quinta-feira, 14 de agosto de 2025

1426 - A tuberculose na História

John Green, em seu livro "Everything is Tuberculosis", sobre os assassinos adolescentes que mataram o arquiduque Francisco Ferdinando, o que deu início à Primeira Guerra Mundial: 
Eles estavam mais dispostos a morrer por sua causa, visto que já estavam morrendo de tuberculose? 
DeepSeek:
Os assassinos do arquiduque Francisco Ferdinando, cujo atentado em 28 de junho de 1914 desencadeou a Primeira Guerra Mundial, eram jovens nacionalistas sérvios ligados ao grupo "Mão Negra". O principal assassino foi Gavrilo Princip, que tinha 19 anos na época, e outros conspiradores envolvidos também eram jovens, como Nedeljko Čabrinović e Trifko Grabež.
A saúde de Gavrilo Princip e a disposição para morrer
Gavrilo Princip sofria de tuberculose, uma doença grave, sem tratamento eficaz e muitas vezes fatal na época. No entanto, não há evidências claras de que ele e seus companheiros estivessem ativamente morrendo no momento do atentado. A tuberculose era uma doença crônica que podia levar anos para se tornar fatal, e muitos dos conspiradores estavam doentes, mas não necessariamente à beira da morte.
Ainda assim, sua condição de saúde pode ter contribuído para sua disposição de arriscar a vida. Eles eram nacionalistas fanáticos, acreditando na libertação dos eslavos do sul do domínio austro-húngaro, e muitos estavam dispostos a se sacrificar pela causa. Quando presos, alguns tentaram suicídio, mas Princip não conseguiu porque sua cápsula de cianeto estava velha e só lhe causou vômitos.
O destino dos assassinos
Gavrilo Princip foi condenado a 20 anos de prisão (a pena de morte não podia ser aplicada a menores de 20 anos na Áustria-Hungria). Ele morreu de tuberculose na prisão em 1918, antes do fim da guerra.
Nedeljko Čabrinović também morreu na prisão, em 1916, de tuberculose.
Outros conspiradores foram executados ou morreram na prisão.
Conclusão
Embora a tuberculose tenha afetado sua saúde, não está claro que isso fosse o principal motivador de suas ações. Eles já eram extremamente comprometidos com a causa nacionalista sérvia e estavam dispostos a morrer por ela, independentemente de sua condição física. O atentado foi um ato de terrorismo político, não um "suicídio por doença", mas sua saúde debilitada pode ter reforçado sua disposição para o sacrifício.

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