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quinta-feira, 1 de março de 2018

1035 - Frenologia e cranioscopia



O médico alemão Johann Spurzheim foi assistente de Franz Joseph Gall, que desenvolveu a frenologia, uma teoria comumente aceita no século 19 e início do século 20, que reivindicava ser possível determinar o caráter, as características da personalidade e o grau de criminalidade pela forma da cabeça.
Com o que aprendeu durante os anos em que conviveu com o mestre, Spurzheim elaborou a cranioscopia.
O dispositivo aqui retratado era usado para estudar as características do crânio para a frenologia.
Cabinet of curiosites, via Pat's blog.
859 - O destino da frenologia

terça-feira, 18 de outubro de 2016

911 - Algumas curiosidades médico-literárias

O médico reumatologista e escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa a fim de que ninguém os tirasse do lugar.
Guimarães Rosa, médico recém-formado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa. Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se culpado quando os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. "Não tinha vocação. Quase desmaiava ao ver sangue", conta Agnes, a filha mais nova.
Em 2002, o médico sanitarista Moacyr Scliar esteve envolvido em uma polêmica com o escritor canadense Yann Martel, cujo romance "A Vida de Pi", vencedor do prêmio Man Booker, foi acusado de ser um plágio da sua novela "Max e os Felinos". Martel admitiu ter lido uma resenha sobre o livro de Scliar, em que encontrou uma "faísca de vida" para desenvolver a metáfora de um náufrago que tem de conviver com uma fera. Ao final, o escritor gaúcho disse que a mídia extrapolou ao tratar do caso, e que ele nunca teve o intuito de processar o escritor canadense,
José Carlos Ryoki de Alpoim Inoue deixou a medicina para se dedicar à carreira de escritor e já publicou mais de mil e cem livros, tornando-se recordista mundial. A altíssima produtividade não visava figurar no Guinness Book, mas somente garantir seu sustento. Ryoki chegou a dominar 95 por cento do mercado de pocket books no Brasil.
Curiosidades médico-literárias ou curiosidades médicas-literárias?
O correto é "médico-literárias". Excetuando o adjetivo composto "surdo-mudo" - qual apresenta flexão nos dois elementos - apenas o último elemento dos adjetivos compostos deve ser flexionado.

terça-feira, 28 de maio de 2013

501 - O Museu das Possibilidades

Um museu é algo que as pessoas logo associam com a preservação e a exposição de coisas antigas. No entanto, o Museum of Possibilities, de Steven M. Johnson, destina-se ao porvir. Reúne ideias que os colaboradores lhe enviam, algumas delas até muito esquisitas, sobre objetos que (ainda) não existem. Mas um dia, quem sabe, poderão existir.
Como o "projeto" deste equipamento que pretende tornar mais confortáveis os momentos de um paciente no consultório de seu dentista.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

374 - Jakeitis

Seis irmãos da uma família Jackson, residente em Ardmore, Oklahoma, tinham os seguintes nomes: Tonsilitis, Meningitis, Appendicitis, Laringitis (Larry, para encurtar), Peritonitis e Jakeitis.
A propósito do nome Jakeitis, Elsdon Smith, em seu "Treasury of Name Lore" (New York: Harper and Row, 1967), escreveu sarcasticamente:
"O último nome deve ter significado o fim do conhecimento médico de seus pais."
Não poderia estar mais equivocado. Ao que parece, o conhecimento médico dos pais superava o de muitos especialistas da época.
Com o nome de Jakeitis se denominou uma estranhíssima enfermidade que, em 1930, afetou mais de 400 pessoas em diferentes partes dos EUA. A doença se devia ao consumo de um extrato de gengibre jamaicano de contrabando, vulgarmente conhecido como "Jake", muito procurado naquela época (Lei Seca) por causa de seu alto conteúdo de álcool. E esse extrato era tornado ainda mais tóxico por alguns fornecedores que lhe acrescentavam um plastificante industrial.
Os indivíduos afetados pela Jakeitis sofriam uma paralisia parcial, especialmente dos pés, que os impedia de caminhar normalmente.
É esta um pouco da história dos irmãos Jackson, de Ardmore, Oklahoma, cujos progenitores se destacaram pela "originalidade" com que escolheram os nomes dos filhos.

Por Guillermo, La Aldea Irreductible. Tradução de PGCS
Correspondência
This is very good and I will make sure that I will stay away from ginger based drinks.
Regards,
Hugo Mendonça, Florida, USA

quarta-feira, 11 de abril de 2012

364 - Engolindo essa!

Uma categoria comemorou o seu dia (em 25 de fevereiro) fazendo aquilo que melhor sabe fazer: engolir espadas!
Dan Meyer, que preside a Sword Swallowers Association International (SSAI), explica os motivos por que agora os engolidores de espadas têm um dia mundial dedicado a eles.
"Nós, engolidores de espada, temos arriscado nossas vidas por mais de 4 mil anos. Muitas pessoas ou não acreditam que a nossa arte seja real ou pensam que ela acabou. Nós, então, estabelecemos o Dia Mundial do Engolidor de Espadas para promover esta antiga arte que ainda conta com algumas dezenas de praticantes em todo mundo. Com isso, aumentamos a conscientização sobre as nossas contribuições nos campos da medicina e da ciência, homenageamos os artistas veteranos e aumentamos os fundos para a pesquisa do câncer de esôfago e para o socorro aos engolidores de espadas feridos."

Curiosidades
  • Engolir espadas é uma arte que se originou na Índia por volta de 2.000 a.C.
  • Os engolidores de espada usam técnicas mentais para reprimir o reflexo do vômito desencadeado por essas lâminas de aço maciço, de 15-30 centímetros de comprimento.
  • Engolir espadas pode necessitar de 2 anos a 7 anos de aprendizado, mas há pessoas que, mesmo depois de muitos anos de prática, nunca aprendem a dominá-la.
  • No mundo, ocorrem anualmente 5 a 7 ferimentos relativos a essa prática que requerem hospitalização, além de dezenas de outros que não são notificados.
  • O tratamento das lesões relacionadas com o ato de engolir espadas pode custar de 50 a 80 mil dólares por lesão.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

205 - Pica

Wang Xianjun, da província de Sichuan, China, tem o hábito de incluir lâmpadas em seus lanches. De acordo com o Diário do Povo, esse chinês de 54 anos já comeu até hoje cerca de 1.500 unidades.
"Quando ele tinha 12 anos, acidentalmente engoliu uma espinha de peixe, e seus pais ficaram muito preocupados. Para a surpresa de todos, Wang não sentiu nenhum desconforto. Então, por curiosidade, ele corajosamente engoliu um pedaço de vidro quebrado e não sentiu qualquer efeito adverso..."
No entanto, ele não come muitas lâmpadas diariamente. Às vezes, ele só come algumas lascas de um bulbo no café da manhã, e, no máximo, come uma lâmpada cada vez.


Mas Wang Xianjun é café pequeno diante do que o francês Michel Lotito costumava fazer. A respeito das proezas do francês, encontrei esta passagem em "Mesa farta para todos", de João Ubaldo Ribeiro, um artigo que foi republicado em "Releituras".
"Leio no Guinness que o francês Michel Lotito, nascido em 1950, come metal e vidro desde os 9 anos de idade. Um quilo por dia, quando está disposto. Informa-se ainda que, de 1966 para cá, ele já comeu dez bicicletas, um carrinho de supermercado, sete aparelhos de televisão, seis candelabros e um avião Cessna leve — este ingerido em Caracas, embora o livro não revele por quê. Sim, e comeu um caixão de defunto, com alça e tudo, a fim de garantir um lugar na História como o primeiro homem a ter um caixão de defunto por dentro, e não por fora."
Pessoas que consideram lâmpadas e bicicletas como iguarias são, em verdade, portadoras de um distúrbio psiquiátrico conhecido pelo termo PICA.

Bônus
"Pau de arara" (o comedor de gilete), de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, na voz de Ary Toledo.



(Recitado) "Foi aí que eu resolvi a comer gilete. Tinha um cumpadre meu lá de Quixeramobim que ganhou um dinheirão comendo gilete na praia de Copacabana. (...) Eu não sei não, mas eu acho que ele comeu tanta, mas tanta, que quando eu cheguei lá aquele pessoal todo já estava até com indigestão, de tanto ver o cabra comer gilete."

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

172 - A ponte dos cães suicidas

Em um pequeno povoado chamado Milton, que fica no condado de Dumbarton, no oeste da Escócia, existe uma misteriosa ponte de estilo vitoriano que tem atraído o interesse de cientistas, charlatães e parapsicólogos oportunistas. Nos últimos 50 anos, dezenas de cães, seduzidos por um inexplicável e incontrolável apelo suicida, já têm saltado dessa ponte para a morte.
Teorias cercam o mistério da ponte dos kamikazes caninos. Que abrangem desde a atuação de forças sobrenaturais, cuja ocorrência local é explicada à luz da mitologia celta, até estranhos magnetismos ou campos de energia que, emanando de suas pedras importadas, confundem o hipersensível sistema de orientação dos cães, forçando-os a se suicidarem.


Leia o artigo completo em Kurioso.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

112 - Uma obsessão por enemas

Imagine levar um papo com alguém que está recebendo um enema. Agora, imagine que esse alguém é um rei cercado por sua corte durante o procedimento. O Rei Luís XIV era conhecido por se submeter a enemas regularmente, sem se importar que eles acontecessem em público.
É verdade que os enemas eram procedimentos médicos bastante populares no seu tempo. Havia a crença de que a aplicação de líquidos pelo reto (ver abaixo a fotografia de equipamentos da época), com a finalidade de realizar lavagem intestinal, trazia inúmeros benefícios aos pacientes. Mas poucas pessoas eram tão adeptas dos enemas quanto o Rei Luís XIV. Estima-se que ele tenha se submetido a mais de 2.000 enemas.


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domingo, 23 de maio de 2010

111 - Urina e esterco

Normalmente, os "direitos divinos" de um rei incluiam coisas simples como violação de virgens, tomada de bens e condenação dos desafetos ao calabouço. Entretanto, em 1627, Charles I da Inglaterra ampliou seus direitos por meio de um edito inusitado. Ordenando a todos os súditos que entregassem suas urinas a um time de coletores oficiais: uma vez por dia, no verão; em dias alternados, durante o inverno.
Essas coletas rendiam-lhe o salitre, um dos componentes da pólvora, e seus aplicados coletores eram chamados de saltpeter men.
Posteriormente, Charles I incluiu entre suas prerrogativas o direito aos resíduos animais dos estábulos. Também coletados por seus saltpeter men e sem a necessidade da permissão dos donos dos animais.


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quarta-feira, 12 de maio de 2010

100 - Sobre o báculo

Vara ou bastão, do latim baculum, a exemplo do báculo episcopal, o cajado que simboliza a autoridade dos bispos. Outro significado é o de osso do pênis, uma estrutura auxiliar à cópula que existe em muitas espécies de mamíferos.
É com esta última acepção que vou me referir ao báculo nas próximas linhas.
Os primatas em geral possuem o báculo, sendo os seres humanos a exceção. Os canídeos, os felídeos, os ursídeos, os roedores (excetuando-se os lagomorfos) e os quirópteros (morcegos) também o possuem. Está ausente nos equídeos e nos cetáceos (baleias e golfinhos).
Nos animais em que o báculo está ausente, como na espécie humana, a ereção depende inteiramente do enchimento dos corpos cavernosos pelo sangue.



O báculo do racum (representado o grupo no Brasil pelo guaxinim) tem sido usado como amuleto da sorte ou da fertilidade. No Alasca, emprega-se o termo oosik para se referir aos báculos de ursos, focas, morsas e leões-marinhos, os quais costumam ser vendidos aos turistas pelos nativos da região.
Ofertas
E, por falar em venda de báculo, o e-bay vem hoje com 20 ofertas. Aos interessados.

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