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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

1072 - O artigo de Krebs que foi rejeitado

O editor da revista Nature enviou a carta de rejeição abaixo a Hans Krebs.
No artigo que foi rejeitado, Krebs fazia a descrição de sua recente descoberta do ciclo do ácido cítrico. A seguir, ele enviou o mesmo artigo para a revista Enzymologia, na Holanda, onde foi aceito.
Por essa descoberta, ele ganharia o Prêmio Nobel de 1953 em Fisiologia ou Medicina.
Hans Adolf Krebs (Hildesheim, 25 de agosto de 1900 — Oxford, 22 de novembro de 1981)
Foi um médico e bioquímico alemão. Krebs é conhecido por sua identificação de dois ciclos metabólicos importantes: o ciclo da ureia e o ciclo do ácido cítrico. O último, a sequência-chave de reações químicas metabólicas que produz energia nas células, também é conhecido como o ciclo de Krebs e lhe rendeu o Prêmio Nobel em 1953, que compartilhou com Fritz Lipmann.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

1061 - Mundo dos raros

"Quando meu primeiro filho nasceu [com mucopolissacaridose do tipo 6, doença metabólica causada por erro inato do metabolismo], não tinha informação, não existia nada que pudesse nos ajudar como pais a saber exatamente com o que a gente estava lidando. Não havia diagnóstico preciso e não havia tratamento", conta Regina Próspero. Regina é uma das entrevistadas do documentário “Mundo dos Raros”, lançado em fevereiro no YouTube, com depoimentos de quem sofre tanto por doenças raras quanto pela jornada na busca de informações e tratamentos.
No mundo, em torno de 560 milhões de pessoas são portadoras de alguma doença rara, uma categoria que abrange mais de 8 mil tipos, normalmente crônicas, progressivas, incapacitantes e sem cura — não há tratamento específico para 95% delas. No Brasil, são consideradas raras as doenças que atingem um máximo de 65 pessoas a cada 100 mil habitantes (Radis 149).
"No dia em que descobri que tinha hepatite autoimune, me lembro de descer do consultório, sentar na praça e ficar sem conseguir pensar em nada do que iria fazer dali por diante", relata Andrea Soares. Mas, seis anos depois do diagnóstico, foi ela quem idealizou e ajudou a produzir o documentário, "para incluir pela arte os 15 milhões de raros que vivem em exclusão no país". "Queria mostrar que a gente existe", diz ela à Radis. O vídeo foi dirigido por Sergio Spina e produzido pela NaVeia Filmes.
Nos depoimentos, são especialmente frequentes as falas que apontam o problema da falta de informação. "Há uma grande dificuldade de encontrar caminhos. Se a doença é rara para mim, é para você, para o médico, para todo mundo", observa Andrea. A escolha por disponibilizar o filme no YouTube também parte da intenção de derrubar as barreiras de acesso: "Assim, podemos chegar a mais gente e fazer com que as pessoas com doenças raras se sintam olhadas como pessoas e não como portadoras de determinada doença".
O filme tenta aproximar a sociedade desse universo: mostra como levam a vida tentando se adaptar às novas condições, a se inserirem no mundo dos "não" doentes, a serem reconhecidos e respeitados. A psicóloga Angélica Rente levanta a questão: "Como não deixar que as diferenças se sobreponham tanto e as pessoas vivendo nessa circunstância deixam de pertencer?". A resposta, para ela, é a empatia. "Empatia não é um sentimento, mas uma qualidade de ação. Podemos viver mais coletivamente, de maneira mais comunitária".
Bruno Domingues
Revista Radis, nº. 190, julho de 2018
Assista em mundodosraros.com

domingo, 4 de junho de 2017

987 - Um mistério nas revistas médicas

Por que há tão poucos artigos em revistas médicas sobre ferimentos causados por cancelas de estacionamento?
Tais ferimentos - que acontecem quando uma cancela de estacionamento encontra um corpo humano - são considerados bastante frequentes. No entanto, o PubMed, um banco de dados preeminente de estudos médicos, quase não inclui trabalhos científicos relacionados com estes acidentes. Por quê? Temos sido negligentes com eles? Ou, então, suas lesões são tão simples de serem tratadas que nenhum profissional médico julga que valha a pena escrever?
Este vídeo mostra um destes (ao que se presume muitos) acidentes:
O mistério de por que há tão poucos artigos nas revistas médicas se estende, também, à questão das lesões sofridas quando um motorista de automóvel tem uma relação fisicamente infeliz com uma máquina de coleta automática de bilhetes de estacionamento.
http://www.improbable.com/2017/05/03/medical-journals-mystery-what-about-those-parking-gate-injuries/
Ver também: Na batuta

domingo, 1 de setembro de 2013

533 - O Paradoxo da Saúde Mental

para Nelson Cunha


Entre todas as condições de saúde no mundo, a saúde mental ocupa um lugar singular e paradoxal.
A revista PLoS Medicine publicou, em 28 de maio de 2013, este editorial:
"O Paradoxo da Saúde Mental: Supertratamento e Sub-reconhecimento".

Trecho:
"Por um lado, há o excesso de tratamento e de medicalização dos problemas de saúde mental, muitas vezes alimentado por uma indústria farmacêutica interessada na ampliação dos limites da doença e na criação de mais categorias diagnósticas e, assim, dos mercados de venda para as doenças. Por outro, existe um grande sub-reconhecimento do sofrimento e da dimensão dos problemas de saúde mental que afetam milhões de pessoas em todas os países, fazendo da questão um problema global."

quarta-feira, 5 de maio de 2010

93 - Uma revista feita nas coxas

O artista gráfico sueco Marc Strömberg decidiu inovar em Tare Lugnt, uma revista que ele antes editava em papel. Antes, como eu disse, pois o último número da revista foi feito nas coxas, em forma de tatuagem. O leitor verifique isto nas imagens abaixo:


Comentário
Para ajudar o sueco em seu planejamento gráfico-editorial, divulgo aqui a regra dos 9% (utilizada para estimar a extensão das queimaduras de pele em adultos). Assim ele fica sabendo quantas edições da revista ainda vai poder tirar.
Cabeça = 9%
Membro superior direito = 9%
Membro superior esquerdo = 9%
Tórax (anterior) = 9%
Tórax (posterior) = 9%
Abdome = 9%
Região lombar = 9%
Membro inferior direito (anterior) = 9%
Membro inferior direito (posterior) = 9%
Membro inferior esquerdo (anterior) = 9%
Membro inferior esquerdo (posterior) = 9%
Região genital = 1%
Total = 100%

Publicado em EntreMentes