexo, escrito pelo Cel. Duarte para o site do Corpo de Bombeiros Sapadores do Ceará. Um grande abraço,
Winston Graça
O Grupo de Socorro de Urgências do Ceará e sua história

quarta-feira, 14 de março de 2012

356 - Soins transmitem raiva e devem ser mantidos nas matas

Morre menino que foi mordido por soim, animal que deve viver na mata
Na manhã de 12 de março, o menino de 9 anos, do município de Jati, sul do Estado, que foi mordido por um soim (sagui) e internado com raiva num hospital de Barbalha, morreu. A letalidade da doença é próxima de 100%. No mundo inteiro, apenas dois pacientes, um dos Estados Unidos e outro em Pernambuco sobreviveram, mas com sequelas.
No dia 3 de fevereiro deste ano, o menino e outros quatro colegas se juntaram para caçar soim na mata. As crianças não sabiam que desobedeciam a lei e colocavam em risco a própria vida. Conseguiram pegar um soim e levaram para casa, onde um dos meninos foi mordido A mordida do soim deixou um corte profundo no polegar do menino, mas, pior do que o ferimento, transmitiu raiva. Vinte dias depois, os sintomas começaram a aparecer e, após passar pelo hospital de Jati e pelo Hospital Infantil de Brejo Santo, o menino foi internado no dia 29 de fevereiro no Hospital São Vicente, de Barbalha. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) confirmou a doença.
O que diz a lei
A captura e a criação de soins são práticas que ainda resistem no interior do Ceará. Esses eram os propósitos do menino de Jati e seus amigos. Mas as razões para rejeitar essas práticas são persuasivas. Do ponto de vista ambiental, a legislação é terminante. “Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedade do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha”, determina o artigo 1º da Lei de Proteção à Fauna. Do ponto de vista da saúde individual e coletiva, o contato com soins em cativeiro e a captura desses animais em seus ambientes naturais representa grande ameaça à vida das pessoas.
As agressões de animais silvestres a humanos são classificadas como acidentes graves pelo Ministério da Saúde. Ao ser agredido por animais, deve-se lavar imediatamente a ferida com água e sabão em abundância e imediatamente procurar assistência médica, pois somente o profissional de saúde poderá realizar a avaliação do paciente e se, necessário, indicar o tratamento profilático antirrábico humano. Em casos de agressão por animais silvestres, como morcegos, macacos, saguis, raposas, mesmo que ferimentos pequenos, o tratamento profilático antirrábico humano é imprescindível e deve ser buscado o mais rápido possível. Antes da manifestação dos sintomas, período que varia de alguns dias até um ano, é possível conter a doença com o tratamento adequado. Mas para evitar qualquer risco, o mais indicado ainda é deixar os animais silvestres em ambientes naturais e evitar o contato ou atraí-los para o convívio doméstico.
Nos últimos oito anos, desde 2005, foram confirmados cinco casos de raiva humana no Estado. Desse total, quatro tiveram transmissão através de soins em São Luís do Curu, Camocim, Ipu e Jati. Em Chaval, o caso de raiva foi transmitido por um cão.
Prevenção
A raiva é uma doença viral que pode ser transmitida ao homem por mordida, lambida ou arranhão de um animal infectado, principalmente cães, gatos, saguis e morcegos. A melhor maneira de evitar a raiva em humanos é a prevenção. Além da vacinação dos animais domésticos, as secretarias de saúde dos municípios devem ser acionadas para capturar os animais de rua que podem portar a doença. Nas cidades, a presença de morcegos deve ser notificada aos departamentos de zoonoses.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

338 - Evolução e Controle do Tabagismo no Estado do Ceará

No dia 11 de janeiro, quarta-feira passada, o Dr. Josias Sampaio Cavalcante (foto) apresentou na Academia Cearense de Medicina a exposição "Evolução e Controle do Tabagismo no Estado do Ceará".

Ver esta nota na íntegra no blog Memórias, da médica pneumologista e historiadora Ana Margarida Arruda.

N. do E.
O médico Josias Cavalcante é o autor do livro "Tragadas Musicais", que resultou de um levantamento que ele fez sobre as alusões ao tabagismo nas letras da música popular brasileira, compostas durante o período de 1905 a 1993.

Comentário
O Dr. Josias, além de "Tragadas Musicais" é autor de mais dois livros: "O Impacto Mundial do Tabagismo" e "Cigarro, o Veneno Completo". Os meus efusivos parabéns a esse grande disseminador da luta antitabágica em nosso meio.
Ana Margarida Arruda

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

335 - Transplantes de pulmão no Hospital de Messejana

Pacientes com doenças respiratórias graves, dependentes de oxigenoterapia contínua e com curta expectativa de vida encontram no transplante pulmonar a solução para uma vida normal. No Ceará, a esperança de um deles ser transplantado de pulmão era, até há pouco tempo, quase inexistente, pois ele precisaria se deslocar a São Paulo, Rio Grande do Sul ou Minas Gerais, os estados em que já se realizava esse tipo de transplante.
Assim, muitos pacientes das regiões Norte e Nordeste do país, com esse perfil, não tinham a chance de receber um novo pulmão. Mas essa situação passou a ser aqui revertida, quando o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes iniciou, em junho do ano passado, o seu Programa de Transplante de Pulmão, coordenado pelo cirurgião torácico Antero Gomes Neto.
O trabalho da equipe já soma várias vitórias. Foram quatro transplantes bem sucedidos que devolveram uma nova qualidade de vida aos pacientes beneficiados pela intervenção. “Temos muito que comemorar já que esse tipo de transplante é um dos mais delicados, por conta do alto índice de complicações e de sua mortalidade”, disse Antero. O cirurgião explicou, ainda, que outro problema é a dificuldade em preservar o órgão, o qual, após a morte encefálica, tem um baixo índice de aproveitamento decorrente de sua exposição ao meio externo. É o que o torna suscetível a infecções e outros problemas que causam danos ao órgão, inviabilizando-o para o transplante.
Segundo o coordenador do serviço, os bons resultados conquistados pela equipe do Hospital de Messejana devem-se a alguns fatores, entre eles, a qualidade, a competência e a dedicação da equipe multidisciplinar que cuida dos transplantes e ao Hospital que oferece as condições materiais necessárias para o sucesso deste procedimento de alta complexidade.
Atualmente, oito pessoas estão sendo avaliadas para entrar na lista de espera pelo transplante. Entre eles, pacientes dos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Piauí. Para o ano de 2012, Antero Gomes Neto revelou que a equipe continuará trabalhando com a mesma dedicação e empenho, no sentido de fortalecer e consolidar o Programa de Transplante de Pulmão do Hospital de Messejana.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

308 - PORTAL DE MEMÓRIAS. Lançamento de livro

Será lançado amanhã, no Centro Cultural Oboé, o livro "PORTAL DE MEMÓRIAS: Paulo Gurgel, um médico de letras".
A apresentação da obra estará a cargo do médico e escritor Marcelo Gurgel, irmão do perfilado e organizador da edição.

Serviço
Dia: 18 de outubro (terça-feira) de 2011
Horário: 19h30
Endereço: Rua Maria Tomásia, 531 - Fone: 3264 7038

Os livros serão distribuídos com as pessoas convidadas para o evento.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

269 - O 1° transplante de pulmão do Norte e Nordeste

O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes médicas autorizados a realizar transplantes, o Sistema Nacional de Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes.
Para ser um doador, não é necessário fazer nenhum documento por escrito. Basta que a sua família esteja ciente da sua vontade. Assim, quando for constatada a morte encefálica do paciente, uma ou mais partes do corpo que estiverem em condições de serem aproveitadas poderão ajudar a salvar as vidas de outras pessoas. Lembre-se que alguns órgãos podem ser doados em vida. São eles: parte do fígado, um dos rins e parte da medula óssea.
O 1° transplante de pulmão do Norte e Nordeste
O primeiro transplante de pulmão das regiões Nordeste e Nordeste do Brasil foi realizado na madrugada desta terça-feira (14), no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, unidade da Secretaria da Saúde do Estado especializada no diagnóstico e tratamento de doenças pulmonares e cardíacas. O paciente, de 43 anos, portador de enfisema pulmonar em fase avançada, era procedente do município de Sobral, e recebeu um novo pulmão esquerdo. Este pulmão era o mais comprometido pela enfermidade e, para sobreviver, o paciente dependia de oxigenoterapia contínua há dois anos.
Coordenou a equipe que realizou - com sucesso - esse transplante de pulmão o Dr. Antero Gomes Neto (foto), cirurgião de tórax do Hospital de Messejana.
Agora, o Ceará se soma aos três Estados que fazem transplante de pulmão no Brasil – São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Jornalista Stella Magalhães

Vídeo do pronunciamento do Deputado João Ananias (PCdoB - CE) na Câmara Federal, dando divulgação a esse feito histórico da medicina cearense.

sábado, 11 de junho de 2011

268 - Fragmentos da História da Pneumologia no Ceará

A médica pneumologista e historiadora Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg (foto) publicou, em dezembro de 2010, na revista da Sociedade Cearense de Pneumologia e Tisiologia, o trabalho com o título acima.

"A tuberculose dominou por muitos anos o cenário das doenças pneumológicas, pois como disse Affonso Berardinelli Tarantino o bacilo de Koch reinava absoluto e não abria espaço nos pulmões para as outras pneumopatias.
Até meados do século XX, a tuberculose foi altamente prevalente nas grandes cidades. Na década de 1920, os coeficientes de mortalidade por tuberculose oscilavam de 150 a mais de 300 por 100.000 habitantes em todas as grandes metrópoles do mundo. Era uma verdadeira tragédia social e familiar. Em quase todas as capitais brasileiras, nas décadas de 1930 e 1940, estes índices variavam de 150 a 500 por 100.000 e a tuberculose era a principal causa de morte. Na capital alencarina o coeficiente de mortalidade pela peste branca era de 300 por 100 mil, somente superada pelas diarréias e enterites." (continua)

Para ler o texto completo, clique aqui.