domingo, 27 de maio de 2012

380 - Lidando com a falta de médicos na Babilônia

Heródoto descreve o curioso expediente que os babilônios utilizavam para lidar com a falta de médicos no país. Quem adoecia era levado para a praça pública, onde dialogava com as pessoas que passavam pelo local, as quais tinham o dever de indagar do doente qual era o seu mal. Aqueles que já haviam contraído igual enfermidade, ou que conheciam alguém com o mesmo problema, auxiliavam o doente com exortações e conselhos, "prescrevendo" medidas idênticas às que haviam adotado, ou tinham visto outros enfermos empregarem em circunstância semelhante. Com isto, buscavam aumentar a chance do doente de alcançar a cura.
[...]
Ivan de Araújo Moura Fé, presidente do CREMEC 
In: Jornal do Conselho nº. 92 (março/abril de 2012)

Quem foi Heródoto
Um historiador grego que viveu no século V a.C. Ele foi o primeiro escritor em prosa e o primeiro historiador do mundo ocidental. Sua obra destaca-se pela narração simples e direta, intercalada de diálogos e relatos na primeira pessoa. Heródoto foi um grande e fidedigno repórter. Seu contato com tantos povos e costumes diferentes levou-o a desenvolver uma moral relativista. Em sua obra a religião deixa de ser uma certeza para transformar-se em possibilidade. O autor mantém-se na posição de observador curioso, porém passivo. Procura documentar os fatos, sem se preocupar em comentá-los. Sua objetividade valeu-lhe a antonomásia de Pai da História.
Enciclopédia Mirador Internacional, volume 11, 1980

Um comentário:

Paulo Gurgel disse...

Transcrevo e-mail recebido de Winston Graça:
Qualquer semelhança com a conduta “médica” do povo brasileiro não é mera coincidência...
(Portaríamos gens acadianos?!)
Abraço,
http://winstongraca.blogspot.com