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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

1384 - O quadro "The Doctor" (O Médico), de Luke Fildes

O pintor e ilustrador britânico Samuel Luke Fildes (1843 - 1927) perdeu seu primeiro filho, Philip, acometido de febre tifóide, no Natal de 1877. O desvelo do médico que o assistiu deixou em sua memória uma imagem de devoção profissional que inspirou, em 1891, o quadro "The Doctor", ora em pauta. Nela, provavelmente, Samuel retrata seu próprio drama pessoal e homenageia o Dr. Murray que assistiu, impotente, seu filho no leito de morte.
Neste vídeo, postado em 2020 em seu canal no YouTube, a médica e historiadora Ana Margarida Arruda Furtado Rosemberg faz uma apreciação crítica da obra de Luke Fildes.

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

1226 - Estranha profissão é a de médico!

O pintor e ilustrador britânico Samuel Luke Fildes (1843 - 1927) perdeu seu primeiro filho, Philip, acometido de febre tifóide, no Natal de 1877. O desvelo do médico que o assistiu deixou em sua memória uma imagem de devoção profissional que inspirou, em 1891, o quadro "The Doctor", ora em pauta. Nela, provavelmente, Samuel retrata seu próprio drama pessoal e homenageia o Dr. Murray que assistiu, impotente, seu filho no leito de morte.
No centro do quadro, em primeiro plano, a luz de um lampião sobre uma mesa ilumina um médico contemplativo e uma criança gravemente enferma, acomodada sobre duas cadeiras. Pela janela da humilde casa, adentram os primeiros raios de sol iluminando o lado esquerdo da face do pai, que repousa a mão nas costas de sua esposa para apoiá-la e confortá-la no momento dramático. A luz ilumina a mãe debruçada em uma mesa revelando seu profundo sofrimento com a grave doença da filha.
Os utensílios sobre os móveis, indicando a preparação de medicamentos, mostram que o médico passou a madrugada ao lado da criança pálida, fraca, largada, gravemente enferma, tentando, em vão, uma terapia eficaz. É impossível apreciar o quadro sem sentir forte emoção diante da força do olhar do médico sobre a pequena paciente e do olhar do pai, colocando suas esperanças no médico.
Trata-se de uma das representações mais tocantes e icônicas da medicina. Em 1892, um professor de medicina escreveu, no British Medical Journal:
"Uma biblioteca de livros feitos em nossa honra não faria o que esta pintura tem feito e fará pela profissão médica, ao tornar os corações de nossos semelhantes aquecidos com confiança e afeto por nós."
Extraído de: "Apreciação Crítica da Obra 'The Doctor' de Luke Fildes", por Dra. Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg, médica e historiadora da Sobrames Ceará e da Academia Cearense de Medicina. Publicada originalmente no Jornal do Médico Digital, de 18 a 23 de outubro de 2020.

O Médico
Dele se pede toda a sensibilidade que um ser humano pode abrigar. Para que entenda a linguagem da dor, da angústia, do medo, da desesperança e do sofrimento.Para que fale com a alma de seus pacientes. Para que transforme tênues fímbrias de esperança no lenho ardente da vontade de viver. De pessoa assim tão rica de sentimentos se pede, paradoxalmente, o mais frio domínio das emoções. Para que um franzir de cenhos ou um arquear de boca não semeiem, no espírito do paciente, dúvidas e opressões. Para que o tremer da mão não imprima, ao bisturi, o erro milimétrico que separa a vida da morte. Para que o marejar dos olhos não o prive da clareza meridiana que se pede ao diagnosticista. Para que o embargo da voz não roube credulidade à sua mensagem de fé.
SEMPRE ME PARECEU DIFÍCIL REUNIR, NUM MESMO INDIVÍDUO, TÃO NOBRE TEXTURA E TÃO RUDE COURAÇA.
Pronunciamento do Dr MARIO RIGATTO na AULA DA SAUDADE da minha turma MEDICINA 74 no Centro de Convenções e publicado em seu livro MÉDICOS e SOCIEDADE. ~ Dra. Ana Nocrato

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

930 - Artrite reumatoide. Cartilha para pacientes

Le déjeuner des canotiers (O almoço dos barqueiros), 1880, Renoir
Pierre-Auguste Renoir (1841-1919), um dos mais célebres pintores de todos os tempos e um dos mais importantes nomes do movimento impressionista, sofreu com as manifestações da artrite reumatoide durante grande parte de sua vida. A doença do pintor se iniciou por volta dos 50 anos, tornou-se agressiva a partir de 1903, quando ele tinha cerca de 60 anos, e levou-o à quase completa incapacidade após os 70 anos. Embora as deformidades que a artrite reumatoide impingiu a Renoir tenham sido incapacitantes, o pintor nunca deixou de pintar ou apresentou queda na qualidade de suas obras em função da doença. Sua obra é uma prova de imensurável magnitude da capacidade de superar a dor e a limitação física.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia usou uma reprodução deste quadro do pintor impressionista francês Renoir como ilustração da capa de Artrite Reumatoide. Cartilha para pacientes.  

sábado, 29 de dezembro de 2012

452 - T.B. Harlem

Óleo sobre tela da pintora estadunidense Alice Neel (1900-1984), T.B. Harlem é um quadro do acervo do National Museum of Women in the Arts, em Washington DC.
 De 1938 aos primeiros anos da década de 1960, Neel viveu no Harlem hispânico, onde retratou alguns de seus desafortunados habitantes, como o porto-riquenho Carlos Negron.
Aqui Negron é mostrado com o curativo de uma toracoplastia, um tratamento usual para a tuberculose na era pré-antibiótica.
Leitura recomendada
Tuberculose nas Artes Visuais, postagem do blog Arte Médica, da brasiliense Renata Calheiros Viana.