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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

1009 - Semente mágica: a transformação de água contaminada em potável

Em 2016, os jovens cientistas Letícia Pereira de Souza, 18, e João Gabriel Stefani Antunes, 15, naturais de São Paulo e estudantes em Fortaleza, ganharam o "Prêmio Impacto na Comunidade" da Google Science Fair.
Os estudantes concorreram com projetos de 107 países. A escolha do seu tema, Semente Mágica - Transformando água contaminada em água potável, foi motivada pelo desastre ecológico de Mariana (MG), no qual lama de rejeitos de mineração contaminaram 500 quilômetros do rio Doce. Um dos destaques revelados na pesquisa que eles realizaram foi o seu baixo custo: menos de 1 centavo para limpar um litro de água.
Resumo
O projeto Semente Mágica utilizou extratos da semente de Moringa oleífera para despoluir a água. Essa semente tem propriedades coagulantes que facilitam a purificação de diversos materiais orgânicos presentes na água poluída. Ela também reduz a quantidade de microrganismos presentes na solução, tornando a água potável. Pretendemos usar o projeto para levar água potável para comunidades que não têm acesso a ela, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Segundo a ONU, a água poluída mata mais pessoas do que todas as formas de violência, incluindo as guerras. Queremos, portanto, usar uma alternativa simples e barata para resolver esse problema.
A Moringa oleífera é uma alternativa viável e efetiva para o tratamento de água?
Sim. Após realizados todos os testes, pudemos perceber que a semente é uma alternativa viável para o tratamento de água, especialmente para populações de baixa renda que não têm acesso a um tratamento especializado de água, pois a Moringa oleífera tem baixo custo e alta eficiência, sem trazer consigo os riscos dos coagulantes inorgânicos.
Devido ao fato de a semente ser utilizada triturada, uma alternativa eficaz para a distribuição para a população seria em pequenos sachês contendo a concentração ideal para um litro de água. Eles poderiam ser distribuídos para comunidades sem acesso à água tratada ou vítimas de desastres, as quais perderam momentaneamente o acesso a água de qualidade.
N. do E.
A ação da Moringa na limpeza de águas sujas já era do conhecimento de moradores da Região da Ibiapaba (CE), como pude constatar ao entrevistá-los localmente, na época em que eu lidava com o controle da silicose no Estado do Ceará.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

974 - Brasileiro ganha prêmio internacional por estudos sobre amamentação

por Silvano Mendes, RFI CONVIDA (*)
O epidemiologista Cesar Victora, professor emérito da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, foi recompensado com o prêmio canadense Gairdner, uma das honrarias mais respeitadas na área de saúde no mundo.
Victora foi selecionado para o Gairdner por causa de um trabalho sobre a importância da amamentação realizado na década de 1980 nas cidades de Porto Alegre e Pelotas. “O prêmio é concedido muitos anos após a realização da pesquisa porque os organizadores esperam para ver qual o impacto do estudo sobre a saúde global”, explica o professor.
“Nós comprovamos que a criança que é amamentada exclusivamente até os seis meses de vida, sem receber nenhum outro tipo de alimento durante esse período, tem o risco muito menor de morrer devido a uma série de doenças, particularmente a diarreia e as infecções gastrointestinais”, conta o epidemiologista. Os resultados transformaram o Brasil numa referência sobre o tema e, “a partir dos anos 1990, a Unicef e a Organização Mundial de Saúde passaram a recomendar o aleitamento exclusivo no primeiro semestre de vida e isso foi adotado pela maioria dos países do mundo”, celebra o brasileiro.
Crianças amamentadas têm chance de ganhar mais ao se tornarem adultos
As pesquisas de Victora também ajudaram a comprovar que o leite materno estimula o cérebro. “Nós fizemos um estudo, publicado no ano passado, mostrando que as crianças amamentadas têm mais inteligência, mais escolaridade e inclusive uma renda maior aos 30 anos do que crianças dos mesmos grupos sociais, mas que não foram amamentadas”, revela.
O professor espera que o prêmio, que é concedido pela primeira vez a um pesquisador do Brasil, incentive o investimento dos projetos científicos. “A pesquisa da área de saúde teve um grande aporte do Governo Federal nos últimos 15 anos, 20 anos. Mas atualmente, com o país em crise econômica e um governo que está preferindo investir em outras áreas, o financiamento da pesquisa está seriamente comprometido. Eu espero que, mostrando que a pesquisa brasileira é competitiva em nível mundial, nós consigamos sensibilizar as autoridades para que continuem e aumentem os investimentos na pesquisa científica”, conclui o epidemiologista.
(*) Grato a Queile Cabral Soares, do Twitter, por haver direcionado nossa atenção para o assunto.
A Fundação Gairdner foi criada em 1957 com o objetivo de reconhecer e recompensar a excelência internacional em pesquisa fundamental que gere impacto na saúde humana. Sete prêmios são concedidos a cada ano: cinco Canada Gairdner International Awards para a pesquisa biomédica, um prêmio John Dirks Canada Gairdner Global Health Award, por impacto em questões de saúde global, e um Canada Gairdner Wightman Award, para um líder científico canadense. O prazo para a indicação para o Prêmio Gairdner do Canadá de 2018 é até 1º de outubro de 2017.
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72 - O aleitamento materno
573 - Brasil, referência mundial em doação de leite materno
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

545 - Os vencedores do Nobel de Medicina e Fisiologia em 2013

A Real Academia de Ciências da Suécia anunciou, nesta semana (dia 7), os nomes dos vencedores do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2013.
Foram os americanos James E. Rothman, Randy W. Schekman e o alemão Thomas C. Südhof, por suas descobertas sobre a regulação do transporte de moléculas pelas vesículas, um importante subsistema celular.
Distúrbios neste subsistema podem causar doenças neurológicas, distúrbios imunológicas e diabetes.
Lista dos ganhadores do Prêmio nos anos anteriores
2012: John B. Gurdon (Inglaterra) e Shinya Yamanaka (Japão)
2011: Bruce A. Beutler (Estados Unidos), Jules A. Hoffmann (Luxemburgo) e Ralph M. Steinman (Canadá)
2010: Robert Edwards (Grã-Bretanha)
2009: Elizabeth Blackburn (Austrália-Estados Unidos), Carol Greider e Jack Szostak (Estados Unidos)
2008: Harald zur Hausen (Alemanha), Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier (França)
2007: Mario Capecchi (Estados Unidos), Oliver Smithies (Estados Unidos) e Martin Evans (Grã-Bretanha)
2006: Andrew Z. Fire (Estados Unidos) e Craig C. Mello (Estados Unidos)
2005: Barry J. Marshall (Austrália) e J. Robin Warren (Austrália)
2004: Richard Axel (Estados Unidos) e Linda B. Buck (Estados Unidos)
2003: Paul C. Lauterbur (Estados Unidos) e Peter Mansfield (Grã-Bretanha)
2002: Sydney Brenner (Grã-Bretanha), John E. Sulston (Grã-Bretanha) e Robert Horvitz (Estados Unidos)
2001: Leland H. Hartwell (Estados Unidos), R. Timothy Hunt (Grã-Bretanha) e Paul M. Nurse (Grã-Bretanha).

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

315 - A nicotina vicia?


Para James Johnston, da R.J. Reynolds, Joseph Taddeo, da U.S. Tobacco, Andrew Tisch, da Lorillard, William Campbell, da Philip Morris, Edward A. Horrigan, do Liggett Group, Donald S. Johnston, da American Tobacco Company, Thomas E. Sandefur Jr., presidente da Brown and Williamson Tobacco Company, a nicotina não vicia.
Atestaram assim perante o Congresso dos EUA e, por suas inabaláveis convicções, tornaram-se os ganhadores do Prêmio IgNobel de Medicina de 1996.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

252 - Prêmio para algoritmo

Heritage Provider Network, uma empresa sediada na Califórnia e voltada para a prestação de serviços de saúde, anuncia um prêmio de três milhões de dólares para o criador de um algoritmo que avalie as chances de uma pessoa estar doente nos próximos anos.
Nas palavras da Heritage, o prêmio irá para o desenvolvedor de um algoritmo inovador que, utilizando os dados conhecidos dos pacientes (questionários e prontuários médicos), possa prever e evitar as internações desnecessárias.
Os gastos com saúde são imensos no mundo todo. Segundo a empresa, 71 milhões de pessoas por ano são hospitalizadas nos EUA, com as internações desnecessárias respondendo anualmente por cerca de 30 bilhões de dólares em prejuízos no país.
O lançamento do concurso acontece oficialmente hoje (4 de abril). E os participantes da competição receberão da empresa prêmios intermediários de vários milhares de dólares. Mas ainda não está claro se o algoritmo vencedor vai ser patenteado ou disponibilizado para a comunidade científica pela Heritage.