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quinta-feira, 11 de março de 2021

1193 - Sundowning: a confusão do fim do dia

O termo sundowning ("pôr do sol") aqui se refere a um estado de confusão que ocorre no final da tarde e se estende pela noite. O sundowning pode causar uma variedade de comportamentos, como confusão, ansiedade, agressão ou ignorar instruções. O sundowning também pode levar a um ritmo lento ou errante.
O sundowning não é uma doença, mas um grupo de sintomas que ocorrem em um horário específico do dia e que podem afetar pessoas com demência, como a doença de Alzheimer. 
A causa exata desse comportamento é desconhecida.

Os fatores que podem agravar a confusão no final do dia incluem:
  • Fadiga
  • Iluminação baixa
  • Sombras aumentadas
  • Perturbação do "relógio interno" do corpo
  • Dificuldade em separar a realidade dos sonhos
  • Presença de infecção, como infecção do trato urinário
Dicas para reduzir o sundowning:
  1. Tente manter uma rotina previsível de hora de dormir, acordar, refeições e atividades.
  2. Planeje atividades e exposição à luz durante o dia para estimular a sonolência noturna.
  3. Limite a soneca durante o dia.
  4. Limite a cafeína e o açúcar às primeiras horas da manhã.
  5. Mantenha uma luz noturna acesa para reduzir a agitação que ocorre quando os arredores são escuros ou desconhecidos.
  6. À noite, tente reduzir o ruído de fundo e atividades estimulantes, incluindo assistir TV, que às vezes pode ser perturbador.
  7. Em um ambiente estranho ou desconhecido, traga itens familiares - como fotografias - para criar um ambiente mais familiar e descontraído.
  8. Toque uma música suave familiar à noite ou sons relaxantes da natureza, como o som das ondas.
  9. Converse com o médico do seu ente querido se você suspeitar que uma condição subjacente, como uma infecção do trato urinário ou apnéia do sono, pode estar piorando o comportamento ao pôr do sol, especialmente se o pôr do sol se desenvolve rapidamente.
Algumas pesquisas sugerem que uma dose baixa de melatonina - um hormônio natural que induz a sonolência - sozinha ou em combinação com a exposição à luz forte durante o dia pode ajudar a aliviar o sundowning.
Fonte: Sundowning: Late-day confusion. Resposta de Jonathan Graff-Radford, MD, MAYO CLINIC
Sundowning em uma  portadora de metástase de melanoma cerebral. Caso descrito por um leigo: Mike, em sua coluna Friday Firesmith, no BITS AND PIECES

quinta-feira, 9 de maio de 2019

1096 - O peixe que não desce redondo

"A Jackass and a Fish: A Case of Life-Threatening Intentional Ingestion of a Live Pet Catfish (Corydoras aeneus),” Linda B.L. Benoist, Ben van der Hoven, Annemarie C. de Vries, Bas Pullens, Erwin J.O. Kompanje, and Cornelis W. Moeliker, Acta Oto-Laryngologica Case Reports, vol. 4, no. 1, 2019.
https://doi.org/10.1080/23772484.2018.1555436
Os autores explicam:
Inspirados por "Jackass" (um programa de TV sobre cenas de auto-agressão), alguns amigos completaram uma festa com a ingestão de peixes vivos de um aquário. Depois que os peixes dourados desceram suavemente, um bagre Corydoras aeneus foi ingerido. Desconhecendo a morfologia e o comportamento antipredador dessa espécie, um homem saudável, mas alcoolizado, de 28 anos, teve uma surpresa. O bagre abriu e travou as espinhas de suas nadadeiras peitorais, alojando-se em sua hipofaringe. Após várias horas, ele se apresentou no pronto-socorro com disfonia e disfagia. O peixe teve que ser removido por endoscopia. A intubação e a internação na unidade de terapia intensiva foram necessárias devido ao edema laríngeo. Duas semanas após a intervenção, o paciente fez uma recuperação completa e doou o peixe para o Museu de História Natural de Roterdã. A publicidade gerada pela exibição pública do peixe não engolido enfatizou o aviso oficial do "Jackass": "não tente fazer nenhuma das cenas de ação que você está prestes a ver".
O estudo incluiu fotos e vídeos feitos no hospital . (O relatório publicado não inclui, infelizmente, algo mencionado explicitamente: um "vídeo caseiro de dois minutos" do homem engolindo o peixe, acompanhado de encorajamento dos amigos).
Entre as fontes de conhecimento citadas neste artigo, destaca-se: Cleese J, Crichton C. Um peixe chamado Wanda. Beverly Hills (CA): Produção da Metro-Goldwyn-Mayer; 1988.
"A Jackass and a Fish"—Doctors save the life of a Fish-Called-Wanda imitator, Improbable Research

quinta-feira, 26 de julho de 2018

1055 - Cigarros dissuasivos: o próximo passo

Vários países aprovaram leis que exigem que os fabricantes de cigarros mostrem imagens chocantes em suas embalagens.
https://www.improbable.com/2018/04/27/unsettling-cigarettes-study/
Para levar as coisas um passo adiante, por que não tornar os cigarros mais desagradáveis?
Esta foi a questão abordada por uma equipe de pesquisa conjunta da Austrália e Nova Zelândia, em 2015. Destarte, um conjunto de modelos de cigarros potencialmente desagradáveis ​​foi testado experimentalmente, dos quais o mais eficaz foi o seguinte:
O cigarro com o gráfico minutos de vida perdidos foi marcadamente o menos atraente para os consumidores e, por conseguinte, menos escolhido do que todos os outros testados.
Veja: "Dissuasive cigarette sticks: the next step in standardised (‘plain’) packaging?" (Cigarros dissuasivos: o próximo passo na embalagem padronizada), in Tobacco Control , volume 25, edição 6.
http://tobaccocontrol.bmj.com/content/25/6/699
E: Notícias de um novo estudo da The Lancet: "cada unidade [de álcool] acima das diretrizes está levando, em média, cerca de 15 minutos de vida, quase o mesmo que um cigarro".
https://www.theguardian.com/science/2018/apr/12/one-extra-glass-of-wine-will-shorten-your-life-by-30-minutes

sexta-feira, 6 de maio de 2016

856 - O gás de buzina




São dois gases derivados do petróleo - o butano e o propano - misturados na proporção de 70 para 30 por cento, respectivamente. Assim é que o frasco padrão, com 300 ml de gás de buzina, contém 210 ml de butano e 90 ml de propano.
Pressionando-se a válvula do frasco, os gases são liberados e fazem soar uma corneta que integra o conjunto.
É esse barulho estridente da corneta que popularizou o gás de buzina em bailes de formatura, eventos esportivos, manifestações políticas e festas de condomínio.
Quando inalado, o gás de buzina provoca alucinações e euforia pelo comprometimento da oxigenação cerebral, o que leva muitos jovens desavisados a usá-lo exatamente em busca desses efeitos. E, como essas sensações são fugazes (pois duram apenas cerca de 10 segundos), os usuários tendem a consumir o gás repetidamente.
Mas o gás, que sai do frasco a uma temperatura de - 20º C, também causa lesões pulmonares e cardíacas, por vezes fulminantes. No Brasil, já há registro de vários casos de morte pelo gás de buzina.
Além disso, o consumo crônico do gás causa danos cerebrais com consequências conhecidas como a diminuição da memória e da capacidade de aprendizado.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

322 - Animais que se drogam

holykaw.alltop.com
A embriaguez toma conta do reino animal. De fato, alguns animais podem ter encaminhado os seres humanos ao consumo de uma série de substâncias como a cafeína, o  álcool, a cocaína e aquelas presentes em cogumelos alucinógenos.
As lhamas do Peru, por exemplo, podem ter iniciado povos nativos da América do Sul no consumo de folhas de coca há 7 mil anos atrás.
Antropólogos acreditam também que seres humanos, no continente sul-americano, podem ter aprendido o uso do cipó Banisteriopsis caapi, uma das plantas utilizadas no preparo da ayahuasca, observando os seus efeitos no comportamento das onças pintadas.
Até mesmo a lenda das renas voadoras de Papai Noel pode ter suas raízes em experiências psicodélicas. Sabe-se que elas, após comerem o cogumelo amanita (Amanita muscaria), ficam se contorcendo e fazendo barulhos estranhos. O cogumelo é aquele que contém o muscimol, uma substância alucinógena que as renas eliminam pela urina. Então, um xamã que a tenha ingerido... PGCS

Essas e outras histórias estão em Discovery News.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

121 - Conversa ao pé do ouvido

Precisando de algo? Fale em minha orelha direita


Nós, seres humanos, preferimos ser abordados por nossa orelha direita. Solicitados, através dela, para que realizemos uma determinada tarefa, também somos mais propensos a executá-la (do que se houvéssemos recebido a mesma solicitação através da orelha esquerda).
Numa série de três estudos, a respeito da orelha de preferência na comunicação entre os seres humanos, Luca Tommasi e Daniele Marzoli, da Universidade "Gabriele d'Annunzio", em Chieti, Itália, demonstraram a presença desse viés natural, em decorrência da assimetria existente nos hemisférios cerebrais, e que tem implicações no comportamento humano.
Explicada essa diferença pela dominância do hemisfério cerebral esquerdo (o qual recebe os estímulos do ouvido direito) no processamento das informações verbais.

Publicado em EntreMentes