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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

1276 - Prêmio Nobel 2022 em Fisiologia ou Medicina para Svante Pääbo, anunciou o Instituto Karolinska

Comunicado de imprensa
A Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska
decidiu hoje (03/10/2022) conceder
o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2022
para o cientista sueco Svante Pääbo
por suas descobertas sobre os genomas de hominídeos extintos e a evolução humana

A humanidade sempre foi intrigada por suas origens. De onde viemos e como nos relacionamos com aqueles que vieram antes de nós? O que nos torna, Homo sapiens, diferente de outros hominídeos?
Por meio de sua pesquisa pioneira, Svante Pääbo realizou algo aparentemente impossível: sequenciar o genoma do Neandertal, um parente extinto dos humanos atuais. Ele também fez a descoberta de um hominídeo anteriormente desconhecido, o Denisova. É importante ressaltar que Pääbo também descobriu que a transferência de genes ocorreu desses hominídeos agora extintos para o Homo sapiens após a migração para fora da África há cerca de 70.000 anos. Esse antigo fluxo de genes para os humanos atuais tem relevância fisiológica hoje, por exemplo, afetando como nosso sistema imunológico reage a infecções.
A pesquisa seminal de Pääbo deu origem a uma disciplina científica inteiramente nova; paleogenômica. Ao revelar diferenças genéticas que distinguem todos os humanos vivos de hominídeos extintos, suas descobertas fornecem a base para explorar o que nos torna exclusivamente humanos. De onde nós viemos?
A questão de nossa origem e o que nos torna únicos tem engajado a humanidade desde os tempos antigos. A paleontologia e a arqueologia são importantes para os estudos da evolução humana. A pesquisa forneceu evidências de que o humano anatomicamente moderno, Homo sapiens, apareceu pela primeira vez na África há aproximadamente 300.000 anos, enquanto nossos parentes mais próximos, os neandertais, se desenvolveram fora da África e povoaram a Europa e a Ásia Ocidental de cerca de 400.000 anos até 30.000 anos atrás, ponto em que foram extintos. Há cerca de 70.000 anos, grupos de Homo sapiens migraram da África para o Oriente Médio e, de lá, se espalharam pelo resto do mundo. Homo sapiens e os neandertais coexistiram em grande parte da Eurásia por dezenas de milhares de anos. Mas o que sabemos sobre nosso relacionamento com os extintos neandertais? As pistas podem ser derivadas de informações genômicas. No final da década de 1990, quase todo o genoma humano havia sido sequenciado. Este foi um feito considerável, que permitiu estudos posteriores da relação genética entre diferentes populações humanas. No entanto, estudos da relação entre os humanos atuais e os extintos neandertais exigiriam o sequenciamento de DNA genômico recuperado de espécimes arcaicos.[...]
Paleogenômica e sua relevância
Através de sua pesquisa inovadora, Svante Pääbo estabeleceu uma disciplina científica inteiramente nova, a paleogenômica . Após as descobertas iniciais, seu grupo concluiu análises de várias sequências genômicas adicionais de hominídeos extintos. As descobertas de Pääbo estabeleceram um recurso único, que é amplamente utilizado pela comunidade científica para entender melhor a evolução e a migração humana. Novos métodos poderosos para análise de sequência indicam que hominídeos arcaicos também podem ter se misturado com Homo sapiens na África. No entanto, nenhum genoma de hominídeos extintos na África ainda foi sequenciado devido à degradação acelerada do DNA arcaico em climas tropicais.
Graças às descobertas de Svante Pääbo, agora entendemos que sequências de genes arcaicos de nossos parentes extintos influenciam a fisiologia dos humanos atuais. Um exemplo é a versão denisovana do gene EPAS1, que confere uma vantagem para a sobrevivência em grandes altitudes e é comum entre os tibetanos atuais. Outros exemplos são os genes neandertais que afetam nossa resposta imune a diferentes tipos de infecções.
http://www.nobelprize.org/prizes/medicine/2022/press-release/
N. do T.
Valor do prêmio: 10 milhões de coroas suecas (cerca de 4,8 milhões de reais)
Em 1982, Sune Bergström, o pai de Svante Pääbo, também ganhou o Nobel de Fisiologia ou Medicina.




quinta-feira, 22 de novembro de 2018

1072 - O artigo de Krebs que foi rejeitado

O editor da revista Nature enviou a carta de rejeição abaixo a Hans Krebs.
No artigo que foi rejeitado, Krebs fazia a descrição de sua recente descoberta do ciclo do ácido cítrico. A seguir, ele enviou o mesmo artigo para a revista Enzymologia, na Holanda, onde foi aceito.
Por essa descoberta, ele ganharia o Prêmio Nobel de 1953 em Fisiologia ou Medicina.
Hans Adolf Krebs (Hildesheim, 25 de agosto de 1900 — Oxford, 22 de novembro de 1981)
Foi um médico e bioquímico alemão. Krebs é conhecido por sua identificação de dois ciclos metabólicos importantes: o ciclo da ureia e o ciclo do ácido cítrico. O último, a sequência-chave de reações químicas metabólicas que produz energia nas células, também é conhecido como o ciclo de Krebs e lhe rendeu o Prêmio Nobel em 1953, que compartilhou com Fritz Lipmann.

sábado, 8 de abril de 2017

968 - O braço quebrado de Lawrence

Alan Archibald Campbell Swinton tirou as primeiras imagens de raios-X na Grã-Bretanha em janeiro de 1896 e, um ano depois, os médicos lhe traziam casos cirúrgicos para serem analisados. Em 1908, ele previu exatamente como outra caixa mágica funcionaria. Era sobre a "visão elétrica a distância", que conhecemos hoje como televisão.
Em 1915, o físico australiano William Lawrence Bragg (1890-1971) recebeu, juntamente com seu pai William Henry Bragg, o Nobel de Física, por trabalhos na análise da estrutura cristalina através da difração de raios-X. Ele tinha apenas 25 anos de idade e, até outubro de 2014, foi a pessoa mais jovem a ser contemplada por um prêmio Nobel.
É dele a seguinte citação:
"Deus executa o eletromagnetismo pela teoria das ondas na segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, e o demônio, pela teoria quântica na terça-feira, quinta-feira e sábado."
Aos 5 anos de idade, Lawrence Bragg caiu de seu velocípede e quebrou o braço. Seu pai, que tinha lido sobre os experimentos de Röntgen na Europa e estava realizando seus próprios experimentos, utilizou-se dos recém-descobertos raios-X do seu equipamento experimental para examinar o braço quebrado de Lawrence. Este foi o primeiro exame radiológico realizado na Austrália.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

907 - O Prêmio Nobel de Medicina de 2016

De acordo com o anúncio feito nesta segunda-feira (3), o cientista japonês Yoshinori Ohsumi foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina de 2016 por sua descoberta do mecanismo de autofagia, processo pelo qual as células "digerem" partes de si mesmas.
"As descobertas de Ohsumi levaram a um novo paradigma em nosso entendimento de como a célula recicla seu conteúdo", declarou a Assembleia do Nobel do Instituto Karolinska, na Suécia,
Em organismos de seres desnutridos, a autofagia é uma das estratégias de sobrevivência e permite que as células redistribuam os nutrientes para conseguir executar as atividades mais essenciais à vida.
O conceito de autofagia já tinha sido descoberto em 1960, quando cientistas observaram que as células eram capazes de destruir seus próprios componentes e transportá-los para uma unidade subcelular chamada de lisossomo.
(Kyodo/Reuters)
O Nobel de Medicina é oferecido desde 1901, e o pesquisador mais jovem a receber o prêmio foi Frederick G. Banting, que tinha 32 anos em 1923 e descobriu a insulina

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

545 - Os vencedores do Nobel de Medicina e Fisiologia em 2013

A Real Academia de Ciências da Suécia anunciou, nesta semana (dia 7), os nomes dos vencedores do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2013.
Foram os americanos James E. Rothman, Randy W. Schekman e o alemão Thomas C. Südhof, por suas descobertas sobre a regulação do transporte de moléculas pelas vesículas, um importante subsistema celular.
Distúrbios neste subsistema podem causar doenças neurológicas, distúrbios imunológicas e diabetes.
Lista dos ganhadores do Prêmio nos anos anteriores
2012: John B. Gurdon (Inglaterra) e Shinya Yamanaka (Japão)
2011: Bruce A. Beutler (Estados Unidos), Jules A. Hoffmann (Luxemburgo) e Ralph M. Steinman (Canadá)
2010: Robert Edwards (Grã-Bretanha)
2009: Elizabeth Blackburn (Austrália-Estados Unidos), Carol Greider e Jack Szostak (Estados Unidos)
2008: Harald zur Hausen (Alemanha), Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier (França)
2007: Mario Capecchi (Estados Unidos), Oliver Smithies (Estados Unidos) e Martin Evans (Grã-Bretanha)
2006: Andrew Z. Fire (Estados Unidos) e Craig C. Mello (Estados Unidos)
2005: Barry J. Marshall (Austrália) e J. Robin Warren (Austrália)
2004: Richard Axel (Estados Unidos) e Linda B. Buck (Estados Unidos)
2003: Paul C. Lauterbur (Estados Unidos) e Peter Mansfield (Grã-Bretanha)
2002: Sydney Brenner (Grã-Bretanha), John E. Sulston (Grã-Bretanha) e Robert Horvitz (Estados Unidos)
2001: Leland H. Hartwell (Estados Unidos), R. Timothy Hunt (Grã-Bretanha) e Paul M. Nurse (Grã-Bretanha).