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"Entrava, atravessava impávido e silencioso a multidão que há três dias, na sala, esperava impaciente o último alento do agonizante, metia-se pelo quarto adentro, fechava a porta, e pouco depois saía com uma paz no rosto, pelo menos igual à que tinha deixado ao morto."
Como o abafador executava o seu trabalho?
Na estória de Miguel Torga, esganando o moribundo com as mãos e pressionando-lhe o peito com o joelho. Ou, segundo a descrição de Aurélio Buarque de Holanda em seu dicionário, sufocando-o com o emprego de almofadas. Acrescentando, ainda, o dicionarista que o abafador só aceitava atuar "se o moribundo já tivesse se confessado e comungado".
Link para a leitura de Novos Contos da Montanha.
Publicado em EntreMentes
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