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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

1274 - O que torna o açúcar viciante

Dr. Mark Hyman: 
Nossos hormônios, papilas gustativas e a química cerebral são todos sequestrados pelo açúcar. Não metaforicamente, mas biologicamente. Simplificando, você fica viciado, como faria com algumas das drogas mais mortais do planeta, com açúcar e qualquer coisa que se transforma em açúcar em seu corpo como a farinha branca.
Isso ocorre porque os alimentos não contêm apenas calorias ou energia para alimentar nossas células; comida contém informação. Quando comemos açúcar, aumenta a glicose no sangue e diz ao corpo para aumentar a insulina, a fim de transportar a glicose para as células. Porém, quando ingerimos açúcar constantemente e apresentamos a glicose sanguínea cronicamente alta desenvolvemos resistência à insulina, que é o predador do desenvolvimento de diabetes tipo 2. A resistência à insulina geralmente vem com aumento do armazenamento de gordura, pressão alta e um perfil de colesterol ruim. A insulina e o açúcar no sangue elevados promovem a inflamação e causam uma cascata hormonal que dificulta pensar com clareza, manter um peso saudável, um bom humor, ter um desejo sexual saudável e muito mais.
Em nosso cérebro, um pequeno receptor, o receptor de dopamina D2 (ou DRD2 para abreviar), deve ser ativado para que possamos sentir prazer. O aminoácido dopamina desencadeia essa resposta. Açúcar e outros vícios estimulantes aumentam a dopamina a curto prazo, e é isso que os torna viciantes. Alguns de nós somos mais propensos a isso geneticamente do que outros.
Extraído de: How to Quit Sugar Without Being Miserable
https://medium.com/wake-up-call/how-to-quit-sugar-healthy-diet-tips-fc5aee5e8cd0

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

1033 - Quanto álcool o corpo humano consegue suportar?

Não existe um preciso limite letal para a presença de álcool no organismo humano. A tolerância é muito variável de indivíduo para indivíduo. O recorde francês de alcoolemia nas estradas foi medido em 2005 pela polícia da região do Ain: um homem de 37 anos que apresentava uma taxa de álcool no sangue de 10 gramas por litro. Na Europa, o recorde pertence a um polonês, de 30 anos, com uma taxa de alcoolemia de 13,74 gramas por litro de sangue.
Em entrevista, o médico francês Philip Batel, especialista em adicções, falou para Cécile Thibert, do Le Figaro Santé, sobre essas desigualdades da embriaguez.
Figaro Santé – Existe um limite que não pode ser superado, ou o corpo humano pode se adaptar a alcoolemias muito elevadas?
Philip Batel – “Não existe um limite letal de álcool, a tolerância é muito variável segundo os indivíduos. Essa desigualdade da embriaguez é devida a vários fatores. O sexo da pessoa, para começar. As mulheres são muito mais sensíveis que os homens aos efeitos tóxicos, principalmente porque elas são, em geral, menores e mais leves, e possuem mais tecidos gordurosos do que os homens. O álcool se difunde mais facilmente através desse tipo de tecidos.
Existe igualmente o fator genético. Certas pessoas são capazes de tolerar, de modo provisório, alcoolemias muito elevadas. O hábito também é um fator importante. Uma pessoa dependente do álcool habituada a beber todos os dias irá tolerar mais uma importante quantidade de álcool do que uma pessoa que bebe apenas ocasionalmente. O fato de a pessoa consumir também outros produto tóxicos além do álcool – penso sobretudo à cocaína e as anfetaminas – engendra também um aumento considerável da tolerância. Mais a pessoa possui uma tolerância elevada, mais o seu cérebro será capaz de produzir modificações neuronais que lhe permitem resistir ao álcool.
FS – Mas uma boa tolerância significa que os efeitos deletérios do álcool no organismo serão menores?
Não, ao contrário. A tolerância é o reflexo de um sofrimento cerebral. Mais uma pessoa possui uma tolerância elevada, mais o seu cérebro sofre modificações neuronais que lhe permitem resistir ao álcool. Quando o cérebro esgota suas forças e não consegue mais resistir à intoxicação alcoólica aguda, todo o corpo entra no estado de coma. Isso corresponde a uma perda de consciência provocada pelo efeito do álcool no sistema nervoso. Isso se manifesta de diferentes formas, indo desde uma grande sonolência a um coma profundo no qual o reflexo de deglutição desaparece. Estimamos que com 1,5 grama de álcool no sangue, cerca de 30% da população entrará em coma etílico. O risco de coma etílico é particularmente importante quando uma quantidade de álcool situada entre 2 e 4 gramas por litro de sangue é consumida rapidamente.
FS – A embriaguez pode ser mortal?
Sim, indiretamente. A morte mais frequentemente acontece por causa de um sufocamento provocado por vômitos ou pela posição da língua no interior da boca. Tomar grandes quantidades de álcool em pouco tempo pode igualmente provocar complicações metabólicas graves, tais como a hipoglicemia ou uma hepatite aguda, embora isso aconteça mais raramente.
Na França, o álcool é responsável pela morte de 28% das pessoas que perecem em acidentes estradais. Isso faz dele a primeira causa de acidentes, mais que a velocidade excessiva e o uso do telefone celular ao volante.
Le Figaro / brasil247

domingo, 7 de setembro de 2014

655 - O papel do estado na pesquisa de novos medicamentos

Silio Boccanera — Os grandes laboratórios farmacêuticos alegam pesquisar muito por novas drogas e medicamentos. Mas você diz em seu livro (*) que muito trabalho é feito pelo Estado. Como no caso dos Estados Unidos ajudando Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês). Fale sobre isso. 

Mariana Mazzucato — O que é legal sobre a indústria farmacêutica é que a divisão de produtos é muito clara. Alguns medicamentos são“me-too”, variações sutis de outros existentes, e alguns são realmente inovadores e revolucionários. Estes são novas entidades moleculares que têm prioridade de aprovação. E três quartos dessas novas entidades, com prioridade de aprovação, ou seja, dos medicamentos realmente revolucionários, são financiados pelo Estado através dos NIH. Grandes laboratórios farmacêuticos ainda são importantes, mas não para a parte revolucionária da pesquisa. Eles se concentram muito no desenvolvimento do “P&D” (pesquisa e desenvolvimento) e se concentram muito também em comprar de volta suas próprias ações. Tanto a Pfizer quanto a Amgen gastam muito de suas receitas líquidas na compra de suas próprias ações para valorizar seus preços. Isso volta à questão do curto prazo.
(*) “O Estado Empreendedor”, ainda sem versão no Brasil.
Trecho de uma entrevista concedida pela economista Marina Mazzucato (foto), da Universidade de Sussex na Inglaterra, ao jornalista Silio Boccanera, para o programa Milênio, da Globo News.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

488 - ENTREVISTA: Joan-Ramon Laporte

"Os medicamentos curam ou causam qualquer enfermidade."


Grato a Maria Célia Ciarlini por ter enviado este slideshow.

domingo, 17 de março de 2013

477 - Nicotina - Droga Universal

"A nicotina é um alcaloide (substância orgânica nitrogenada existente nas plantas e em alguns fungos), encontrado nas folhas do tabaco (Nicotiana tabacum), planta originária das Américas. Absorvida por via oral ou pulmonar, chega ao cérebro em segundos e depois, dissolvida no sangue, vai sendo excretada rapidamente. Quando os neurônios percebem que ela está escapando dos receptores, provocam um grau de ansiedade que só quem foi fumante sabe o que representa. É a crise de abstinência. Entre as mais de 4.700 substâncias nocivas presentes no cigarro, a nicotina é a responsável pela dependência, que é maior do que a de drogas como a cocaína e a heroína. As primeiras tragadas que o indivíduo dá na vida, em geral, são acompanhadas de tontura, enjoo, mal-estar. Depois, trazem sensação de prazer fugidio e, a seguir, alterações de humor causadas pela privação da droga. Assim, cigarro após cigarro, o organismo do fumante e também o do não fumante que convive no mesmo ambiente vai sendo minado e a saúde dos dois acaba seriamente comprometida."
LINK para o blog MEMÓRIAS, da pneumologista e historiadora Ana Margarida Arruda, onde se pode ler a entrevista que o Prof. José Rosemberg (1909 - 2005) concedeu a Drauzio Varella sobre a Nicotina.