Mostrando postagens com marcador suicídio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador suicídio. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 2 de maio de 2017

976 - O risco do suicídio em jovens

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL) e Conselho Federal de Medicina (CFM) vem a público se manifestar a respeito do risco de suicídio em jovens.
Nos últimos dias, "jogos" praticados por usuários da internet, os quais envolvem tarefas cujo ato final inclui a tentativa de suicídio (o jogo suicidário Baleia Azul, por exemplo), têm sido destaque na mídia e motivo de grande preocupação para pais, educadores e profissionais de saúde. No entanto, os acontecimentos atuais apenas trouxeram à luz um grave problema de saúde pública, ignorado por muitos, mas motivo de preocupação e trabalho contínuo da ABP e de suas federadas.
O suicídio, há anos, é a segunda causa de morte em jovens dos 15 aos 29 anos de idade. Em mulheres, é a principal causa de mortalidade na faixa etária dos 15 aos 19 anos. Apesar de ser o desfecho trágico de um conjunto de fatores – é equivocado e simplista associar o suicídio a uma única causa – estudos mostram que mais de 90% das vítimas apresentavam pelo menos um transtorno psiquiátrico, especialmente a depressão, considerada o principal fator de risco para o suicídio.
Embora faça parte da adolescência, a formação de grupos com símbolos e rituais em comum merece cuidado e atenção quando práticas abusivas e/ou danosas para si ou terceiros são compartilhadas. De fato, a participação do jovem nesses grupos, reais ou "virtuais", pode indicar uma vulnerabilidade prévia a atos impulsivos, além da presença de sintomas depressivos. Mudanças bruscas de comportamento, isolamento social e abandono de atividades prazerosas, tristeza persistente, alterações do sono e apetite, queda no rendimento escolar, lesões sem explicação aparente (sugerindo autoagressão) e mensagens que caracterizam desesperança, despedida ou com conteúdo de morte nas mídias sociais, são um sinal de alerta e não podem ser negligenciadas. Pais, escolas e profissionais de saúde devem estar atentos e capacitados para identificar as transformações que apontam para condutas de risco. É comum que esses adolescentes, fragilizados pela doença psiquiátrica, como depressão, transtorno de estresse pós-traumático ou abuso de substâncias, ao procurar na internet informações que o ajudem a entender o que estão sentindo, entrem em contato com conteúdo não apenas inadequado, como também criminoso. Especial atenção deve ser dada aos adolescentes que sofreram maus tratos na infância (incluindo negligência, abuso emocional e sexual), vítimas de bullying e violência, além daqueles que apresentem automutilação e, principalmente, história prévia de tentativa de suicídio. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL) e Conselho Federal de Medicina (CFM) orientam, tanto aos meios de comunicação, quanto à sociedade em geral, que quaisquer intenções de propagação de descrições pormenorizadas dos métodos utilizados pelas vítimas, bem como a divulgação de fatos e cenas chocantes, sejam substituídas por informações responsáveis, que reforcem e disseminem o conhecimento associado à prevenção do suicídio.
Em meio a todas essas notícias alarmantes, a ABP gostaria de passar uma mensagem de esperança: a grande maioria dos suicídios são evitáveis. Embora pensamentos de morte e de suicídio sejam relativamente frequentes em pessoas passando por problemas difíceis, a imensa maioria das pessoas encontra formas mais adequadas de lidar e superar os problemas. O enfrentamento dos problemas, a busca de apoio em familiares, amigos, grupos sociais como os religiosos e a procura de ajuda junto a profissionais de saúde estão entre as estratégias de um enfrentamento bem sucedido. Dentre as estratégias de prevenção, a identificação e o tratamento dos transtornos psiquiátricos são as mais eficazes. Nessa perspectiva, dois aspectos são fundamentais: 1) a disponibilidade de uma assistência integral à saúde mental, que envolva todos os níveis de atendimento, da atenção primária a leitos psiquiátricos de internação durante a crise para o atendimento de casos graves; 2) o combate ao estigma em relação aos transtornos psiquiátricos, certamente a principal barreira entre a desesperança causada pela doença e a busca por ajuda. Em relação ao combate ao estigma, é importante ressaltar: é uma ação vital, que está ao alcance de todo cidadão.
Reforçamos nosso compromisso perante a sociedade para auxiliar na disseminação do conhecimento e de estratégias eficazes para a prevenção do suicídio. Nesse sentido, recomendamos o manual elaborado pela ABP/CFM e dirigido à imprensa: "Comportamento suicida: conhecer para prevenir", da ABP.
Carmita Abdo, Antônio Geraldo da Silva e Carlos Vital - Presidente da ABP, Presidente eleito da APAL e Presidente do CFM
Grato a Fernando Gurgel Filho por trazer o assunto à lembrança.

sábado, 10 de setembro de 2016

899 - Suicídio: Informando para prevenir



Cartilha orienta médicos sobre prevenção ao suicídio
Apresentação
Todos os anos são registrados cerca de dez mil suicídios no Brasil e mais de um milhão em todo o mundo.
Por sugestão da Comissão de Ações Sociais (CAS) do Conselho Federal de Medicina (CFM), essa silenciosa epidemia tornou-se uma das prioridades da Câmara Técnica de Psiquiatria da entidade que, com o apoio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), lança esta cartilha, intitulada "Suicídio: informando para prevenir".
As entidades médicas acreditam em uma sociedade engajada na defesa pela vida e em gestores comprometidos com políticas públicas que realmente transformem esse cenário.
É possível prevenir o suicídio, desde que os profissionais de saúde, de todos os níveis de atenção, estejam aptos a reconhecer os seus fatores de risco.
Por isso há, neste trabalho, informações que podem ajudar a sociedade a desmitificar a cultura e o tabu em torno do tema e auxiliar os médicos a identificar, tratar e instruir seus pacientes.
Espera-se que esta contribuição ajude no enfrentamento deste grave problema de saúde pública.
Carlos Vital T. Corrêa Lima - Presidente do Conselho Federal de Medicina
Emmanuel Fortes S. Cavalcanti - Coordenador da Câmara Técnica de Psiquiatria

10 de setembro - Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

CFM Publicações - Cartilha

sexta-feira, 23 de julho de 2010

172 - A ponte dos cães suicidas

Em um pequeno povoado chamado Milton, que fica no condado de Dumbarton, no oeste da Escócia, existe uma misteriosa ponte de estilo vitoriano que tem atraído o interesse de cientistas, charlatães e parapsicólogos oportunistas. Nos últimos 50 anos, dezenas de cães, seduzidos por um inexplicável e incontrolável apelo suicida, já têm saltado dessa ponte para a morte.
Teorias cercam o mistério da ponte dos kamikazes caninos. Que abrangem desde a atuação de forças sobrenaturais, cuja ocorrência local é explicada à luz da mitologia celta, até estranhos magnetismos ou campos de energia que, emanando de suas pedras importadas, confundem o hipersensível sistema de orientação dos cães, forçando-os a se suicidarem.


Leia o artigo completo em Kurioso.

Publicado em EntreMentes