quinta-feira, 26 de novembro de 2020

1178 - Descoberta nova localização de glândulas salivares

"Qualquer livro de anatomia mostrará apenas três localizações de glândulas salivares: parótidas, submandibulares e sublinguais. Agora, achamos que há uma quarta", disse o Dr. Matthijs Valstar, um cirurgião e pesquisador do Netherlands Cancer Institute e autor do estudo publicado no mês passado na revista Radiotherapy and Oncology.
A nova descoberta pode ajudar a explicar por que as pessoas que se submetem à radioterapia para câncer de cabeça ou pescoço muitas vezes acabam com a boca cronicamente seca e problemas de deglutição. Como essas glândulas obscuras não eram conhecidas pelos médicos, ninguém jamais tentou poupá-las em tais tratamentos.
O estudo completo está aqui:
"Até onde sabemos, esta é a primeira descrição de localizações pareadas de glândulas macroscópicas (sero)mucosas na parede póstero-lateral da nasofaringe humana e uma indicação de sua relevância clínica na RT (radiation toxicity) para HNC (head and neck cancer). Com base em sua localização predominante sobre o tórus tubário, propomos o nome "glândulas tubárias". A localização dessas glândulas estava presente como estruturas macroscópicas nos exames de PSMA PET/CT (positron emission tomography/computed tomography with prostate-specific membrane antigen) de todos os 100 indivíduos estudados e em dois cadáveres investigados (um de cada gênero). Microscopicamente, elas de fato mostraram tecido de glândula salivar, altamente concentrado bilateralmente próximo ao tórus tubário, com aberturas de duto de drenagem macroscopicamente visíveis em direção à parede nasofaríngea. A RT de alta dose nesta área leva a uma toxicidade clínica significativa. Esses achados apóiam a identificação das glândulas tubárias como uma nova entidade anatômica e funcional, representando uma parte do sistema das glândulas salivares."

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