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segunda-feira, 19 de junho de 2017

992 - Medicamentos sujeitos a controle especial

A Vigilância Sanitária de Fortaleza publicou um manual com informações claras e diretas para a resolução das dúvidas mais comuns relacionadas à prescrição de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
Nele o prescritor encontra informações sobre:
  • os modelos de Receituários e Notificações de Receita;
  • a forma de aquisição dos talonários de Notificação de Receita;
  • o preenchimento correto das receitas e Notificações de Receita;
  • a lista de substâncias sujeitas a controle especial.
Esta é uma contribuição para a disseminação do conhecimento técnico e o fortalecimento de estratégias para a efetivação do controle e fiscalização de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
Link para o MANUAL.

terça-feira, 2 de maio de 2017

976 - O risco do suicídio em jovens

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL) e Conselho Federal de Medicina (CFM) vem a público se manifestar a respeito do risco de suicídio em jovens.
Nos últimos dias, "jogos" praticados por usuários da internet, os quais envolvem tarefas cujo ato final inclui a tentativa de suicídio (o jogo suicidário Baleia Azul, por exemplo), têm sido destaque na mídia e motivo de grande preocupação para pais, educadores e profissionais de saúde. No entanto, os acontecimentos atuais apenas trouxeram à luz um grave problema de saúde pública, ignorado por muitos, mas motivo de preocupação e trabalho contínuo da ABP e de suas federadas.
O suicídio, há anos, é a segunda causa de morte em jovens dos 15 aos 29 anos de idade. Em mulheres, é a principal causa de mortalidade na faixa etária dos 15 aos 19 anos. Apesar de ser o desfecho trágico de um conjunto de fatores – é equivocado e simplista associar o suicídio a uma única causa – estudos mostram que mais de 90% das vítimas apresentavam pelo menos um transtorno psiquiátrico, especialmente a depressão, considerada o principal fator de risco para o suicídio.
Embora faça parte da adolescência, a formação de grupos com símbolos e rituais em comum merece cuidado e atenção quando práticas abusivas e/ou danosas para si ou terceiros são compartilhadas. De fato, a participação do jovem nesses grupos, reais ou "virtuais", pode indicar uma vulnerabilidade prévia a atos impulsivos, além da presença de sintomas depressivos. Mudanças bruscas de comportamento, isolamento social e abandono de atividades prazerosas, tristeza persistente, alterações do sono e apetite, queda no rendimento escolar, lesões sem explicação aparente (sugerindo autoagressão) e mensagens que caracterizam desesperança, despedida ou com conteúdo de morte nas mídias sociais, são um sinal de alerta e não podem ser negligenciadas. Pais, escolas e profissionais de saúde devem estar atentos e capacitados para identificar as transformações que apontam para condutas de risco. É comum que esses adolescentes, fragilizados pela doença psiquiátrica, como depressão, transtorno de estresse pós-traumático ou abuso de substâncias, ao procurar na internet informações que o ajudem a entender o que estão sentindo, entrem em contato com conteúdo não apenas inadequado, como também criminoso. Especial atenção deve ser dada aos adolescentes que sofreram maus tratos na infância (incluindo negligência, abuso emocional e sexual), vítimas de bullying e violência, além daqueles que apresentem automutilação e, principalmente, história prévia de tentativa de suicídio. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL) e Conselho Federal de Medicina (CFM) orientam, tanto aos meios de comunicação, quanto à sociedade em geral, que quaisquer intenções de propagação de descrições pormenorizadas dos métodos utilizados pelas vítimas, bem como a divulgação de fatos e cenas chocantes, sejam substituídas por informações responsáveis, que reforcem e disseminem o conhecimento associado à prevenção do suicídio.
Em meio a todas essas notícias alarmantes, a ABP gostaria de passar uma mensagem de esperança: a grande maioria dos suicídios são evitáveis. Embora pensamentos de morte e de suicídio sejam relativamente frequentes em pessoas passando por problemas difíceis, a imensa maioria das pessoas encontra formas mais adequadas de lidar e superar os problemas. O enfrentamento dos problemas, a busca de apoio em familiares, amigos, grupos sociais como os religiosos e a procura de ajuda junto a profissionais de saúde estão entre as estratégias de um enfrentamento bem sucedido. Dentre as estratégias de prevenção, a identificação e o tratamento dos transtornos psiquiátricos são as mais eficazes. Nessa perspectiva, dois aspectos são fundamentais: 1) a disponibilidade de uma assistência integral à saúde mental, que envolva todos os níveis de atendimento, da atenção primária a leitos psiquiátricos de internação durante a crise para o atendimento de casos graves; 2) o combate ao estigma em relação aos transtornos psiquiátricos, certamente a principal barreira entre a desesperança causada pela doença e a busca por ajuda. Em relação ao combate ao estigma, é importante ressaltar: é uma ação vital, que está ao alcance de todo cidadão.
Reforçamos nosso compromisso perante a sociedade para auxiliar na disseminação do conhecimento e de estratégias eficazes para a prevenção do suicídio. Nesse sentido, recomendamos o manual elaborado pela ABP/CFM e dirigido à imprensa: "Comportamento suicida: conhecer para prevenir", da ABP.
Carmita Abdo, Antônio Geraldo da Silva e Carlos Vital - Presidente da ABP, Presidente eleito da APAL e Presidente do CFM
Grato a Fernando Gurgel Filho por trazer o assunto à lembrança.

domingo, 9 de outubro de 2016

908 - Diagnóstico das hepatites virais

As hepatites virais agudas e crônicas são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, apresentando características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes particularidades.
As hepatites virais são causadas por cinco vírus: o vírus da hepatite A (HAV, do inglês hepatitis A virus), o vírus da hepatite B (HBV, do inglês hepatitis B virus), o vírus da hepatite C (HCV, do inglês hepatitis C virus), o vírus da hepatite D (HDV, do inglês hepatitis D virus) e o vírus da hepatite E (HEV, do inglês hepatitis E virus) (LEMON, 1997). A doença tem um amplo espectro clínico, que varia desde formas assintomáticas, anictéricas e ictéricas típicas, até a insuficiência hepática aguda grave (fulminante). A maioria das hepatites virais agudas é assintomática, independentemente do tipo de vírus. Quando apresentam sintomatologia, são caracterizadas por fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, anorexia e icterícia. A hepatite crônica, em geral, cursa de forma assintomática. As manifestações clínicas aparecem quando a doença está em estágio avançado, com relato de fadiga, ou, ainda, cirrose. O diagnóstico inclui a realização de exames em ambiente laboratorial e testes rápidos, a fim de caracterizar a doença e sua gravidade (BRASIL, 2009a).
A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude dos diferentes tipos varia de região para região. No Brasil, também há grande variação regional na prevalência de cada hepatite (PEREIRA; XIMENES; MOREIRA, 2010).
Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais

terça-feira, 17 de julho de 2012

397 - Manual do Uso Consciente de Medicamentos

Acesso ao Manual
Visando a orientar as pessoas sobre o uso dos medicamentos, esclarecendo-as sobre suas dúvidas mais comuns, o laboratório Eurofarma desenvolveu este "Manual do Uso Consciente de Medicamentos".
A publicação reúne uma série de informações simples, mas de extrema relevância, como por exemplo: 
1. Não utilize por conta própria medicamentos com tarja. Eles somente podem ser prescritos por um médico ou outro profissional habilitado.
2. Leia sempre a bula e o rótulo do medicamento antes de utilizá-lo. Fique alerta com relação ao prazo de validade e instruções de uso.
3. Não tenha medo de perguntar. Caso não tenha entendido como deve ser utilizado o medicamento – dosagem, intervalos entre uma dose e outra, se deve ser ingerido em jejum ou junto com alimentos, entre outros cuidados – ligue para o seu médico.
4. Respeite o intervalo e a dosagem recomendada pelo médico. Isso é fundamental para o sucesso do tratamento.
5. Todo medicamento precisa de um determinado tempo para começar a agir, que varia de pessoa para pessoa. É absolutamente incorreto e perigoso imaginar que, aumentando a dose do medicamento, seu efeito será mais rápido. 
6. Não utilize medicamentos com alguma alteração visível, como cor diferente ou com cheiro fora do normal. Estas características podem ser indícios de que o medicamento está impróprio para uso. Para confirmar suas suspeitas de alteração, leia a bula e procure por informações sobre a característica do medicamento.
7. Mesmo se sentindo melhor, não pare de tomar o medicamento antes do prazo recomendado. Os sintomas podem voltar com mais intensidade. Por outro lado, se você tiver uma reação adversa, comunique seu médico imediatamente.
8. Antes de realizar exames, cirurgia, tratamento de emergência ou alguma nova terapêutica medicamentosa, informe seu médico ou dentista sobre os medicamentos que você já está utilizando. 
9. Quando for viajar, certifique-se de que seu medicamento é comercializado no lugar para o qual você vai ou leve quantidade suficiente para o tempo que ficará fora. Leve sempre com você uma cópia da sua receita médica.
10. E o mais importante: não indique medicamentos para outras pessoas. O fato de ter sido bom para você, não significa que o mesmo medicamento será bom para um amigo ou parente. Toda prescrição é individual e deve ser feita por um profissional habilitado.

domingo, 21 de agosto de 2011

290 - Declaração de óbito : documento necessário e importante


Nós médicos somos educados para valorizar e defender a vida.
Sempre nos ensinaram que a morte é a nossa principal inimiga, contra a qual devemos envidar todos os nossos esforços.
Este raciocínio reducionista, porém real; equivocado, porém difundido, é fonte de incontáveis prejuízos para as pessoas.
A morte não é a falência da Medicina ou dos médicos. Ela é apenas uma parte do ciclo da vida. É a vida que se completa.
Neste cenário, uma das principais vítimas é a própria documentação da morte, a declaração do óbito.
Este documento, cuja importância somente é igualada pela certidão de nascimento, não é apenas algo que atesta o fechamento das cortinas da existência; ele possui um significado muito maior e mais amplo. Ele é um instrumento de vida.
A declaração de óbito é uma voz que transcende a finitude do ser e permite que a vida retratada em seus últimos instantes possa continuar a serviço da vida.
Para além dos aspectos jurídicos que encerra, a declaração de óbito é um instrumento imprescindível para a construção de qualquer tipo de planejamento de saúde. E uma política de saúde adequada pode significar a diferença entre a vida e a morte para muitas pessoas.
O seu correto preenchimento pelos médicos é, portanto um imperativo ético.
Dr. Edson de Oliveira Andrade

In: Brasil. Ministério da Saúde. Declaração de óbito : documento necessário e importante / Ministério da Saúde,Conselho Federal de Medicina. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 40 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

Ilustração: Reprodução da obra do artista plástico Paulo Camargo, criada em 1997 (3x6 metros), que se encontra no saguão do prédio do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.