sábado, 29 de novembro de 2014

683 - O desfibrilador voador

Um estudante holandês de 23 anos apresentou um protótipo de um drone ambulância, um desfibrilador voador capaz de chegar a uma vítima de ataque cardíaco dentro daqueles preciosos minutos em que uma vida pode ser salva.
Desenvolvido pelo estudante de graduação de engenharia Alec Momont, ele pode voar em velocidades de até 100 quilômetros por hora. Pintado em amarelo (cor característica dos serviços de emergência na União Europeia - UE) e impulsionado por seis hélices, o drone ambulância pode transportar uma carga de quatro quilogramas - neste caso, um desfibrilador.
"Cerca de 800 mil pessoas sofrem uma parada cardíaca na UE a cada ano e apenas 8 por cento delas sobrevivem. E a principal razão para isso é o tempo de resposta relativamente longo dos serviços de emergência - de cerca de 10 minutos, enquanto a morte cerebral pode ocorrer entre quatro e seis minutos", diz Momont. "O drone ambulância pode fazer um desfibrilador chegar a um paciente situado em uma área de 12 quilômetros quadrados dentro de um minuto, aumentando a sua chance de sobrevivência de 8 para 80 por cento."
Nerdoholic

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

682 - De mal a pior



Um curativo que combina com a pele?
Não, não chega nem perto.
É de uma linha de curativos que fazem o corte parecer pior do que realmente é.
Macabro, não? Mas, por alguma estranha razão, as crianças estão gostando deles.

domingo, 23 de novembro de 2014

681 - Lambendo o perigo

Da esquerda para a direita: MRSA, gripe, catapora, E. coli, e HIV.
A artista Wei Li fez estes picolés com formas de conhecidos microrganismos patogênicos. Mas são perfeitamente seguros, pois são feitos de água com açúcar. Assim como os picolés comuns.
Li explica que quer criar uma experiência sensorial confusa (sic) nas pessoas.
"Antes de prová-los com a língua", diz ela, "você deve saboreá-los mentalmente". E só então "enfrentar o perigo" com suas lambidas.
Ela usou uma impressora 3D para criar os moldes para os picolés.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

680 - O que pode estar ampliando o alcance das doenças tropicais?

Você acha que as doenças tropicais só ocorrem nos países em desenvolvimento?
Mude de ideia.
Diante do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem divulgando sobre estas doenças:
Malária
Dengue
Encefalites
Peste bubônica
Cólera.
Segundo a OMS, devido ao aquecimento global, elas estão se espalhando para as regiões temperadas do planeta.
É que os concomitantes aumentos da temperatura e da umidade em nosso planeta, fenômenos associados ao aquecimento global, estão fazendo proliferar os insetos e os roedores que espalham estas doenças.
N. do E.
Há outros fatores que auxiliam na propagação global dessas doenças, tais como o crescimento populacional, a urbanização descontrolada, as limitações dos sistemas de saúde e os grandes fluxos migratórios.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

679 - Bebidas açucaradas e envelhecimento celular

O consumo de refrigerantes açucarados pode estar ligado ao envelhecimento acelerado do DNA
Bebidas gaseificadas ricas em açúcar (tipo "cola") têm estado sob o fogo de militantes da saúde por contribuírem para a obesidade e o diabetes tipo 2, mas surge agora o primeiro estudo a sugerir uma ligação dessas bebidas com o envelhecimento das pessoas.
O estudo, publicado no American Journal of Public Health, solicitou informações a 5.309 adultos saudáveis ​​com idade entre 20 e 65 anos sobre o seu consumo de refrigerantes e examinou o DNA de células brancas do sangue de todos eles.
A associação entre o consumo de bebidas açucaradas e o nível de envelhecimento celular mostrou-se alarmante.
A equipe da pesquisa descobriu que os telômeros (tampões de proteção do DNA nas extremidades dos cromossomos e que funcionam como relógios biológicos) eram menores em pessoas que consumiam habitualmente essas bebidas. As pessoas que relataram beber uma garrafa de 350 ml de refrigerante por dia tinham, em média, um DNA característico de células 4,6 anos mais velhas.
No entanto, é importante observar que esta pesquisa ainda está em estágio preliminar. Necessitam-se de mais estudos para demonstrar cabalmente se existe uma relação de causa-efeito entre o consumo de bebidas açucaradas e o envelhecimento celular.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

678 - A história de Íris

Nossa história é sobre uma garota chamada Íris.
Íris é muito sensível. Tão sensível, que sempre está em lágrimas. Ela chora quando está triste, quando está feliz e até quando algumas coisas chegam perto dela.
Ela possui glândulas lacrimais especiais para gerar novas lágrimas, e tubos especiais chamados punctas lacrimais, para drenar lágrimas antigas.
Ela chora tanto, que perde 296 ml de lágrimas por dia. Trinta e oito litros por ano! Na verdade, se analisarmos de perto, veremos que ela chora um pouquinho o tempo todo.
As lágrimas basais que Íris produz constantemente formam uma fina cobertura de três camadas, que a cobrem e a protegem da poeira e dos ciscos. Bem próximo à Íris, fica a camada de muco, que mantém tudo ligado a ela. Em cima dessa camada, fica a camada aquosa, que mantém Íris hidratada, expulsa bactérias invasoras e protege sua pele, ou a córnea, de lesões. Por fim, temos a camada de lipídeos, uma película externa oleosa, que mantém a superfície lisa para que a Íris enxergue através dela, e evita que as demais camadas evaporem.
Geralmente, Íris passa o dia sem realmente perceber as lágrimas basais, fazendo seu trabalho. Essa é meio que a função delas. Mas, um dia, ela encontra um garoto chamado Cebola. Íris fica imediatamente apaixonada.
Cebola estava lindo em sua jaqueta roxa e brilhante, e tinha um cheiro incrível!
Então, Íris convida Cebola para jantar em sua casa, mas quando Cebola entra e tira a jaqueta, algo terrível acontece. Quando Cebola tira a jaqueta, uma reação química acontece, convertendo os sulfóxidos, que o fazem ter um cheiro tão bom, em ácido sulfênico, que, então, torna-se uma substância desagradável com um nome extenso: sulfóxido de tiopropanal.
O gás atormenta Íris e, de repente, ela não consegue evitar e começa a chorar descontroladamente. Essas lágrimas de reflexo são diferentes das lágrimas basais, às quais Íris está acostumada. Por serem feitas para remover substâncias prejudiciais ou partículas, elas são liberadas em quantidades bem maiores, e sua camada aquosa também contém mais anticorpos para deter quaisquer microrganismos que possam tentar entrar.
Tanto Íris quanto Cebola ficam arrasados. Eles sabem que não podem levar adiante seu relacionamento, já que Íris vai se machucar e chorar toda vez que Cebola tirar sua jaqueta. Então, eles decidem se separar.
Quando Cebola sai pela porta, Íris para de chorar. E imediatamente recomeça. Só que, agora, ela não está chorando lágrimas de reflexo, mas lágrimas de emoção. Quando alguém fica triste ou feliz demais, parece uma perda de controle, o que pode ser perigoso. Então, as lágrimas de emoção são enviadas para estabilizar o humor o mais rápido possível, junto com outras reações físicas, tais como frequência cardíaca aumentada e respiração mais lenta. Mas os cientistas ainda não têm absoluta certeza sobre como ou por que as lágrimas em si são úteis. Talvez sejam um mecanismo social para conseguir empatia ou mostrar submissão. Mas alguns estudos também descobriram que lágrimas de emoção contêm níveis mais altos de hormônios do estresse, como ACTH e encefalina, uma endorfina e analgésico natural. Neste caso, as lágrimas de emoção também estão, diretamente, acalmando Íris, bem como sinalizando seu estado emocional aos outros.
Lamento que as coisas não tenham dado certo com o Cebola, Íris. Mas não se preocupe. Contanto que você tenha todos os três tipos de lágrima, trabalhando para manter você equilibrada e saudável, as coisas vão melhorar.
Você vai ver.
Traduzido por PGCS

terça-feira, 11 de novembro de 2014

677 - A solução à brasileira

Pesquisadores do Reino Unido mantêm-se na liderança das pesquisas sobre piolhos pubianos ("chatos").
Em 2006, foram Nicola Armstrong e Janet Wilson, do Departamento de Medicina Geniturinária, em Leeds, que se destacaram com este trabalho: Did the "Brazilian" kill the pubic louse? No qual apontavam uma relação entre o desaparecimento do habitat primário (pelos pubianos) do parasita e o número de casos de infestações por Pthirus pubis descritos por profissionais médicos. A DEPILAÇÃO À BRASILEIRA
Agora, um estudo de acompanhamento realizado por Shamik Dholakia, Jonathan Buckler, John Paul Jeans, Andrew Pillai, Natasha Eagles e Shruti Dholakia no Hospital Geral Milton Keynes, em Buckinghamshire, Reino Unido, com base em 3850 questionários preenchidos durante um período de dez anos, não só confirma a diminuição da incidência de infestações por piolhos pubianos como liga a mudança fortemente às práticas de remoção dos pelos pubianos.
No relatório "Pubic Lice: An Endangered Species?" (Os Piolhos Púbicos: Uma Espécie em Extinção?), publicado recentemente em Sexually Transmitted Diseases 41 (6): 388-391, eles afirmam com firmeza:
Resultados: Observou-se uma correlação significativa e forte entre a queda de infestações por piolhos pubianos e o aumento na remoção dos pelos pubianos.
Conclusões: O aumento da incidência de depilação, pela destruição do habitat natural do parasita,pode levar a padrões atípicos de infestações por piolhos pubianos ou à sua erradicação completa.
No entanto, eles ainda veem algum futuro para a espécie. Nos padrões atípicos de infestações em que os piolhos púbicos podem colonizar outros habitats, como os pelos do peito e das sobrancelhas.

561 - O uso do mercúrio contra a pediculose na Renascença

sábado, 8 de novembro de 2014

676 - PPD. As recomendações do MS em caso de falta do teste

O teste da tuberculina, também chamado de PPD (Derivado Proteico Purificado), usado para diagnosticar tuberculose latente, ou seja, antes dos sintomas da doença aparecerem, vai deixar de ser fabricado. O Ministério da Saúde divulgou NOTA INFORMATIVA para programas estaduais e municipais indicando as condutas a serem adotadas na falta do teste.
Segundo o Ministério da Saúde, o país ainda está abastecido do PPD, e a falta deste produto não vai comprometer o Programa Nacional de Tuberculose. A pasta afirma que está em contato com a Organização Mundial da Saúde para buscar alternativas para o problema.
Em 2013, a incidência de tuberculose foi 35 casos por 100 mil habitantes, 21,17% menor do que em 2003, quando esta taxa era 44,4 por 100 mil. O número de casos novos teve redução de 10,5%, passando de 78.606, em 2003, para 70.372 casos novos registrados em 2013.
Considerado importante problema de saúde pública, a tuberculose é uma doença causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), que afeta vários órgãos do corpo, mas principalmente os pulmões. É transmitida pelo ar, quando o paciente tosse ou espirra. Os principais sintomas são tosse prolongada, geralmente mais de três semanas, com ou sem catarro, cansaço, emagrecimento, febre noturna e suor noturno.
09/11/2014 - Atualizando...
O problema ocorre porque o laboratório produtor do PPD (com sede na Dinamarca) foi vendido e interrompeu a fabricação.
Há dinheiro para comprar, mas não há quem venda. Agora, é discutir o que fazer, como substituir", diz Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e integrante do comitê técnico que assessora o Ministério da Saúde.
Nos Estados Unidos, o PPD foi substituído pelo Igra (ensaios de detecção de interferon gama em sangue, na sigla em inglês), exame mais caro, o que dificulta a compra em larga escala. Esse exame está disponível em laboratórios privados. É caro. Há a sugestão de que testes Igra sejam incorporados ao Programa de Controle da Tuberculose, mas isso depende de estudos econômicos.
Outra sugestão é que a tecnologia de produção do PPD seja transferida para algum laboratório brasileiro.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

675 - As vacinas funcionam!

Não obstante os comprovados benefícios das vacinas, muitas pessoas desconhecem como elas funcionam e inclusive desconfiam de sua ação. As vacinas sempre são mais seguras do que as enfermidades infecciosas que elas protegem. Contra algumas dessas enfermidades não há sequer tratamento efetivo, e as vacinas são a única opção para lutar contra elas.
As vacinas salvam milhões de vidas.
Vídeo
Vacinas e vacinações 
por Carlos Vogt,  10/10/2014 - Editorial da Com Ciência 
(revista eletrônica de jornalismo científico)
Certamente, as vacinas mudaram a qualidade e a expectativa de vida das populações ao longo de uma história que se inicia no final do século XVIII e que se desenvolve, por sucessivas e importantes descobertas, para a melhoria da saúde pública e o bem-estar social.
Essa história tem início em 14 de maio de 1796, quando o médico inglês Edward Jenner dá o primeiro passo para a imunização de um menino de 8 anos à varíola, e com isso descobre a vacina.
A história da vacina está, assim, ligada à história da luta contra a varíola e o próprio nome do procedimento, da técnica e da tecnologia de imunização está, na origem e definitivamente, ligado às formas de manifestação da doença nas vacas e nos humanos: na publicação em que nasce o termo "vacina", a expressão usada por Jenner é, em latim, "varíola vaccinae", "varíola da vaca". Da designação de um produto específico, o termo, por metonímia, passa a designar, genericamente, o procedimento para todos os casos de sua aplicação.
A consagração do nome e do procedimento iria se dar em outubro de 1885, quando Louis Pasteur comunicou à Academia de Ciências, na França, a descoberta do imunizante contra a raiva, dando-lhe, em homenagem a Jenner, o nome de vacina.
A partir daí, o final do século XIX e o século XX inteiro iriam conhecer, num processo dinâmico de inovações, que se estende e se aprofunda neste início do novo século, uma sequência impressionante de descobertas que foram consolidando a importância do papel das vacinas para a saúde das populações do globo.
Assim o caso da vacina tríplice, da BCG, da febre amarela, da Sabin, da hepatite B, da gripe e de tantas outras pesquisas e descobertas que se vislumbram e que estão em curso, como é o caso da vacina da dengue.
Contra a varíola, eu, como os de minha geração, experimentamos várias das técnicas de vacinação aplicadas às escolas públicas nos anos 1940 e 1950. Escarificação e broca eram as minhas mais temidas, sendo que a última, que consistia em girar um tubo capilar cortado com a vacina sobre a pele era a campeã de meus temores. Nunca fiquei com a marca que a maior parte de meus amigos e colegas herdaram das vacinações. E disso, não sei porque tive inveja, quando menino. Depois perdi, hoje não tenho mais, mas guardo, na lembrança, o sentimento de necessidade e revolta que os rituais de vacinação provocavam e que foram, com o tempo, sendo cada vez mais incorporados aos hábitos e costumes das sociedades contemporâneas.

domingo, 2 de novembro de 2014

674 - O pulmão de aço

Inventado nos Estados Unidos em 1928, o pulmão de aço estava entre as primeiras máquinas do suporte à vida. Consiste basicamente de uma câmara hermética conectada a uma bomba de ar.
A máquina foi originalmente concebida para ajudar as vítimas da inalação de gases. Mais tarde, os pulmões de aço se tornariam famosos por manter vivos os pacientes de poliomielite. Em casos graves, quando a doença paralisava os músculos respiratórios, o pulmão de aço assegurava a respiração dos pacientes.
O pulmão de aço ajuda o paciente a respirar por meio de pressões negativas. As quais sugam o ar para fora fora da câmara da máquina, fazendo com que os pulmões do paciente expandam, e este possa respirar.
Muitos pacientes de pólio se recuperavam depois de passar algum período no pulmão de aço. Outros, porém, passavam o resto de suas vidas na máquina. Para estes pacientes, a máquina salvava a vida, mas a um preço elevado do ponto de vista da qualidade de vida.
Ainda hoje, há pacientes que usam pulmões de aço para respirar. São casos pouco frequentes. Graças às vacinas, que praticamente eliminaram os casos de pólio, e aos atuais aparelhos de ventilação mecânica cujas vantagens operacionais e de resultados são inegáveis.
Website recomendado:
http://www.sciencemuseum.org.uk/broughttolife/themes/treatments/iron_lung.aspx
19/12/2014 - Atualizando...
Esta nota (674) foi republicada em 18/12/2014 no Jornal GGN.
10/02/2016 - Atualizando...
Martha Mason, a mulher que passou mais de 6O anos imobilizada em um pulmão de aço