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quinta-feira, 10 de junho de 2021

1206 - Análise de um cartão McBee. O modelo da DNT


MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PROFILAXIA E CONTROLE DE DOENÇAS
DIVISÃO NACIONAL DE TUBERCULOSE (DNT)


Analisando um exemplar:
Feitos de cartolina na cor amarelo-claro, medindo 20 x 25 cm, apresentando próximo às bordas 114 pequenos orifícios.

Parte central - para a colocação dos seguintes dados:
  • nome, matrícula e prontuário
  • data da internação, data da alta ou óbito, estada (em dias)
  • cor, sexo, idade, estado civil, nacionalidade, profissão, categoria
  • casuística: título e subtítulo. Se o espaço não fosse suficiente para anotar a casuística, a anotação prosseguia no verso do cartão.
Bordas (no sentido dos ponteiros do relógio):
  • superior, para os dados de identificação
  • direita, para as condições do paciente à entrada 
  • inferior, para o tratamento clínico e cirúrgico realizados
  • esquerda, para as condições do paciente à saída

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

1062 - Os cartões McBee no Hospital de Messejana

Os cartões perfurados McBee eram um sistema de classificação de dados desenvolvido antes dos computadores. Inventado em 1896, eles estiveram em uso comum até a década de 1980. Esses cartões tinham orifícios perfurados em intervalos regulares ao redor das bordas, e você podia também anotar mais informações no meio do cartão. Cada buraco correspondia a uma categoria de dados predeterminada pelo usuário. Para indicar que o cartão pertencia a uma categoria específica, você estendia o buraco correspondente até a borda do cartão por meio de um entalhe.
Depois de alinhar todos os cartões, você inseria um longo estilete no buraco que representava a categoria desejada. Ao ser levantado o conjunto dos cartões, aqueles que não pertenciam à categoria ficavam suspensos no estilete, enquanto os cartões que pertenciam à categoria, como tinham o entalhe naquele ponto, destacavam-se do estilete e eram recuperados. O estreitamento adicional dos resultados poderia ser realizado usando o estilete em orifícios que representavam outras categorias.
Este conjunto de cartões perfurados foi usado no Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas pelos Drs. Joseph Bell, Robert Huebner, Robert Chanock e Albert Kapikian para armazenar, analisar e agrupar dados. Eles realizaram muitos estudos epidemiológicos em hospitais, orfanatos e prisões sobre vírus como gripe e hepatite, no final dos anos 50 e início dos anos 60.
MEMÓRIA
Ao assumir a chefia da Seção de Documentação Estatística (equivalente a um Serviço de Arquivo Médico e Estatística) do Hospital de Messejana, tomei conhecimento da existência desses cartões perfurados McBee. Impressos na cor amarela, eram adaptados às peculiaridades de um sanatório para o diagnóstico e o tratamento da tuberculose. E havia, na Seção, uma tesoura especial que uma funcionária manuseava para picotar as fichas, além do já citado estilete, é claro.
Com a transformação do sanatório em um hospital dedicado à cardiologia e à pneumologia, bem como às cirurgias que são realizadas nestas especialidades, as fichas de McBee se tornaram obsoletas. E tivemos de implantar um novo sistema em que dispúnhamos de quatro modelos de fichas para o armazenamento de dados (Diagnóstico, Cirurgia, Médico Assistente e Óbito).
Adiante, no fim da década de 1980, a começar pela Seção de Documentação Científica, o armazenamento de dados no Hospital de Messejana entrou na era digital. Contando com a colaboração de um dedicado funcionário da própria Seção, o Sr. Haroldo de Catro Araújo, diversos programas de informática foram criados para armazenar e processar os dados de interesse da administração e do corpo clínico do Hospital. ~ Paulo Gurgel