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sexta-feira, 6 de maio de 2016

856 - O gás de buzina




São dois gases derivados do petróleo - o butano e o propano - misturados na proporção de 70 para 30 por cento, respectivamente. Assim é que o frasco padrão, com 300 ml de gás de buzina, contém 210 ml de butano e 90 ml de propano.
Pressionando-se a válvula do frasco, os gases são liberados e fazem soar uma corneta que integra o conjunto.
É esse barulho estridente da corneta que popularizou o gás de buzina em bailes de formatura, eventos esportivos, manifestações políticas e festas de condomínio.
Quando inalado, o gás de buzina provoca alucinações e euforia pelo comprometimento da oxigenação cerebral, o que leva muitos jovens desavisados a usá-lo exatamente em busca desses efeitos. E, como essas sensações são fugazes (pois duram apenas cerca de 10 segundos), os usuários tendem a consumir o gás repetidamente.
Mas o gás, que sai do frasco a uma temperatura de - 20º C, também causa lesões pulmonares e cardíacas, por vezes fulminantes. No Brasil, já há registro de vários casos de morte pelo gás de buzina.
Além disso, o consumo crônico do gás causa danos cerebrais com consequências conhecidas como a diminuição da memória e da capacidade de aprendizado.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

350 - O lago assassino

Situado no noroeste de Camarões, o Lago Nyos encontra-se-se no flanco do Monte Oku, um vulcão inativo. Uma barragem natural, formada por rocha vulcânica, mantém o lago. A desgasificação dos materiais vulcânicos subjacentes faz com as águas do lago sejam extremamente ricas em dióxido de carbono (CO2), o qual, quando liberado em grandes quantidades para a atmosfera pode causar a asfixia dos seres vivos nas zonas vizinhas.
Esse fenômeno ocorreu em 1986, causando a morte de mais de 1.800 pessoas.
Para um lago vulcânico armazenar o gás CO2 como o Nyos, deve haver pelo menos duas condições:
1) o lago ser profundo (ter pelo menos 50 metros de profundidade).
2) O clima predominante da região ser quente (equatorial).
Atualmente, para impedir que o CO2 acumulado no Nyos cause outra tragédia (como a que aconteceu em 1986), foi instalado um grande dispersor de gás no centro do lago (imagem de uma webcam).
WIKIPÉDIA

Vídeo
O gás carbônico é invisível. Apesar de não ser venenoso, ele mata os seres vivos ao ocupar o lugar do oxigênio na atmosfera. Por ser mais denso do que o ar, ele tende a acumular-se próximo ao solo.
Isso pode ser demonstrado pelo experimento abaixo em que o gás carbônico, produzido pela reação do ácido acético (vinagre) com o bicarbonato de sódio, apaga a chama de uma vela (o princípio dos extintores de incêndio à base de CO2).


Comentário de Dr.José Mayo
Interessante também é o sistema de "desgasificação" em si mesmo...
O esquema é este:

O método consiste em um tubo vertical, entre o fundo do lago e a superfície, onde uma pequena bomba eleva a água do fundo, supersaturada de gás, por dentro do tubo. Quando a água aspirada do fundo chega a uma certa altura, e a pressão hidrostática sobre a mistura supersaturada diminui e o gás começa a se separar da água e formar microbolhas (como no champanhe). Estas vão se juntando, ficando cada vez maiores e começam a empurrar a coluna de água para cima, por arraste de empuxo, até que chegam à superfície e se libera o gás.
O que se esperava, é que uma vez iniciado o levantamento da coluna difásica pelas bolhas de gás, a bomba já não fosse necessária, já que, teoricamente, o processo se "auto-alimentaria"; sendo um sistema fechado (dentro do tubo), a água supersatura arrastada para cima, pelas bolhas, criaria um vácuo que arrastaria mais água supersaturada, do fundo do lago, para dentro do tubo, enquanto houvesse suficiente gás dissolvido na água, para realimentar o sistema.
Pelo "jato de champanhe" que você nos mostra na foto, parece que funcionou...
Saudações,