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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

1233 - Sem tempo para morrer: Uma análise profunda da exposição de James Bond a agentes infeciosos

No time to die: An in-depth analysis of James Bond's exposure to infectious agents
doi.org/10.1016/j.tmaid.2021.102175
Considere onde James Bond, agente 007, esteve. Sua ocupação como agente secreto do MI6 o leva a locais exóticos em todo o mundo, muitas vezes em um piscar de olhos. Nós, plebeus, sabemos que as viagens internacionais exigem um planejamento extenso, muitas vezes incluindo exames de saúde e vacinas para obter vistos e dicas para evitar doenças. Bond não tem tempo para nada disso.
Artigo científico na revista Travel Medicine and Infectious Disease analisa em profundidade os perigos que Bond enfrenta ao viajar pelo mundo, matar pessoas e levar mulheres para a cama. As evidências são recolhidas a partir de 25 filmes produzidos pela Eon de 1962 a 2021, nos quais Bond vai a 47 países identificáveis em 86 viagens. Eles consideram segurança alimentar, saúde sexual, doenças transmitidas pelo ar, doenças transmitidas por artrópodes e doenças tropicais. De sua introdução:
Descobrimos uma atividade sexual acima da média, muitas vezes sem tempo suficiente para um diálogo na história sexual, com uma mortalidade notavelmente alta entre os parceiros sexuais de Bond (27,1; intervalo de confiança de 95% 16,4–40,3). Dado o quão inoportuno um ataque de diarreia seria no meio de uma ação para salvar o mundo, é impressionante que Bond seja visto lavando as mãos apenas em duas ocasiões, apesar das inúmeras exposições a patógenos de origem alimentar. Nossa hipótese é que sua coragem imprudente, às vezes provocando propositadamente situações de risco de vida, pode até ser uma consequência da toxoplasmose (*). A abordagem de Bond em relação às doenças transmitidas por vetores e às doenças tropicais negligenciadas é errática, às vezes seguindo os conselhos de viagem ao pé da letra, mas, na maioria das vezes, permanecendo do lado da completa ignorância. Dado o tempo limitado que Bond recebe para se preparar para as missões, pedimos urgentemente ao seu empregador MI6 que leve a sério a sua responsabilidade. Vive-se apenas uma vez.
(*) Em camundongos, a toxoplasmose foi associada à perda de medo de gatos [20]; uma manipulação inteligente pelo parasita para aumentar a probabilidade de transmissão por ingestão . Embora especulativa, a toxoplasmose pode explicar a coragem muitas vezes temerária de Bond em face do perigo que ameaça a vida.

Os três autores do artigo "perderam suas horas noturnas examinando os filmes", que totalizaram 3113 minutos por autor. Você pode ler o artigo completo em ScienceDirect.
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quarta-feira, 18 de junho de 2014

628 - O homem do fígado de ouro

James Bond estava realmente bêbado o tempo todo
Três conceituados médicos do Reino Unido assumiram a nobre tarefa de catalogar todas as ingestões alcoólicas de James Bond nos 14 romances de Ian Fleming, dando uma base científica para o que todos nós já sabíamos: Bond é um bêbado incorrigível.
Os resultados dos levantamentos feitos, publicados em uma "edição festiva" do British Medical Journal (347/bmj.f7255), mostraram que o seu consumo médio foi de 97 unidades por semana. Quanto ao consumo máximo diário, foi de 49,8 unidades, no terceiro dia de "From Russia With Love".
Também pudera
Os copiosos consumos alcoólicos de Bond diminuíam sensivelmente em suas hospitalizações e passagens por prisões distantes, quando ele se contentava com cinco martinis por dia.
N. do E.
Você entregaria a esse homem a missão de desarmar uma bomba nuclear?

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

331 - A morte na lava

Erik Klemetti analisa, em seu blog "Eruptions", o que acontece — de fato, ao contrário do que é mostrado em muitos filmes — quando alguém cai na lava derretida de um vulcão:
"Todos estão errados sobre a forma como as pessoas morrem quando caem na lava."
A morte de Gollum, no final de "O Retorno do Rei", é um exemplo desse equívoco generalizado. Gollum, se você se lembra, saltou na lava da Montanha da Perdição (onde seu precioso anel foi jogado), afundando-se nela (veja imagem abaixo), enquanto o anel ficou a flutuar sobre a lava até ser derretido.


Ora, afundar na lava não acontece se você é humano (ou remotamente humano). Você precisaria ser um Exterminador do Futuro (Terminator) para afundar em rocha derretida, e aqui está o porquê:
A lava derretida não é como a água. Esta tem uma densidade de 1.000 kg/m3, enquanto aquela tem uma densidade de 3.100 kg/m3.
Você acha que se jogando em lava teria o mesmo efeito de cair em um lago? Não. O ser humano apresenta em média uma densidade de 1.010 kg/m3, sendo apenas um pouco mais denso do que a água. É por isso que ele, às vezes, pode flutuar na água e, às vezes, não. Você pode controlar a sua flutuação, até certo ponto, pela quantidade de ar nos pulmões ou escolhendo nadar em água salgada (que tem uma densidade de 1.027 kg/m3), onde mais facilmente flutuará.
Agora, apresentando menos de um terço da densidade do basalto, vai ser impossível afundar nele.

The Right (and Wrong) Way to Die When You Fall Into Lava, Eruptions


Comentários
Faz sentido!
Agora sei que os italianos de Pompeia não afundaram na lava, morreram de queimaduras de 3º grau: ou eram lerdos ou muito dorminhocos, ou ambos.
Ou não eram italianos, estes, espertos por demais...
Grande abraço.
Winston Graça
For what I have seen in volcanos in Hawaii, Alaska and in other "paragens", this is a clear reason to make sure that you stay away from the edge of the crater. I once got "pelted" by small hot lava rocks in Mount Etna. Besides Gollum needed to die anyway.
Regards.
Hugo Lopes

27/08/2012 - Atualizando... 
Experimentos con lava
Si se puede crear lava en un laboratorio… ¿Por qué no hacerlo y ver cómo se comporta? Consistencia, viscosidad, porosidad, duración del flujo, volumen, estructura, cambios de temperatura… Un sinfín de parámetros que explorar. Lo hicieron en la Universidad de Siracusa.
Debe ser complicado conseguir los 1.371℃ de temperatura iniciales; la temperatura ambiente el día de la prueba eran 11 bajo cero.
Publicado por Alvy # 26/Ago/2012 - Microsiervos