quarta-feira, 30 de julho de 2014

642 - O cigarro no mundo

Na desigual geografia do vício, onde se fuma mais hoje é nos países pobres.
O fumo mata 6,3 milhões de pessoas por ano. As estimativas são de que, durante o século XXI, ele causará 1 bilhão de mortes.
 Nesse panorama trágico, a situação brasileira não é das piores. A cada novo inquérito cai o número de fumantes em nosso país. Os mais recentes mostram que 15 a 17 por cento dos brasileiros com mais de 15 anos fumam. Fumamos menos do que os americanos, alemães, italianos, franceses, dinamarqueses ou holandeses. Na Europa, apenas os suecos fumam menos do que nós: 12 por cento.
Do artigo O cigarro no mundo, de Drauzio Varella, no CartaCapital

domingo, 27 de julho de 2014

641 - Como montar o quarto da criança alérgica

Alergia, principalmente a respiratória, é uma das doenças crônicas mais comuns entre as crianças. Atualmente, 20% dos pequenos sofrem de rinite ou asma logo nos primeiros anos de vida. A chance de desenvolver o problema duplica se um dos pais é alérgico e quase quadruplica se ambos são.
“O que acontece é que, normalmente, diante dos sintomas e até do diagnóstico, os pais se preocupam somente com os medicamentos, quando deveriam atentar também para o ambiente em que os filhos vivem e reduzir a exposição da criança aos alérgenos”, destaca Magda Carneiro-Sampaio, imuno-alergologista e presidente do Conselho Diretor do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas.
E é no quarto, onde as crianças passam grande parte do tempo, que mora o problema. “Especialmente na cama há calor e umidade, condição propícia para a proliferação e convívio de ácaros, responsáveis por 90% dos casos de alergias respiratórias. Tecidos grossos, poltronas, pelúcias e carpetes também facilitam a deposição desse alérgeno”, explica doutor Antonio Carlos Pastorino, pediatra, imunologista e alergista.
Para as famílias cujos filhos já foram diagnosticados alérgicos e até mesmo para as grávidas que estão montando o quarto do futuro bebê, os especialistas relacionam os itens da receita para um quarto clean e sem contraindicações, tanto para crianças saudáveis como para as alérgicas.
- Antes da chegada do pequeno, analise os cômodos e elimine focos de infiltração e umidade para evitar o mofo, outro alérgeno em potencial.
- O quarto mais ensolarado deve ser o quarto do bebê. Posicione a cama de modo que receba luz solar. Ácaros vivem muito bem em temperaturas próximas a 36ºC, mas quando ultrapassa os 50ºC, eles morrem. Então, expor colchão e travesseiro ao sol é recomendado para eliminar pelo menos os que estiverem na superfície. Quando isso não for possível, utilize capas antialérgicas para colchão e travesseiro. Elas são feitas de um tecido especial, com poros milimétricos, que impedem que os ácaros escapem.
- O ideal é que o travesseiro seja trocado uma vez ao ano. Evite os de pena, pois ela é alérgena.
- Magda recomenda que os lençóis sejam trocados duas vezes por semana, o cobertor ideal é o tipo japonês, ou futton, e os felpudos estão proibidos. Escolha o travesseiro de espuma e troque-o anualmente para evitar acúmulo de microrganismos que a fronha não barra. Os de pena devem ser evitados, pois o pelo também é um alérgeno perigoso. “A cama é quente e abafada, características que propiciam a proliferação de ácaros e fungos, por isso deve receber atenção especial. Se a criança dorme com muita frequência no quarto dos pais esse cuidado deve ser extensivo à cama do casal”, salienta Magda.
- Um quarto arejado diariamente por, no mínimo, duas horas diárias, é imprescindível para a saúde das vias aéreas. “Famílias adeptas ao ar condicionado devem deixar o ar circular abrindo as janelas. Também é importante limpar os filtros periodicamente”, afirma Magda;
- Diariamente, descamamos cerca de 1g de pele por dia. Por terem a pele mais seca, alérgicos podem descamar até dez vezes mais. Ácaros, por sua vez, se alimentam de restos de pele, portanto, doutor Pastorino não recomenda bater o lençol no quarto. Além disso, hidrate bem a pele da criança.
- Ao se movimentar na cama, os ácaros recirculam para o ar. O mesmo ocorre ao varrer os cômodos. Por isso, o ideal é usar rodo e pano úmido para higienização dos ambientes domésticos.
- Não use produtos de limpeza muito perfumados. Eles favorecem a irritação das vias aéreas das crianças com rinite.
- Evite acumular livros e outros objetos que acumulem pó e mofo.
- Para aparar o sol da janela, prefira persianas inteiriças às cortinas e as persianas modulares. As inteiriças são mais fáceis de limpar;
- Evite prateleiras acima do berço. Normalmente, seu uso inclui bichos de pelúcia e outros objetos que atraem poeira. Para guardar esses objetos, de preferência aqueles de plástico ou material de fácil limpeza, doutor Pastorino recomenda um baú de plástico, que seja fácil de higienizar.
- Carpetes devem ser evitados do contato com a criança alérgica. A melhor opção, neste caso, são os pisos lisos de madeira ou de vinil.
- “Em relação às tarefas domésticas, é preferível que os pequenos alérgicos auxiliam apenas na arrumação da cama e evitem participar da limpeza. O contato com produtos químicos pode agravar o quadro”, conclui doutora Magda.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

640 - Por que os médicos estavam tão preocupados com o "rosto da bicicleta"?

Houve um tempo em que o principal perigo associado a bicicleta não tinha nada a ver com ser atropelado por um carro.Em vez disso, alguns médicos do final do século 19 advertiam que - especialmente para as mulheres - usar a bicicleta poderia levar a supostas condições médicas.
Uma delas, o "rosto da bicicleta".
"O excesso de esforço, a posição vertical da roda e o esforço inconsciente para manter o equilíbrio tendem a produzir um fatigado e exausto 'rosto de bicicleta '", observou o Literary Digest, em 1895. Passando a descrever essa condição como: "um rosto normalmente corado, mas às vezes pálido, muitas vezes com os lábios mais ou menos definidos e o início de sombras escuras (olheiras) sob os olhos, e sempre com uma expressão de cansaço."
Em outra publicação, dizia-se que a condição "era caracterizada por uma mandíbula dura, apertada e abaulamento dos olhos".
É difícil encontrar a primeira menção a essa "condição". Em um artigo de 1897, no National Review, de Londres, o médico britânico A. Shadwell alegou ter sido o primeiro a empregar a expressão, alguns anos antes. Quando também advertiu sobre os perigos de andar de bicicleta, especialmente para as mulheres, descrevendo o ciclismo "como uma mania que tem sido praticada por pessoas impróprias para qualquer esforço".
Obviamente, o "rosto de bicicleta" não é uma coisa real. Isso traz à tona uma questão interessante.
Por que os médicos estavam tão preocupados com o "rosto da bicicleta"?
Em 1890, na Europa e nos EUA, as bicicletas eram vistas por muitos como um instrumento do feminismo. Com as roupas que permitiam a muitas mulheres se envolveram em atividades físicas, as bicicletas lhe davam um aumento da mobilidade.
Como o Munsey's Magazine publicou em 1896:
"Para os homens, a bicicleta no começo era apenas um brinquedo novo, uma outra máquina adicionado à longa lista de dispositivos que eles dominavam em seu trabalho e lazer. Para as mulheres, era um cavalo sobre o qual cavalgavam em um novo mundo."
Tudo isso provocou uma reação de muitos médicos (masculinos) e espectadores, que alegavam várias razões para dissuadir as mulheres de andar de bicicleta. Em geral, eles argumentavam que andar de bicicleta era uma atividade desgastante demais, inadequada para as mulheres, e que - não só levaria ao rosto da bicicleta, como também causaria exaustão, insônia, palpitações cardíacas, dores de cabeça e depressão.
No final da década de 1890, no entanto, muitos médicos começaram a questionar publicamente a idéia do "rosto da bicicleta", observando que as pessoas poderiam se concentrar em andar ou dirigir qualquer tipo de veículo sem causar dano duradouro facial.
Em 1897, o Phrenological Journal, citando a médica Sarah Stevenson Hackett, de Chicago, encerrou a questão:
"[O ciclismo] não é prejudicial a qualquer parte da anatomia humana, uma vez que melhora a saúde geral. Eu tenho conscientemente recomendando o ciclismo, nos últimos cinco anos", disse ela. "A expressão facial de ansiedade e dor é vista apenas entre os iniciantes, e é devido à insegurança dos amadores. Assim que um ciclista se torna eficiente, ele pode dosar a sua força muscular e adquirir uma perfeita confiança em sua capacidade de equilibrar-se e em seu poder de locomoção, esta expressão deixa de existir" 
The 19th-century health scare that told women to worry about "bicycle face" by Joseph Stromberg. In: Vox. Traduzido por PGCS.
N. do T.
Em Semiologia, a palavra facies expressa o aspecto geral do rosto do paciente, onde se espelham sinais sugestivos de determinadas doenças ou situações clínicas. Na tradução deste artigo, poderia ter usado a expressão alternativa "facies do ciclista".
Correspondência
[...] Quanto ao facies de bicicleta, penso que comigo se deu o contrário. Aprendi a andar de bicicleta, após os 20 anos. Eu fora impedida na infância, pois minha irmã oito anos mais velha caíra espetacularmente e a bicicleta foi retirada de minha casa para não mais voltar. Contudo, nunca aceitei o fato de não saber andar de bicicleta. Pois, já grandinha, comprei uma e fui aprender a usá-la em uma extenso corredor na lateral de minha casa. Aprendi e depois arrisquei passeios mais interessantes. Meu facies era de pura felicidade quando senti que dominava aquele potro aparentemente selvagem no início de meu aprendizado. Posso garantir, portanto, que os cientistas do passado estavam errados e talvez muito mais preocupados com a presença do selim entre as coxas das donzelas do que com o suposto quadro de depressão, ansiedade, dentes cerrados etc.
Celina, Presidente da Sobrames-CE

segunda-feira, 21 de julho de 2014

639 - Onde há fumaça, há fogo

Deveria ter sido um assassinato perfeito. Em 1850, o conde Hyppolyte de Bocarme e sua esposa, a condessa Lydie, planejaram matar um rico irmão dela. Sua arma: a nicotina. Mas o plano era mais sutil do que fornecer-lhe cigarros e esperar que ele ficasse com enfisema pulmonar.
Nicotina é um alcaloide vegetal espetacularmente letal. A ingestão de menos de 30 miligramas de nicotina pura mata um ser humano adulto. E, para um assassinato, a droga parecia ser o veneno certo, pois os cientistas, em meados do século 19, não sabiam como detetar venenos de plantas em cadáveres.
Trabalhando em sua propriedade no sul da Bélgica, onde possuía um laboratório, o conde dizia a todos que misturava perfumes. Na realidade, ele estava a extrair nicotina de folhas de tabaco.
Quando o irmão rico da condessa veio visitá-los, o conde e sua esposa serviram-lhe um jantar envenenado e atribuíram sua morte, que aconteceu logo depois, a um acidente vascular cerebral. Mas os servos, lembrando-se dos estranhos experimentos do conde no laboratório, desconfiaram que algo estava errado. Entraram em contato com a polícia, que, por sua vez, contatou Jean Servais Stas, o melhor químico da Bélgica.
Stas, cujo trabalho sobre pesos atômicos foi essencial para a criação da tabela periódica, aceitou o desafio. Ele passou três meses à procura de uma maneira de extrair a nicotina de tecidos mortos. Finalmente, ele descobriu a mistura exata de ácidos e solventes para detetar a substância letal.
Os resultados obtidos pelo químico selaram o caso. E o conde foi condenado à guilhotina. A condessa, alegando que tinha sido forçada a participar da trama, escapou da condenação.
Hoje, o crime que eles cometeram ainda é lembrado por estudiosos forenses, embora ali mesmo terminasse o uso da nicotina como arma de um crime perfeito.
Extraído de 4 Toxic Moments in History, Neatorama

sexta-feira, 18 de julho de 2014

638 - Drogas psicotrópicas afetam homens e mulheres de forma diferente

As diferenças de gênero na resposta do corpo à medicação têm sido negligenciadas. De fato, até a década de 1990, as mulheres foram proibidas de participar de ensaios clínicos nos EUA. No entanto, estas são quase duas vezes mais propensas a receber prescrição de medicação psicotrópica do que os homens, e as pesquisas sugerem que as diferenças em hormônios, composição corporal e metabolismo podem torná-las mais sensíveis a certas drogas. Além disso, as mulheres são entre 50 e 75 por cento mais propensas a experimentar efeitos colaterais. No ano passado, a Food and Drug Administration anunciou as primeiras diretrizes de dosagem específica por sexo para um psicofármaco. Utilizado no tratamento da insônia, o Zolpidem foi comprovado ser duplamente potente para as mulheres.
Aqui estão alguns dos medicamentos que são conhecidos por agir de forma diferente em homens e mulheres, porém as pesquisas estão apenas começando.
Psychotropic Drugs Affect Men and Women Differently por Roni Jacobson. In: Scientific American

terça-feira, 15 de julho de 2014

637 - Uma nova abordagem ao tratamento das picadas de cobras

Havia uma serpente no Jardim do Éden. Como um símbolo da medicina, há uma cobra enrolada em torno do bastão de Asclépio, o deus grego associado com a cura. "Óleo de cobra" é uma poção sobre a qual se afirma (erroneamente) ter poderes de cura. Cleópatra morreu da picada de uma áspide.
Mas, apesar da notoriedade, as cobras não estão recebendo a atenção que merecem, especialmente quando mordem as pessoas, o que elas fazem com mais frequência do que se suspeita. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 94 mil e 125 mil pessoas morrem a cada ano devido a picadas de cobra, para não falar de 400 mil amputações e de outras consequências graves para a saúde.
Você poderia pensar que, com esses números de vítimas, as picadas de cobra estariam no topo da lista dos problemas de saúde mundiais. Mas eles não estão. Nos EUA, menos de 10 pessoas morrem de mordidas de cobra por ano. Os grandes números estão em áreas rurais da Ásia, África e América do Sul e Central. A OMS considera a mordida de cobra "uma doença tropical negligenciada". Financia e distribui antivenenos, mas não recebe doações importantes e, como consequência, não há muitas pesquisas na área.
Matthew Lewin, um médico emergencista de San Francisco Bay - que mantém uma jiboia em sua casa - decidiu ir à luta. Ele escreveu um artigo no New York Times em que recordou como um pesquisador da Academia de Ciências da Califórnia, mordido por uma krait venenosa há mais de uma década atrás, quando trabalhava no Miammar, morrera por causa do veneno que paralisou sua respiração.
Lewin  acredita que uma das razões para que muitas pessoas morram devido a cobras venenosas é que as vítimas, logo depois da mordida, não conseguem chegar a um hospital, onde podem ser tratadas com antivenenos. Mas, no campo, essas pessoas poderiam ser salvas com uma droga barata chamada neostigmina, que neutraliza temporariamente as neurotoxinas existentes em venenos de cobras.
A neostigmina, facilmente disponível em ambiente hospitalar, é perigosa para ser injetada. Então, Lewin idealizou que essa droga poderia ser administrada, de forma segura e barata, através de um spray nasal.
Mas como testar a ideia?
Na Universidade da Califórnia, Lewin obteve a permissão oficial para experimentar a ideia em alguém. Esse alguém acabou por ser o próprio Lewin. Então, sob supervisão cuidadosa, ele foi injetado com uma substância curarizante, desenvolvendo os sintomas de uma picada neurotóxica de cobra: visão turva, dificuldade em engolir e paralisia muscular que poderia ter impedido sua respiração. Antes que ele fosse longe demais, um dos companheiros administrou a neostigmina, por spray nasal, e Lewin saiu do estupor com entusiasmo: "Funcionou", rugiu ele. Um dos colegas filmou todo o experimento para a divulgação.
Desde então, ele e outros têm publicado artigos que descrevem o spray nasal de neostigmina salvando vidas na selva, onde a morte é muito comum.
Outros pesquisadores, no entanto, dizem que apenas as mordidas de algumas espécies seriam protegidas pela droga, uma vez que muitas cobras injetam outros venenos – que causam sangramento e destruição de tecidos.
Em qualquer caso, Lewin prossegue com o seu projeto, mesmo sem o financiamento de alguma fundação como ele gostaria de obter. Assim, ele espera reduzir esse terrível número de mortes por picadas de cobras que pouco tem despertado interesse no mundo desenvolvido.
VÍDEO

sábado, 12 de julho de 2014

636 - O Schindler polonês

Dr. Eugene Lazowski (foto), nascido Eugeniusz Sławomir Łazowski (1913, Czestochowa, Polónia – 2006, Oregon, Estados Unidos) foi um médico polonês que salvou milhares de judeus durante a II Guerra Mundial, criando uma falsa epidemia de tifo ao redor da cidade de Rozwadów, na Polônia.
Durante a ocupação alemã de seu país, acompanhando os trabalhos do amigo e preceptor médico Dr. Stanisław Matulewicz, Eugene Lazowski aprendeu que, através da injeção de uma pessoa saudável com uma "vacina" de bactérias (riquétsias) mortas, essa pessoa iria testar positivamente para o tifo sem experimentar os sintomas da enfermidade.
Trabalhando secretamente, o "Schindler" polonês começou a injetar as bactérias mortas em milhares de poloneses das aldeias vizinhas, criando a falsa ideia de que uma epidemia de tifo grassava na região. Com medo da doença contagiosa, os nazistas colocaram as aldeias afetadas em quarentena, em vez de enviar os seus moradores para os campos de concentração.
Os esforços de Lazowski salvaram as vidas de cerca de 8.000 homens, mulheres e crianças que, de outra forma, teriam sido enviados para prisões, campos de trabalho escravo e de extermínio.
Ele usou a ciência médica para ludibriar as autoridades nazistas. Ao fazer isso, arriscou-se a uma pena de morte, a condenação que era aplicada aos poloneses que ajudavam a livrar os judeus do Holocausto.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

635 - O mau uso do conceito orgânico

Não me preocupo com o uso incorreto da palavra "orgânico" em certas situações. No sentido de que tudo que contém carbono é também considerado orgânico. Mas me preocupo com que o termo seja utilizado para destacar diferenças irreais como na produção de alimentos.
Uma substância pode ser natural e orgânica e, ao mesmo tempo, ser perigosa e prejudicial para a saúde. Enquanto outra pode ser sintética sem trazer riscos à saúde.
A insulina, por exemplo, vem de bactérias geneticamente modificadas para produzi-la e salva vidas todos os dias.
Extraído de 10 conceptos científicos que usamos de manera incorrecta, GIZMODO

domingo, 6 de julho de 2014

634 - Língua humana e carboidratos

A língua humana pode ter um "sexto sentido". Pesquisadores descobriram que, além de reconhecer os gostos doce, ácido, salgado, amargo e umami, a língua também pode captar a presença dos hidratos de carbono, nutrientes que representam a nossa principal fonte de energia.
Quando foi utilizada sobre a língua uma solução de carboidratos, os pesquisadores observaram um aumento de 30 por cento da atividade em áreas do cérebro que controlam o movimento e a visão. Essa resposta cerebral é causada pela informação, a partir da boca, de que uma energia adicional na forma de carboidratos está chegando.
A descoberta pode explicar por que os produtos dietéticos são muitas vezes vistos como não tão satisfatórios quanto suas contrapartes reais e por que as bebidas ricas em hidratos de carbono parecem animar imediatamente os atletas, mesmo antes de seus corpos poderem converter os carboidratos em energia.
Aprender mais sobre como esta "sensação de carboidratos" funciona poderia levar ao desenvolvimento de alimentos adoçados artificialmente que os pesquisadores imaginam como tão hedonisticamente gratificantes como a coisa real.
Human Tongue Has A Sixth Taste, New Study Shows, AAAS Science
Provar também...
584 - A eletrogustação

quinta-feira, 3 de julho de 2014