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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

1062 - Os cartões McBee no Hospital de Messejana

Os cartões perfurados McBee eram um sistema de classificação de dados desenvolvido antes dos computadores. Inventado em 1896, eles estiveram em uso comum até a década de 1980. Esses cartões tinham orifícios perfurados em intervalos regulares ao redor das bordas, e você podia também anotar mais informações no meio do cartão. Cada buraco correspondia a uma categoria de dados predeterminada pelo usuário. Para indicar que o cartão pertencia a uma categoria específica, você estendia o buraco correspondente até a borda do cartão por meio de um entalhe.
Depois de alinhar todos os cartões, você inseria um longo estilete no buraco que representava a categoria desejada. Ao ser levantado o conjunto dos cartões, aqueles que não pertenciam à categoria ficavam suspensos no estilete, enquanto os cartões que pertenciam à categoria, como tinham o entalhe naquele ponto, destacavam-se do estilete e eram recuperados. O estreitamento adicional dos resultados poderia ser realizado usando o estilete em orifícios que representavam outras categorias.
Este conjunto de cartões perfurados foi usado no Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas pelos Drs. Joseph Bell, Robert Huebner, Robert Chanock e Albert Kapikian para armazenar, analisar e agrupar dados. Eles realizaram muitos estudos epidemiológicos em hospitais, orfanatos e prisões sobre vírus como gripe e hepatite, no final dos anos 50 e início dos anos 60.
MEMÓRIA
Ao assumir a chefia da Seção de Documentação Estatística (equivalente a um Serviço de Arquivo Médico e Estatística) do Hospital de Messejana, tomei conhecimento da existência desses cartões perfurados McBee. Impressos na cor amarela, eram adaptados às peculiaridades de um sanatório para o diagnóstico e o tratamento da tuberculose. E havia, na Seção, uma tesoura especial que uma funcionária manuseava para picotar as fichas, além do já citado estilete, é claro.
Com a transformação do sanatório em um hospital dedicado à cardiologia e à pneumologia, bem como às cirurgias que são realizadas nestas especialidades, as fichas de McBee se tornaram obsoletas. E tivemos de implantar um novo sistema em que dispúnhamos de quatro modelos de fichas para o armazenamento de dados (Diagnóstico, Cirurgia, Médico Assistente e Óbito).
Adiante, no fim da década de 1980, a começar pela Seção de Documentação Científica, o armazenamento de dados no Hospital de Messejana entrou na era digital. Contando com a colaboração de um dedicado funcionário da própria Seção, o Sr. Haroldo de Catro Araújo, diversos programas de informática foram criados para armazenar e processar os dados de interesse da administração e do corpo clínico do Hospital. ~ Paulo Gurgel

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

1011 - Transplantes de pulmão no Hospital de Messejana - até agora

Em junho de 2011, a equipe do cirurgião torácico Dr. Antero Gomes Neto realizou, no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, o primeiro transplante de pulmão do Ceará. Foi também o primeiro transplante deste órgão no Norte e Nordeste do Brasil.
Desde então, 40 pacientes receberam 41 transplantes  pulmonares (houve dois transplantes em um dos pacientes) no Estado do Ceará.
Em 2016, foram realizados 92 transplantes no Brasil. São Paulo ocupou o 1º lugar no ranking, com 51, e Rio Grande do Sul, o 2º lugar. com 35. Com a média anual de 6 transplantes de pulmão, o Ceará (leia-se: Hospital de Messejana) é o terceiro Estado que mais realiza transplantes de pulmão no País.
O perfil dos pacientes transplantados é representado principalmente por portadores de fibrose pulmonar difusa, DPOC, bronquiectasia e hipertensão arterial pulmonar.
Atualmente, três pneumopatas estão na relação dos pacientes que aguardam transplantes no Hospital de Messejana.
Eu (Paulo) e Antero. AS Dione Barros fotografou.
Antero Gomes Neto, MD. Cirurgião Torácico.
Chefe do Serviço de Cirurgia Torácica e Coordenador do Programa de Transplante de Pulmão do Hospital de Messejana (HM), Fortaleza-Ce, Brasil.
Professor de Cirurgia da Faculdade de Medicina - UFC.
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Correspondência
Prezado amigo Paulo, bom dia!
Foi um prazer reencontrá-lo naquele agradável fim de tarde em que foi celebrada a homenagem dos 100 anos do Dr Carlos Alberto Studart Gomes.
Revimos amigos e fiquei muito impressionado com o discurso do Dr Gilmário Mourão Teixeira, patrimônio vivo da tisiopneumologia cearense.
Forte abraço.

terça-feira, 12 de abril de 2016

848 - Hospital de Messejana capacita profissionais em transplante de coração

Fonte; Agência Brasil
O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, em Fortaleza, está capacitando 60 profissionais da saúde de cinco estados como forma de ajudar na criação e no aperfeiçoamento de serviços de transplantes cardíacos pelo Brasil.
Considerado referência no Norte e no Nordeste e uma das três maiores instituições do Brasil em número de transplantes, o Hospital de Messejana, da rede pública do Estado do Ceará, recebe mensalmente médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais vindos de hospitais do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Maranhão e Bahia para aulas teóricas e práticas.
Esta semana, eles estiveram em Fortaleza para a terceira atividade presencial da capacitação, que tem duração total de dois anos. O Centro de Tutoria em Doação de Órgãos e Transplante Cardíaco do Hospital de Messejana, responsável pela capacitação, surgiu a partir de uma portaria do Ministério da Saúde, de 2012, que estimulava unidades de saúde do Brasil a participar da formação de novas equipes de transplantes em hospitais do do país.
(Ler mais.)
Desde 1998, o Hospital de Messejana já fez 340 transplantes de coração em adultos e crianças. Atualmente, a média destas cirurgias é 20 por ano. A unidade também faz transplantes de pulmão.
No Acta:
63 - Captação de órgãos e tecidos para transplantes
269 - O 1º transplante do pulmão do Norte e Nordeste
335 - Transplantes de pulmão no Hospital de Messejana
493 - HM 80 anos
825 - SUS é a maior obra da história do Brasil

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

335 - Transplantes de pulmão no Hospital de Messejana

Pacientes com doenças respiratórias graves, dependentes de oxigenoterapia contínua e com curta expectativa de vida encontram no transplante pulmonar a solução para uma vida normal. No Ceará, a esperança de um deles ser transplantado de pulmão era, até há pouco tempo, quase inexistente, pois ele precisaria se deslocar a São Paulo, Rio Grande do Sul ou Minas Gerais, os estados em que já se realizava esse tipo de transplante.
Assim, muitos pacientes das regiões Norte e Nordeste do país, com esse perfil, não tinham a chance de receber um novo pulmão. Mas essa situação passou a ser aqui revertida, quando o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes iniciou, em junho do ano passado, o seu Programa de Transplante de Pulmão, coordenado pelo cirurgião torácico Antero Gomes Neto.
O trabalho da equipe já soma várias vitórias. Foram quatro transplantes bem sucedidos que devolveram uma nova qualidade de vida aos pacientes beneficiados pela intervenção. “Temos muito que comemorar já que esse tipo de transplante é um dos mais delicados, por conta do alto índice de complicações e de sua mortalidade”, disse Antero. O cirurgião explicou, ainda, que outro problema é a dificuldade em preservar o órgão, o qual, após a morte encefálica, tem um baixo índice de aproveitamento decorrente de sua exposição ao meio externo. É o que o torna suscetível a infecções e outros problemas que causam danos ao órgão, inviabilizando-o para o transplante.
Segundo o coordenador do serviço, os bons resultados conquistados pela equipe do Hospital de Messejana devem-se a alguns fatores, entre eles, a qualidade, a competência e a dedicação da equipe multidisciplinar que cuida dos transplantes e ao Hospital que oferece as condições materiais necessárias para o sucesso deste procedimento de alta complexidade.
Atualmente, oito pessoas estão sendo avaliadas para entrar na lista de espera pelo transplante. Entre eles, pacientes dos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Piauí. Para o ano de 2012, Antero Gomes Neto revelou que a equipe continuará trabalhando com a mesma dedicação e empenho, no sentido de fortalecer e consolidar o Programa de Transplante de Pulmão do Hospital de Messejana.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

269 - O 1° transplante de pulmão do Norte e Nordeste

O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes médicas autorizados a realizar transplantes, o Sistema Nacional de Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes.
Para ser um doador, não é necessário fazer nenhum documento por escrito. Basta que a sua família esteja ciente da sua vontade. Assim, quando for constatada a morte encefálica do paciente, uma ou mais partes do corpo que estiverem em condições de serem aproveitadas poderão ajudar a salvar as vidas de outras pessoas. Lembre-se que alguns órgãos podem ser doados em vida. São eles: parte do fígado, um dos rins e parte da medula óssea.
O 1° transplante de pulmão do Norte e Nordeste
O primeiro transplante de pulmão das regiões Nordeste e Nordeste do Brasil foi realizado na madrugada desta terça-feira (14), no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, unidade da Secretaria da Saúde do Estado especializada no diagnóstico e tratamento de doenças pulmonares e cardíacas. O paciente, de 43 anos, portador de enfisema pulmonar em fase avançada, era procedente do município de Sobral, e recebeu um novo pulmão esquerdo. Este pulmão era o mais comprometido pela enfermidade e, para sobreviver, o paciente dependia de oxigenoterapia contínua há dois anos.
Coordenou a equipe que realizou - com sucesso - esse transplante de pulmão o Dr. Antero Gomes Neto (foto), cirurgião de tórax do Hospital de Messejana.
Agora, o Ceará se soma aos três Estados que fazem transplante de pulmão no Brasil – São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Jornalista Stella Magalhães

Vídeo do pronunciamento do Deputado João Ananias (PCdoB - CE) na Câmara Federal, dando divulgação a esse feito histórico da medicina cearense.

domingo, 1 de maio de 2011

257 - SEMANA. Viva Sem Asma

A Sociedade Cearense de Pneumologia e Tisiologia (SCPT), o Programa de Controle da Asma (PROCAM) do Hospital de Messejana (HM) e a Liga do Pulmão da UFC convidam a todos para participarem da "Semana Viva Sem Asma", a ser realizada em Fortaleza (HM e Praça José de Alencar), no período de 2 a 7 de maio.
Constam da programação: telepalestras, seminário, teatro, sabatina e concurso de "bombinhas".
No encerramento da semana, Juca Cajuzinho (na figura ao lado, com a sua "bombinha"), o boneco gigante que simboliza o evento,  fará a animação geral.

Uma explicação
As "bombinhas" são dispositivos seguros e indispensáveis para o controle e o tratamento da asma.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

241 - Controle do tabagismo no HM

Informativo sobre o resultados do Programa de Controle do Tabagismo do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes em 2010
O Programa de Controle do Tabagismo do Hospital de Messejana (PCTHMCASG) funciona com atendimento ambulatorial para cessação tabágica desde outubro de 2002. A taxa de abstinência anual variava em torno de 47 a 52%, porém no ano de 2010, esta taxa se elevou para 58%, fato que causou muita satisfação para a equipe de profissionais deste programa e certamente representou melhora no estado de saúde dos pacientes.
Resultados de 2010
Foram atendidos 342 pacientes, sendo 228 (67%) do sexo feminino; com taxa de abstinência anual de 58%; insucesso: 11%; recaída: 5%; e abandono: 26% (alguns provocados por recaída). Este resultado foi atribuído ao acompanhamento com abordagem comportamental prolongado visando a manutenção da abstinência e evitar recaída, sendo realizadas 5 sessões semanais (módulo da abstinência) e 11 sessões quinzenais ( módulo de manutenção da abstinência) completando seis meses de encontros, em que a abstinência é comprovada pelas medidas  de CO exalada, seguidas de telefonemas mensais até completar 12 meses de cessação comprovada, o período da alta. Além deste fato, realizamos terapia com associação de medicamentos e, a partir de 2009, adquirimos vareniclina. A medicação é distribuída de forma gratuita.

Divulgado por Dra. Penha Uchoa
Coordenadora do PCTHMCASG