De uma forma simples, a pegada ecológica define-se pela quantidade de dióxido de carbono que produzimos (através do consumo de combustíveis fósseis), mas inclui também parâmetros como a desflorestação e a perda de biodiversidade. O dióxido de carbono é o principal gás responsável pelo efeito estufa e pelo aquecimento global e muitos cientistas estão alarmados com o degelo acelerado que se verifica nos polos, em especial no circulo ártico — a tundra do Alasca, norte do Canadá e Sibéria. Se a terra rica em biomassa que se encontra congelada nestas vastas regiões descongelar, quantidades gigantescas de metano – um gás com efeito de estufa vinte vezes superior ao dióxido de carbono – serão liberadas para a atmosfera do planeta.
Ninguém sabe, ainda, quando se dará esse ponto de viragem.
Nas contas feitas pela Global Footprint Network (GFN), ontem (19 de agosto), ultrapassamos a capacidade regenerativa do planeta Terra. Quer dizer: já gastamos até o limite máximo disponível para este ano e, no resto do mesmo, vamos usar o "cheque especial". Em 2000, o primeiro ano em que esses cálculos foram feitos, "furamos o orçamento" apenas em primeiro de outubro.
A cada ano, o Earth Overshoot Day (Dia de Sobrecarga da Terra) chega mais cedo.
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