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quinta-feira, 4 de julho de 2019

1104 - "Posta Pneumatica"

Em 1933, a Itália emitiu o primeiro selo postal do mundo retratando Galileu.
Galileo Galilei (1564–1642) fez sua aparição neste selo para uso em sistemas postais pneumáticos (daí a expressão "Posta Pneumatica" no selo).
A Itália foi a única a emitir selos especificamente para seus sistemas postais pneumáticos (outros países, em vez disso, usaram selos postais normais). Neste selo de 1933, e em sua versão modificada com valor de face e cor diferentes, que foi lançada em 1945, o retrato do homenageado baseou-se no que foi pintado por Justus Sustermans em 1636, quando Galileu tinha 72 anos.
https://zapatopi.net/blog/?post=200501012500.stamp_nook_posta_pneumatica
O correio pneumático é um sistema de envio de cartas por meio de tubos de ar pressurizado. Foi criado pelo engenheiro escocês William Murdoch, na primeira década do século XIX e, mais tarde, foi aperfeiçoado pela London Pneumatic Dispatch Company. Sistemas postais pneumáticos foram instalados em várias cidades europeias, notadamente Londres, Paris, Praga e Roma.
187 - Filatelia Médica
345 - O selo antituberculose
1051 - Aqui somos SUS

terça-feira, 8 de novembro de 2016

918 - "Vem a meu jardim"

O cirurgião italiano Gianfranco Fineschi (1923-2010) conseguiu combinar a ciência com o humanismo e a cultura.
Na cidade de Cavriglia, criou o Roseto Botanico Carla Fineschi, com 6.400 espécies de rosas, em memória de sua esposa. O criador do "Louvre das Rosas" considerava-se um romântico sensível a este gênero de flores. Com elas conversava, mantinha diálogos de amor e conhecia os sentimentos de cada uma delas.
Basta ver o dístico que colocou na entrada da sua fantástica coleção. Uma frase de Sheridan:
"Vem a meu jardim. Eu quero que as minhas rosas te vejam".
Fineschi alcançou a fama internacional neste domínio. Em agosto de 2000, Le Monde lhe dedicou uma página inteira.

quarta-feira, 18 de março de 2015

719 - Luigi Galvani

O italiano Luigi Galvani nasceu em 9 de setembro de 1737, em Bolonha, a cidade em que viveu a vida quase toda.
Foi médico, professor e pesquisador, destacando-se por seus estudos sobre a bioeletricidade. Usando pernas de rãs mortas, Galvani demonstrou que a aplicação de metais nos músculos ou nos respectivo nervos poderiam fazer as pernas contrairem-se.
Seus experimentos também serviram de inspiração para o romance gótico "Frankenstein", de Mary Shelley, publicado em 1818, em que o monstro criado por um cientista adquiria vida através da aplicação de energia elétrica
Muito da personalidade de Galvani foi condicionada pelo século em que viveu. Sendo profundamente religioso, ele nunca considerou que a religião atrasasse sua pesquisa. Ao contrário, considerava que ciência e fé se auto-interpretavam.
Seus contemporâneos o descreviam como gentil, generoso e um dedicado chefe de família.
Em 1778, perdeu o cargo de professor da Universidade de Bolonha porque, por razões religiosas e princípios, ele se recusou a jurar obediência à República Cisalpina.
Ele morreu pobre, em 4 de dezembro de 1798, antes que pudesse aproveitar a pensão de sua reintegração como professor emérito da Universidade pelas suas contribuições à ciência.
O nome Galvani sobrevive nas células galvânicas, no galvanômetro e no processo chamado de galvanização. A cratera Galvani, na superfície da Lua, também foi assim nomeada em sua homenagem.
Galvani x Volta 
Dois acadêmicos italianos que, no final do século 18, ajudaram a impulsionar o mundo para a era moderna: Luigi Galvani, em Bolonha (que fazia parte dos Estados Pontifícios, o que significa que a cidade era efetivamente governada pela Igreja Católica), e Alessandro Volta, em Pavia, a cerca de 150 quilômetros de Bolonha.
Contemporâneos, ambos fascinados pela eletricidade, mas discordando entre si frontalmente no plano teórico.
Galvani tornara-se atraído pelo uso da energia elétrica nos tratamentos médicos. Ela fora usada, por exemplo, para estimular eletricamente os músculos de um homem paralítico, em 1759. Um relatório da época relatou como o estímulo impactara o paciente. O corpo do homem respondera aos estímulos elétricos. Para Galvani, isso aconteceu porque o corpo humano funciona com uma eletricidade animal, na forma fluida, que flui a partir do cérebro através dos nervos para os músculos onde produz o movimento.
Suas experiências pareciam provar que ele estava certo. Em seus experimentos com rãs, Galvani utilizou o gerador eletrostático de Hauksbee. Ele aplicou a carga da máquina, por meio de um fio de cobre, a um nervo logo acima da perna de uma rã. Assim como Galvani esperava, a perna de rã se contraiu. Ele acreditou que o fenômeno se devera a um tipo de energia elétrica que é intrínseco aos seres vivos.
Para Volta, um racional, mas também um homem religioso, a mera idéia de animais com eletricidade parecia mágica. Ele achava que tal idéia não tinha lugar na pesquisa científica. A perna da rã havia se movido, afirmou Volta, não por causa de uma eletricidade animal, mas por causa da eletricidade (produzida artificialmente e aplicada) fora da rã. Galvani, por outro lado, não podia acreditar no que Volta estava dizendo. Para Galvani, as idéias de Volta parecia incrivelmente obtusas (e contra o peso da evidência objetiva).
O debate entre os dois cientistas foi dos mais importantes e, dado a estrutura de tempo, teve conotações religiosas. Poderia o tipo de eletricidade que o homem produziu (artificialmente) ser o mesmo que Deus produzia (naturalmente)? ​​Galvani respondeu a essa pergunta "sim". Volta respondeu a essa pergunta "não", acreditando, e até mesmo a afirmando, que a ideia do oponente beirava à blasfêmia.
Quem estava certo ?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

280 - Vítimas de amianto na Itália

Famílias de pessoas que morreram na Itália
por causa do contato com o amianto pedem justiça.

ANDEVA (Association Nat. de Défense des Victimes de l'Amiante)
Um processo para apurar responsabilidades
O maior processo já realizado na Itália para apurar as responsabilidades pela morte de cerca de três mil pessoas vítimas do amianto pede a condenação a penas que vão até 20 anos de prisão para os ex-proprietários e acionistas da multinacional suíça Eternit.
O anúncio do veredito será só no fim do ano, mas as famílias das vítimas do amianto no norte da Itália comemoram esta primeira decisão do Tribunal de Turim, anunciada em 04/07. O bilionário suíço Stephan Schmidheiny, ex-proprietário da Eternit Itália, e o belga Jean-Louis Marie Ghislain de Cartier de Marchienne, ex-sócio da empresa, são acusados de ter provocado uma catástrofe ambiental, de violar normas de segurança do trabalho e de ter causado, através da atividade da usina, a morte de cerca de três mil pessoas.
As vítimas não eram apenas funcionários, mas também moradores do entorno da fábrica italiana, que faliu em 1986 após 80 anos de funcionamento. O símbolo dessa luta na Justiça é a italiana Romana Blasotti, que perdeu marido, irmão, filhos, netos e amigos, todos expostos ao amianto. Esta fibra de origem mineral (também chamada de asbesto) é usada principalmente em materiais de construção, como telhas e pisos, por ser barata e resistente ao calor. A substância pode provocar doenças pulmonares e alguns tipos de câncer.
No início da década de 90, o amianto foi banido da Itália e é proibido em outros 50 países. O mineral ainda é utilizado no Brasil, terceiro maior produtor e exportador mundial do amianto. Inclusive o empresário suíço que está sendo acusado na Itália já esteve à frente da Eternit do Brasil.
A Organização Internacional do Trabalho estima que cem mil trabalhadores morram por ano devido a doenças relacionadas ao amianto.
Por Daniel Leiras, rfi português
Publicado em 05/07/11 / Acessado em 13/07/11
16/02/2012 - Atualizando...
Itália condena empresários por mortes causadas pelo contato com amianto
Dirigentes da Eternit até 1986, quando a empresa encerrou as operações no território italiano, são condenados a 16 anos de prisão e ao pagamento de indenizações que ultrapassam os 100 milhões de euros; produto já foi banido em mais de 50 países.
Em um processo que cria jurisprudência e é apontado por especialistas como histórico, uma corte italiana decidiu ontem que a negligência de dois empresários causou a morte de 2,1 mil pessoas em decorrência da contaminação pelo amianto.
Cada um dos condenados - um magnata suíço e um megaempresário belga - terão de cumprir 16 anos de prisão e pagar indenizações que superam a marca de 100 milhões.
"Sem exagerar, essa decisão foi histórica", comemorou o ministro da Saúde da Itália, Renato Balduzzi. "Mas a batalha contra o amianto não terminou", disse o ministro à tevê Sky, lembrando que o problema é mundial.
A conclusão da corte de Turim foi de que o belga Jean-Louise de Cartier e o suíço Stephan Schmidheiny, acionistas principais da empresa de construção Eternit, não protegeram os trabalhadores das fábricas de amianto nem os cidadãos dos locais onde essas fábricas estavam instaladas.
Os ex-diretores também foram condenados por desastre ambiental doloso e por não cumprirem os requisitos de segurança do trabalho.
O processo foi aberto em 2009, diante da queixa conjunta de mais de 6 mil pessoas que acusavam a empresa de não ter tomado, ao longo de 40 anos, medidas suficientes para proteger trabalhadores e moradores do impacto do amianto usado principalmente em telhados, estradas e outras obras. Segundo a acusação, as fibras do produto causariam câncer.
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