terça-feira, 30 de outubro de 2012

432 - Sem retorno



Este gráfico apresenta o número de vezes em que animais são citados em artigos biomédicos a partir da década de 1950.
Fonte: PubMed

Uma rápida observação sobre o gráfico mostra como ratos e camundongos, "descolando" das demais categorias, vêm se destacando na preferência dos pesquisadores. Não os considero animais sortudos, por isso.

sábado, 27 de outubro de 2012

431 - Andando em círculos

A crença comum diz que as pessoas que se perdem em um terreno desconhecido acabam muitas vezes andando em círculos. É uma crença que está bastante arraigada na cultura popular.
Em um trabalho que publicaram no Current Biology (resumo), Jan L. Souman e colaboradores testaram a capacidade de seres humanos para caminhar em linha reta através de terrenos desconhecidos. Em dois ambientes diferentes - numa grande área florestal e no deserto do Saara - voluntários, com os olhos vendados, andaram por várias horas. Suas trajetórias, capturadas através do sistema de posicionamento global, mostraram que os participantes da experiência andavam em círculos quando não conseguiam ver o sol. Sob estas condições, eles caminharam em pequenos círculos, sendo estes muitas vezes extremamente pequenos (com diâmetros inferiores a 20 metros).
De maneira inversa, quando o sol podia ser percebido, esses participantes, por vezes, desviaram-se do caminho reto mas não andaram em círculos. A percepção de uma referência direcional externa lhes permitia recalibrarem o sistema sensório-motor para que pudessem caminhar em linha reta.
PGCS
Roberto Marques escreveu... 
Provavelmente, sem ver o sol perde-se a noção dos quatro pontos cardeais. Tive alguma experiência a respeito disso na ilha do Bananal, onde todo lugar é igual aos outros e não há nenhuma elevação para a orientação.
Conclusão: só dá para andar pelo cerrado com um guia ou com um GPS!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

430 - Monitoramento de drogas

Exigência para admissão é inaceitável
A solicitação de exames de urina ou sangue para saber se o candidato a uma vaga de emprego faz uso de drogas ilícitas foi considerada eticamente inaceitável pelo plenário do CFM. O assunto é tema do Parecer 26/12, apresentado pelo conselheiro representante de Minas Gerais, Hermann von Tiesenhausen.
A opinião baseou-se em princípios do Código Civil, da Constituição Federal e do Código de Ética Médica (CEM). Na Carta Magna, o parecer do conselho aponta o artigo 5º, que diz: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” e que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”.
Já o CEM, em seu artigo 22, veda ao médico “deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte”.
O documento aprovado pelo CFM diz ainda que “os exames exigidos pela empresa devem ser aqueles previstos na legislação específica, visando sempre a avaliação da capacidade laborativa do empregado, caracterizando-se discriminatória qualquer exigência que extrapole os requisitos técnicos para a função a ser exercida”.
O parecer lembra também “a fragilidade dos testes para substâncias canabinóides, opiáceos e outras que têm seus testes toxicológicos, tanto sanguíneos como urinários, com resultados negativos após a suspensão da droga por cerca de três a trinta dias, o que demonstra cabalmente a fragilidade desses testes toxicológicos”.
Quanto à seleção de candidatos para atuação em áreas de risco, tanto públicas quanto privadas, o CFM orienta: “A alternativa é um exame pré-admissional rigoroso, com exame psicológico e testes específicos, além de avaliação psiquiátrica”.
Saiba mais consultando a íntegra do documento em http://bit.ly/PzUI72.

domingo, 21 de outubro de 2012

429 - Fontes de poluição atmosférica

Uma pessoa adulta inspira cerca de 10 mil litros de ar por dia. Este valor varia em função da atividade física de cada um. Em geral, não é necessário, nem possível, corrigir a composição do ar que se respira, sendo esta a principal diferença entre o consumo de ar e o consumo de água. A água passa por um tratamento prévio, o que a torna um produto industrial para ser consumido. O ar, ao contrário, deve ser consumido exatamente como existe na natureza, “in natura”. Por este motivo, é muito importante que a sociedade entenda e respeite as medidas de preservação da qualidade do ar.
O ser humano, ao interagir com o meio ambiente, produz resíduos que podem poluir o ar. A poluição atmosférica pode ser causada por fontes fixas ou móveis, dependendo dos processos que liberam os poluentes no ar.
Fontes fixas - As indústrias são as fontes mais significativas, ou de maior potencial poluidor. Também se destacam as usinas termoelétricas, que utilizam carvão, óleo combustível ou gás, bem como os incineradores de resíduos, com elevado potencial poluidor. Existem ainda as fontes fixas naturais, como maresia e vulcanismo, que também podem influenciar a composição do ar.
Fontes móveis - Os veículos automotores, juntamente com os trens, aviões e embarcações marítimas são as chamadas fontes móveis de poluentes atmosféricos. Os veículos se destacam nas cidades como as principais fontes poluidoras e são divididos em: leves de passageiro (utilizam principalmente gasolina ou álcool como combustível); leves comerciais (utilizam gás natural veicular, o GNV, ou óleo diesel); e veículos pesados (somente de óleo diesel).
Os poluentes podem ser divididos, de acordo com sua origem, em duas categorias:
- Poluentes primários: aqueles diretamente emitidos pelas fontes;
- Poluentes secundários: aqueles formados na atmosfera através da reação química entre poluentes primários e os constituintes naturais da atmosfera.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

428 - Tenham um fantástico dia

O médico e a caligrafia nem sempre caminham no mesmo sentido. Mas é através de um vídeo que mostra um pouco desta forma de arte visual que eu saúdo meus colegas em nosso Dia.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

427 - Sucussão

É a maneira pela qual são "dinamizados" os medicamentos na homeopatia.
O processo pode ser manual ou mecânico: manual, ao se bater o frasco que contém a solução contra um anteparo por cem vezes, e mecânico, quando o processo é feito através de máquinas ou braços mecânicos.
Hahnemann, o criador da homeopatia, usava como anteparo o seu exemplar da Bíblia.

Para ler: ¿Qué es la homeopatía?

Aviso aos navegantes: não prescrevo produtos homeopáticos nem referencio a homeopatia a meus pacientes.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

426 - O poder curativo das formigas

Sabe-se que as formigas possuem mandíbulas que funcionam como fortes pinças naturais.
Presumivelmente por séculos, a medicina primitiva, praticada em certas tribos da África, tem tirado vantagem do conhecimento desse fato para fechar feridas abertas.
Para fechá-las, o curandeiro junta as bordas da ferida e coloca algumas formigas diretamente sobre a mesma. Como o instinto natural destes insetos é morder, suas mandíbulas selam o corte. Em seguida, o curandeiro descarta o corpo das formigas.
A sutura fica mais apresentável e não prejudica o resultado final.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

425 - Hipóxia

Este vídeo mostra uma experiência com os efeitos da hipóxia (diminuição de oxigênio) sobre o ser humano. Numa cabine, em que se reduz a concentração interna de oxigênio, um voluntário é solicitado a resolver problemas aritméticos básicos e a encaixar peças de um quebra-cabeças de criança. A hipóxia retira-lhe a capacidade de executar estas tarefas.
Em seguida, vem o teste final:
Explicar que, se ele não pressionar o botão que injeta oxigênio na cabine, morrerá. Mas... o voluntário, entre eufórico e confiante (devido à hipóxia), não compreende a gravidade da situação. E não executa esta ação simples que salvaria a própria vida.

sábado, 6 de outubro de 2012

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

423 - Ouvido e reflexo da tosse

O ouvido é dividido em 3 partes: O ouvido interno, também chamado de labirinto, responsável pela audição e o equilíbrio. O ouvido médio, responsável pela condução do som (do tímpano ao labirinto), através dos ossículos (martelo, bigorna e estribo). E o ouvido externo, que nada mais é do que um canal de osso e cartilagem, revestido por uma fina pele, que une o pavilhão auricular (a popular orelha) ao tímpano.
Todos sabemos que não devemos colocar objetos no interior do ouvido. No entanto, por vezes, introduzimos nele um cotonete para remover alguma cera acumulada. E pode acontecer que, após ultrapassar um certo ponto do canal auditivo, sejamos acometidos de um acesso de tosse. Como isso é possível se o ouvido não faz parte do aparelho respiratório?
É o que o ouvido também recebe fibras do nervo vago, o décimo par craniano, o qual toma parte nos reflexos da tosse e do vômito. E o nervo vago, através do ramo auricular, recolhe os estímulos sensitivos da porção mais profunda do canal auditivo. Ver a gravura abaixo.