1431 - A vacinação como uma nova forma de prevenção cardiovascular

Uma declaração de consenso clínico da Sociedade Europeia de Cardiologia
Com a contribuição da Associação Europeia de Cardiologia Preventiva (EAPC), da Associação de Cuidados Cardiovasculares Agudos (ACVC) e da Associação de Insuficiência Cardíaca (HFA) da Sociedade Europeia de Cardiologia

Resumo 

A vacinação é cada vez mais reconhecida como uma medida preventiva eficaz não apenas contra infecções específicas, mas também para a prevenção de doenças cardiovasculares em pacientes de alto risco. Especificamente, um crescente conjunto de evidências sugere que as vacinas contra influenza, SARS-CoV-2, vírus sincicial respiratório, herpes zoster e outros vírus reduzem significativamente a infecção e, no caso da influenza, a incidência de eventos cardiovasculares adversos graves em indivíduos vacinados.
Esta declaração de consenso clínico examina a literatura existente e as evidências acumuladas e oferece aconselhamento clínico prático sobre o momento da vacinação e a demografia-alvo, abordando especificamente cenários clínicos complexos com foco em condições cardiovasculares. Inclui diretrizes para a vacinação de populações vulneráveis, como indivíduos imunossuprimidos, pacientes com cardiopatia congênita e gestantes, bem como sobre a segurança e as potenciais complicações do procedimento.
http://doi.org/10.1093/eurheartj/ehaf384 

Resumo Gráfico. Patógenos com risco cardiovascular (CV) aumentado: a prevenção vacinal contra patógenos como influenza e pneumococo pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares adversos maiores. O benefício é particularmente forte em grupos de risco suscetíveis, como idosos, pacientes com cardiopatia congênita, transplante cardíaco ou doença arterial coronariana, bem como em gestantes. SARS-CoV-2, coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave, VSR, vírus sincicial respiratório.