O ozônio, uma molécula gasosa altamente reativa que consiste em três átomos de oxigênio, forma uma camada que é encontrada na estratosfera da Terra, a parte da atmosfera a cerca de 10 a 50 km acima do nível do mar. A existência da camada de ozônio é essencial para proteger toda a vida na Terra, uma vez que absorve eficazmente a radiação ultravioleta (UV) prejudicial do Sol. Sem a camada de ozônio, essa radiação causaria danos genéticos, resultando em problemas como câncer de pele em humanos e problemas de crescimento em plantas.
Em 1985, cientistas que trabalhavam para a British Antarctic Survey descobriram que a camada de ozônio sobre a Antártida tinha se esgotado. O monitoramento do ozônio havia começado em 1957. Os dados mostraram que os níveis de ozônio haviam diminuído na primavera durante os anos 80. Em seguida, cientistas da Nasa confirmaram que esse esgotamento do ozônio se estendia a todo o continente antártico. Em 1992, o buraco na camada de ozônio era do tamanho da América do Norte.
Esta degradação relativa do ozônio é causada principalmente pela liberação de clorofluorcarbonos (CFCs), substâncias químicas que antes eram amplamente utilizadas em aerossóis. Uma vez que os CFCs atingem a estratosfera da Terra, eles são expostos à radiação UV do Sol, o que faz com que eles se decomponham em substâncias que incluem o cloro. A presença de cloro livre na estratosfera em combinação com a luz solar ocasiona a contínua quebra das moléculas de ozônio.
A destruição da camada de ozônio tem sido particularmente proeminente na Antártida. As baixas temperaturas na região produzem nuvens estratosféricas polares, que aumentam o cloro livre através de reações químicas nas superfícies das nuvens. Isso, além dos longos períodos de sol durante as estações de primavera e verão, fez com que até 65% do ozônio fosse destruído, comparado a 20% no Ártico e cerca de 5-10% em outras regiões do mundo.
Muitas pessoas estavam preocupadas com o esgotamento da camada de ozônio e as implicações que isso poderia ter para a saúde humana. Em 1987, um acordo internacional para proteger a camada de ozônio, chamado Protocolo de Montreal, foi assinado. Este acordo levou a uma redução na liberação de CFCs na atmosfera. O Protocolo de Montreal foi o primeiro tratado da história a alcançar a ratificação universal - o que significa que foi ratificado por todos os Estados membros das Nações Unidas. Seu sucesso levou à recuperação da camada de ozônio sobre a Antártida e à redução da destruição do ozônio em todo o mundo nos últimos anos. O longo tempo de vida atmosférica dos CFCs significa que pode ser 2060 ou 2080 até que o dano seja totalmente reparado, mas a ação rápida realizada em nível internacional ajudou a evitar uma catástrofe global.
Saving the ozone layer: an international effort. Trad.: PGCS
In: https://royalsociety.org/stay-in-touch/blogs/
Ver também postagem 922 de Nova Acta: "O homem que matou um bilhão de pessoas".
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