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quinta-feira, 1 de março de 2018

1035 - Frenologia e cranioscopia



O médico alemão Johann Spurzheim foi assistente de Franz Joseph Gall, que desenvolveu a frenologia, uma teoria comumente aceita no século 19 e início do século 20, que reivindicava ser possível determinar o caráter, as características da personalidade e o grau de criminalidade pela forma da cabeça.
Com o que aprendeu durante os anos em que conviveu com o mestre, Spurzheim elaborou a cranioscopia.
O dispositivo aqui retratado era usado para estudar as características do crânio para a frenologia.
Cabinet of curiosites, via Pat's blog.
859 - O destino da frenologia

quinta-feira, 6 de junho de 2013

504 - Corpo humano e nucleossíntese estelar

De que o corpo humano é feito?
Noventa e nove por cento é feito por átomos de apenas seis elementos químicos: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio e fósforo, com o restante um por cento consistindo de elementos vestigiais como magnésio, enxofre e ferro.
Mas, de onde vêm esses elementos?
Esta pergunta representou, no início, um enigma para os cientistas. Pelo menos, até a publicação de um artigo científico, na metade do século XX, conforme explica o astrofísico Neil deGrasse Tyson:
"Houve um artigo seminal - um dos trabalhos de pesquisa mais importantes já publicados - que nos deu a descrição da origem dos elementos," responde Tyson num vídeo. "Esse documento é intitulado Synthesis of the Elements in Stars (Síntese dos Elementos nas Estrelas), mas é por vezes referido como o B2FH, após as iniciais dos autores. Foi publicado em Reviews of Modern Physics, em 1957. Antes de sua publicação, a teoria prevalente considerava que todos os elementos eram produtos do Big Bang, de 15 bilhões de anos atrás. Mas esta teoria explicava apenas a origem dos elementos leves, como hidrogênio e o hélio."
Então, de onde vêm os elementos pesados ​​encontrados na natureza?
O B2FH apontou que todos os elementos pesados ​​foram criados nas estrelas, através da fusão nuclear, em um processo conhecido como nucleossíntese estelar. Quando as estrelas "morrem", elas liberam os elementos pesados ​​para o espaço. Uma parte desse material é incorporado pelos planetas e, posteriormente, por nossos corpos.
Se este trabalho científico foi tão importante, por que tão poucos não-cientistas sabem sobre ele?
De acordo com Tyson, é porque o trabalho em sua origem não se encaixou nas noções convencionais de uma descoberta científica.
"Nós somos feitos da poeira das estrelas." Carl Sagan

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

456 - Sem Ciência não há futuro

Uma das definições mais simples e completas sobre a Ciência foi proferida por Manuel Lozano Leyva, professor de Física Atômica e Molecular da Universidade de Sevilha, em uma de suas palestras. Ele disse, em seu tom de humor habitual, que a Ciência é o que se faz quando se aplica o método científico. Apesar da aparente redundância e simplicidade da definição, esta frase de Leyva é mais acurada e explicativa se soubermos o que é e como funciona o método científico.
É um conceito fundamental que, muitas vezes, fica despercebido, esquecido ou simplesmente ignorado. Acredita-se, erroneamente, que a Ciência é o que dizem os cientistas ou é o que se publica em uma revista científica, sem considerar que, na realidade, estamos em um processo que se distancia da ideia dogmática, e que não permanece imutável uma vez iniciado, porém exposto a mudanças, acréscimos e correções.
Também é muito comum entender essas mudanças e correções como erros da ciência, quando, na verdade, eles são parte essencial dela. É comum ouvir ou ler comentários de que a Ciência estava errada, quando se pensava tal e qual coisa há alguns anos, sem realmente compreender que o ato de retificar é uma parte indispensável do caminho científico. Um caminho que busca compreender o mundo, através da construção sistemática de hipóteses mensuráveis ​​e verificáveis, a fim de que nos aproximemos cada vez mais do funcionamento da realidade. [...]
Poderia resumir que o método científico é uma ferramenta poderosa para descobrir como funciona o mundo, através de uma série de etapas, que começam com a observação, a experimentação e/ou a medição de um fenômeno natural. Após estes passos iniciais, o seguinte é a formulação de uma hipótese para explicar esse fenômeno. Se a explicação se ajusta aos dados e experimentos, o trabalho é publicado em revistas acreditadas, sendo submetido a um cuidadoso estudo e análise por outros cientistas. Essa comunicação é necessária para que se possa comprovar, por novas pessoas e outros métodos, que a hipótese é válida. Se isto acontecer, a hipótese passa a se tornar uma teoria.
Pensa-se, frequentemente, que uma teoria científica (talvez o nome teoria confunda a muitos) seja uma ideia ao acaso que não tem validade ou que está por demonstrar. Mas, em Ciência, uma teoria é na verdade uma hipótese confirmada e verificada. Existem teorias que já foram verificadas e confirmadas milhares e até milhões de vezes (a Teoria da Relatividade e a Teoria da Evolução são os exemplos mais conhecidos). Sem elas não entenderíamos o mundo de hoje. [...]

Extraído de 7 cosas que la Ciencia podría enseñar a los políticos. In: La Aldea Irreductible

Ilustração: veio daqui