segunda-feira, 30 de abril de 2012

371 - O "paradoxo hispânico"

Os pesquisadores chamam de "paradoxo hispânico".
Quando se trata de câncer de mama, câncer de próstata e doença cardíaca, os pacientes latinos nos EUA sobrevivem, após o diagnóstico da doença, por mais tempo do que os pacientes não-latinos brancos e negros, embora outros estudos mostrem que aqueles tendem a ter menos recursos e menos acesso a cuidados médicos do que estes.
O mesmo também acontece com o câncer de pulmão, afirmam cientistas da Escola Miller de Medicina da Universidade de Miami, num artigo publicado on-line na revista Cancer.
Os pesquisadores analisaram um vasto banco de dados de casos de câncer nos EUA, referente a 172.398 pacientes diagnosticados com câncer de não-pequenas células do pulmão, um subtipo do câncer pulmonar, no período de 1988-2007. Em geral, os pacientes latinos (n = 18.206) apresentaram, durante o estudo, um risco 15% menor de morrer do que os pacientes não-latinos brancos. E os pacientes negros eram ligeiramente mais propensos a morrer do que os não-latinos brancos.
Não houve diferenças significativas na mortalidade dos pacientes latinos que nasceram nos EUA com relação à mortalidade dos pacientes latinos que nasceram no estrangeiro, segundo o estudo. Pesquisadores da Universidade de Miami não sabem por que os pacientes latinos tendem a viver mais tempo, mas sugerem que seja porque eles fumam menos ou porque se beneficiam de algum fator genético.

Leitura recomendada
The 'hispanic paradox': latinos and lung cancer, Los Angeles Times
Lung Cancer, CDC

sexta-feira, 27 de abril de 2012

370 - Suas probabilidades de morrer de...


Varíola : 0
Colisão de asteróide: 1 em 960.000.000
Antraz: 1 em 55.052.999
Peste: 1 em 54.059.705
Picada venenosa: 1 em 54.049.600
(as 5 menores chances)

Lesões não intencionais: 1 em 2.941
Doenca respiratória crônica: 1 em 2.228
AVC: 1 em 1.658
Câncer: 1 em 499
Doença cardíaca: 1 em 388
(as 5 maiores chances)

Segundo Demon, que publicou no site My[confined]Space esta lista das chances de uma pessoa morrer, sem citar as fontes consultadas para essas probabilidades nem se reportar a questões de tempo e espaço.

terça-feira, 24 de abril de 2012

sábado, 21 de abril de 2012

368 - Até tu, Listerine?

Na década de 1930, a Lambert Pharmaceutical Company, então fabricante do antisséptico bucal Listerine nos Estados Unidos, fabricou por algum tempo os Cigarros Listerine.
Eis a imagem de um maço do produto, de 1937 e ainda intacto, que foi leiloado recentemente pela e-Bay.
O enxaguante bucal Listerine, que tem mundialmente 131 anos de história, recebeu este nome em homenagem a Joseph Lister, o pioneiro da assepsia cirúrgica.
Uma curiosidade: o Listerine criou a expressão "halitose".
Em nosso país, esta marca pertence atualmente à Johnson e Johnson do Brasil.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

367 - Decifrado o código genético do gorila

Pesquisadores na Universidade de Cambridge, em um trabalho que envolveu mais de 70 cientistas de 20 laboratórios de 7 países, conseguiram decifrar o código genético do gorila, o último dos grandes macacos que ainda faltava ser sequenciado. Os resultados podem fornecer a chave sobre a condição humana.
Segundo o professor Richard Durbin, diretor de pesquisa:
"Gostaria de pensar que, nos próximos 20 ou 30 anos, teremos uma compreensão mais profunda do que aconteceu geneticamente na história evolutiva e de como os genes estruturaram o cérebro e outras propriedades que fazem de nós seres humanos modernos."
Para começar, o estudo indica que os chimpanzés, que compartilham com 99 por cento de nosso DNA, são nossos parentes vivos mais próximos. Em segundo lugar, os gorilas que compartilham 98 por cento. E os orangotangos estão em terceiro, com 97 por cento.
A comparação dos genomas sugere uma espécie humana separada da dos orangotangos há 14 milhões de anos; da dos gorilas há 10 milhões de anos e da dos chimpanzés, os mais próximos, há 6 milhões de anos.
A partir daqui, a grande pergunta que tentaremos responder é: o momento em que os genes, pela primeira vez, fizeram surgir o que agora é o homem com o pensamento abstrato. Uma questão que o estudo não se atreve ainda a fornecer pistas.

Fontes: ALT1040 e Nature

domingo, 15 de abril de 2012

366 - Wiiite

Em junho de 2007, o médico espanhol Júlio Bonis escreveu para o editor do The New England Journal of Medicine:
Um médico residente, de 29 anos, acordou uma manhã de domingo com dor intensa no ombro direito. Negava trauma local e não tinha participado de qualquer esporte ou exercício físico recentemente. Ao consultar um colega da reumatologia, soube que estaria com uma tendinite aguda no tendão infraespinhoso direito (Teste de Patte positivo).
Após nova revisão de suas atividades nas últimas 24 horas, ele se lembrou de que havia comprado um Nintendo Wii e passado várias horas a "jogar tênis" no videogame. No Wii, o jogador  faz movimentos de braço como se fosse um jogo de tênis verdadeiro. E, se ele ficar muito absorto em sua diversão, pode "jogar tênis" por um tempo excessivo. Ao contrário do que acontece com o esporte real, força e resistência física não são fatores limitantes no Wii.


O diagnóstico final para a dor em seu ombro direito foi... "Nintendinite". No entanto, a variante que ele apresentava pode ser rotulada, mais especificamente, de "Wiiite". O tratamento consistiu de ibuprofeno, durante 1 semana, bem como a abstinência completa de jogar o videogame Wii. E o médico paciente se recuperou totalmente.
A "Nintendinite" foi descrita pela primeira vez em 1990, e tem havido muitos relatos de casos de lesões relacionadas ao uso intensivo dessas tecnologias de lazer, principalmente em crianças, na maioria das vezes decorrentes do uso intensivo do tendão extensor do polegar.
Com a utilização crescente deste novo tipo de videogame, o risco de alguém ser acometido pela variante "Wiiite" pode ser superior ao risco que é relatado na literatura médica para a "Nintendinite", especialmente entre os adultos.
Os jogos disponíveis para o sistema Wii já incluem golfe, boxe, beisebol e boliche. Videogames que, usados abusivamente, podem afetar outros grupos de músculos e tendões de seus praticantes. Daí a necessidade de estar o médico preparado para diagnosticar e tratar inesperadas apresentações de "Wiiite".

quinta-feira, 12 de abril de 2012

365 - Número de fumantes em queda no Brasil

Pela primeira vez, o percentual de fumantes está abaixo dos 15%
O número de fumantes permanece em queda no Brasil. É o que revela a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizado pelo Ministério da Saúde. Segundo a pesquisa, de 2006 a 2011, o percentual de fumantes passou de 16,2% para 14,8%. A incidência de homens fumantes no período 2006-2011 diminuiu a uma taxa média de 0,6 % ao ano, segundo o Vigitel 2011.
A frequência é menos da metade do índice de 1989, quando a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou 34,8% de fumantes na população. “Os dados mostram que nossas políticas públicas contribuíram efetivamente nessa redução. Hoje temos mais ex-fumantes do que fumantes no País, mas é preciso continuar reforçando a luta pelo tabagismo. Queremos reduzir essa proporção com as medidas restritivas, como a proibição de fumódromos em recintos coletivos fechados, a restrição dos aditivos de cigarro que alteram sabor e odor, que vão reduzir o tabagismo no grupo de jovens e de mulheres, a proibição de propaganda nos pontos de venda, e o aumento da tributação sobre cigarros”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

364 - Engolindo essa!

Uma categoria comemorou o seu dia (em 25 de fevereiro) fazendo aquilo que melhor sabe fazer: engolir espadas!
Dan Meyer, que preside a Sword Swallowers Association International (SSAI), explica os motivos por que agora os engolidores de espadas têm um dia mundial dedicado a eles.
"Nós, engolidores de espada, temos arriscado nossas vidas por mais de 4 mil anos. Muitas pessoas ou não acreditam que a nossa arte seja real ou pensam que ela acabou. Nós, então, estabelecemos o Dia Mundial do Engolidor de Espadas para promover esta antiga arte que ainda conta com algumas dezenas de praticantes em todo mundo. Com isso, aumentamos a conscientização sobre as nossas contribuições nos campos da medicina e da ciência, homenageamos os artistas veteranos e aumentamos os fundos para a pesquisa do câncer de esôfago e para o socorro aos engolidores de espadas feridos."

Curiosidades
  • Engolir espadas é uma arte que se originou na Índia por volta de 2.000 a.C.
  • Os engolidores de espada usam técnicas mentais para reprimir o reflexo do vômito desencadeado por essas lâminas de aço maciço, de 15-30 centímetros de comprimento.
  • Engolir espadas pode necessitar de 2 anos a 7 anos de aprendizado, mas há pessoas que, mesmo depois de muitos anos de prática, nunca aprendem a dominá-la.
  • No mundo, ocorrem anualmente 5 a 7 ferimentos relativos a essa prática que requerem hospitalização, além de dezenas de outros que não são notificados.
  • O tratamento das lesões relacionadas com o ato de engolir espadas pode custar de 50 a 80 mil dólares por lesão.

sábado, 7 de abril de 2012

363 - Absinto muito


O absinto foi inventado pelo médico francês Pierre Ordinaire como um tônico de saúde, em 1700. Esse produto, porém, não se popularizou até que houve uma praga nos vinhedos da França. As pessoas geralmente misturavam vinho com a água em um esforço para reduzir a enorme quantidade de bactérias na água potável. Quando a cultura da uva passou a ter problema, e os preços do vinho subiram, as pessoas buscaram outros apresentações de álcool para misturar na água. E o absinto, um álcool destilado da erva Artemisia absinthium e aromatizado com anis, era uma forma barata de purificar a água. Contudo, aqueles que o usavam muito notaram um efeito indesejável: alucinações.
Beber absinto floresceu durante La Belle Epoque, quando artistas, poetas e boêmios começavam e terminavam o dia consumindo grandes quantidades de absinto. Muitos deles inclusive se inspiravam nas visões trazidas pela "Fada Verde" (La Fée Verte) durante a apelidada "hora verde". Mas exatamente o quanto disso era ilusão é debatido até hoje. Havia produtores inescrupulosos, que acrescentavam ingredientes venenosos e, às vezes, com propriedades alucinógenas ao absinto. A tujona, um produto químico do absinto, é também causa de alucinações, por exemplo. Mas, na na maioria das vezes, não estava concentrada o suficiente para ter esse efeito sobre os bebedores.
Não, a razão mais provável pela qual o absinto provocava tanto comportamento estranho e visões absurdas era que tinha quase o dobro do teor de álcool do uísque. O absinto, por isso, era regularmente diluído antes de ser bebido. Como a diluição variava de acordo com o gosto do usuário e alguns bebedores de absinto não ligavam muito para isso... Oscar Wilde, supostamente, viu tulipas brotando do seu corpo enquanto caminhava em direção ao sol, após uma noite de bebedeira com absinto. É evidente que ele não diluiu bem a bebida.

Fontes: io9.com e WIKIPÉDIA
Comentários
Tinha que ser um ordinário mesmo, para inventar uma coisa dessas. Hofmann e Leary, que também eram chegados a um alucinógeno, pelo menos tinham nomes mais pomposos do que esse Pedro Ordinário.
Ordinário tinha de criar alguma coisa do gênero. Houvesse sido batizado de Extraordinário (e sendo francês) teria certamente inventado alguma bebida menos alucinante.
PG

quarta-feira, 4 de abril de 2012

362 - NAT KING COLE. Unforgettable

Aqueles que têm uma certa idade lembram-se dele. Entre os jovens, muitos certamente já ouviram falar de Nat King Cole, que faleceu há 45 anos.
Seu repertório é inesquecível. Unforgettable, como diz uma de suas canções.
O que são as coisas! Nat King Cole não gostava de sua "voz de veludo". Foi um fumante "pesado" e consumia cerca de três maços de cigarros por dia. Um consumo que ele aumentava antes de seus shows e gravações, por achar que o fumo melhorava a sua voz.
No final, o cantor adoeceu de câncer de pulmão e morreu no Hospital St. John, em Santa Monica, Califórnia, quando tinha apenas 45 anos.