Os pesquisadores chamam de "paradoxo hispânico".
Quando se trata de câncer de mama, câncer de próstata e doença cardíaca, os pacientes latinos nos EUA sobrevivem, após o diagnóstico da doença, por mais tempo do que os pacientes não-latinos brancos e negros, embora outros estudos mostrem que aqueles tendem a ter menos recursos e menos acesso a cuidados médicos do que estes.
O mesmo também acontece com o câncer de pulmão, afirmam cientistas da Escola Miller de Medicina da Universidade de Miami, num artigo publicado on-line na revista Cancer.
Os pesquisadores analisaram um vasto banco de dados de casos de câncer nos EUA, referente a 172.398 pacientes diagnosticados com câncer de não-pequenas células do pulmão, um subtipo do câncer pulmonar, no período de 1988-2007.
Em geral, os pacientes latinos (n = 18.206) apresentaram, durante o estudo, um risco 15% menor de morrer do que os pacientes não-latinos brancos. E os pacientes negros eram ligeiramente mais propensos a morrer do que os não-latinos brancos.
Não houve diferenças significativas na mortalidade dos pacientes latinos que nasceram nos EUA com relação à mortalidade dos pacientes latinos que nasceram no estrangeiro, segundo o estudo.
Pesquisadores da Universidade de Miami não sabem por que os pacientes latinos tendem a viver mais tempo, mas sugerem que seja porque eles fumam menos ou porque se beneficiam de algum fator genético.
Leitura recomendada
The 'hispanic paradox': latinos and lung cancer, Los Angeles Times
Lung Cancer, CDC
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