Mais de 90 mil casos por ano no Brasil de 12 tipos de câncer têm relação direta com o tabagismo, alerta a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO)
O consumo de tabaco potencializa, em diferentes proporções, o desenvolvimento de câncer de pulmão (90%), cavidade oral (80%), laringe (96%), esôfago (90%), bexiga (70%), pâncreas (30%), fígado (25%), colo uterino (20%), rim (20%), colorretal (20%), estômago (20%) e leucemia mieloide aguda (20%), alerta a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica neste 31 de maio - Dia Mundial sem Tabaco.
O tabagismo segue como um dos principais fatores de risco para o aumento de casos de câncer no mundo. No Brasil, quando considerados todos os tipos de câncer, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 20% dos casos no Brasil estão relacionados ao tabagismo, o que equivale a cerca de 140 mil novos casos anuais. A SBCO, a partir de informações de base de dados do INCA e da FioCruz, projetou que haverá 91.285 novos casos em 2025 no Brasil, diretamente associados com o tabagismo, para doze tipos de câncer. O levantamento é um alerta alusivo ao 31 de maio – Dia Mundial sem Tabaco.
Embora o câncer de pulmão seja o mais associado ao fumo - 90% dos casos têm o tabagismo como etiologia (causa) - os estudos epidemiológicos evidenciam que o tabagismo também é causa determinante para outros cânceres. "Vale a ressalva de que o tabagismo, assim como outros fatores de risco, não são uma causa isolada. Em câncer de cavidade oral e de esôfago, por exemplo, o risco é potencializado quando o fumo é acompanhado do consumo de bebidas alcoólicas", alerta o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).
O Dia Mundial sem Tabaco é uma iniciativa para conscientizar a população mundial sobre os riscos inerentes ao hábito de consumir cigarro e seus derivados. De acordo com dados da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS), o tabagismo é causador da morte de 1,8 milhão de pessoas por ano.
O presidente da SBCO observa que os números são preocupantes e reforça a importância de se intensificar as medidas antitabagistas no país. "Esses números evidenciam o impacto direto do tabagismo na incidência de câncer no Brasil. Só considerando esses doze tipos de tumor, mais de 90 mil casos por ano estão diretamente ligados ao uso do tabaco — o que significa milhares de diagnósticos que poderiam ser evitados se o cigarro e outros dispositivos de fumo não existissem. O tabagismo não apenas aumenta o risco de diversos tipos de câncer, mas também agrava o prognóstico em quem já está doente", destaca Pinheiro.
Rodrigo Pinheiro alerta sobre o perigo não só do cigarro, como também de outros dispositivos de fumo, que estão cada vez mais populares. "O tabaco pode influenciar desde o surgimento até a progressão de um tumor, mas é igualmente urgente alertar, especialmente aos jovens, sobre os perigos de outros meios de consumo, como o vape (cigarro eletrônico) e o narguilé. Esses produtos também são altamente viciantes e carregam grandes concentrações de nicotina e outras substâncias tóxicas, com potencial de causar sérios danos à saúde a médio e longo prazo. A falsa ideia de que são alternativas 'menos nocivas' é equivocada e preocupante", alerta o presidente da SBCO.
Via Press Manager (copidescado)
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