quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

333 - A Tanatologia é de morte

A reação psíquica determinada pelo enfrentamento da morte foi descrita por Elisabeth Kübler-Ross como tendo cinco estágios:
  • Primeiro: negação
  • Segundo: raiva
  • Terceiro: barganha
  • Quarto: depressão
  • Quinto: aceitação
Esta sequência é muito aplicada em Tanatologia, o campo da medicina voltado para o estudo da morte e dos problemas a ela vinculados.
Alguém teve a ideia de mostrar isso num desenho de animação com uma girafa aprisionada em areia movediça. Acompanhem-na em seu sofrimento de cinco estágios.

sábado, 24 de dezembro de 2011

332 - Piano para acamados

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A foto reproduzida acima pertence à coleção Spaarnestad do Archief Nationaal - o Arquivo Nacional dos Países Baixos. Foi obtida na Grã-Bretanha, em 1935, e não traz nenhum texto explicativo além de: "piano especialmente concebido para as pessoas que estão confinadas na cama."
Talvez algum leitor do EntreMentes com conhecimento da história da música possa fornecer informações adicionais sobre essa invenção.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

331 - A morte na lava

Erik Klemetti analisa, em seu blog "Eruptions", o que acontece — de fato, ao contrário do que é mostrado em muitos filmes — quando alguém cai na lava derretida de um vulcão:
"Todos estão errados sobre a forma como as pessoas morrem quando caem na lava."
A morte de Gollum, no final de "O Retorno do Rei", é um exemplo desse equívoco generalizado. Gollum, se você se lembra, saltou na lava da Montanha da Perdição (onde seu precioso anel foi jogado), afundando-se nela (veja imagem abaixo), enquanto o anel ficou a flutuar sobre a lava até ser derretido.


Ora, afundar na lava não acontece se você é humano (ou remotamente humano). Você precisaria ser um Exterminador do Futuro (Terminator) para afundar em rocha derretida, e aqui está o porquê:
A lava derretida não é como a água. Esta tem uma densidade de 1.000 kg/m3, enquanto aquela tem uma densidade de 3.100 kg/m3.
Você acha que se jogando em lava teria o mesmo efeito de cair em um lago? Não. O ser humano apresenta em média uma densidade de 1.010 kg/m3, sendo apenas um pouco mais denso do que a água. É por isso que ele, às vezes, pode flutuar na água e, às vezes, não. Você pode controlar a sua flutuação, até certo ponto, pela quantidade de ar nos pulmões ou escolhendo nadar em água salgada (que tem uma densidade de 1.027 kg/m3), onde mais facilmente flutuará.
Agora, apresentando menos de um terço da densidade do basalto, vai ser impossível afundar nele.

The Right (and Wrong) Way to Die When You Fall Into Lava, Eruptions


Comentários
Faz sentido!
Agora sei que os italianos de Pompeia não afundaram na lava, morreram de queimaduras de 3º grau: ou eram lerdos ou muito dorminhocos, ou ambos.
Ou não eram italianos, estes, espertos por demais...
Grande abraço.
Winston Graça
For what I have seen in volcanos in Hawaii, Alaska and in other "paragens", this is a clear reason to make sure that you stay away from the edge of the crater. I once got "pelted" by small hot lava rocks in Mount Etna. Besides Gollum needed to die anyway.
Regards.
Hugo Lopes

27/08/2012 - Atualizando... 
Experimentos con lava
Si se puede crear lava en un laboratorio… ¿Por qué no hacerlo y ver cómo se comporta? Consistencia, viscosidad, porosidad, duración del flujo, volumen, estructura, cambios de temperatura… Un sinfín de parámetros que explorar. Lo hicieron en la Universidad de Siracusa.
Debe ser complicado conseguir los 1.371℃ de temperatura iniciales; la temperatura ambiente el día de la prueba eran 11 bajo cero.
Publicado por Alvy # 26/Ago/2012 - Microsiervos

sábado, 17 de dezembro de 2011

330 - Médicos em defesa das crianças desaparecidas

Os Conselhos Federal e Regionais de Medicina colaboram para a elucidação de casos de desaparecimento de crianças, apoiando a atuação das autoridades governamentais competentes.


O médico e os profissionais de saúde podem mudar esta realidade.
Assim, ao atender uma criança fique atento aos seguintes procedimentos:

1 - Peça a documentação do acompanhante. A criança deve estar acompanhada dos pais, avós, irmão ou parente próximo.Caso contrário, pergunte se a pessoa tem autorização por escrito.
2- Procure conhecer os antecedentes da criança. Desconfie se o acompanhante fornecer informações desencontradas, contraditórias ou não souber responder as perguntas básicas.
3- Analise as atitudes da criança. Veja como ela se comporta com relação ao acompanhante, se demonstra medo, choro ou aparência assustada.
4- Veja se existem marcas físicas de violência, como cortes, hematomas e grandes manchas vermelhas.

A Campanha
A Lei Federal nº 11.259/2005, conhecida como “A Lei da Busca Imediata”

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

329 - Visceroptose

Significado: queda das vísceras.
CID: K63.4

domingo, 11 de dezembro de 2011

328 - O efeito dominó na AIDS

Eis uma charge muito criativa.
Mostra o efeito dominó na AIDS sendo interrompido pelo uso do preservativo. Não identifiquei o autor do desenho.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

327 - Uma abordagem para a remoção de supercola do ouvido

A capacidade da cola de cianoacrilato (a supercola) para unir forte e rapidamente a pele apresenta problemas consideráveis ​​quando ela é inserida dentro do ouvido.
Felizmente, esta é uma ocorrência muito rara.
Richard Persaud, no Departamento de Otorrinolaringologia do Guy’s and Thomas’ Hospital, em Londres, acompanhou o caso de um paciente que, inadvertidamente, colocou supercola no conduto auditivo externo esquerdo.
Alguns duvidaram que tal problema, aparentemente intratável, pudesse ser resolvido.


Mas o Dr. Persaud, segundo relatou em The Journal of Laryngology and Otology (2001), 115: 901-902, encontrou uma solução:
"A supercola foi removida com sucesso por meio de água morna com 3 por cento de peróxido de hidrogênio sem danificar o meato ou a membrana timpânica."
O uso de peróxido de hidrogênio para remover supercola de ouvido não tinha sido até então descrito."
PGCS

domingo, 4 de dezembro de 2011

326 - Cria cuervos...

... y te sacarán los cigarrillos.
- Es tu suerte.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

325 - As ideias do Dr. Kellogg

Nos anos finais de 1800, o Dr. John Harvey Kellogg era o médico-chefe do famoso sanatório de Battle Creek, em Michigan (EUA), uma estância de saúde de alta qualidade que inspirou ao filme "The Road to Wellville." Dr. Kellogg, foi quem inventou o alimento à base de flocos de milho, tornando-se mais adiante um dos fundadores da Kellogg's. O outro dos fundadores desta empresa de processamento de cereais  foi o seu irmão Will Keith Kellogg.
Se, por um lado, o Dr. Kellogg pregava ideias que são amplamente aceitas pela medicina de hoje, tais como a dieta, o exercício, o consumo de fibras e do iogurte probiótico, a abstenção do fumo e a prevenção das doenças venéreas, por outro lado, defendia algumas ideias heterodoxas. Dentre estas, o celibato, a mutilação genital feminina, a terapia do eletrochoque, a eugenia, a segregação racial e a terapia da imersão em água gelada e irradiada.
Dr. Kellogg também criava equipamentos especiais. Como esta cadeira (imagem) que ele, utilizando-se de seus conhecimentos sobre a eletricidade (recém-descoberta), inventou em 1900. Era uma cadeira vibradora para ajudar a esvaziar os intestinos, aliviar as dores lombares e tonificar os músculos de seus pacientes. Por ser muito desconfortável ninguém se habilitava a usá-la.

Machines That Exercise for You, Collectrors Weekly

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

324 - Mortos, porém pacientes

A técnica de manter cadáveres congelados, anos a fio, para algum dia ressuscitá-los é chamada de criogenia humana. Atualmente, dá resultados com embriões: óvulos fecundados podem ficar congelados, e com boas chances de sobreviverem ao descongelamento, dando origem a bebês. Mas não funcionam, ainda, com pessoas mortas apesar do crescente número de cadáveres congelados à espera de vida nova no futuro. Isto porque os próprios métodos usados para congelar uma pessoa causam também danos às células e estes só podem ser reparados por tecnologias que ainda não estão disponíveis.
Eis algumas informações curiosas sobre o assunto:
  • Nos EUA existem somente duas empresas que oferecem este serviço de forma legal.
  • Atualmente, cerca de duzentas pessoas mortas estão congeladas; outras duas mil pessoas, que estão vivas, têm seus contratos firmados para que passem às instalações quando forem declaradas mortas.
  • A proporção é de três homens para uma mulher entre os que escolhem a criogenia.
  • Animais de estimação (cães, gatos e até um papagaio já estão na "fria") podem acompanhar os donos na aventura.
  • Nas empresas de criogenia os "clientes" são chamados de "pacientes".
Fontes
Until Cryonics Do Us Part, de Kerry Howley, The New York Times

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

323 - Aniversário da morte de José Rosemberg

O êxito da luta contra o tabagismo no Brasil deve-se principalmente a dois nomes: JOSÉ ROSEMBERG e MARIO RIGATTO.
Hoje (24/11) transcorre o sexto aniversário da morte de José Rosemberg (foto). Nascido em Londres, criado e radicado em nosso país, Rosemberg além de seu exemplo de dedicação ao trabalho, deixou-nos um vasto legado de livros e artigos científicos publicados. Dentre os muitos cargos que ocupou, destaque-se o de assessor técnico da Secretaria da Saúde do Ceará, quando prestou grandes serviços a nosso Estado. Era um homem de trato afável, poliglota e muito culto.
Compartilho com vocês esta entrevista (*) que o Prof José Rosemberg concedeu a Drauzio Varela.

(*) matéria enviada pela médica pneumologista e historiadora Ana Margarida Arruda, viúva de José Rosemberg.

322 - Animais que se drogam

holykaw.alltop.com
A embriaguez toma conta do reino animal. De fato, alguns animais podem ter encaminhado os seres humanos ao consumo de uma série de substâncias como a cafeína, o  álcool, a cocaína e aquelas presentes em cogumelos alucinógenos.
As lhamas do Peru, por exemplo, podem ter iniciado povos nativos da América do Sul no consumo de folhas de coca há 7 mil anos atrás.
Antropólogos acreditam também que seres humanos, no continente sul-americano, podem ter aprendido o uso do cipó Banisteriopsis caapi, uma das plantas utilizadas no preparo da ayahuasca, observando os seus efeitos no comportamento das onças pintadas.
Até mesmo a lenda das renas voadoras de Papai Noel pode ter suas raízes em experiências psicodélicas. Sabe-se que elas, após comerem o cogumelo amanita (Amanita muscaria), ficam se contorcendo e fazendo barulhos estranhos. O cogumelo é aquele que contém o muscimol, uma substância alucinógena que as renas eliminam pela urina. Então, um xamã que a tenha ingerido... PGCS

Essas e outras histórias estão em Discovery News.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

321 - Velcro

O velcro foi inventado em 1941 pelo engenheiro suíço Georges de Mestral. Ele se inspirou nas sementes de uma planta (Arctium) que grudavam frequentemente em sua roupa e no pelo de seu cão, durante as caminhadas que faziam pelos Alpes. Após examinar atentamente essas sementes, através de um microscópio, Georges distinguiu nelas filamentos entrelaçados que terminavam em pequenos ganchos: era isso a causa da aderência das sementes a pelos ou tecidos.
E concluiu ser possível a criação de um produto que unisse os dois materiais de uma maneira simples, porém reversível. Desenvolveu e patenteou o VELCRO, e passou em seguida a comercializá-lo através de sua companhia Velcro S.A. O nome faz referência a duas palavras em francês: velours (que significa veludo) e crochet (que significa gancho).
A partir do relatório descritivo de sua patente nos Estados Unidos (US 2,717,437) pode-se ver a simplicidade dessa invenção.  Atualmente, as aplicações do produto são inúmeras e a palavra velcro tornou-se um termo genérico para se referir ao material.
Tensiômetro aneróide: VELCRO na braçadeira
É uma das muitas funcionalidades da vida moderna com a origem em um projeto "bio-inspirado".

Leitura recomendada: An Introduction to Bio-Inspired Design
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Reproduzida no Luis Nassif Online, esta postagem recebeu 17 comentários de seus leitores. Estão sendo aqui divulgadas as 5 mais interessantes:
"Para vocês (Gurgel, Valquíria e Cássia), entendidos no assunto Velcro, substituto do ZÍPER, um aviso:
Se um dia forem comprar ZÍPER no sul do Paraná, peçam FECHO ECLER. Quando morei em Ponta Grossa, e numa loja pedi um ZÍPER, ninguém sabia o que era. Assim também aconteceu quando pedi uma lâmpada. Lá era FOCO.
Ah, e quando minha mulher pediu num armarinho um RETRÓS! Perguntaram a ela: RETRÓS? É um carretel de LINHA. Eles: LINHA, o que é isso? Ela teve pegar um carretel para explicar. Aí eles: Ah, um rolo de FIO?
Mas, o CARRAPICHO também está presente nos matos de meu Triângulo Mineiro. Gruda na roupa e pica deixando um coceira por alguns dias.
É o nosso Brasil!"
Marco Antonio Nogueira
"Sabe aqueles matinhos secos rodando em filmes antigos de faroeste? São da familia do arctium!
http://en.wikipedia.org/wiki/Burdock
Porque as sementes têm esses ganchos elas se agarram a coisas que se movem e se espalham. As dos filmes de farwest não são nativas dos EUA, foram importadas da Russia porque era impossivel saber de olho a diferenca entre elas e as sementes de trigo, que eram então importadas da Rússia na época."
Não achei o link certo das plantas dos filmes, mas aquelas coisas são dolorosas até de olhar, e ferem até cavalos com aqueles espinhos!"
Ivan Moraes
"O velcro propiciou uma evolução num dos mais antigos calçados humanos: as sandálias. Com ele ficou mais rápido calçá-las.
Mas, de vez em quando, as fábricas resolvem chamar um designer e aí o resultado é dificuldade em vez de facilidade.
Alguém acha lógico que para calçar uma sandália com velcro a tira tenha de passar por um elo? E que quase sempre ao descalçar a sandália a tira sai toda do elo?
Por esta e outras passei a achar que o lema dos designers é: Para que simplificar se podemos complicar?
Tudo em nome de uma pseudoestética."
Eugenio, OFS
"Já ouvi esta história da boca de uma tia que mora, desde 1957, em Genebra e foi vizinha do Engº. De Mestral.
Segundo o que ela sempre contou, Ms. De Mestral guardou suas meias cheias de carrapicho no bolso do casaco quando sua mulher mandou tirar as botinas sujas ao chegar de uma de suas caminhadas pelos montes vizinhos.
No dia seguinte, no laboratório da empresa em que trabalhava, ao enfiar a mão no bolso do casaco ele encontrou as tais meias sujas e com os carrapichos, os quais levou ao microscópio. Como ele trabalhava em pesquisa de fibras sintéticas, o sistema de enganchamento dos carrapichos chamou-lhe a atenção e ele ficou dias pesquisando como reproduzir essas fibras em nylon.
Segundo conta essa minha tia (que ainda vive em Genebra, mas não sei se ainda é vizinha da família do engenheiro, que também nem sei se ainda é vivo...) a patente do invento o enriqueceu até a 4ª ou 5ª geração!"
JA
"Lá na roça, quando a gente ia perambular para catar gabiroba, mangaba, jabuticaba-do-mato, araticum, garrafinha, ou caçar passarinho, coisas assim, além de carrapatos em lugares indevidos, voltava com as pernas das calças cheias de:
Picão, uma haste escura, de uns 10mm tendo numa das extremidades diversas pontiagudas formações, que se agarravam firmes no tecido. Corria que seu chá fazia bem para algum mal, não me lembro qual.
Carrapicho, uma bolinha de uns 3-4 mm, com um monte de pequenas hastes pontiagudas, que 'velcravam' no tecido para valer.
Plaquinhas arredondadas, umas ao lado de outras, não sei o nome, que desenhavam como que sinhaninhas(?) na roupa.
Todas sementes, todas com o efeito velcro, mas, ao que parece, ninguém se tocou.
Diz a história que Flemming descobriu a penicilina por acaso, pura sorte. Deve-se notar, porém, que a sorte premiou olhos treinados, prescrutadores, se não a cultura teria ido para o lixo."
Eduardo CPQS

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

320 - O logo da Cochrane

Os objetivos globais e os principais processos científicos da Colaboração Cochrane estão presentes em seu  logotipo. O círculo formado pelo "C" de Cochrane e pelo "C" de Colaboração, numa imagem em espelho, reflete a colaboração internacional que faz o trabalho da entidade ser relevante em escala global. A parte interna do logotipo ilustra uma revisão sistemática de sete ensaios clínicos randomizados (ECR) que comparam os resultados de tratamentos com placebos. Cada linha horizontal representa os resultados de um ensaio  e o "diamante" representa os resultados combinados. A linha vertical indica a posição em torno da qual as linhas horizontais se agrupariam se os tratamentos comparados nos estudos tivessem efeitos semelhantes; se uma linha horizontal tocar a linha vertical, significa que uma observação especial não encontrou nenhuma diferença clara entre os tratamentos. A posição do diamante para a esquerda da linha vertical indica que o tratamento estudado é benéfico. Linhas horizontais ou um diamante à direita da linha mostram que o tratamento fez mais mal do que bem.
Este diagrama mostra os resultados de uma revisão sistemática de ECRs de um curso de curta duração de corticosteróide administrado a mulheres prestes a dar à luz prematuramente. O primeiro desses ECRs foi relatado em 1972. O diagrama resume a evidência que teria sido revelada se os ECRs disponíveis tivessem sido revistos sistematicamente. Uma década mais tarde, indicariam fortemente que o corticosteróide reduziria o risco de os bebês morrerem das complicações da imaturidade. Em 1991, mais sete ensaios tinham sido relatados, e a imagem se tornou ainda mais forte. Este tratamento, por conseguinte, teria reduzido de 30 a 50 por cento a probabilidade de os bebês dessas mulheres terem morrido devido a complicações da imaturidade.
Porque nenhuma revisão sistemática desses estudos fora publicada até 1989, a maioria dos obstetras não havia percebido que o tratamento seria tão eficaz. Como resultado, dezenas de milhares de bebês prematuros provavelmente sofreram (necessitando de tratamentos mais dispendiosos) ou morreram desnecessariamente . Este é apenas um dos muitos exemplos dos custos humanos que podem resultar da falta de revisões sistemáticas nos ensaios clínicos da área da saúde.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

319 - Quantos sentidos nós temos?


Visão, olfato, audição, paladar e tato são os principais. Mas nós temos outras maneiras de sentir e interagir com o mundo. Através da propriocepção, que é a noção de como nossos corpos estão posicionados, e da nocicepção, que é a sensação da dor. E dispomos também dos sentidos do equilíbrio, da temperatura do corpo, da aceleração e da passagem do tempo.
Em comparação com outras espécies, porém, temos os seres humanos algumas "deficiências". Morcegos e golfinhos usam o sonar como orientação; alguns pássaros e insetos vêem a luz ultravioleta; cobras detectam o calor das presas de sangue quente; ratos, gatos, focas e outros animais usam seus bigodes (vibrissas) para obter relações espaciais ou detectar movimentos; tubarões sentem os campos elétricos da água; e pássaros, tartarugas e até mesmo bactérias se orientam pelas linhas do campo magnético da Terra.

Extraído de Top Ten Myths About the Brain, Smithsonian.com

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

318 - Transtornos mentais. Pôsteres



"Eu estava fazendo uma pesquisa sobre saúde mental e me deparei com uma lista de transtornos mentais. Então, escolhi alguns (para criar cartazes), colocando-me sob o desafio de defini-los em estilo minimalista. E comecei com o TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo (imagem ao lado)." Patrick Smith, Adapt.

Clique sobre o link para ver todos os pôsteres da série. PGCS

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

317 - Vias respiratórias robóticas

À direita, acha-se reproduzida uma das ilustrações de E. Benyaminson para o livro "Alô, Eu sou um Robô!", de Stanislav Zigunenko (Russia, 1989).
Vias respiratórias superiores são bastante complexas nos seres humanos. Ao recriá-las para um robô, Benyaminson exala uma simplicidade inocente, afinal essa gravura é para um livro destinado a crianças.

ajourneyroundmyskull

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

316 - SILICOSE. Texto traduzido

A silicose, uma das mais antigas doenças ocupacionais, ainda é responsável pela morte de milhares de pessoas, a cada ano, em todo o mundo. É uma doença pulmonar incurável, causada pela inalação de poeira contendo sílica cristalina livre. É irreversível e, além disso, a doença pode progredir mesmo quando a exposição cessa. Exposições extremamente altas estão associadas com uma menor latência e uma progressão mais rápida da doença.
A sílica é liberada durante operações em que rochas, areias, concreto e alguns minérios são quebrados e fragmentados. O trabalho em minas, pedreiras, fundições, construção civil, manufatura de vidro, cerâmica e em situações onde se usam pós abrasivos são especialmente arriscados. Outra atividade de alto risco para a silicose é o jateamento de areia. Qualquer jato abrasivo, mesmo que este não contenha sílica, apresenta risco para a silicose, quando utilizado para remover materiais que contenham sílica, como acontece nas fundições. Algumas outras atividades de limpeza a seco, com ar pressurizado, também podem gerar grandes quantidades de poeira. Por isso, mesmo ao ar livre, estas atividades podem ser perigosas.

Traduzido e adaptado de um documento da OMS. Para ler o texto completo clique aqui.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

315 - A nicotina vicia?


Para James Johnston, da R.J. Reynolds, Joseph Taddeo, da U.S. Tobacco, Andrew Tisch, da Lorillard, William Campbell, da Philip Morris, Edward A. Horrigan, do Liggett Group, Donald S. Johnston, da American Tobacco Company, Thomas E. Sandefur Jr., presidente da Brown and Williamson Tobacco Company, a nicotina não vicia.
Atestaram assim perante o Congresso dos EUA e, por suas inabaláveis convicções, tornaram-se os ganhadores do Prêmio IgNobel de Medicina de 1996.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

314 - Orégano. A nova esperança

Uma pitada de orégano faz mais do que deixar uma pizza deliciosa. Ela pode também reduzir a quantidade de metano eliminada pelas vacas em seus arrotos, segundo demonstra um novo estudo.
Os cientistas vêm tentando há anos diminuir o metano produzido pelo gado. Este gás, que as vacas somente nos EUA eliminam em torno de 5,5 milhões de toneladas por ano, é 20 vezes mais potente do que o dióxido de carbono como causa de efeito estufa. Assim é que vacinas, antibióticos e suplementos dietéticos como o alho e o ácido fumárico (encontrado em líquens e musgos) já tem sido experimentados.
Uma nova esperança de reduzir essas emissões de metano pelas vacas surgiu agora: o orégano comum.


Ler o artigo completo em Oregano Moves Cows Toward Climate Neutral, National Geographic's Green Guide.

domingo, 30 de outubro de 2011

313 - Congresso do CREMEC

Registro a realização do VI CONGRESSO CIENTÍFICO E ÉTICO DO CREMEC, no Ponta Mar Hotel, em Fortaleza, durante o período de 27 a 29 de outubro. Os temas escolhidos, o nível de conhecimento dos expositores e o grau de participação dos congressistas nos debates, juntamente com o apoio técnico dos funcionários do CREMEC e da empresa REUNIR, contribuíram para o sucesso do evento.
Foram os principais responsáveis pelo VI CONGRESSO o Dr. Ivan de Araújo Moura Fé, Presidente do CREMEC, e o Dr. Francisco Flávio Leitão de Carvalho, Presidente do Congresso.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

312 - A Colaboração Cochrane

Criada em 1993, A Colaboração Cochrane (The Cochrane Collaboration) é uma rede internacional de 28 mil pessoas, em mais de 100 países, dedicadas a ajudar os profissionais de saúde, os gestores públicos, os pacientes e as organizações que cuidam de seus interesses e os responsáveis pela educação a tomar decisões, bem informadas, sobre os cuidados de saúde, com base na melhor evidência de pesquisa disponível.
Tal acontece por meio da preparação, atualização e publicação dos Comentários Cochrane - existem mais de 4.600 até agora - em sua Biblioteca Cochrane (on line). É um trabalho reconhecido internacionalmente como referência para informações de qualidade sobre a eficácia dos cuidados de saúde.
A Colaboração Cochrane tem este nome em homenagem a Archie Cochrane (1909-1988), um pesquisador médico britânico que muito contribuiu para o desenvolvimento da epidemiologia como ciência. O livro "Eficácia e Eficiência: Reflexões Aleatórias sobre Serviços de Saúde", publicado em 1972, foi a sua obra mais influente.

Fotografia de Archie Cochrane: Cardiff University Library, Archive Cochrane, University Hospital Llandough.

domingo, 23 de outubro de 2011

311 - Uso de telefones celulares x risco de tumores cerebrais

Pesquisadores do Instituto de Epidemiologia do Câncer, da Sociedade Dinamarquesa do Câncer e da Seção de Meio Ambiente e Radiação do IARC publicaram no British Medical Journal uma atualização de um estudo de coorte de assinantes de telefonia móvel na Dinamarca. Em 358.403 assinantes, incluindo usuários de telefones celulares há 13 e mais anos, o estudo não mostrou um aumento de risco para qualquer tipo de tumor do sistema nervoso central (SNC). Portanto, há poucas evidências atuais para uma associação causal entre o uso de telefones celulares e o risco de tumores cerebrais, mas não se pode descartar este risco após períodos de exposição de 15 anos ou mais ou de que haja um pequeno/moderado aumento de tumores do SNC entre os usuários pesados ​​dos aparelhos. Novas investigações sobre o potencial cancerígeno do uso de telefones celulares estão sendo previstas. (*)

P Frei, AH Poulsen, C Johansen, JH Olsen, M Steding-Jessen M e J Schüz. Uso de telefones celulares eo risco de tumores cerebrais: update do dinamarquês estudo de coorte BMJ 2011; 343: d6387 doi: 10.1136/bmj.d6387 (Publicado em 20 de outubro de 2011)

N. do E.
(*) Quando classificado na categoria "2B" (possivelmente cancerígeno) da Lista de Agentes Cancerígenos do IARC - a situação atual dos campos eletromagnéticos de radiofrequência - o agente representa uma questão ainda em aberto e constitui um mandato para novas pesquisas pela Seção de Meio Ambiente e Radiação do referido órgão. PGCS

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

310 - Worldometers - estatísticas mundiais em tempo real



Um sistema de contadores neste site apresenta, a cada instante, estatísticas relacionadas com a população mundial, governo e economia, sociedade e mídia, ambiente, alimentação, água, energia e saúde.
As fontes de dados para os seus contadores, que operam com algoritmos precisos, são instituições de prestígio mundial como a ONU, a OMS, a FAO etc.
Consultando o Worldometers, a gente fica sabendo que a população mundial, em poucos dias, alcançará a contagem dos 7 bilhões.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

309 - ♪O Médico♪

"Você me ama ou você simplesmente ama o seu trabalho?"
Composta em 1930, e originalmente chamada "But He Never Says He Loves Me", o título da canção foi alterado para "The Physician" (O Médico), pelo compositor Cole Porter, durante os ensaios da peça "Nymph Errant" em que a canção foi inserida.
Gertrude Lawrence a gravou, em 1933, com orquestra regida por Ray Noble (vídeo).
Julie Andrews, fingindo ser Gertrude, também a gravou. Para assistir a esta versão, apenas diretamente no YouTube (a incorporação deste vídeo foi desativada).
Link para a letra da canção.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

308 - PORTAL DE MEMÓRIAS. Lançamento de livro

Será lançado amanhã, no Centro Cultural Oboé, o livro "PORTAL DE MEMÓRIAS: Paulo Gurgel, um médico de letras".
A apresentação da obra estará a cargo do médico e escritor Marcelo Gurgel, irmão do perfilado e organizador da edição.

Serviço
Dia: 18 de outubro (terça-feira) de 2011
Horário: 19h30
Endereço: Rua Maria Tomásia, 531 - Fone: 3264 7038

Os livros serão distribuídos com as pessoas convidadas para o evento.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

307 - ALIMENTOS. O semelhante cura o semelhante?

Bem, encontramos dez alimentos que espelham as partes do corpo a que fornecem nutrientes como, por exemplo, a noz, a qual é realmente muito parecida com o cérebro. Coincidência? Talvez.
Embora esses alimentos possam ser saudáveis para o corpo todo, a lista a seguir é um lembrete divertido do que comer para beneficiar áreas específicas.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

306 - Bactérias construtoras de pirâmides

O vídeo abaixo, inspirado na construção das antigas pirâmides, foi apresentado em 2010 na Conferência Internacional do IEEE sobre Robôs e Sistemas Inteligentes.
Mostra cerca de 5 mil bactérias se movendo como um enxame de peixes pequenos, trabalhando em conjunto para o transporte de pequenos tijolos de epóxi, de modo a montar uma estrutura piramidal - tudo em 15 minutos.
As bactérias, de um tipo conhecido como magnetotáticas, contêm estruturas chamadas magnetossomos, que funcionam como uma bússola. Na presença de um campo magnético, os magnetossomos fazem com que as bactérias se movimentem de acordo com a orientação do campo.
Cada bactéria tem flagelos capazes de gerar cerca de 4 piconewtons. É uma quantidade muito pequena de força de empuxo mas, colocadas milhares de bactérias para trabalhar em conjunto, elas podem mover montanhas. Bem, micromontanhas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

305 - Um ano com Mercúrio!

Na Guerra Civil norte-americana, o exército da União documentou 100 mil casos de gonorreia num período de dois anos. Durante a I Guerra Mundial, o exército perdeu 7 milhões de pessoas-dia e teve mais de 10 mil baixas por Doenças Sexualmente Transmitidas (DST) em suas fileiras.
Nos meados dos anos 1940, tais infecções começaram a ser tratadas pela penicilina. Mas, por uma questão de segurança nacional, as forças armadas dos EUA mantiveram, como medidas de controle das DST, o marketing impactante e a política de distribuição de preservativos. Dando assim continuidade a uma guerra de décadas contra as DST.
Com o título The Enemy in Your Pants, o site Mother Jones mostra 20 pôsteres dessa luta.


O cartaz diz:
Um minuto com Vênus... Um ano com Mercúrio!

Explicação
Os mercuriais eram o tratamento padrão da sífilis antes da descoberta da penicilina.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

304 - Mortalidade de pássaros por causas antropogênicas

Um estudo conduzido por Wallace P.Erickson e colaboradores, em 2002, estimou que entre 500 milhões e 1 bilhão de pássaros são mortos anualmente nos Estados Unidos da América por causas antropogênicas. Estas causas incluem edifícios (58,2%), fios de eletricidade (13,7%), veículos terrestres (8,5%), torres de comunicação (0,5%), aviões (<0,01%) e turbinas eólicas (<0,01%) contra os quais as aves se chocam. Também constam da relação: a predação por gatos (10,6%), o uso de pesticidas (7,1%) e outros causas menos frequentes.
Esse estudo é até hoje uma importante referência para o assunto. Observar que a morte de pássaros causada pelas hélices dos aerogeradores, embora represente menos de 0,01 por cento dos casos, em número absoluto significa dizer que mais de 26 mil aves são mortas por essa causa nos EUA, anualmente. Para o Brasil, que já ocupa o 21º lugar no ranking da energia eólica, não há uma estatística disponível.
Contudo, há medidas que podem reduzir esta última causa de mortalidade aviária. Uma delas é não instalar aerogeradores nas rotas migratórias dos pássaros.

A Summary and Comparison of Bird Mortality from Anthropogenic Causes with an Emphasis on Collisions by Wallace P. Erickson, Gregory D. Johnson, and David P. Young Jr.

06/08/2012 - Atualizando...
Aldeias galesas x Empresas de energia eólica. Clique aqui.

25/05/2015 - Atualizando...
A turbina eólica sem hélices. A Vortex Bladeless é tão mais barata e ambientalmente benéfica que representa 40% a menos nos custos para sua produção de energia. As despesas operacionais do sistema também são 50% menores. Para o futuro, a companhia pretende acoplar placas solares às turbinas, para maximizar a produção e criar modelos para a produção eólica offshore. Além de todas essas vantagens, seu design evita acidentes com aves já que não possui hélices como os modelos normais.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

303 - Inventos malucos em medicina - 3

Em seu pedido de patente (nº. 3216423, nos Estados Unidos), o inventor desta centrífuga para parturientes argumentava que era uma forma de tornar o parto mais fácil.
Fundamento
Deitada no aparelho (figura), que giraria a 33, 45 ou a 76 RPM, a mãe contaria com a ajuda da força centrífuga para puxar o bebê para fora do canal de parto.
Este projeto ficou apenas na concepção concepção, jamais foi construído.


A propósito...
Dance Flick Baby Part

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

302 - A toxina da felicidade

:-)
A imagem veio daqui.

Polemizando...
A limitação da expressão das próprias emoções atrapalha na hora de reconhecer as emoções dos outros?
Sim, diz novo estudo.
Não é novidade que é difícil saber o que os usuários de botox estão sentindo. Mas, aparentemente, aqueles com os rostos paralisados têm pouca ideia do que os outros estão sentindo também. Não, injeções de toxina botulínica, até onde se sabe, não afetam o cérebro. Mas, de acordo com um novo estudo, nas pessoas que usam toxina botulínica, por estarem fisicamente incapazes de reproduzir as emoções alheias, essa situação acaba afetando a habilidade de também compreenderem os sentimentos dos outros. (...)
O texto veio daqui.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

301 - Sonho x pesadelos



Meu sonho é... cortar todos as ligações com a civilização, mas continuar na internet.

Meus pesadelos são... essas cinquenta e duas formas já contabilizadas de como alguém pode morrer numa caverna: por queda, soterramento, mordida de morcego, picada de animais peçonhentos, desorientação, afogamento, asfixia, explosão de gases, hipotermia, exaustão, histoplasmose etc.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

300 - Dia Mundial Sem Carro - 2011

O Dia Mundial Sem Carro é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20, e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis - entre os quais se destaca a bicicleta.
Automóveis: problemas causados pelo uso massivo
Os malefícios causados pelo uso de automóveis são inúmeros e evidentes: poluição atmosférica e sonora, doenças respiratórias, sedentarismo, irritabilidade, perda de tempo em congestionamentos, acidentes, comprometimento de grande parte da renda das pessoas.
Além disso, as viagens de carro degradam a relação dos indivíduos com o espaço público, transformando a rua em um indesejável obstáculo a ser superado no deslocamento de um ponto a outro. Elas também significam um uso desproporcional das ruas, já que a imensa maioria dos carros leva apenas uma pessoa - o que é ainda mais grave em áreas densamente povoadas.
Desafio Intermodal - 6ª edição
20/09/11, às 18 horas
Da movimentada avenida Luís Carlos Berrini, zona sul de São Paulo, foi dada a largada: a motorista, o motociclista, os ciclistas, os usuários de transporte público e os pedestres saíram lado a lado, em direção à prefeitura, no centro, a cerca de 10 km dali.
Veja quem fez o percurso mais rápido:

Empresário Wagner de Carvalho chega com sua bicicleta em frente à prefeitura
Folha.com

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

299 - EUA. Gratuidades em Saúde

:-)

Se você não pode pagar um médico, 
vá a um aeroporto: 
vai conseguir grátis uma radiografia e um exame de mama; 
agora, se você mencionar Al-Qaeda
terá uma colonoscopia também grátis.

Ver também...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

298 - Peanuts. O nascimento do bebê

A comovente cena do nascimento de um amendoim obtida por fotomanipulação:


Após registrar essa cena, o artista confessou haver comido os "atores".

A propósito...
O segredo por trás da produção da manteiga de amendoim:

Bits and Pieces

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

297 - O relógio carbônico

Uma funcionalidade recém-instalada no Acta, o relógio carbônico tem o objetivo de mostrar o incremento do CO2 na atmosfera a cada instante, apresentando em tempo real uma estimativa da concentração desse gás na atmosfera. Para funcionar, o relógio carbônico utiliza os dados gerados pelo Laboratório de Monitoramento e Diagnóstico do Clima, localizado a 3500 metros de altitude no observatório de Mauna Loa, no Havaí.
O laboratório é considerado um dos mais confiáveis do mundo para esse tipo de avaliação, uma vez que o ar por ele coletado não sofre a influência de fontes evidentes de poluição industrial ou de absorção de CO2 como uma floresta. Além disso, o laboratório possui a maior série histórica de amostragens, com dados coletados desde 1955.
Os valores exibidos são uma projeção baseada nos últimos dois meses e descartam as variações sazonais causadas por alterações na taxa de absorção do poluente por plantas e oceanos.
Dióxido de carbono
Descoberto em 1754 pelo escocês Joseph Black, o dióxido de carbono é um gás fundamental para a manutenção da vida no planeta. Sem ele, plantas e outros organismos não realizariam o processo da fotossíntese, que transforma a energia solar em energia química. Este processo é uma das fases do chamado ciclo do carbono, vital para a manutenção dos seres vivos.
Entre os séculos 18 e 19, o nível do dióxido de carbono presente na atmosfera era de aproximadamente 280 ppm (partes por milhão), mas após a Revolução Industrial, no final do século 19, esse valor não parou mais de crescer e atualmente já atinge quase 390 ppm, um aumento de 39%.
Devido ao aumento da temperatura do planeta nos últimos 100 anos, diversos cientistas associaram o fenômeno ao incremento da concentração de CO2 e hoje o gás é considerado o maior responsável pelo aquecimento global.

domingo, 11 de setembro de 2011

296 - A toalha de mesa de Carlos Magno

Talvez o mais famoso usuário de amianto tenha sido o imperador Carlos Magno. Ele possuía uma toalha de mesa feita com esse material e gostava de usá-la quando recebia convidados para comes e bebes. Então, ao final da noite, quando a toalha precisava ser limpa, ele a jogava ao fogo. O que acontecia com a toalha deixava os seus convidados impressionados.
Diz-se que Carlos Magno usava do truque para convencê-los de que tinha poderes sobrenaturais.
Outras culturas chegaram a ter roupas feitas de amianto. Eram consideradas práticas, pois podiam ser limpas através do fogo. Colocando-as nas chamas, as pessoas conseguiam retirar suas manchas. Algumas dessas roupas à prova de fogo foram mostradas ao viajante Marco Polo (com a "revelação" de que eram feitas a partir da lã de uma salamandra).
Mas ele era menos crédulo do que os convidados de Carlos Magno.
Nota
Amianto é literalmente tão velho quanto as montanhas. Plínio, o Velho, descrevia-o como sendo um material inextinguível. Daí ter como sinônimo a palavra asbesto (de asbestinon, o que nunca se apaga). Devido a esta e a  outras propriedades físicas tornou-se um mineral muito utilizado em todo o mundo. No entanto, está na gênese de algumas doenças graves como a asbestose, o câncer de pulmão e o mesotelioma maligno. PGCS
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19/09/11 - Post Scriptum
Publicada em seguida no Luís Nassif Online, esta postagem recebeu lá 5 comentários. Dou destaque ao comentário do leitor Ivan Moraes:
"Minha casa tem amianto do teto às paredes. É um problema sério quando um pedacinho quebra e eu tenho que consertar. Devido às leis americanas, você tem que ter roupa de astronauta para lidar com o amianto. Aqui, porque está nas paredes está ótimo - minha casa é quentíssima no inverno - mas é canceroso quando está no ar. Portanto, não dá para trocar paredes de lugar nessas casas mais velhas, é caro demais e requer trabalhadores especializados.
O amianto em fibra (cujo nome não sei) era misturado ao reboco das casas, antigamente. Até o WTC tinha amianto como isolante - um dos melhores e mais conhecidos isolantes térmicos do mundo. Só não pode sair de lá. É tão 'grilante' que até para colocar um parafuso na parede eu tomo varias precauções, e limpo toda e qualquer sombra de pozinho, imediatamente.
Uma curiosidade: nunca conheci casos de ourives em BH que tiveram câncer de pulmão, embora eles (antigamente) trabalhassem com um pedaço de amianto, bem na frente do rosto, por anos a fio - usado igualmente como isolante térmico - quando soldavam peças em anel ou pulseira.
Leiam o artigo original em inglês: ele menciona ourivesaria e asbestos, com direito a foto de joia de Faberge, com um uso que eu não conhecia até hoje, e menciona também os freios de carros feitos de amianto." IM

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

domingo, 4 de setembro de 2011

294 - Um microscópio de baixo custo

Muitas vezes quando ouvimos falar de algum instrumento científico novo, pensamos em tecnologias caras, especialmente se a notícia se refere a um microscópio que é capaz de detectar microrganismos usando a holografia. Embora esse dispositivo seja surpreendente, pois a sua premissa é interessante, por ter custos de fabricação abaixo de 100 dólares, ele abre possibilidades de ser empregado em países de economias emergentes.
Este microscópio foi fabricado por cientistas da Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles. O aparelho é composto por duas partes principais: a primeira é um módulo de "transmissão", através do qual se analisam fluidos, tais como água ou sangue, e a segunda, um módulo de "reflexão", que é capaz de produzir hologramas de superfícies mais densas. A holografia, lembremos aqui, já vem sendo usada com outros fins médicos, como no monitoramento da atividade neurológica.

O protótipo de LUCAS: Lensless Ultra-wide Cell
monitoring Array platform based on Shadow imaging

O ponto alto é que esse microscópio utiliza componentes eletrônicos em vez de lentes, o que reduz significativamente o seu custo de produção. Na verdade, os sensores de foto deste dispositivo já são  encontrados nas câmaras de alguns smartphones, a um custo de produção que não ultrapassa os 15 dólares.
O microscópio é responsável por capturar as informações, que são enviadas para o segundo dispositivo, com maior poder de processamento, um telefone celular ou um computador, que criam imagens 3D.
Os cientistas da UCLA acreditam que esse microscópio venha a ser uma ferramenta útil para detectar surtos de bactérias de difícil monitoramento, como a E. coli , responsável por gastroenterites. Tais condições, comuns em países em desenvolvimento, representam um problema epidemiológico que, detectado a tempo, poderia ser tratado de uma forma mais eficaz. Sem dúvida, um avanço no campo da medicina por um custo bem acessível.

Microscopio de bajo costo emplea hologramas para detectar bacterias, por Pepe Flores. In: ALT1040
Field-portable reflection and transmission microscopy based on lensless holography, por Myungjun Lee, Oguzhan Yaglidere and Aydogan Ozcan In: www.opticsinfobase.org

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

293 - Alguns números sobre o cérebro

Estudos realizados em tecidos cerebrais removidos cirurgicamente dão uma ideia de como é complexo o cérebro humano:
sinapse
(representação visual)
  • O órgão apresenta cerca de 100 bilhões de neurõnios.
  • Cada neurônio se conecta em média a mil outros neurõnios, o que contabiliza 100 trilhões dessas conexões (sinapses).
  • Para processar as informações sinápticas estão envolvidas 1.461 proteínas.
  • E estas, por sua vez, são produzidas a partir de 1.461 genes, os quais representam 7 por cento dos 20 mil genes codificadores de proteínas que existem no genoma humano.
In Map of Brain Junction, Avenues to Answers, The New York Times - Science

Vídeo
Ode ao Cérebro: da série musical Sinfonia da Ciência, de John Boswell. Pelas palavras poderosas dos cientistas Carl Sagan, Robert Winston, Vilayanur Ramachandran, Jill Bolte Taylor, Bill Nye e Oliver Sacks.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

292 - O efeito placebo 2.0

Em muitos estudos médicos, pessoas que tomam falsos medicamentos, tais como pílulas de açúcar sem os ingredientes ativos, ainda assim podem se sentir melhor. Elas apresentam os resultados positivos do enigmático "efeito placebo". E isso levanta uma questão interessante do ponto de vista ético: se podem os médicos prescrever placebos justificadamente a seus pacientes?
A resposta padrão é não. Se o fizerem, os médicos podem prejudicar a confiança que recebem dos pacientes e violar os princípios do consentimento informado.
Muitos dos argumentos, porém, são baseados na idéia de que os efeitos de um placebo dependem da crença de que ele é um medicamento real. E de que, ao tomá-lo, as pessoas esperam que ele de fato vá funcionar, daí os possíveis benefícios do placebo. Mas, de acordo com Ted Kaptchuk, da Harvard Medical School, tal expectativa pode não ser necessária.
Em um ensaio clínico, ele descobriu que pacientes com síndrome do intestino irritável  melhoravam de seus sintomas, quando tomavam pílulas de placebo, em comparação com pacientes que não tomavam nada. Mesmo que eles fossem previamente informados de que os comprimidos não continham qualquer substância  ativa.

Referências
Evidence that placebos could work even if you tell people they are taking placebos.
Placebos without Deception: A Randomized Controlled Trial in Irritable Bowel Syndrome.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

291 - Gatos em queda

Têm os gatos a extraordinária capacidade de sobreviver a quedas de grande altura?
Há um estudo já meio antigo (é de 1987), realizado por dois veterinários, Drs. Wayne Whitney e Cheryl Mehlhaff, da Faculdade de Medicina Animal de Manhattan, que parece confirmar a existência desse "superpoder felino".
Eis o resumo dos resultados desse estudo:
De 115 gatos que foram trazidos para o centro médico veterinário, após terem sofrido uma queda do 2º ao 32º andar de um prédio, a grande maioria conseguiu sobreviver.
Dos gatos que caíram do 2º ao 6º andar, 10 por cento morreram.
Apenas 5% dos gatos que caíram do 7º ao 32º andar morreram.
A lesão mais comum após a queda foi o sangramento nasal.
A duplicação da taxa de sobrevivência com o aumento da altura de onde os animais caíram foi explicada pelos efeitos da "velocidade terminal". Quando é alcançada essa velocidade (em que a resistência do ar contrabalança o aumento da velocidade de queda pela ação da gravidade), a sensação de queda diminui para o animal. E este, "relaxado", pode se preparar para o impacto contra o solo escolhendo uma melhor posição.


Pode gostar de ler: Gato de asas, Física aplicada, O Império contra-ataca e o Que é o escapa-gato?

domingo, 21 de agosto de 2011

290 - Declaração de óbito : documento necessário e importante


Nós médicos somos educados para valorizar e defender a vida.
Sempre nos ensinaram que a morte é a nossa principal inimiga, contra a qual devemos envidar todos os nossos esforços.
Este raciocínio reducionista, porém real; equivocado, porém difundido, é fonte de incontáveis prejuízos para as pessoas.
A morte não é a falência da Medicina ou dos médicos. Ela é apenas uma parte do ciclo da vida. É a vida que se completa.
Neste cenário, uma das principais vítimas é a própria documentação da morte, a declaração do óbito.
Este documento, cuja importância somente é igualada pela certidão de nascimento, não é apenas algo que atesta o fechamento das cortinas da existência; ele possui um significado muito maior e mais amplo. Ele é um instrumento de vida.
A declaração de óbito é uma voz que transcende a finitude do ser e permite que a vida retratada em seus últimos instantes possa continuar a serviço da vida.
Para além dos aspectos jurídicos que encerra, a declaração de óbito é um instrumento imprescindível para a construção de qualquer tipo de planejamento de saúde. E uma política de saúde adequada pode significar a diferença entre a vida e a morte para muitas pessoas.
O seu correto preenchimento pelos médicos é, portanto um imperativo ético.
Dr. Edson de Oliveira Andrade

In: Brasil. Ministério da Saúde. Declaração de óbito : documento necessário e importante / Ministério da Saúde,Conselho Federal de Medicina. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 40 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

Ilustração: Reprodução da obra do artista plástico Paulo Camargo, criada em 1997 (3x6 metros), que se encontra no saguão do prédio do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

289 - A síndrome de Paris

Ah, Paris, a Cidade Luz! Todo ano, mais de 45 milhões de pessoas visitam a cidade, mas cerca de 1 milhão desses turistas deslumbrados (principalmente japoneses) adoecem daquilo que foi apelidado de síndrome de Paris.
O que poderia causar o tão estranho efeito?
Dan Lewis, da Now I Know explica:
"A síndrome de Paris é caracterizada por um conjunto de perturbações psíquicas sofridas pelo visitante, incluindo muitas vezes sintomas orgânicos, tais como tonturas, aumento da frequência cardíaca e suores. Casos extremos vêm com uma sensação de perseguição e até alucinações. E a maioria dos afetados são japoneses.
A causa? Mais provável é que ela seja uma mistura de vários fatores: o jet lag de uma viagem longa; a euforia (semelhante à síndrome de Stendhal) de estar a tirar as grandes férias da vida; a barreira da língua; e, mais criticamente, o choque cultural."
Como a BBC observou em uma discussão sobre a síndrome:
"Os visitantes vêm com uma visão profundamente romântica de Paris e a realidade pode transformá-la em choque. Um encontro com um motorista de táxi grosseiro ou um garçom parisiense que grita para os clientes que não sabem falar francês, dentre outras situações, podem ser tolerados por pessoas de outras culturas do Ocidente. Mas, para os japoneses, acostumados a serem educados e prestativos e que vivem numa sociedade em que as vozes raramente são alteadas, essas experiências na cidade de seus sonhos podem ser desastrosas." 

domingo, 14 de agosto de 2011

288 - Insetos não morrem no microondas

Imagine que um dia você chega a sua casa e encontra uma barata no forno de microondas. E, sem dó nem piedade, você resolve: "eu vou queimá-la". Mas, com resignação, vê que ela fica a se mover, de um lado para outro, e... nada de morrer no forno que você ligou.
A explicação científica
Quando funciona, o forno não está totalmente preenchido por microondas. Estes são feixes estreitos que atravessam o interior do forno e nunca devem retornar aos emissores porque iriam danificá-los. A posição dos emissores e das reflexões das microondas são bem estudadas para que esse cenário nunca se apresente. A menos que você ponha no forno alguma coisa que faça isso (por isso, não se deve colocar nele objetos de metal).
É fácil entender a função do prato giratório. Sem ele, as microondas passariam apenas por determinados pontos do forno, deixando o alimento com partes quentes e frias.
Agora, sobre a barata: ela está se movendo. Não se aproximar dos "pontos quentes" do forno é vital para ela. Acaso passe por algum "ponto quente", a barata afasta-se (não é tão estúpida) para que o calor não a destrua (assim como você retira de imediato a sua mão de uma chapa quente).
Portanto, insetos que podem/sabem se mover rapidamente, de modo a evitar os feixes de microondas, conseguem sobreviver num forno em funcionamento.
E, como você já deve ter concluído, isso é ciência pura.

Los insectos no mueren en los microondas, Maldita Ciencia

N. do E.
A experiência foi validada aqui: OK.
Mas ainda acho que barata esperta é a que não atravessa galinheiro forno de microondas.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

287 - Como a maconha deixa os pulmões

Este vídeo é para demonstrar um dos problemas causados pela maconha. Nele, uma dupla de jovens conduz um experimento caseiro, com um aspirador e um filtro, em que mostram os efeitos visuais dessa "erva" nos pulmões. Observem.


Comentário de um internauta
Agora eu entendo porque as camisas hippies tem essas cores...
Para quem não lembra como são (ou eram) as tais camisas, eis abaixo a imagem de uma delas.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

286 - O corpo humano não é casa...

Mas tem porta, janela, cortina, parede, pia, bacia, cadeiras, vaso, compartimento, assoalho e forro.
  • Porta. No corpo humano, porta é uma veia. É a veia que conduz, para o fígado, o sangue do intestino delgado. do intestino grosso, do baço, e de partes do duodeno, do estômago e do pâncreas.
  • Janela. O corpo humano tem a janela oval e a janela redonda, dois orifícios existentes na parte interna da caixa do tímpano, que é óssea.
  • Cortina. A cortina do corpo humano é a secreção do córtex das glândulas suprarrenais.
  • Parede. Em órgãos ocos como os vasos sanguíneos, estômago e intestinos existem paredes.
  • Pia. Uma das três meninges (membranas que envolvem e protegem o encéfalo e a medula) chama-se pia-máter. As outras duas meninges são dura-máter e aracnóide.
  • Bacia. A bacia do corpo humano, também chamada de pelve, é o conjunto formado pelos dois ossos ilíacos e pelo osso sacro, e está localizada na cintura pélvica ou quadris.
  • Cadeiras. A nossa cintura pélvica é também chamada de cadeiras.
  • Vaso. O corpo humano está repleto de vasos, que são os condutos por onde circulam o sangue e a linfa.
  • Assoalho. No corpo humano existem o assoalho da boca, onde, aliás, a língua é presa por um freio chamado frênulo lingual, e o assoalho da bacia (períneo, região situada entre o ânus e os órgãos sexuais externos).
  • Forro. O revestimento interno de certos órgãos é uma espécie de forro. O endométrio, por exemplo, é o forro do útero. O endocárdio é o forro do coração.
(extraído de "O Corpo Humano É Engraçado", de Daniel Walker, 
eBooksBrasil.com, e republicado com ligeiras modificações)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

285 - O teste de Fagerström

É um dos questionários mais empregados para avaliar o grau de dependência à nicotina que o fumante apresenta.
Leva em consideração: o tempo que ele leva até acender o primeiro cigarro do dia, o grau de dificuldade para ele se abster de fumar em locais públicos, o cigarro do dia que lhe traz maior satisfação, quantos cigarros ele fuma por dia, se fuma mais com maior frequência pela manhã e, finalmente, se fuma quando está doente e acamado.

O teste está incluído neste blog, no item "Calculadoras".

quinta-feira, 28 de julho de 2011

284 - O triângulo da morte

Nós o temos bem sob os nossos olhos. O "triângulo da morte", apelido que é dado a essa região do rosto que que vai do lábio superior até as sobrancelhas (ver imagem), a qual apresenta uma peculiaridade em sua drenagem venosa.
As veias, ao contrário das artérias, possuem válvulas que ajudam a direcionar o fluxo do sangue, impedindo-o de refluir. Só que as veias que drenam essa área são desprovidas de válvulas.
Onde está o problema, você pode perguntar. Imagine que você tenha um furúnculo nessa região do corpo e que o manipule. Ora, não vai existir nenhum obstáculo para que o sangue retorne com um trombo infectado para as veias intracranianas, especialmente o seio cavernoso ou um de suas tributárias como as veias oftálmicas.
Esses eventos de tromboflebite séptica, apesar de raros, podem custar a vida de 20 a 30 por cento dos pacientes. E, dentre aqueles que sobrevivem, muitos podem ficar com sequelas, devido ao comprometimento dos nervos oculomotores ou a uma meningite secundária.
Daí a recomendação de nunca manipular os focos infecciosos que apareçam no "triângulo da morte". Isso pode transportar bactérias a locais em que as patologias que elas causam são extremamente graves.

El triángulo de la muerte, Per Ardua ad Astra

Visitemos el Feneis (5ª Edición, pág. 278):
6. V. angularis (vena angular). Origen de la vena facial en el ángulo medial del ojo, por unión de las venas supratroclear y supraorbitaria. Se anastomosa con la vena oftálmica. Está relacionada con la vena oftálmica superior a través de la vena nasofrontal y, al igual que ellas, carece de válvulas. Posible vía de infección de la cara hacia la órbita y compartimento encefálico.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

283 - Tendências e preditores de alterações na função pulmonar após tratamento para tuberculose pulmonar

Pacientes geralmente apresentam alterações da função pulmonar após o término do tratamento para tuberculose pulmonar. A evolução temporal para alterações da função pulmonar e os fatores de risco para a deterioração ainda não foram bem estudados.
No total, 115 pacientes com 162 resultados de função pulmonar foram analisados. Foram obtidos dados demográficos e clínicos, escores radiográficos, dados bacteriológicos e de função pulmonar. Um modelo aditivo generalizado com técnica de suavização de curva de dispersão ponderada foi utilizado para avaliar as tendências de alterações da função pulmonar. Um modelo de equação de estimativas generalizadas foi utilizado para determinar os fatores de risco associados à deterioração da função pulmonar.
A mediana do intervalo entre o término do tratamento anti-tuberculose e o teste de função pulmonar foi de 16 meses (variação: 0 a 112 meses). O nadir (ponto inferior das observações) da função pulmonar ocorreu aproximadamente 18 meses após o término do tratamento. Os fatores de risco associados à deterioração da função pulmonar incluíram doença com pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes positiva no escarro, acometimento pulmonar extenso antes do tratamento contra tuberculose, tratamento prolongado contra tuberculose e melhora radiográfica reduzida após o tratamento.
Os pesquisadores concluíram que, após o término do tratamento contra tuberculose, vários fatores de risco foram preditores de deterioração da função pulmonar. Para pacientes com sintomas respiratórios significativos e múltiplos fatores de risco, o teste de função pulmonar deve ser acompanhado para monitorar a progressão para prejuízo funcional, principalmente nos primeiros 18 meses após o término do tratamento contra tuberculose.

Uma resenha de CHUNG, Kuei-Pin and TAMI GROUP et al. Trends and predictors of changes in pulmonary function after treatment for pulmonary tuberculosis. Clinics [online]. 2011, vol.66, n.4, pp. 549-556. ISSN 1807-5932. doi:10.1590/S1807-59322011000400005.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

282 - A floresta dos suicídios

A floresta Aokigahara, localizada na base do Monte Fuji, é o mais popular local de suicídios no Japão. Depois que o romance "A Floresta Negra", de Seicho Matsumoto, foi publicado (1960), no qual um jovem amante comete suicídio nessa floresta, as pessoas começaram a se suicidar por lá, a uma taxa de 50 a 100 mortes por ano. A região acumula tantos corpos que a Yakuza, a Máfia japonesa, paga mendigos para que entrem na floresta e roubem os cadáveres. As autoridades japonesas alegam que a floresta é demasiado densa para patrulhar adequadamente.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

281 - A flauta-de-bexiga

A “flauta-de-bexiga” (bladder pipe, em inglês) é um raro instrumento de música que remonta à época medieval.
O aspecto mais curioso é que faz parte do instrumento uma bexiga animal que, soprada através de uma fina peça bucal, funciona como um reservatório de ar para a flauta.



Fonte: www.music.iastate.edu
Para ouvir em mp3 como é o som emitido pelo instrumento, clique aqui.