quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

1401 - Problemas associados às emissões de gás carbônico

Vítor M. - PPLWARE

Hoje sabe-se, e está documentado, que as emissões de dióxido de carbono (CO₂) representam um dos principais desafios ambientais da atualidade devido a seus efeitos adversos no clima, na saúde humana e nos ecossistemas.

E existem vários problemas associados. Entre eles:

1. Alterações Climáticas
– Efeito estufa: O CO₂ é um gás com capacidade de reter calor na atmosfera. O aumento das emissões intensifica o efeito estufa, aquecendo o planeta.
– Aquecimento global: O aumento das temperaturas médias globais resulta em fenômenos climáticos extremos, como ondas de calor, inundações e secas. – Derretimento das calotas polares e aumento do nível do mar: O aquecimento provoca o degelo dos polos e glaciares, levando à subida do nível do mar e ameaçando comunidades costeiras.

2. Impactos nos Ecossistemas
– Acidificação dos oceanos: Parte do CO₂ emitido é absorvido pelos oceanos, onde forma ácido carbônico. Isso reduz o pH da água, prejudicando organismos marinhos como corais e moluscos.
– Perda de biodiversidade: As mudanças climáticas alteram habitats, forçando espécies a migrarem ou enfrentarem extinção.

3. Impactos na Saúde Humana
– Aumento de doenças respiratórias e cardiovasculares: Embora o CO₂ não seja diretamente tóxico, a sua relação com a queima de combustíveis fósseis aumenta a poluição do ar, contribuindo para problemas de saúde.
– Agravação de fenômenos extremos: Tempestades, ondas de calor e outros eventos climáticos intensificados pelo aquecimento global podem causar danos à saúde humana, falta de alimentos e deslocamentos populacionais.

4. Impactos na Economia e Segurança Alimentar
– Redução da produtividade agrícola: O aumento das temperaturas e as alterações nos padrões de precipitação afetam negativamente a agricultura, levando a crises alimentares.
– Custos econômicos elevados: Os danos causados por desastres climáticos, a necessidade de adaptar infraestruturas e a perda de produtividade têm impactos financeiros significativos.

Isto não é inventado, é real, e a cada ano vemos que o problema está se agravando.

Os plástico são outro enorme problema. Mas não viremos as costas a um para acolher outro. É um erro. E a intervenção humana tem mostrado que consegue alterar o que é chamado de "capacidade de se autorregularção do planeta".

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

1400 - Uma espécie de "compromisso"





O tabu histórico sobre o exame da genitália feminina afetou o desenvolvimento da ginecologia como ciência por muitos séculos consecutivos.
Este desenho de 1822, de autoria de Jacques-Pierre Maygrier, ilustra uma espécie de “compromisso”, durante o qual o ginecologista , sem olhar para a vulva da paciente, tratava o que conseguia apalpar.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

1399 - Redução dos alimentos processados e ultraprocessados na merenda escolar

O governo federal vai reduzir o emprego de alimentos processados e ultraprocessados na merenda das escolas públicas.
O Brasil tem 40 milhões de crianças e adolescentes na educação básica em 150 mil escolas públicas. Segundo a resolução do governo, em 2025, prefeituras e estados poderão gastar no máximo 15% da verba para merenda com a compra de alimentos processados ou ultraprocessados. Antes, o percentual era de 20%. Em 2026, a participação desses itens será de, no máximo, 10% da alimentação servida nas escolas públicas.
A comida processada é fabricada a partir de comida in natura com adição de sal, açúcar ou alguma outra substância de uso culinário - como os legumes na salmoura, o extrato de tomate, a carne seca e os peixes enlatados.
Já os ultraprocessados precisam de mais etapas e mais ingredientes - além de sal, açúcar e gorduras. São, por exemplo: achocolatado, biscoitos, barras de cereal, macarrão instantâneo, salgadinhos e refrigerantes.
Em 2024, o governo repassou R$ 5,5 bilhões a estados e municípios para a merenda escolar. Pelo menos 30% do total tinham que ser direcionado para a compra de alimentos da agricultura familiar.
A mudança na merenda servida em cantinas vai ajudar a melhorar o cardápio e enfrentar uma situação preocupante: de acordo com o Ministério da Saúde, a cada sete crianças brasileiras, uma está com excesso de peso ou obesidade.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

1398 - Símbolos para venenos e resíduos nucleares

Alguns de vocês podem estar familiarizados com uma figura chamada Sr. Yuk, dependendo da sua idade e de onde você cresceu, mas para o resto de vocês: Sr. Yuk é um adesivo circular verde neon com um rosto de desenho animado. Seu rosto está enrugado, com os olhos bem apertados e a língua para fora da boca. É a cara que você faz quando prova algo nojento. Ele é a personificação pictórica do sentimento de nojo.
Apropriadamente: ele foi projetado para ser o símbolo de substâncias perigosas, visando dissuadir as crianças de ingeri-las. A ideia era que se você visse um adesivo de Mr. Yuk em algo pela casa, significava que esse algo era veneno. Os pais pegavam folhas desses e os colavam em limpadores de ralos, caixas de alvejante e basicamente qualquer outra coisa que as crianças pudessem colocar as mãos.
O Sr. Yuk foi criado em 1971 por um médico chamado Doutor Richard Moriarty. Ele era pediatra e fundador do Centro de Envenenamentos de Pittsburgh. E como chefe do Centro de Envenenamentos, ele naturalmente queria evitar que as crianças ingerissem substâncias potencialmente perigosas... mas ele também queria ensinar aos pais que quando seus filhos ainda assim fossem em frente e ingerissem algo de qualquer maneira, eles deveriam ligar para o controle de envenenamentos primeiro. Essa ligação pode economizar tempo, dinheiro e muito estresse.
Onde ler mais:
http://99percentinvisible.org/episode/mr-yuk/

Simbologia para depósitos de resíduos nucleares, por Paulo Gurgel

Um relatório de 351 páginas a respeito do sistema, o SANDIA REPORT, já foi produzido, na década de 1990, por uma equipe de peritos. No meio da simbologia proposta pelo relatório, destaco alguns dos símbolos que são sugeridos para a utilização nas placas de advertência:

1 - A figura humana que o artista norueguês Edvard Munch imortalizou em seu quadro de 1893, "The Scream" (O Grito).

2 - O símbolo icônico Mr. Yuk (Sr. Yuk) criado por Richard Moriarty, que é usado para educar crianças e adultos, nos Estados Unidos da América e internacionalmente, quanto ao problema das intoxicações e envenenamentos. Infelizmente, este símbolo é protegido por direitos autorais. Mas até existe uma musiquinha-tema sobre ele (em vídeo, no YouTube).
Mr. Yuk is mean / Mr. Yuk is green / When you see him /Stop and think / Do not smell / Do not drink / Mr. Yuk is mean / Mr. Yuk is green. (trecho)
http://youtu.be/EqHxKVUG8cU?si=EPVipK4w_rYmPDLZ

3 - O símbolo perfeito que foi proposto por Carl Sagan:
"Queremos um símbolo que será compreensível não só para os membros mais instruídos da população, mas para qualquer pessoa que possa vir ao depósito. Existe o tal símbolo. É testado e verdadeiro. Ele tem sido usado transculturalmente, há milhares de anos, com o significado inconfundível. É o símbolo usado nas vergas das habitações dos canibais, nas bandeiras dos piratas, como insígnia das divisões da SS e das gangues de motociclistas e nos rótulos das garrafas de venenos - o crânio com ossos cruzados. A anatomia do esqueleto humano, podemos estar razoavelmente certos, não vai mudar que o símbolo fique irreconhecível nas próximas dezenas de milhares de anos."
https://blogdopg.blogspot.com/2014/06/simbologia-para-depositos-de-residuos.html

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

1397 - Vírus Sincicial Respiratório

O vírus sincicial respiratório (VSR) é um ortopneumovírus que pertence à família Pneumoviridae, existindo nos subgrupos A e B. Suas proteínas de ligação (G) e de fusão (F) são essenciais para a infectividade do vírus, sendo a proteína F o principal alvo para vacinas e anticorpos devido à sua alta conservação entre os subgrupos e eficácia na indução de anticorpos neutralizantes.
O VSR impacta significativamente tanto em crianças, causando bronquiolite, quanto em adultos, especialmente idosos e pessoas com comorbidades, podendo levar a infecções graves do trato respiratório inferior, exacerbações de doenças crônicas, hospitalizações e até óbito.
Os resultados de um estudo demonstram que o VSR é uma causa importante de síndrome respiratória grave em indivíduos com 60 anos ou mais. Algumas informações de destaque no estudo são: 5,7 por cento dos casos foram em pessoas com idade de 60 anos ou mais, porém este subgrupo representou 48 por cento de todos os óbitos notificados por SRA-VSR.
Portanto, o estudo destaca a necessidade de aumentar a conscientização sobre a importância do VSR em indivíduos mais velhos, especialmente à medida que as vacinas para prevenção da doença de trato respiratório causada pelo VSR estão se tornando disponíveis.
Informativo GSK por e-mail.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

1396 - Laranja em rodelas para prevenir o escorbuto

A questão de por que os marinheiros utilizavam-se de rodelas de laranja, em vez de laranjas inteiras, para prevenir o escorbuto tem o seu lado prático.
O escorbuto, a temida doença da avitaminose C, que assombrou os marinheiros durante séculos, ceifando muitas vidas no mar, não se conhecia como prevenir ou tratar. Foi somente com o trabalho pioneiro de James Lind, no século XVIII, que as frutas cítricas foram identificadas como eficazes.
Agora, imagine um navio partindo do porto, com os porões repletos de provisões para uma longa viagem. Frutas e vegetais frescos seriam abundantes no início, mas esses produtos perecíveis não foram feitos para durar em longas viagens marítimas. Com o passar dos dias, os produtos frescos estragavam e os marinheiros tinham de confiar no que pudesse ser preservado.
É aqui que entra em jogo a engenhosidade de fatiar as laranjas. Ao fatiar a fruta, os marinheiros poderiam secar ou secar parcialmente as fatias, prolongando sua vida útil em comparação com frutas inteiras que estragariam mais rapidamente. Essas fatias poderiam então ser reidratadas ou chupadas, fornecendo as doses necessárias de vitamina C para prevenir ou curar o escorbuto.
Fonte: Wilcokson Jude, Quora
Arquivo:
32 - Os bebedores de limão
479 - Agnotologia
1043 - Linus Pauling e as vitaminas
1218 - Scott e o escorbuto

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

1395 - Pneus e poluição por microplásticos

A cada ano, bilhões de veículos no mundo todo perdem cerca de 6 milhões de toneladas de fragmentos de pneus. Esses pequenos flocos de plástico, gerados pelo desgaste normal dos pneus, acabam se acumulando no solo, em rios e lagos, e até mesmo em nossos alimentos. Pesquisadores no sul da China encontraram recentemente produtos químicos derivados de pneus na maioria das amostras de urina humana.

Essas partículas de pneu são um contribuinte significativo, mas frequentemente ignorado, para a poluição por microplásticos. Elas são responsáveis por 28% dos microplásticos que entram no ambiente globalmente.

As partículas de pneus tendem a ser feitas de uma mistura complexa de borrachas sintéticas e naturais, junto com centenas de aditivos químicos. Isso significa que as consequências da poluição dos pneus podem ser inesperadas e de longo alcance.

Veículos mais pesados, incluindo carros elétricos (que têm baterias muito pesadas), desgastam seus pneus mais rapidamente e geram mais partículas de microplástico. Com mais de 2 bilhões de pneus produzidos a cada ano, para se adaptarem a carros cada vez mais pesados e numerosos, o problema tende a aumentar.

Extraído de: https://phys.org/news/2024-11-car-quarter-microplastics-environment-urgent.html, PHYS.ORG

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

1394 - Tuberculose - Aspectos históricos, realidade, seu romantismo e transculturação

Boa noite, Paulo!
Feliz 2025!

No apagar das luzes de 2024 eu digitei a monografia que o Rosemberg (foto) escreveu em 1999, intitulada: *TUBERCULOSE - ASPECTOS HISTÓRICOS, REALIDADE, SEU ROMANTISMO E TRANSCULTURAÇÃO* e postei em meu blog *Memórias*. A monografia foi publicada no Jornal de Pneumologia Sanitária e citada pelo dr. Gilmário MourãoTeixeira, no editorial do referido jornal. Também digitei e postei no final da monografia, o editorial do dr. Gilmário que está impecável. Meu trabalho foi hercúleo e prazeroso. Para apreciar o longo texto é preciso ter interesse em conhecer a saga do bacilo de Koch através do tempo, gostar de história, arte, cultura de maneira geral e ter muito fôlego para ler tão extenso texto nesse mundo digital de textos curtos. Enfim, acho que os médicos e, principalmente, os tisiólogos irão apreciar muito. Certamente aproveitei bem os últimos dias do ano findo.
Ana Margarida Rosemberg