A aprovação representa um marco. Até agora, a PrEP se baseava em comprimidos diários ou injeções a cada dois meses. Essa nova formulação, de aplicação a cada 26 semanas, oferece uma opção mais simples, discreta e possivelmente mais aderente para milhões de pessoas.
🧬 Como funciona?
O lenacapavir inaugura uma nova classe terapêutica: os inibidores do capsídeo. Ele atua bloqueando a proteína p24, peça-chave na montagem e desmantelamento do vírus dentro das células hospedeiras. Com isso, o HIV é travado em etapas críticas do seu ciclo de vida: entrada, replicação e saída do núcleo celular.
A molécula tem uma longa meia-vida e altíssima potência. O desenvolvimento não foi simples: mais de 4 mil compostos foram sintetizados até se chegar à estrutura atual. O resultado? Um antiviral de liberação lenta, capaz de manter níveis terapêuticos estáveis por meses.
📊 O que mostraram os estudos?
Dois grandes ensaios clínicos multicêntricos (realizados na África, América Latina, EUA e Sudeste Asiático) compararam o lenacapavir com o uso diário de comprimidos orais.
Os números impressionam:
Em mulheres cisgênero: nenhuma infecção por HIV entre as participantes que receberam a injeção.
Em homens que fazem sexo com homens e pessoas trans: eficácia próxima de 100%.
Os efeitos adversos foram, em sua maioria, reações no local da aplicação — dor, inchaço ou nódulos — mas raramente motivaram a interrupção da terapia (menos de 1%).
💰 Preço e acesso
A boa notícia vem com um aviso: o preço do Yeztugo nos EUA é de US$ 28 mil por ano. A Gilead, fabricante do medicamento, já anunciou programas de assistência para pacientes sem cobertura e negociações com planos de saúde privados.
Mas a grande questão é global: como garantir o acesso nos países de baixa e média renda? Organizações como o Global Fund, PEPFAR e Gates Foundation já se movimentam para incluir o lenacapavir em seus programas de saúde pública, mas ainda faltam aprovações regulatórias fora dos EUA.
http://academiamedica.com.br/blog/lenacapavir-yeztugor-a-injecao-semestral-que-muda-o-jogo-na-prevencao-do-hiv
A molécula tem uma longa meia-vida e altíssima potência. O desenvolvimento não foi simples: mais de 4 mil compostos foram sintetizados até se chegar à estrutura atual. O resultado? Um antiviral de liberação lenta, capaz de manter níveis terapêuticos estáveis por meses.
📊 O que mostraram os estudos?
Dois grandes ensaios clínicos multicêntricos (realizados na África, América Latina, EUA e Sudeste Asiático) compararam o lenacapavir com o uso diário de comprimidos orais.
Os números impressionam:
Em mulheres cisgênero: nenhuma infecção por HIV entre as participantes que receberam a injeção.
Em homens que fazem sexo com homens e pessoas trans: eficácia próxima de 100%.
Os efeitos adversos foram, em sua maioria, reações no local da aplicação — dor, inchaço ou nódulos — mas raramente motivaram a interrupção da terapia (menos de 1%).
💰 Preço e acesso
A boa notícia vem com um aviso: o preço do Yeztugo nos EUA é de US$ 28 mil por ano. A Gilead, fabricante do medicamento, já anunciou programas de assistência para pacientes sem cobertura e negociações com planos de saúde privados.
Mas a grande questão é global: como garantir o acesso nos países de baixa e média renda? Organizações como o Global Fund, PEPFAR e Gates Foundation já se movimentam para incluir o lenacapavir em seus programas de saúde pública, mas ainda faltam aprovações regulatórias fora dos EUA.
http://academiamedica.com.br/blog/lenacapavir-yeztugor-a-injecao-semestral-que-muda-o-jogo-na-prevencao-do-hiv
N. do E.
Lenacapavir, um medicamento injetável que oferece praticamente 100% de proteção contra a infecção pelo HIV com uma dose a cada seis meses, já foi escolhido como o Avanço Científico do Ano pela revista Nature.
Lenacapavir, um medicamento injetável que oferece praticamente 100% de proteção contra a infecção pelo HIV com uma dose a cada seis meses, já foi escolhido como o Avanço Científico do Ano pela revista Nature.
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